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História Singular - Surpresa


Escrita por: JennyMori

Capítulo 14 - Surpresa


Fanfic / Fanfiction Singular - Surpresa

Pov Regina continua

— Eu também quero, quero muito, mas tenho medo.
Eu levantei meu corpo, e a fiz sentar, precisávamos conversar.
— Eu entendo você, me desculpe…- Ela me interrompeu.
— Ei…eu não pedi pra parar, não peça desculpas, por favor, eu quero tanto quanto você. 
— Eu sei Emma, mas a gente está adiantando as coisas, eu não devia ter me empolgado, lógico que você precisa de mais tempo para entender tudo que está acontecendo e eu respeito muito isso.
— Regina eu sei que você respeita, você é encantadora, você me deixou muito a vontade e eu amei cada segundo dessa noite, eu disse que tenho medo, porque é tudo novo, nem nos meus mais secretos sonhos e desejos, nunca podia passar pela minha cabeça me apaixonar por uma mulher e você tem feito com que eu me sinta a pessoa mais especial desse mundo, o medo não é por mim, é por você, medo de você sofrer de ter que fazer você esperar por mim, de não saber se vou ter a coragem de assumir um romance, tenho medo da reação dos meus pais, principalmente a do meu pai, que é militar, a reação dos avós do Henry, o julgamento, o olhar de desapontamento das pessoas que me amam, eu não posso ir chegando na sua vida, virar ela de ponta cabeça e não ter coragem depois de permanecer.
Emma deixou cair duas lágrimas, se levantou e tentou disfarçar. Também me levantei e caminhei até ela e abracei mesmo ela estando de costas para mim.
— Não fica assim minha linda, todos esses sentimentos são normais, o medo principalmente, mas eu quero estar aqui, eu quero esperar, se for uma decisão minha eu digo que espero o tempo necessário, eu só quero ter você quando e se você tiver certeza do que quer.
— E se demorar? Não quero que pare sua vida para viver uma incerteza, e se você esperar e eu nunca conseguir.
— Eu só quero ter o poder de decidir se quero esperar ou não. - A soltei e a virei para mim. - E eu quero, quero esperar, quero continuar tendo sua companhia do jeito que dá, do seu jeito, eu só vou desistir se você pedir que eu saia da sua vida.
— Tudo bem, se é o que você quer, mas não quero ter o poder da decisão, esse poder tem que ser das duas, promete que se ficar difícil vão seguir sua vida.
— Prometo se você prometer que vai conversar comigo sobre tudo e não vai sofrer sozinha, e pode me dizer tudo, mesmo que saiba que vai doer.
— Prometo. Obrigada por essa conversa, por me entender.
— Linda eu só quero que você esteja bem, não quero ser um peso em sua vida.
— Você não é, você lindamente entrou por lugares nunca navegados em minha vida, isso me assusta porque me deixa vulnerável e eu não gosto, eu sempre busquei agir com carinho com todos mas tendo um controle total de tudo, criei essa resistência quando o Killian morreu, depois de uns dias de luto eu me levantei e disse pra mim mesma que venceria por meu filho, que era hora de parar de chorar e ir a luta, a partir daquele momento, eu tenho usado a razão que já era muito forte em minha vida, mas a única pessoa que tinha o meu melhor era meu filho e agora esse sistema de proteção ficou ameaçado.
— Ohhh meu Deus que estrago eu estou causando aqui. - Coloquei a mão sobre seu coração. - Eu não quero ser uma ameaça, eu quero atravessar por entre as barreiras de proteção e permanecer do lado de dentro. - Dei um selinho e continuei: - Eu já vou, acho que foi emoção demais por hoje, eu amei essa noite, tudinho até essa conversa que é muito importante viu, fico feliz por saber que você é racional, porque assim eu sei que não agirá por impulso e eu como sou um posso de emoções prometo não te confundir, tudo tem sido tão intenso que me assusta também, você vai ficar bem? 
— Vou sim, obrigada, eu também curti cada segundo dessa noite.
Dei mais um selinho e caminhei para a porta, Emma me acompanhou, seu semblante era de preocupação e eu perguntei novamente:
— Vai ficar tudo bem mesmo?
— Sim, fica tranquila.
— Está bem então.
— Regina vai com cuidado e me avisa quando chegar.
— Pode deixar, aviso sim, fica bem…- Sorri e segui para o carro.
Eu estava muito feliz, meu coração parecia que ia explodir, eu já sabia que a amava, e eu também estava com medo, com medo do medo dela, mas lá no fundinho eu sabia que algo muito maior nos unia, eu nem liguei o som, queria me lembrar da música da Laura, de cada segundo daquela dança, de cada olhares trocados no restaurante, cada beijo que trocamos, cada toque no seu corpo que denunciava o desejo que ela também sentia, mas desejo só não basta eu quero seu amor minha linda, eu quero seu 100%.

******

Pov Emma

Depois que Regina se foi e eu fechei a porta, tudo o que vivemos essa noite começou voltar em minha mente, liguei o som voltei na música que a gente dançou, agora nosso romance tinha uma música, me deitei no sofá com fazia sempre olhando para o teto e fiquei ali revivendo cada segundo dessa noite que foi perfeitamente perfeita.
Depois de tudo o que vivemos hoje o que posso dizer é que quero essa mulher em minha vida, eu quero viver tudo isso, mesmo com todos medos eu a quero e desejo muito, mas ela tem razão, eu preciso estar preparada, que bom que ela é tão transparente, sempre me transmite clareza e sinceridade no olhar e no falar, eu quero a fazer feliz, eu queria ser feliz com ela, mas como vou fazer isso? Não posso fazer ela ter um romance escondido, ela já tem sua vida, não precisa se esconder, agora eu, bom eu também tenho minha vida e não dependo de ninguém, mas me dói pensar nos olhares de reprovação e desapontamento do meu pai, e dá tristeza de minha mãe, imagina os pais do Killian super religiosos, aí meu Deus, porque colocou essa mulher em minha vida sabendo dos meus problemas de aceitação.
"Emma, Emma não questione Deus."
Me levantei, desliguei o som, apaguei as luzes e fui para o quarto me preparar para dormir.
Notificação, mensagem da Regina dizendo que chegou bem e já estava na cama com a Lola, respondi sem dar continuidade na conversa, dando boa noite e que a gente se falava no dia seguinte, não queria continuar a conversa, queria colocar as coisas no lugar dentro de mim. 
Não sei que horas peguei no sono, acordei com o despertador do celular, me levantei tomei um banho, café e sai para trabalhar, não enviei mensagem de bom dia porque Regina disse que aos sábados atende somente depois das 10:00 hrs, então não quis acordá-la, passei pela sua casa e só esse fato já me trazia pensamentos maravilhosos, minha vontade era parar o carro e ter a chave para entrar e a surpreender na cama.
" Mas que pensamentos em dona Emma." 
Chegando na loja Ruby já me encheu de perguntas, queria saber todos os detalhes, sorte que sábado nunca tem consulta então ficamos mais livres para conversar, contei tudo para ela que ficou frustrada por não ter rolado sexo:
— Ahhh poxa Emma, você acabou com o clima.
— Claro que não, eu não queria parar, eu juro que não.
— Você dizer que está com medo é a mesma coisa, se fosse uma mulher qualquer não se importaria e mandava ver, mas não, ela se importa com você, e eu estou achando lindo tudo isso, sabe amiga eu pedi tanto pra Deus te dar uma pessoa boa, e estou achando que Ele caprichou, e eu não me importo dela ser mulher, porque eu quero te ver assim sempre, olha esse sorriso, olha esses olhos mulher, você está apaixonada, e posso ir ainda mais além, você está amando.
— Eu não sei, não posso sair de mim, preciso usar 100% de minha razão.
— Aí Emma, deixa de ser tão certinha vai, deixa a Regina bagunça sua vida, virar de ponta cabeça, te jogar na parede, te descabelar kkk.
— Pra você é fácil neh, mas e se você se apaixonasse por uma mulher? 
— Emma do jeito que eu sou louca, iam achar normal, não iam nem ligar.
— É agora pra mim, a certinha, a responsável, a que sempre foi exemplo, vai ser difícil. 
Nisso a Lily bateu na porta, dava para ver pois metade da porta era de vidro, fiz sinal para ela entrar, entrou com as mãos para trás, estava com uma carinha estranha, foi abrindo um sorriso e trazendo a mão para frente com o ramalhete de flores:
— Acabaram de entregar, são para você.
— Aí meu Deus Emma, você ganhou na loteria. - Ruby gritou.
E eu fazia sinal para ela falar baixo e não dar nenhuma indireta de quem mandou as flores.
— Obrigada Lily. - Falei e ela mesmo que curiosa saiu da sala.
Cheirei as flores e peguei o bilhete.
— Vai le logo tô curiosa. - A louca da Ruby tava ansiosa, mais que eu.

Emma

Bom dia minha linda…acordei pensando em você, quase não dormi pensando e desejando ter essa parte da música.
"Essa noite eu vou te ter
Enquanto o mundo dorme
Ser feliz, fazer o amor que não se pode
Digo a Deus: Ela é minha!
E já vejo você vir chegando sobre mim
Até que nada exista além de mim e de você"

Mas prefiro que seja um dia de cada vez, no seu tempo e na certeza do que está fazendo.

Ótimo sábado.

Cheirei o pedaço de papel porque senti seu cheiro ali, e fechei os olhos, até esqueci que a Ruby estava ali.
— Ei não vai gozar aqui na minha frente.
— Sua louca, para de ser tão desbocada assim.
— Falando sério, você estava num transe cara, essa mulher te ama, você ama ela, o que está esperando pra viver isso, amiga por muito menos que isso aí eu já tava lá tocando a campainha da casa dela.
— Ela deve estar no consultório.
— Então está pensando em ir?
— Eu não posso tenho que ver meu filho, vou almoçar com ele e com meus pais, eu vou agradecer pelo whats, depois a gente marca um outro encontro.
— Bom te conheço e sei que vai fazer tudo certinho mesmo, nem adianta eu ficar gastando meu paladar, falando em paladar me libera aí mais cedo, tô varada de fome.
— Tá bom pode ir.
— Valeu amiga, só um conselho, viva…se permita, deixa acontecer…ou melhor, faça acontecer, porque essa mulher aí já é sua, ela te ama.
— Vou tentar prometo.
Enviei a mensagem:
Emma
— Você quer me matar? Como consegue ser tão incrível?
Fiquei olhando a tela e logo a mensagem foi visualizada.
Regina
— Só se for matar de amor…está tudo bem com você? 
Emma
— Sim, mas ficou muito melhor agora com as flores e esse bilhete lindo.
Regina
— Que bom que consegui deixar seu dia melhor, já está de saída?
— Sim vou pra casa de meus pais, vou almoçar por lá, passar a tarde com eles.
— Entendi, a gente vai se falando então, beijos, vai com cuidado.
— Pode deixar, vamos nos falando sim...beijosss. Obrigada de novo por ser tão carinhosa comigo.
— Beijoss

Na casa de meus pais já na mesa do almoço começou uma investigação sobre onde fui na noite anterior, com quem, se era um paquera, e mesmo eu dizendo que era uma amiga eles diziam não acreditar porque eu parecia muito feliz, estavam todos muito animados com a idéia de um possível romance. " Quando souberem quem eu amo, quero poder ver essa mesma alegria." Pensei.

******

Pov Regina

Eu já acordei sabendo o que ia fazer, depois do café fui até uma floricultura, comprei as flores escrevi o cartão e pedi para ser entregue antes de fechar a loja, como eu não sabia o horário que fecha, mandei entregar 11:30 hrs. 
Voltei e fui direto para o consultório, não queria mandar bom dia hoje pelo whats, ela também não mandou e eu estava apreensiva, queria muito saber o que ela estava pensando, como passou a noite, se também não conseguiu dormir direto. Tomara que as flores causem o impacto que desejo, que mostre a ela que estou realmente interessada e que a respeito, que respeito seu tempo principalmente. Mas não vejo a hora de ter ela em meus braços novamente. 
Notificação do whats.
Emma
— Você quer me matar? Como consegue ser tão incrível?
Sorri e digitei.
Regina
— Só se for matar de amor…está tudo bem com você? 
Emma
— Sim, mas ficou muito melhor agora com as flores e esse bilhete lindo.
Regina
— Que bom que consegui deixar seu dia melhor, já está de saída?
— Sim vou pra casa de meus pais, vou almoçar por lá, passar a tarde com eles.
— Entendi, a gente vai se falando então, beijos, vai com cuidado.
— Pode deixar, vamos nos falando sim...beijosss. Obrigada de novo por ser tão carinhosa comigo.
— Beijoss

Bom já que ela vai passar a tarde toda fora e provavelmente não vai poder sair hoje, preciso fazer algo ou vou enlouquecer, acho que vou a praia com a Lola, ela adora mergulhar e eu acho que estou precisando de uma água fria, apesar de os dias ainda estarem quentes durante o dia a noite esfria então a água do mar ainda não fica quente, típico clima de outono. Coloquei um biquini preto, uma saida de praia, peguei a coleira da Lola, uma cadeira de praia e fomos para o carro, ia de carro pra poder encontrar um lugar mais calmo para poder ficar com a Lola, sem ouvir reclamação de pessoas por ter ela na areia.
Chegamos coloquei a cadeira e Lola já estava louca pra que soltasse ela para entrar na água, tirei a saída de praia, soltei a Lola que correu pro mar, cheguei logo atrás dela. - Aí que gelo Lola. - Falei, mas ela ja estava muito na frente. Peguei algumas ondas, brinquei um pouco com Lola e voltei para a cadeira, me sequei com a toalha e coloquei de volta a saída de praia, nisso vejo Lola sair latindo do mar e correr na direção de algumas pessoas. Olhei e escutei alguém falar o nome dela e logo ela já estava correndo brincando com uma criança, sim era o Henry, mas como? Que situação, e agora? Provavelmente são avós do Henry, ao meu Deus Emma vai morrer se me ver aqui. 
— Vem Lola. Henry chegou gritando muito empolgado. - Oi Regina, que bom encontrar vocês aqui, olha a casa do meu avó é bem ali, aquela verde de portão marrom.
— Boa tarde. - Disse o senhor, alto e loiro que chegou ao meu lado, acompanhado de uma mulher de pele clara também, mas baixa que Emma, dava pra ver certinho que Emma parecia muito com seu pai, mas tinha o sorriso de sua mãe e o jeito tímido.
— Boa tarde. - Disse estendendo a mão para eles.
— Vô essa é a Regina, ela é dona da Lola lembra que eu contei, e essa é a Lola.
— Ah a Senhora é a médica que comprou o laboratório, o consultório e a casa do doutor - Perguntou a mãe da Emma.
— Sim, sou eu, Regina Mills. 
— Eu sou avó do Henry, pai da Emma, sou David e essa é minha esposa Mary Margaret.
— Que bom conhecer vocês, eu nunca venho pra esse lado, hoje vim andando para procurar um lugar sem muitas pessoas para poder ficar com a Lola, sem chateação, mas já estava indo embora.
— Ah não Regina, deixa eu brincar um pouco com ela.
— Sim Dra. fica aqui, minha filha está se trocando e já vem, vamos dar uma caminhada até ali na frente e já voltamos.
— Tudo bem.
— Vou ficar aqui brincando com a Lola.
— Tudo bem, sem entrar na água antes de sua mãe chegar. 
— Tá bom Vô...Maaaaeee olha quem eu encontrei aqui.
Emma caminhava sem entender o que estava acontecendo.
— Oi Lola, tudo bem garota, que bom te ver aqui. - Fez carinho em Lola que já correu atrás de Henry pra longe dali.
— Emma, eu nunca podia imaginar que ia parar bem na frente da casa do seus pais, estava procurando um lugar tranquilo para poder ficar com a Lola sem ninguém reclamar dela estar na praia, vim andando, não tinha ninguém e desci, quando de repente Lola saiu desesperada porque reconheceu Henry e aí conheci seus pais. - Fui falando tudo rápido demais.
— Ei tá tudo bem, que bom te ver, achei que não fosse te ver hoje, e veja só…
— Pois é cada coisa que acontece, parece destino, você está linda, não sei se tenho estrutura para te ver de biquíni, então por favor não tire a saída. (Risos)
— Isso vale para você também. - Emma me disse. 
Me lembrei que tinha um frisbee na bolsa e peguei, assim passamos a tarde brincando com Henry e Lola que nem vi a hora passar, foi muito divertido, eu estava morta, toda suada, então olhei para ela e disse: 
— Emma você vai me desculpar, mas eu preciso entrar no mar. - Passei as mãos para ver se o biquini estava no lugar certo e então tirei a saída de praia sob o olhar de Emma.
— Então somos duas, preciso também, tirou a saída floral que ela usava e jogou na minha cadeira, o biquini de Emma era tomara que caia, a parte de cima era verde e a parte de baixo floral predominando a cor verde.
Eu quase tive uma parada cardíaca, ver a loira assim e não poder tocar, era um martírio, a olhei de cima a baixo e disse: 
— Preciso do mar, água gelada por favor. - Ela riu e me acompanhou.
Ficamos um tempinho ali brincando nas ondas, quando saímos nos despedimos, conseguimos separar Henry e Lola e fui para casa, depois de dar um beijo bem demorado em seu rosto e cochichar em seu ouvido:
— Que vontade de você, minha linda. 
— Não diz isso! - Ela também sussurrou.
— Tá bom, eu não digo, só penso.
— Para. (Risos) A gente se fala? - Ela perguntou.
— Vou estar esperando ansiosamente.
— Tá bom. Beijossss.
— Ah esse eu vou querer pessoalmente.
— Eu também.
Nesse clima de paquera eu vim embora e a minha loira foi para casa dos pais.

De volta em casa depois de tomar banho comer alguma coisa, estava passeando nas páginas sociais, depois dei uma olhada em um site que fala sobre abuso e sobre adoção, estava esperando Emma me chamar no whats quando tocou a campainha de casa.
" Que estranho, quem será esse horário." 
Lola estava na porta esperando abrir, para correr ver quem era, e saiu na disparada. 
Antes de chegar a escada ouvi a voz conhecida de Emma e fiquei surpresa com essa visita inesperada.
— Emma, que surpresa.
— Precisava te falar uma coisa e não dava para ser pelo whats.



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