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História Singular - Kathryn


Escrita por: JennyMori

Capítulo 12 - Kathryn


Fanfic / Fanfiction Singular - Kathryn

A semana passou voando, a paquera continuava na mesma, aquela coisa gostosa de ficar aguardando uma mensagem surpresa no meio do dia, um bom dia e uma paquera gostosa a noite, as duas já estavam se conhecendo muito melhor e já estavam comentando sobre um possível encontro no final de semana. 
Já era sexta feira e Regina acordou com o barulho do telefone fixo, levantou assustada, ainda estava escuro, atendeu.

Ligação on
— Alô. - Atendeu com voz de sono.
— É a Dra. Regina Mills? 
— Sim, sou eu.
— Dra. Sou o delegado Graham, estou com um caso complicado de uma criança, ela sofreu abuso sexual, e estou sem perito para fazer o exame e um laudo que comprove o estupro, gostaria de saber se tem condições de fazer esse exame?
— Meu Deus, claro eu posso fazer o exame, onde está a criança? 
— Está aqui no carro, com a assistente social, estamos na frente do seu consultório.
— Ah sim, vocês podem aguardar uns 10 minutos para eu me arrumar e descer?
— Sim fique a vontade. 
— Obrigada vou ser rápida.
— ok.
Ligação off

Pov Regina

Meu Deus que situação, eu nunca passei por isso, quantos anos será que tem essa criança, eu preciso ser forte para atender e não deixar a emoção tomar conta. "Meu Deus me ajuda."
Me troquei, escovei os dentes, coloquei um jaleco cheio de bichinhos. Peguei um chocolate no armário da cozinha e coloquei na bolsa. Desci as escadas, quando cheguei no portão, vi duas viaturas da polícia e um carro da prefeitura devia ser da assistência social, assim que fechei o portão um homem desceu do carro e veio ao meu encontro.
— Dra. Regina, sou o delegado Graham, prazer, posso conversar com você um momento antes de ver a criança.
— Sim, vamos entrar. - abri a porta e digitei a senha pra desativar o alarme. - Vamos até minha sala.
Segui para minha sala com o delegado me sentei mostrando a cadeira para que o delegado fizesse o mesmo.
— Então Regina a menina tem 12 anos, a professora desconfiou que tinha algo errado com a menina e acabou conseguindo uma confissão que estava sendo abusada pelo padrasto com o consentimento da própria mãe.
— Que absurdo, monstros, desculpa delegado.
— Não se desculpe, são monstros mesmo, foram presos em flagrante, a professora deu um celular para a menina para que ela ligasse na hora que fossem abusar dela,e assim ela fez, ficamos por perto ela ligou o celular e ouvíamos tudo, então entramos antes dele tocar na menina novamente, mas foi comprovado, preciso ter o laudo que ela foi abusada, por um médico, e colher alguns exames, eu trouxe os sacos para a coleta.
— Sim, pode trazer a menina, eu só queria pedir para ficar sozinha com ela, e que me dê o tempo que precisar, ela não vai querer fazer esse exame assim tão fácil, preciso conversar com ela, ela precisa ter confiança em mim.
— Tudo bem Dra, o tempo que for necessário, vou buscar a menina. - Graham disse e saiu da sala.
Alguns minutos depois, ele entrou na sala com uma mulher de mais ou menos 50 anos e a criança, a menina estava de cabeça baixa, ela tinha os cabelos presos mas estavam desarrumados, estava com uma calça de moletom marrom, uma blusa rosa, tênis que era fornecido pela escola, estava abraçada em uma mochila escolar, o delegado falou:
— Dra. Regina está é Kathryn, Kathryn essa é a Dra. Regina ela vai fazer o exame que eu te falei, tudo bem? 
A menina apenas deu uma olhadinha para mim e voltou a abaixar a cabeça então eu disse.
— Oi Kathryn! Que nome lindo você tem. - Olhei para o delegado e a assistente social e pedi. - Vocês podem me deixar sozinha com ela, para eu poder examina-lá?
— Sim tudo bem, vamos esperar na recepção.
Ele saiu acompanhado da assistente social.
Me aproximei da Kathryn e estendi a mão para ela.
— Oi Kathryn, eu não sou policial, nem assistente social, aqui para mim só existe você e eu, eu sou pediatra, isso quer dizer que sou médica de crianças e adolescentes, nada do que o delegado me disse tem importância pra mim, aqui o que vale é você e eu. Certo? Senta aqui nessa cadeira que eu tenho uma coisa pra te dar. 
Ela caminhou e se sentou, parecia que estava em câmera lenta. Eu tirei o chocolate da bolsa e entreguei para ela.
— Olha o que eu trouxe para você, antes do exame eu quero que você coma esse chocolate, eu vou pegar água aqui para você. - Me levantei e fui até o frigobar que tinha em minha sala e peguei um copinho de água mineral, abri e deixei a sua frente. Ela estava abrindo a embalagem do chocolate, tinha dado certo. Ela já começou a me olhar e eu ia explicando os benefícios do chocolate para ela, que as vezes achava graça.
— É verdade mocinha, não ria de mim, o chocolate realmente faz bem para muitas coisas, mas o melhor, é esse que eu já estou vendo em você, esse sorriso lindo que você tem. 
Ela sorriu de novo, terminando o chocolate e bebendo a água.
— E então, será que a gente pode conversar um pouquinho? Eu já sei o seu nome, sei que tem 12 anos, não é?
— Sim.
— E você vai a escola? Está em que série.
— Estou no sexto ano.
— Muito bem, e você gosta de estudar é uma boa aluna?
— Eu gosto, estou um pouco ruim em matemática. - Ela dizia muito baixinho.
— Matemática foi um problema para mim também sabia? Mas a gente acaba conseguindo, quando eu estava na sua idade, eu queria ser cantora, nem pensava em ser médica, aí eu pensava, porque tenho que estudar matemática se existe calculadora e para cantar não precisa de fazer conta. Mas pode acreditar, para tudo a gente usa a matemática, ela está em todos os lugares…kkk. E você vai conseguir você vai ver.
Ela só deu um sorrisinho. Eu continuei:
— Será que podemos fazer o exame agora?
— Sim, vai doer?
— Não querida, não vai doer nada, você vai precisar tirar toda a roupa e colocar essa camisola aqui. - Entreguei a camisola e a conduzi até o banheiro para que se trocasse.
— Essa parte você pode deixar para frente. - Expliquei, logo ela saiu e eu a encaminhei até a maca.
— Você vai subir aqui, vai se deitar e eu vou precisar olhar todo o seu corpo, primeiro eu só vou olhar para ver se tem algo vermelho, roxo ou algum machucado, ok?
Ela fez que sim com a cabeça, então comecei pela parte da frente, e ia anotando em uma folha algumas marcas avermelhadas tipo de alguém a segurando com força, nos braços. Eu fazia esse exame me segurando para não chorar, muitas partes roxas nas proximidades das partes íntimas da menina, principalmente no bumbum, me cortava o coração, mas eu tinha que ser forte por ela, uma criança, ela não tinha nada de adulta ainda, não tinha seios, só tinha alguns pelinhos ainda, como pode alguém fazer essa monstruosidade, colhi as amostras de secreção nas partes íntimas, tive um pouco de resistência por parte dela, o que é totalmente compreensível, mas com muita conversa e carinho ela colaborou e deu tudo certo. Ela colocou sua roupa novamente, chamei o delegado, entreguei as amostras para exame, que precisam ser feitos no laboratório do IML, e eu disse que faria o laudo e mandaria ser entregue até o horário do almoço, também quis saber o que aconteceria com a Kathryn agora, e ele disse que seria encaminhada para um abrigo, onde a irmã mais nova já tinha sido encaminhada, nesse momento ela olhou pra mim e seus olhos encheram de lágrimas. Me aproximei e a abracei bem forte, abaixei na altura de seus olhos e disse:
— Vai ficar tudo bem, tá bom? Deus vai cuidar de tudo, se precisar de mim para qualquer coisa, meu número está nesse cartão, pode me ligar a cobrar, para qualquer coisa e qualquer horário.
Ela deixou escorrer uma lágrima, mas se controlou, e seguiu andando para a recepção, junto com o delegado.
— Obrigada Dra. Mills. - Disse o delegado apertando minha mão. 
— Por nada, fico feliz em ajudar, me mantém informada. 
— Ok. Até mais. 
Eles saíram e eu desabei, não estava mais segurando a raiva, esse sentimento de impotência, quando ia trancar a porta, senti que alguém a segurou e empurrou para abrir. Achei que o delegado tinha voltado mas para minha surpresa, quando abri a porta era Emma que estava ali.
— Oi! Posso entrar?
— Claro Emma, desculpa, não esperava que fosse você.
— Eu sei, eu conversei com o delegado enquanto você atendia a menina, ele me disse o que aconteceu e eu fui ligar no consultório e avisar que vou chegar mais tarde, não podia ir trabalhar sem saber como você estava.
— Eu realmente estou péssima Emma, eu estou com muita raiva, com dó daquela criança, eu tô com um sentimento de impotência tão grande...- As lágrimas caíram.
Emma se aproximou rapidamente e me abraçou:
— Eu sabia que ia precisar de mim, fica calma, a polícia já fez o trabalho deles, o padrasto e a mãe estão presos, eu sei que isso não apaga o que aconteceu, mas agora ela pode ter uma vida sem abuso, sem violência.
— Será Emma? Será que em um abrigo ela será realmente protegida? Será que ela não vai ser esquecida dentro de um sistema e vai só ser contada como estatística.
— A gente tem que confiar que sim, que ela vai ser protegida, que não vai ser esquecida e um dia vai ser muito amada.
— Tomara...
Emma se afastou do abraço e enxugou minhas lágrimas com os dedos.
— Tem água aqui?
— Sim na minha sala, vem.
Caminhei para minha sala e Emma atrás, entrei fui até frigobar e peguei duas águas,entreguei uma para Emma e a chamei para sentar, nas cadeiras dos pacientes, tinha duas e do outro lado da mesa tinha a minha cadeira, mas fiquei na cadeira dos pacientes de frente para Emma, peguei em suas mãos e olhei naqueles olhos verdes.
— Obrigada por estar aqui.
— Não agradeça, como eu iria conseguir trabalhar se não recebi seu bom dia, depois passo aqui em frente e vejo duas viaturas da polícia paradas aí na frente, já parei para saber o que estava acontecendo, porque você também não atendeu o celular.
— Eu nem sei onde ele está minha linda, me desculpa por não avisar, mas foi tão de repente.
— Eu sei, você está melhor? 
— Sim, não 100% mas vou ficar.
— Não se preocupe, e outra você pode visitar a menina na casa abrigo quando quiser, eu vou com você se quiser.
— Obrigada. - Apertei suas mãos e aproximei dos meus lábios, beijando as costas de suas mãos, ela veio para frente na cadeira se sentando na beiradinha se aproximou passou as mãos em meu rosto, olhou os meus olhos e sorriu:
— Como você consegue ficar cada dia mais linda, até chorando. - Ela perguntou.
— Você que é incrível e consegue fazer um dia ruim como esse ficar muito melhor.
Emma sorriu e se levantou como se não pudesse ficar ali, senti que ela se apavorou, então me levantei e parei em sua frente.
— Calma Emma, só estava dizendo o quanto você me faz bem.
— Eu sei Regina, eu só estou confusa com os sentimentos.
— Não quero te deixar confusa. - Me aproximei, peguei em seu queixo a fazendo olhar pra mim, mas se está é porque algo já aconteceu aí dentro de você.
Emma ficou me olhando como se estivesse pensando. " Ela vai fugir agora." Pensei. Mas não ela diminuiu o espaço levantou uma das mãos e colocou em minha nuca colando seus lábios nos meus, eu não acreditei, por um momento só senti, mas logo retribui o beijo a puxando pela cintura, senti sua língua pedindo passagem, o beijo logo acendeu o desejo a muito tempo adormecido, vontade de fazer amor com ela, eu a sentia com as mãos, cabelos, costas e ela também já não se controlava e eu muito menos conseguiria parar, ela puxou meus cabelos e mordeu meu lábio inferior, aproveitou pra respirar, chupou meus lábios, ela não tinha noção do que estava me causando com esse beijo, eu não podia só receber, eu era a experiente ali, precisava mostrar a ela o diferencial em estar com uma mulher, virei os nossos corpos e a precionei contra a parede, mas com delicadeza porem com desejo muito aparente. Uma pausa para respirar, a olhei nos olhos, segurei em seu rosto lindo com as duas mãos, e voltei a beija-la, chupei seus lábios, pedi por sua língua e chupei, ela suspirou e meu corpo todo reagiu, estava molhada, eu a desejava muito, ela agarrou forte meus cabelos e também roçava seu corpo no meu, minhas mãos que estavam em sua nuca e cabelo eu fui abaixando pelos braços dela, dava pra sentir seus pelos arrepiados, cheguei em suas mãos e as ergui prensando com as minhas na parede, desci minha boca pelo seu queixo, pescoço, colo, eu chupava, lambia e deixava a loira louca de desejo, ela gemia e eu intensificava, subi novamente para o pescoço e ela jogou o pescoço para trás me dando total acesso, então o telefone tocou…
Parei…
— Ahhh não. - Eu disse encostando a minha testa na dela, sorri e buscava ar.
Emma também estava muito ofegante, mas disse: 
— Atende. - Foi só o que saiu.

Ligação on
— Alô.
— Bom dia Dra. Não sabia que estava no consultório, é só para avisar que sua primeira paciente já está aqui.
— Obrigada Belle, já fiz um atendimento hoje de madrugada, por isso estou aqui, estou atendendo uma pessoa e depois te conto, avisa que já vou atender, me dê mais uns minutos.
— Tudo bem. Obrigada.

Ligação off

Me virei e Emma estava arrumando seus cabelos e roupas.
— Minha primeira paciente chegou. - Caminhei até ela é perguntei: - Está tudo bem?
— Sim, você viu o horário? Quase 10:00.
— Por quanto tempo a gente se beijou? - Regina perguntou.
— Não faço idéia, só sei que quero mais, mas não aqui.
— Eu também quero, hoje a noite? 
— Preciso ver com meus pais, mas acho que ficam com o Henry sim, nunca negaram, mas vou te avisando pelo whats.
— Tá bom minha linda, da mais um beijo aqui. - Regina puxou ela pelas mãos 
— Só um selinho. - Disse mas não cumpriu, foi outro beijo de tirar o fôlego. - Emma parou, deu um selinho, se despediu e saiu da sala.



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