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História Sinner [jikook] - Kwan Heesol. Him. [part XXIX]


Escrita por: chagaseu

Notas do Autor


EAE BRASIL, TURUBOM?

ACHO Q EU PREFIRO ATUALIZAR A CADA DOIS DIAS MESMO, PRA CRIAR AQUELE SUSPENSE (: KKJKKKK QRO VER A DISCÓRDIA

Gente me acharam no face, se é vc me adiciona pf ❤️

Eu deveria ter juntado esse capítulo ao anterior, mas fui meio burra *cry*

Mas tudo bem, tamo aí

Capítulo 30 - Kwan Heesol. Him. [part XXIX]


Por algum motivo que por alguma razão parecia compreensível, o primeiro lugar que Jimin pensou em ir foi o sótão. Haviam respostas para toda e qualquer pergunta sobre o passado de JungKook ali, o ômega sabia. Senão não haveria motivo para o lugar ser terminantemente inacessível a qualquer ser vivente.

Aquele lugar escondia o passado de alguém que sofreu injustamente sem saber de nada, e Jimin iria descobrir de uma maneira ou de outra. Poderia assumir a responsabilidade mais tarde se JungKook chegasse a descobrir o que fez, mas valeria a pena. Valeria a pena poder saber o que atribulava tanto a pessoa que amava, e assim ser capaz de ajudá-lo.

Então não se importou com o ranger da madeira velha do primeiro degrau nem com a poeira do corrimão. Subiu degrau por degrau, cuidadosamente, seu coração batendo rápido pela adrenalina inesperada. Algo na atmosfera daquele lugar gritava para que não entrasse, mas entraria.

Nem que isso valesse um chicote em suas costas, não era isso que havia dito à si mesmo?

Quando finalmente colocou seus pés no terceiro andar, toda a expectativa que tinha a respeito do lugar foi por água abaixo. Era empoeirado, nem ao menos havia eletricidade. A única luz que iluminava de maneria precária o sótão era uma fresta na janela, e só. Parecia um cenário de filme de terror. Ou talvez de uma ópera dramática.

- O que é isso...? - Perguntou a si mesmo em tom de desdém, o cenho franzido. O que diabos JungKook esconderia em um lugar como aquele?

Percorreu o cômodo inteiro, e as únicas coisas que haviam ali era um porta retrato de uma mulher bastante parecida com JungKook, de quem Jimin deduziu ser a mãe, e um armário de vidro cheio de arquivos de papel. O papel de parede era vermelho sangue, o chão não tinha carpete, era de madeira e tudo tinha uma aura sombria.

Será que havia, realmente, alguma resposta naquele lugar?

Bem, Jimin não desistiria tão fácil. Já bastava desobedecer ordens tão claras, agora jogar a oportunidade fora por superficialidade era bobeira.

Visualizou, no escuro, dois manequins. Um deles tinha um terno preto de veludo com pequenas pedrinhas encravadas nas ombreiras e pulsos, a coisa mais bonita que Jimin já havia visto na vida. O outro tinha uma camisa vermelha, toda detalhada, muito bonita também. As duas peças juntas deveriam pagar por sua casa todinha.

Mas aquelas roupas não pareciam ser de JungKook, eram modelos feitos para ômegas.

Espera, ômegas? Os únicos ômegas que viviam na casa eram Seokjin, Taehyung e Jimin, mas Taehyung era muito pequeno para caber ali, Seokjin não conheceu JungKook antes de se casar e não pareciam ser para Jimin igualmente.

Houve mais algum ômega naquela casa do qual Jimin não tinha conhecimento?

Com a sobrancelha erguida, Jimin passou a caminhar tateando as paredes por estar escuro, não achando nada que pudesse lhe explicar o porquê das duas roupas caríssimas.

Já estava quase desistindo de encontrar alguma coisa quando finalmente sentiu uma saliência em uma das paredes. Esperançoso, Jimin apertou os olhos para tentar ver o que era, mas o susto fez com que ficasse duas vezes mais visível. Definitivamente não era o que esperava ser.

Era um quadro em tamanho real de um jovem. Um jovem muito bonito.

Seus cabelos eram tão loiros e brilhantes quanto os de Jimin, apesar dele ser alguns centímetros mais alto. Os olhos eram levemente puxados, negros como milhares de madrugadas. E seu olhar perfurava, penetrava a alma. Era profundo. Tinha um sorriso de lado, expondo uma emoção indefinida. Deboche? Orgulho? Nem mesmo Jimin sabia.

Mas a pergunta que não queria calar era simples.

Quem era aquele rapaz?

O ômega tinha o cenho franzido, confuso. O que diabos o quadro de um jovem, visivelmente um ômega, estava fazendo no sotão proibido daquela casa? Olhando com mais atenção, Jimin percebeu que no canto do quadro havia um nome com uma assinatura e um coração logo abaixo. Em um hangul caprichado e detalhadamente escrito estava o nome "Kwan Heesol." Não somente em hangul, mas também em hanja.

"Para que se lembre de mim quando os anos passarem" estava escrito também, bem pequeno.

Ao recuar alguns passos pra trás, Jimin acabou batendo de leve as costas no armário que continha os inúmeros arquivos de papel. Engoliu em seco, e com as mãos trêmulas, abriu uma das delicadas portinhas de vidro e tirou de lá um pedaço de papel. Estava impecável, como se não tivesse sido tocado há anos.

Temeroso, o ômega levou o olhar até o envelope.

"De: Kwan Heesol

Para: Jeon JungKook"

- Mas o quê... - Sussurrou, tirando a suposta carta de dentro do envelope. Pôs se a ler, por mais que sentisse o estômago revirar. A caligrafia era bonita, redonda. Lembrava um pouco a sua própria.

"Querido,

As coisas estão meio difíceis por aqui. Seu pai mandou dois homens para me vigiar, eu tenho medo do que eles podem chegar a fazer se eu arriscar ir à sua casa novamente. Queria te ver, estou com saudades de você. Meu heat está próximo, você sabe.

Estou muito chateado, pois Namjoon e Hoseok são à favor do tal Park. Eles são os irmãos mais velhos, JungKook, e têm muita influência em qualquer decisão dessa família. Bem, eu sei que quem ama não diz adeus, mas tenho medo de acabar acontecendo. O Park é de família rica, se quisesse comprar meu sobrenome ele poderia. Não quero perder você pra ele.

Baekhyun está se rebelando, amor, ele quer ir embora para Gwangju. Não sei o que fazer, parece que está tudo desmoronando para nós.

Mas eu tenho fé que um dia nós finalmente poderemos ficar juntos. Acredita que Zitao está disposto a nos ajudar a fugir? Vamos embora, amor. Pra bem longe daqui, talvez pra Europa. Sabe que eu tenho parentes lá.

Responda-me quando for possível. Eu te amo.

Do sempre seu,

Kwan Heesol."

Jimin arregalou os olhos de tal maneira que pensou que fossem saltar para fora das orbes, sem acreditar no que lera. Não satisfeito, Jimin puxou de lá outra carta, dessa vez JungKook era o remetente. Não tardou a começar a ler por mais que desconfiasse que se continuasse naquela agonia sofreria um ataque cardíaco.

"Amor,

Eu sinto muito pelo meu pai. Sabe como ele pode ser duro às vezes. Pode deixar, eu dispenso os guardas. Não venha aqui em casa, deixe que eu vou até a sua. É mais seguro para nós dois.

E não ligue para Namjoon e Hoseok, eles não podem mudar nada. Nós vamos ficar juntos pra sempre. O Park de quem você tanto fala se chama Park Jimin, mas nós não vamos casar. Eu vou me casar com você, Heesol.

Eu tenho medo da ideia de fugir e deixar meus pais e meus irmãos, mas se é por nós eu faço. Meu aniversário de 16 anos está chegando, podemos fugir na madrugada anterior à data. Vamos comemorar à caminho da Europa em alto mar, num cruzeiro. Nós merecemos.

Eu também te amo. Até mais.

Jeon JungKook."

- Meu Deus… - Disse, mudo, somente mexendo os lábios. As mãos de Jimin tremiam, seu coração estava disparado e estava suando frio.

Ainda atônito, o ômega devolveu as cartas em seus respectivos lugares, sem acreditar no que seus olhos viram. Desejando não ter ido até o terceiro andar, se retirou do local o mais rápido possível, jurando à si mesmo que nunca mais voltaria lá.

_______________•♡•_______________

Kwan Heesol.

Tal nome não saía de sua cabeça desde que fora ao sótão mais cedo.

Jimin não conseguiu olhar nos olhos de Seokjin nem de Taehyung, não conseguiu comer, não conseguiu fazer nada a não ser tentar digerir aquela informação.

Naquela noite Jimin teve pesadelos, não conseguiu dormir, sua mente estava sendo atormentada por aquele nome e por aquela carta. Por aquele jovem. Deus do céu, JungKook teve bruscamente interrompido um romance de anos. De pessoas que sofreram para estar juntas e a morte acabou por separar. Mas JungKook odiava Kwan Heesol por algum motivo ainda desconhecido para Jimin, ele odiava aquele a quem amou por tanto tempo?

Por quê?!

Então era por isso. Era por isso que era daquele jeito. Por causa de Kwan Heesol, por causa do romance que secretamente tiveram.

- JIN HYUNG! - Gritou, com medo, ao ver a luz de um raio riscando o céu e ao ouvir o barulho estridente de um trovão logo em seguida. Seus olhos se encheram de lágrimas e em um ato totalmente inconsciente, abraçou o travesseiro. - HYUNG! - Tentou novamente, assustado.

Seokjin abriu a porta de seu quarto repentinamente, os olhos arregalados pelo susto.

- Jimin, meu Deus, o que aconteceu?! - Perguntou, preocupado, correndo até a cama do ômega, coçando os olhos.

- Eu tô com medo, hyung. Deita comigo, por favor.

Seokjin suspirou fundo, acalmando-se ao colocar a mão do lado esquerdo do peito, sentindo o coração bater rápido pelo susto.

- Tudo bem, Jiminnie. - Deitou-se ao lado do irmão, afundando-se no colchão macio e cobrindo-se com os pesados travesseiros. Jimin se aconchegou bem perto do ômega mais velho, automaticamente sentindo-se protegido. - Por que ficou assustado? - Seokjin acariciou os cabelos loiros, tentando passar-lhe tranquilidade.

- Tenho medo de tempestades. - Respondeu-o, aproveitando o carinho. - Eles voltam amanhã, né?

- Sim. Amanhã cedo. - Sorriu involuntariamente. - Ah, que saudade do meu Nam… - O rosado suspirou, desejando mais que nunca ter o marido ao seu lado. Parece que não era somente Jimin que teve dificuldade de dormir sozinho na cama.

- Também estou com saudades do Hoseok. - Disse mais a si mesmo do que para Seokjin. O mesmo franziu o cenho.

- E do JungKook? - Riu.

- Também, hyung. Mas senti mais saudade do Hoseok.

- Você é muito colado com Hoseok, às vezes eu me pergunto se não há algo a mais nessa amizade toda. - Ergueu a sobrancelha. Jimin arregalou os olhos.

- Não, hyung, claro que não. Pfft, eu e Hoseok? Termos algo a mais? Não, nunca. - O ômega respondeu nervosamente, visivelmente desconfortável. Mas Seokjin estava sonolento demais pra notar. - Vamos dormir. Amanhã eles vão chegar e nós temos que estar despertos.

- Tem razão. - Bocejou, por fim, fechando os olhos. Jimin agradeceu aos céus, suspirando fundo e abraçando o corpo quentinho de seu irmão. - Boa noite, Jimin. - O mais novo fez o mesmo, sentindo-se seguro por ter o irmão por perto.

- Boa noite, Seokjin hyung.


Notas Finais


Ok tchau


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