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História Sinner [jikook] - Origins [part XXXI]


Escrita por: chagaseu

Notas do Autor


capitulo reescrito no dia 21 de Maio, 2023.

Capítulo 32 - Origins [part XXXI]


Jimin precisava de Hoseok naquele momento.

 

Mais do que respostas e explicações, naquele momento, Jimin precisava de um ombro amigo. 

 

Não queria contar nada à Seokjin, pois conhecia o gênio do irmão; sabia que a situação ficaria ainda mais complicada. Taehyung era jovem demais para entender a gravidade do que havia acontecido. Então a sua última alternativa era Hoseok. A sua melhor alternativa. 

 

Depois de chorar copiosamente no chão do seu quarto, ainda tentando processar tudo o que aconteceu, Jimin se levantou. Trêmulo e ainda em choque. Ao olhar-se no espelho, quase não reconheceu a pessoa que viu. 

 

Olhos vermelhos pelo choro, e opacos também. Seus cabelos estavam um pouco desgrenhados, tamanha a sua exasperação há alguns momentos. 

 

Havia um corte no canto de seu lábio, onde havia sido machucado. 

 

JungKook tinha arrancado sangue do ômega. A pessoa que o ômega tanto amava, que tanto se esforçou para amar… O havia machucado daquela forma. 

 

Não se reconheceu, pois já não via a imagem de perfeição com a qual estava tão bem acostumado. 

 

Entre lágrimas que secavam e mãos que tremiam, Jimin cobriu o corte com maquiagem. Não havia muito que podia fazer para escondê-lo. Mas mesmo assim, iria tentar. 

 

Ninguém tinha que saber. JungKook havia sido impulsivo. Jimin o havia enfrentado, e eles tiveram um impasse. Simples assim. 

 

Simples assim, o ômega repetiu para si mesmo. 

 

Então, depois de fazer o seu melhor para apagar quaisquer resquícios do que aconteceu, ele foi atrás de Hoseok, que estava em seu quarto. 

 

– Hyung… – Chamou, aparecendo na porta entreaberta. O alfa imediatamente levou o olhar para si, respondendo imediatamente à menção de seu nome.

 

A verdade é que Jimin tinha seu orgulho. 

 

Geralmente se recusava a sentir-se pequeno, humilhado, como se sentia naquele momento. Jimin era acostumado a estar sempre perfeito. Roupas perfeitas, fala perfeita, emoções perfeitas, inabaláveis. 

 

Mas ao ver Hoseok ali, com aqueles olhos amendoados carregando toda a preocupação do mundo, todo o seu orgulho pareceu desaparecer.

 

Jimin sentia que qualquer passo em falso lhe faria desabar. 

 

– Jimin-ah. – Ele respondeu, indo até a porta e abrindo-a para que o ômega entrasse. Guiou-os até a cama onde se sentaram lado a lado. 

 

O loiro notou que Hoseok deixou a porta entreaberta. O suficiente para que se alguém passasse, visse que os dois estavam juntos, mas não estavam fazendo nada além de conversar. 

 

Não era para Jimin estar ali. 

 

Aquele quarto não era seu. 

 

Aquele alfa não era seu. 

 

Jimin não era bem vindo ali. 

 

Jimin não era Yoongi. 

 

Aqueles pensamentos martelavam impiedosamente em sua cabeça. Seu coração estava em chamas, prestes a explodir. 

 

– Você esteve chorando. O que foi? – Hoseok colocou sua mão sobre o ombro do ômega, como se estivesse consolando-o. E talvez estivesse. 

 

Talvez tudo que Hoseok sentisse por si fosse pena. 

 

Talvez tudo que toda aquela família sentisse por si, fosse pena. 

 

– Eu não sabia que Heesol estava… 

 

Tentou responder-lhe, mas sua voz gradativamente desapareceu, se tornando nada mais que um sussurro. Não teve coragem de dizer a última palavra. 

 

Hoseok suspirou fundo, tirando sua mão do ombro do ômega. Sua aura agora estava pesada, seus olhos fixados em um canto qualquer do quarto. 

 

Aquele tópico era doloroso para toda a família, aparentemente. 

 

– Foi ao sótão, não foi? – Hoseok perguntou, mesmo que já soubesse que a resposta seria positiva. Jimin assentiu, receoso. – Ah, pequeno... Essa é a pior forma de descobrir sobre essa… Vergonha para o nosso nome. 

 

– Eu descobri através do próprio JungKook. Eu pensei que ele ainda tivesse conexões à ele… E… – Respondeu-o, mexendo com sua aliança inquietamente. – Nós tivemos uma discussão. 

 

O alfa ficou em silêncio por algum tempo.

 

– Jimin… Heesol pode ter causado muita dor para todos nós, mas… Ele era muito importante para JungKook. 

 

– Eu sei disso. JungKook o amava. – Murmurou amargamente, mesmo que isso doesse em seu coração. 

 

Hoseok suspirou.

 

– JungKook insistiu em trazer as coisas dele pra cá, depois que ele se foi. Colocou-as todas no sótão, mesmo que ninguém concordasse com ele. Nem mesmo o nosso pai. Nós já tentamos convencer JungKook a tirar as coisas dele daqui, mas ele nunca nos escutou. Namjoon e eu odiamos aquele lugar. 

 

O tom de Hoseok era sério, firme. Até mesmo severo. 

 

Nunca ouviu-lhe falar daquele jeito. Nunca viu-lhe passar mais de alguns minutos sem sorrir. 

 

– Heesol envergonhou o nome do meu irmão. Por pouco não destruiu a vida dele. Eu queria muito, muito, Jimin, que você não tivesse visto os rastros daquela víbora dentro dessa casa. 

 

Seu coração batia desesperadamente dentro do peito. 

 

Nunca ouvira Hoseok falar daquele jeito. Aquilo lhe deixava um gosto amargo na boca. 

 

Aparentemente, ele não tinha nada além de desdém e rancor por Heesol. Aquela história era muito mais complexa do que imaginava. 

 

– O que foi que ele fez, hyung? Me conte, eu preciso saber. – Pediu. Hoseok suspirou, e colocou sua mão sobre a do ômega. 

 

– Você tem certeza, Jimin? 

 

– Tenho. Eu não quero mais ficar no escuro. 

 

Hoseok assentiu. 

 

Mas quando ia começar a explicar tudo desde o começo, a pequena marca coberta com pó no canto do lábio de Jimin começou a sangrar.

 

– O que é isso? – Perguntou, tocando o local com o polegar, seus olhos arregalados. Jimin estremeceu e se afastou.

 

– Mordi o lábio. Não foi nada. – Tentou novamente, implorando pra Hoseok não pensar nada errado.

 

– Eu não sou idiota. O que aconteceu? – Perguntou, sério. 

 

– Nada. – Bufou, agoniado. – Termine a história, por favor. Eu preciso saber. – Tentou chamar sua atenção para si novamente.

 

Mas ele não falou nada. Absolutamente nada.

 

– Você teve uma discussão com JungKook sobre Heesol… E agora está com um corte na boca… – Sussurrou, os olhos fixados no machucado. – Ele te bateu?

 

O alfa perguntou. Suas feições foram de preocupadas para furiosas. 

 

O loiro ficou agoniado. Não o respondeu, sabendo que apesar da sua resposta, fosse ela sim ou não, a situação estava prestes a se agravar. 

 

– Ele te bateu, Jimin?! Me responde! 

 

Hoseok se levantou, visivelmente alterado. 

 

– Hyung! – Levantou-se também, e segurou seu braço. – Hyung, deixa pra lá, foi no calor do momento! – Implorou.

 

– Então ele te bateu. 

 

Hoseok riu. Mas não o riso doce, agradável, com o qual Jimin estava tão bem acostumado. 

 

Um riso frio, ensandecido. 

 

– Eu vou matar aquele bastardo. – Grunhiu, quase voando para fora do quarto. Mas Jimin lhe segurou fortemente pelo braço, tentando impedi-lo. 

 

– Por favor, não faça isso! Eu que mexi com o que não devia, por f—

 

– Senta.

 

– Não faça essa besteira, h—

 

– Agora! – O alfa rosnou, fazendo Jimin estremecer.

 

Sabendo que não tinha uma escolha, o ômega se sentou na cama de novo, por mais que estivesse agoniado, exasperado. 

 

– Hyung, deixa pra lá, por favor. Nós podemos cuidar disso depois. – Disse, sua voz embargada. Mas Hoseok ignorou-o, puxando seu braço e saindo porta afora.

 

Antes que o fizesse, entretanto, virou-se para fitar Jimin.

 

– JungKook já cometeu muitos erros e saiu impune! Eu não vou deixar isso acontecer de novo! 

 

Ele disse de forma brusca. 

 

E Jimin não conseguiu tirar os pés do chão para impedir Hoseok.

 

O mesmo desceu as escadas quase correndo, chamando a atenção de todos na sala de estar. 

 

Inclusive de JungKook, que imediatamente soube o porquê de sua exasperação. 

 

– Você enlouqueceu?! Perdeu o juízo de vez?! 

 

Hoseok deixou seu lobo falar mais alto ao usar a voz de alfa ao chegar na sala de estar, pisando forte. 

 

Encontrou um JungKook sentado no sofá. Ele estava trêmulo, pálido. Se não estivesse tão alterado, teria pena dele. 

 

Namjoon arregalou os olhos com o susto, e Seokjin se encalçou ao seu alfa por instinto. 

 

– Jin, meu bem, saia daqui. – Namjoon pediu. 

 

Ele imediatamente assentiu, levando Taehyung, que estava na cozinha, para o seu quarto. 

 

O menino também se assustara, Hoseok jamais usou sua voz de alfa em momento algum. Aquilo era assustador. 

 

– Hyung, você perdeu a cabeça? – Namjoon repreendeu. – Jin e Taehyung são ômegas, não se pode usar o tom de alfa perto deles, você sabe disso! O que aconteceu?

 

– JungKook bateu em Jimin, foi isso que aconteceu! – Rebateu, furioso, fazendo Namjoon arregalar os olhos.

 

O alfa levou os olhos ao seu irmão mais jovem, que estava tão pálido que parecia estar prestes a desmaiar. 

 

– Eu não queria! Eu não queria. Foi um acidente. – Sua voz estava trêmula, amarga. 

 

– Um acidente?! E o que poderia ter acontecido pra te deixar tão alterado, a ponto de acidentalmente agredir o seu ômega?! 

 

JungKook se levantou, e ainda que estivesse a alguns passos de distância do alfa mais velho, estava agora olhando em sua direção. 

 

– Ele me desobedeceu. Me afrontou sem saber a verdade. 

 

Hoseok riu seco, se controlando para não deixar que a situação se agravasse. 

 

Mas havia muito rancor ali, muitas mágoas antigas que decidiram enterrar, e que agora viriam à tona. 

 

Sabia que de uma forma ou de outra, alguém sairia machucado. 

 

– JungKook, Jimin descobriu sobre Kwan Heesol! – Hoseok proferiu o nome do rapaz com escárnio. – Você bateu nele porque ele descobriu que Heesol existia! Ele é seu marido, não te fez nada! 

 

– Eu disse a ele que a ida ao sótão era proibida! E ele me desobedeceu! – Respondeu.

 

– Talvez a culpa seja sua, por ter mantido os rastros daquele… Daquele ser dentro da nossa casa! O lugar daquele ser não é aqui, e nunca foi! 

 

Hoseok apontava seu dedo para JungKook, que agora respirava pesado. 

 

– Não fale dele assim! Heesol era um ômega tão respeitável quanto qualquer outro! 

 

Hoseok riu, deboche pingando do canto de seus lábios. O alfa mais velho chegara ao seu limite.

 

– Kwan Heesol era uma PROSTITUTA! – Bradou, alterado, fazendo Namjoon se posicionar para separar a briga que visivelmente se formaria. – Ele era a merda de uma puta barata, ia pra cama com quem pagasse mais caro! 

 

– DESGRAÇADO! – JungKook grunhiu ao ir pra cima do irmão, acertando-lhe o rosto em um soco. 

 

Hoseok era e sempre foi mais magro que seus dois irmãos, e o impacto do soco fê-lo cair com tudo pra trás, e bater as costas na quina da mesa de centro. 

 

Gemeu de dor, mas ainda assim se levantou, ignorando a forma como Namjoon gritava palavras que não conseguia entender por causa da raiva cegante que sentia. 

 

– PROSTITUTA! – Acusou. – Ele era uma PROSTITUTA! Te manipulou do início ao fim, quase destruiu a sua vida! E o que o seu marido fez?! NADA! Só descobriu a VADIA que você idolatra! 

 

– PARA, HOSEOK! – Namjoon tentou interferir, sendo solenemente ignorado. Quando tentou segurar o alfa vendo que ele ia para cima de JungKook, Hoseok o empurrou, fazendo-lhe cambalear.

 

– Você humilhou Jimin por causa de uma prostituta! Não têm vergonha de si mesmo, JungKook?!

 

Os dois gritavam, ainda usando o tom de alfa para intimidar o outro, o que intimidava na verdade os três ômegas que estavam juntos no momento e ouviam tudo. 

 

– Tira o nome do meu ômega da sua boca, desgraçado! – Rosnou. Namjoon era forte o suficiente para segurar JungKook, agradecendo aos céus por Hoseok ter parado de avançar.

 

– Ah, então agora você se importa com ele?! 

 

JungKook já estava incrivelmente alterado. Ensandecido. 

 

Mas quando ouviu Hoseok dizer aquilo, seu sangue virou cobre em suas veias. Fervia, borbulhava. 

 

A ideia de Hoseok e Jimin fazia sua cabeça girar. Fazia o chão desaparecer debaixo de seus pés. Jimin fazia os seus instintos mais possessivos e quase obsessivos virem à tona. 

 

Percebeu, naquele momento, que faria coisas indizíveis e impensáveis por ele.

 

Hoseok não sabia de nada. Hoseok não fazia a mínima ideia do quanto JungKook se importava com Jimin.

 

– EU VOU MATAR VOCÊ! – Fincou as unhas curtas no pulso de Namjoon, tentando desesperadamente sair daquele aperto e avançar em Hoseok. – ME SOLTA, NAMJOON! 

 

– Solta ele, Namjoon! Ele gosta de bater em ômegas, deixa ele vir pra bater em alguém do seu tamanho!

 

– PAREM COM ISSO! – Namjoon exclamou, irritado, fazendo os dois finalmente pararem. Principalmente porque pegou JungKook pelo braço e o empurrou para o outro lado da sala, para longe de Hoseok, fazendo-lhe cambalear.

 

E entre mortos e feridos, salvaram-se todos.

 

– Os dois idiotas perderam a noção?! – Interrogou, alterado. – Você merecia uma surra bem dada por ter criado essa confusão!

 

Apontou o dedo para Hoseok, que respirava pesado. Seu nariz sangrava de forma preocupante, e suas costas certamente carregavam um hematoma pela queda que sofreu. 

 

– E você merecia duas por ter agredido o seu ômega! – O castanho massageou as têmporas. – O dia em que você levanta a mão para um ômega, é o dia em que você oficialmente deixa de ser alfa. – Disse, olhando nos olhos do mais novo, que tinha o olhar irritado mas envergonhado. – Você vai tirar tudo daquele sótão até o fim desta semana. E se não o fizer, eu vou atear fogo em tudo. 

 

JungKook arregalou os olhos, desacreditado com a hipótese. 

 

– Você não pode fazer isso!

 

– POSSO SIM! 

 

Namjoon usou seu tom de alfa dessa vez, para surpresa dos dois. JungKook imediatamente se silenciou. Hoseok mordeu o lábio inferior para que não falasse mais nada. 

 

– Não seja tolo e faça o que eu mandei. Aquele homem já te machucou demais. É hora de seguir em frente. – Disse, firme, para o alfa mais jovem que tremia como uma folha no vento. – E você. – Apontou para Hoseok que limpava o sangue do nariz com as costas das mãos. – Você não é o dono da verdade, e sabe muito bem que não se usa a voz de alfa com ômegas por perto. Vá pedir desculpas para Seokjin hyung e Taehyung. – Deu as ordens, sério, e se retirou.

 

E mesmo que não fosse o hyung e sim o filho do meio, ninguém ousaria desobedecer Namjoon.

 

Hoseok passou por JungKook ao andar até a escadaria, olhando-o com desprezo.

 

– Isso não acaba aqui. – Murmurou, passando pelo irmão. 

 

– Tenha certeza que não. – JungKook rebateu, vendo Hoseok se afastar. 

 

O mais jovem saiu pela porta afora. Precisava respirar novos ares, ou sua cabeça explodiria. 

 

Pegou seu cavalo, e foi para longe, longe de casa.



 

_______________•♡•_______________



 

Ao entrar no quarto de Jimin, encontrou Seokjin sentado ao lado de Jimin e Taehyung no colo do ômega mais velho. Os três imediatamente levaram o olhar para si, e Hoseok pôde perceber que todos eles tinham expressões assustadas e receosas no rosto.

 

– Me perdoem, por favor. – Pediu, abaixando a cabeça e mostrando vergonha. – Eu não me arrependo de nada do que disse… Mas eu me arrependo por ter me descontrolado. Me perdoem.

 

– Está perdoado. – Seokjin disse, com um braço envolvendo Jimin e o outro envolvendo Taehyung. Instinto protetor. Hoseok conhecia muito bem aquela reação. Lembrou-lhe muito o seu próprio ômega. Protetor. 

 

– Eu perdôo o Hobi hyung. – Taehyung respondeu, recebendo um carinho nos cabelos do ômega mais velho. Hoseok assentiu, sorrindo pequeno. 

 

– Jimin-ah, você está bem? – Perguntou, preocupado.

 

– Jimin precisa ficar um pouco sozinho. Precisa descansar. – O rosado respondeu-lhe, levantando-se da cama e acariciando a barriga que já se tornava saliente. Hoseok sorriu com aquele ato. 

 

O ruivo assentiu, suspirando fundo, e se virou para sair do quarto. Mas Jimin o impediu. 

 

– Hyung. Fica. Por favor. 

 

Ele pediu, para surpresa de Seokjin. Ele franziu o cenho, mas não lhe contestou. Confiava em Hoseok. Sabia que ele e Jimin eram próximos. E também havia acabado de testemunhar Hoseok defendendo a honra de seu irmão. 

 

Não o faria mal nenhum. Ou ao menos orava fervorosamente que não. 

 

Os dois ômegas saíram do quarto, deixando Jimin e Hoseok a sós. 

 

– Você não me odeia, certo? – Perguntou retoricamente, ajoelhando-se na frente de Jimin.

 

O mesmo riu fraco, mesmo que seus olhos ainda estivessem marejados. Ele negou aquilo com a cabeça. 

 

– Você sabe o quanto eu me importo com você. Pensar que ele colocou as mãos em você pra te machucar, meu Deus… – Deitou sua cabeça nas pernas do loiro, surpreendendo-se ao ter seus dedos acariciando os fios ruivos. – Eu me descontrolei. Eu nunca pensei que ele pudesse fazer isso.

 

– Eu sei. – Sussurrou, erguendo seu rosto e fazendo-lhe olhar para si. Quando Jimin percebeu que havia sangue em seu nariz, Jimin arregalou os olhos. – Hyung! Você está machucado!

 

Hoseok riu sem humor, assentindo.

 

– JungKook sempre foi mais forte do que eu. 

 

– Não acredito nisso, hyung. Não acredito que se meteu em uma briga igual um adolescente. – Jimin se levantou da cama, indo ate a sua penteadeira, procurando por algum lenço com o qual Hoseok pudesse limpar seu rosto.

 

O lenço bordado que havia dado pra JungKook jazia em sua penteadeira, nunca usado. Seu marido o tinha apenas por recordação. 

 

Encarou os símbolos do nome de seu alfa bordados no lenço, e suspirou.

 

Cogitou a ideia de dar-lhe para Hoseok. Mas manchar o resquício da época mais pura e suave de seu relacionamento com o sangue de seu cunhado, com o qual tinha um relacionamento muito mais do que platônico… Decidiu que não o faria. Era injusto demais.

 

– JungKook e eu temos muitas contas para acertar, ainda. Essa foi apenas uma delas.

 

Sentou-se ao lado do alfa, entregando-lhe um lenço azul marinho. 

 

Após alguns momentos de silêncio, Jimin se pronunciou de novo, sua voz tão quieta que não passava de um sussurro.

 

– Obrigado por me defender.

 

Hoseok sorriu, abraçando-lhe pelos ombros. Seu sorriso morreu tão subitamente quanto nasceu, entretanto. Ele franziu as sobrancelhas, seus olhos focados nos do loiro.

 

– Eu sinto muito, Jimin. Por você estar no meio desse fogo cruzado. Você merece ser feliz, merece ser amado… – Acariciou o rosto do ômega, ainda com as expressões sérias. Jimin corou, mas não se afastou do toque. – Tudo que você encontrou ate agora é remorso e rancor. E por isso eu sinto muito.

 

Jimin sorriu tristemente. Sabia que não deveria falar o que estava prestes a falar. 

 

Sabia que não era assim que as coisas deveriam ser.

 

Mas era o que estava no seu coração. Jimin confiava em seu coração.

 

– Pelo menos eu tenho você.

 

Hoseok sorriu. Aquele sorriso lindo, a perdição de Jimin.

 

 O alfa aproximou seus rostos, selando delicadamente seus lábios com os do ômega.

 

E tudo estava perdido novamente.

 


Notas Finais


capitulo reescrito no dia 21 de Maio, 2023.


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