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História Singular - Lola


Escrita por: JennyMori

Capítulo 3 - Lola


Não havia dado 7:00 hrs ainda quando Emma acordou e pegou o celular, a vontade era ficar na cama mais queria sair cedo para não pegar muito movimento na estrada que levava ao sítio dos avós de seu filho, lá ela tinha um espaço onde cuidava de alguns animais resgatados, onde cuidava e depois colocava para adoção, a maioria cachorros e gatos, mais já havia cuidado de vários tipos de animais ali desde gambás, cavalos e aves.

Arrumou todas as coisas que precisava levar no carro, depois acordou Henry, que levantou rápido, pois estava ansioso demais para ver o potrinho, fez sua higiene matinal, e foi para a cozinha onde a mãe estava sentada na banqueta que ficava no balcão que dividia a cozinha da sala, Emma estava comendo uma torrada com requeijão e tomando um café preto, ao lado dela estava um potinho, o leite e o pacote de cereal de chocolate, que era o café da manhã preferido do Henry.

— Filho não demora muito, pra gente não sair tarde e pegar trânsito.

— Ta mãe, você pega meu tablet que está carregando no quarto?

— Eu pego garoto...e também seu casaco que não vestiu, que mania heim Henry, se deixei separado é porque tem que vestir, ou vamos ter que visitar a Drª Mills novamente.

Emma sentiu um arrepio percorrer seu corpo ao falar e se lembrar da Drª.

— Não ligo mesmo... eu gostei dela...– Disse dando de ombros. – Ela é muito melhor que o Dr. Paulo, muito mais legal.

— Ah é, e por ela ser legal você quer ir tirar sangue novamente é isso?

— Isso não... Prefiro colocar o casaco! (Risos)

— Acho bom mesmo. – Emma disse entrando pelo corredor e depois na segunda porta a direita no quarto da Henry onde tirou o tablet da tomada e pegou a jaqueta que estava no mesmo lugar que deixou, saindo do quarto viu a luz do banheiro do corredor acesa, deu um suspiro, apagou encostou a porta do banheiro e voltou para a cozinha, guardou o leite na geladeira, o cereal no armário, Henry tinha terminado e ela passou uma água no pote e na xícara que ela usou, deixando no escorredor de louça.

— Vamos filho, eu não vi a Lily hoje, vou deixar a janela aqui da cozinha aberta pra ela entrar e sair. – Vem vamos! Já são quase oito horas.

********

 Como de costume Lola arranhou a porta do quarto de Regina que levantou sonolenta e abriu a porta do quarto e a porta da sala para que Lola saísse pra fazer suas necessidades do lado de fora da casa, estava com muito sono ainda então deixou a porta aberta, colocou ração no pote da Lola e voltou pra cama esperando que Lola voltasse logo em seguida, Regina adormeceu.

 Lola desceu as escadas como gostava de fazer para ficar vendo o movimento da rua, mais esse dia encontrou a porta um pouco aberta, essa porta levava a rua e provavelmente Regina achou que fechou mais deixou aberta, Lola com o focinho terminou de abrir o portão e saiu para a rua, foi cheirando tudo que encontrava pela frente, como uma cachorra de porte grande ela chamava atenção das pessoas que passavam por ela, até que parou em frente a uma padaria, já um pouco distante de casa,  um funcionário desse lugar veio em sua direção com uma vassoura e com um gesto para que ela saísse dali ele acabou batendo nela que se assustou e correu pra rua, sendo atropelada por uma moto onde o motociclista acabou caindo, formou-se um tumulto ali de curiosos, pessoas que queriam ajudar, o dono da padaria também estava por ali nervoso, reclamando com as pessoas que diziam que o funcionário dele era culpado por ter batido no cão.

— Ai meu Deus, era só o que faltava. – Disse Emma irritada. – Um acidente... Vai atrasar a gente.

— Acidentes acontecem mãe, alguém pode estar até morto e você reclamando de chegar atrasada.

— Poxa filho, você tem razão, tem horas que você parece mais velho que eu... Vou tentar saber o que aconteceu.

Abaixou o vidro do carro, era uma EcoSport verde, e perguntou para um homem que vinha na direção do carro, voltando do lugar do acidente.

— Oi Senhor, o que aconteceu ali?

— Ah, foi um acidente, um cachorro entrou na frente da moto e derrubou o motoqueiro. – O homem falou balançando a cabeça.

— O Cachorro está ferido? – Henry tirou o cinto veio entre os bancos foi logo perguntando.

— Henry! – Emma olhou pra ele com cará feia. – Desculpa, como eles estão o motoqueiro e o cachorro.

— Parece que o motoqueiro quebrou a perna, está com dor e o cachorro está deitado lá, não saiu do lugar.

— Mãe você tem que ir lá! – Henry disse quase chorando.

— Calma Henry...– Obrigada Senhor é que eu sou veterinária e protetora de animais, eu vou dar uma olhada no cachorro, o senhor sabe se já chamaram socorro para motoqueiro?

— Já sim, deve estar chegando.

— Obrigada Sr. Tenha um bom dia. – O homem se despediu com um aceno. – Desce pelo outro lado Henry, vou pegar minha maleta lá atrás.

Emma pegou a maleta, segurou a mão do filho e caminhou até o local do acidente, viu a moto caída, o rapaz que estava deitado ao lado ainda com o capacete na cabeça, e só então avistou o cachorro imóvel deitado no chão.

— Bom dia pessoal. – Cumprimentou as pessoas que estavam em volta do rapaz – Já chamaram o siate para tender o rapaz, ele está bem, está conversando? Depois de receber sim para as suas perguntas disse: – Eu sou veterinária e vou ver se está tudo bem com o cachorro, se virou e abaixou ao lado do cão.

— Henry fica bem perto de mim filho, não toque nele não sabemos se é bravo, vou colocar a focinheira primeiro – Emma pegou na maleta uma focinheira e colocou com facilidade, passou a mão pelo corpo dela tentando saber se tinha quebrado alguma coisa, quando tocou a pata dianteira esquerda percebeu o cão puxou a perninha. – Humm então foi aqui né garoto, filho me dá um kit pra atadura.

Henry passou o kit e sua mãe fez o trabalho de imobilizar a perninha do cão, enquanto isso Henry prestava atenção e percebeu que ela estava com uma coleira ele virou procurando o nome.

— Mãe é uma fêmea o nome dela é Lola.

— Tem telefone filho?

— Não tem... Ta escrito Lola dos dois lados. – disse virando o pingente preso na coleira.

— Vou levar ela pro carro, você pega a maleta que eu levo ela.

Emma levantou Lola do chão com facilidade, já estava acostumada com esse serviço e sabe o jeito certo de carregar um animal.

— Filho vou colocá-la no banco de trás, porque tem o peitoral e cinto preso ai, sorte que esqueci de tirar. – Emma colocou ela sobre o banco e prendeu o peitoral nela que já estava levantando o pescoço, tirou a focinheira e fez carinho, e recebeu uma lambida na mão.

— Olha mãe ela está te agradecendo por cuidar dela.

— É parece que sim, né garota? O que vamos fazer com ela Henry? Seu avô está nos esperando...ela vai ter que ir com a gente e na segunda-feira procuramos a família dela.

— E se não achar a gente pode ficar com ela?

— Henry a gente já conversou sobre isso filho. – Falou enquanto preparava uma injeção pra tirar a dor.

— Ah mãe, mais você disse que eu ia poder ter outro cachorro, e já faz tempo que o Scooby morreu e nada.

Emma entrou no carro, olhou para o Henry que já estava fazendo carinho na cabeça de Lola.

— Coloque o cinto filho... temos tantos cachorros no sítio, tem cavalos, agora tem o potrinho, patos, galinhas, gatos.

— Mais nenhum é meu... Bom só a Maçã que ganhei do vovô. Eu quero outro labrador mãe!

— Henry eu já disse que não concordo em comprar um amigo, um animal, não gosto do comercio de animais filho.

— Eu sei mãe, mais olha que linda que ela é, ela está me lambendo... Ela gosta de mim.

— Claro que gosta, e a família dela deve gostar muito dela também.

— Mais ela pode não ter ninguém, por favor mãe.

— Está bem Henry se não encontrarmos os donos. – Emma disse pra encerrar o assunto.

— Ebaaaa.

********

 Regina acordou olhou para a caminha da Lola, viu que ela não estava, se levantou foi até a sala, Lola também não estava no sofá, Regina chamou e nada, foi até a cozinha o pote de ração estava cheio, então já se preocupou, correu até a escada e percebeu o portão aberto, voltou correndo para o quarto, tirou a camisolinha que usava, colocou um vestido, chinelos , pegou a chave do carro o celular e desceu a escada abrindo a porta que dava acesso à garagem, abriu o portão com o controle, deu uma olhada na frente de casa , não vendo a Lola entrou no carro, um Kia Soul preto, e saiu fechando o portão novamente.

 Já era bem tarde quando Regina voltou para casa, estava exausta, cabeça doendo, procurou Lola por toda a cidade, todas as ruas, toda a beira bar, andou e andou por todos os lugares, perguntou pra muitas pessoas e nada, parecia que Lola tinha evaporado, se arrependeu por ter trocado a coleira há alguns dias atrás, a coleira antiga tinha o numero de seu telefone, e agora só podia contar com a sorte.

Imediatamente espalhou nas redes sociais, fotos da Lola com o telefone de contato e oferecendo recompensa pra quem a encontrasse.

 Lola tinha sido sua companheira já a cinco anos, era uma bolinha de pêlo chocolate quando chegou, Regina ganhou Lola de uma amiga, que deu na intenção de tirar Regina da depressão, e aos poucos Lola conseguiu sim, fazer com que Regina voltasse aos poucos a viver normalmente, e agora deixou ela fugir em uma cidade desconhecida, onde a própria Regina não conhecia ninguém... Regina sentiu seu coração apertado ao imaginar viver sem a Lola, sua filha, sua companheira mais fiel.


Notas Finais


Me digam se estão gostando.


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