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História Sisterhood - Wenseulrene (Red Velvet) - A (almost) perfect day


Escrita por: Taetae_Nutella

Notas do Autor


Oeeeei pessoas :3
Passei apenas para atualizar a fic e desejar a todos uma ótima leitura. q
(Eu tentando ser formal)

Ps: Leiam as notas finais ❤

Capítulo 26 - A (almost) perfect day


Fanfic / Fanfiction Sisterhood - Wenseulrene (Red Velvet) - A (almost) perfect day

— Unnie, preciso lhe perguntar algo. — Insinuei, encarando-a fixamente — Algo que vem me incomodando já faz um certo tempo.

Irene não parou o que fazia naquela momento, continuou a comer, já que estava com tanta fome há tanto tempo, de certa forma, ela encarou minha frase como algo não tão sério.

— Pode perguntar, Seul. — Disse ela, com tamanha tranquilidade que eu considerava normal apenas quando ela ainda era humana.

Eu mordi meu lábio inferior, pensando duas vezes antes de perguntar aquilo. Os segundos que passei em silêncio após ter a aprovação da mais velha para fazer a pergunta se tornaram cada vez mais longos, deixando o clima desconfortável.


Está bem, lá vai.


— Por que você estava me ignorando esse tempo todo? — Perguntei, tentando manter firmeza em minha voz — Passamos vários dias juntas como duas desconhecidas, e isso não é algo que se espera de você... Bem, pelo menos, da "antiga você".

Assim que coloquei todas aquelas palavras de uma vez só para fora da minha boca, me arrependi. Irene parou o que estava fazendo e me olhou com os olhos arregalados, como se algo a deixasse confusa.

— Ignorando você? — Ela perguntou, demonstrando incredulidade.

Eu balancei a cabeça positivamente, como se estivesse completamente segura de mim mesma.

— Você é uma das pessoas que mais amo nesse mundo, e ser ignorada por você sem motivo algum me machucou muito. — Disse de uma só vez, não me importando mais, pois já havia falado muitas besteiras, mais delas não iriam fazer diferença.

Logo abaixei a minha cabeça, sabia muito bem que o que eu acabara de falar poderia fazer Irene me ignorar pelo resto da vida. Entretanto, eu queria um motivo, só um motivo para que ela deixasse de falar comigo, então logo a deixaria em paz.

A reação da mais velha não foi a que eu esperei, para a minha sorte. Senti a mão de Irene segurar a minha com força, o que fez com que eu direcionasse o meu olhar diretamente ao seu, incrédula por receber um ato de carinho.

— Eu não estava ignorando você. — Ela disse, olhando no fundo dos meus olhos — Nem com raiva, nem ressentimento, nem nada...

Tal resposta apenas confundiu a minha mente por completo, então por que ela havia mudado?

— Mas você... — Eu ia terminar de falar, mas Irene me interrompeu.

— Minha intenção não era deixar de falar com você, corrigindo. — Ela fez uma pausa — Mas eu não me sentia bem, haviam momentos que eu me sentia forte e determinada, já outros que eu me sentia fraca e escrava da minha própria fraqueza.


Isso tudo por não se alimentar.


Fiquei calada, apenas ouvindo toda a versão da história de Irene.

Ela comentou que não conseguia dormir de forma alguma, durante as noites, ela sentia dores semelhantes à que sentiu na última noite, porém mais fracas, e isso a impedia de conseguir se comunicar comigo nesses momentos.

Além disso, ela indagou que precisava saber mais sobre o que ela tinha se transformado, pois havia entrado neste mundo sem nenhuma escolha, sem ao menos saber se ele existia, e adquirir aquela sabedoria exigia dela todos os horários livres, como o do almoço.


Então, esse tempo todo, ela estava na biblioteca...


— Eu devo a minha vida a você, Seul. — Disse ela — A você e a Wendy. — Complementou — Sem vocês, eu não estaria aqui.

Tais palavras geraram um certo aperto em meu coração. Senti vontade de dizer que, sem minha presença, ela nem precisaria ter passado por uma experiência de "quase morte", mas preferi ficar calada.

Estava aliviada por saber que todas as vezes em que Irene deixou de almoçar comigo ou conversar comigo tinham motivos reais, e nenhum deles estava relacionados a mim, nenhum deles era por minha culpa.

— Obrigada mesmo por isso. — Dei uma risada curta, tentando disfarçar o meu sentimento de culpa — Sem essa resposta, iria enlouquecer.

Irene também deu uma risada, demonstrando, também, certo alívio de sua parte.

— Seul, também preciso lhe fazer uma pergunta. — Disse ela, com a mesma tranquilidade.

— Tá bem, pode fazer. — Respondi, não esperando por uma pergunta chocante, apenas por uma pergunta simples que eu poderia responder em segundos.

— Por que você me beijou quando eu estava em coma?


Fodeu. Como ela sabia?


No momento exato em que ouvi sua pergunta, não lembrava de primeira de ter beijado Irene durante o seu sono, pois havia sido um selinho um tanto quanto simples. No entanto, logo o flashback do nosso "beijo" passou pela minha mente, não demorando muito para se desfazer em um milhão de partículas.

Eu não sabia o que responder, a pergunta da mais velha havia sido precisa e certeira, como se ela realmente estivesse certa de que aquilo tinha acontecido.

— Eu beijei você? — Perguntei, forçando uma expressão de desentendimento em meu rosto — Eu não beijei você. — Afirmei com a mesma expressão, de tal forma que meu argumento pudesse convencer Irene de que aquilo não tivesse acontecido.

Afinal, era impossível ela ter certeza de que realmente tinha acontecido, ela estava dormindo.

A mesma expressão de desentendimento tomou conta da face de Irene, como se ela soubesse, no mesmo momento, que eu estava tentando mentir.

— Você beijou. — Disse ela — Eu lembro muito bem.

Por um momento, ela pareceu tentar se lembrar do momento. Talvez minhas palavras tivessem confundido a sua mente.


E eu esperava que sim.


— Unnie, você deve ter sonhado... — Desviei o olhar, parecia quase impossível mentir para ela enquanto a encarava naqueles olhos tão brilhantes.

Ela apertou os olhos por alguns segundos, balançando a cabeça negativamente. Teria ela engolido o meu argumento?

— Desculpe, deve mesmo ter sido um sonho. — Ela deu uma risada curta — Quando eu estava em "coma", sonhei várias coisas... Não sabia diferenciar o real do imaginário.

Naquele momento, eu comecei a rir, rir de nervoso. Ela realmente não sabia se aquilo havia sido real ou não, claro que tinha acontecido, mas ela não sabia.

— Você é uma graça, Unnie. — Eu disse, tentando manter a situação engraçada.

— Aish, desculpe! — Ela cobriu o rosto, com vergonha — Eu sou uma idiota.


A velha Irene não havia ido embora.


Parei de rir naquele exato momento, não abandonando o leve sorriso do meu rosto. O jeito tímido de Irene havia tomado conta dela novamente, uma coisa que eu não via fazia muito tempo.

De certa forma, sua timidez me atraía, da mesma forma em que o jeito rebelde de Wendy me atraía. Aquela dualidade em minha mente só fazia com que eu não conseguisse decidir por qual delas eu era realmente apaixonada, pois as duas eram muito importantes para mim.


De qualquer maneira, por que eu tinha que escolher apenas uma?


Antes que eu ou Irene pudéssemos falar mais alguma coisa, ouvi duas batidas na porta, as quais atraíram minha atenção para a mesma.

— Wendy. — Silabei baixinho, indo rapidamente até a porta.


Por falar nela...


Ao me aproximar da porta, abri a mesma em um movimento rápido, logo me deparando com Wendy.

— Bom dia, Seul. — Wendy disse com certo ânimo em sua voz, logo entrando no meu dormitório.

Aquele velho jeito despojado de entrar no dormitório.

— Bom dia, Wen. — Eu disse, fechando a porta logo em seguida.

Percebi que Wendy não sabia que Irene estava alí, vendo a mesma "travar" assim que pôs os olhos na mais velha.

— É... Irene... — Ela silabou.

— Olá, Wendy. — Respondeu Irene, sorrindo levemente.

Wendy parecia mais travada do que nunca, e eu não sabia o motivo. Geralmente, ela chegava em meu dormitório e já se jogava sobre a minha cama.

Por perceber um silêncio desconfortante da parte de Wendy, tentei puxar algum assunto, pois a mesma parecia querer falar.

— Você nem advinha quem está tomando sangue. — Eu comentei, como se aquilo fosse algo comum.

Logo Wendy abaixou os olhos até a caixa de remédios que estava sobre a cama. Wendy só percebera que estávamos nos alimentando quando ouviu minhas palavras.

— Mesmo? Nossa! — Exclamou ela, mandando toda a vergonha embora e, de certa forma, se empolgando com a notícia — Decidiu se render? — Perguntou.

O jeito que Wendy fazia piadas com tudo foi aparecendo aos poucos, eu poderia considerar isso algo normal, mas para que tal pensamento fosse possível, eu teria que considerar o fato que Wendy realmente havia ficado tímida também era.


E isso, sem dúvidas, não era nem um pouco normal.


— Pois é, é uma longa história... — Disse Irene, abaixando sua cabeça.

Irene ia começar a falar, mas Wendy a interrompeu.

— Podem me contar depois. — Ela sorriu, arqueando uma sobrancelha — Tenho planos para nós hoje... Se você quiser participar.

Wendy lançou um olhar até Irene, um olhar que dizia "vá, por favor."

Eu não fazia ideia de quando elas haviam adquirido tanta intimidade para conversar, e aquilo me deixava feliz, fazia com que eu me sentisse uma adolescente normal no meio das amigas.

— O que vamos fazer? — Perguntei, me aproximando de Wendy e pousando a minha destra sobre o seu ombro, abrindo um sorriso involuntário em meu rosto.

— A pergunta certa seria "aonde vamos?" — Respondeu ela, também lançando um sorriso para mim.



***Seul Gi off/Narrador on***



As três meninas caminhavam tranquilamente para fora da escola, não temendo correr risco algum, como se fosse algo completamente seguro. Wendy decidira apresentar o seu lugar preferido a Irene, o lago na trilha de uma floresta. Wendy, de primeira, não tinha intenção alguma de mostrar aquele lugar que tanto amava a Irene, mas desde o momento que a encontrou na biblioteca, sentia algo dentro de si mudar quando chegava perto dela.

Durante os últimos dias, Wendy notou certas diferenças no comportamento e na fisionomia de Irene, coisa que ela não sabia explicar, digamos uma ligação.

Seul Gi ficava cada vez mais animada por perceber suas amigas mantendo uma boa relação, assim como ele sempre desejara. Tanto Irene como Wendy mal imaginavam que Seul amava as duas igualmente, desejava ambas de todas as formas possíveis, e não sentia remorço ou culpa alguma por ter tal sentimento.

Mesmo percebendo que Irene e Wendy estavam mais próximas, Seul não entendia o motivo de Wendy ter tido tanta facilidade ao decidir mostrar o lago a Irene. Até o momento, era um segredo que só as duas compartilhavam.

Entretanto, depois da transformação de Irene, tudo mudou.



***Narrador off/ Seul Gi on***



Enquanto seguíamos em silêncio a trilha em direção ao lago, eu sentia o meu coração bater de uma forma acelerada. Não era só ansiedade por ir novamente depois de tanto tempo até o local que eu e Wendy íamos no início de tudo, (afinal, apesar de tudo, eu conseguia sentir a mesma energia positiva que Wendy sentia ao estar alí) mas também, um pingo de receio.

Na última vez que fomos até o lago, eu senti a presença de um terceiro, alguém que com certeza, não me passava nenhuma positividade, e sim medo. Além de ter sido na mesma noite em que Irene experimentou o sabor da morte, foi naquela noite que os meus problemas se passaram para Wendy e Irene.

Apesar de sentir uma mistura muito complexa de sentimentos por estar alí, com as duas garotas que eu mais amava no mundo, não compartilhei nenhuma das emoções com as duas, pelo menos, não as ruins. Aquele era mais um passo para que Irene pudesse enxergar algo positivo em sua vida, mais um passo para Wendy se aproximar da mais velha, mais um passo para que eu me sinta mais confortável que nunca ao lado das duas.


É, poderia ser um bom passeio.


— Para onde estamos indo mesmo? — Irene perguntava, como uma criança curiosa.

Nós três andávamos juntas, eu não abaixava a guarda em momento algum, ficava de olho tanto nas minhas duas acompanhantes quanto no caminho, caso algo perigoso aparecesse.

— Você verá. — Eu e Wendy respondemos juntas, dando uma risada logo em seguida.

— Aish, odeio segredos. — Irene falou, fazendo um biquinho logo em seguida.

Com o tempo, eu percebia que o lado humano de Irene era como se fosse uma garotinha inocente e calma, já o lado vampiro era uma garota séria e independente. Os dois lados estavam equilibrados em seu corpo, como yin-yang.

— Estamos chegado, aguente a curiosidade. — Disse Wendy, encarando o caminho, como se precisasse mapear cada detalhe na trilha que tivesse mudado ou permanecido desde a última vez que estivera alí.

Eu observava o caminho, mas por um segundo que me distrai do mesmo e virei o meu rosto para o lado, meu olhar se cruzou com o de Wendy.

Por incrível que pareça, foi como se tudo tivesse novamente, como se eu estivesse me apaixonando por ela pela primeira vez. Wendy parecia feliz por eu estar alí, o seu olhar era de agradecimento pela minha companhia mesmo depois de eu ter passado uma experiência não muito boa na trilha.

Como não estávamos acostumadas a trocar afeto na frente de Irene — e por ela não saber que nós mantíamos, digamos uma relacionamento — Wendy apenas apoiou o seu braço em meu ombro, continuando a caminhar daquela forma.

Um pouco mais adiante, finalmente chegamos no nosso local de destino. Irene demorou um pouco para admirar o local, cessando os seus passos completamente e olhando a sua volta.

— Nossa... — Disse ela, com os olhos arregalados.

Aquela paisagem era característica de filmes, tais que são quase impossíveis de se encontrar, e o lado otimista de Irene apenas encarou cada detalhe do local de uma forma mais bela que já era.

— Como você descobriu este lugar? — Irene perguntou a Wendy.

— É uma longa história. — Ela respondeu, com um sorriso no rosto — Mas então... Vocês estão com vontade de acalmar os nervos?

Wendy me lançou um olhar ao terminar de falar, logo voltando o seu olhar para o lago e caminhando em direção ao mesmo. A medida que se aproximava das margens do lago, a menor tirava uma peça de roupa, largando cada uma por cima do solo sem preocupação alguma. Diferentemente da vez em que tomamos banho sozinhas no lago, ela não tirou suas peças íntimas, talvez para dar mais liberdade a Irene de se sentir confortável.

Não demorou muito para que o corpo de Wendy se encontrasse com a água cristalina do lago, que cobria cada centímetro do mesmo a medida que ela se aproximava do fundo, até que a água se encontrasse acima de seus seios.

Passei um certo tempo observando Wendy, com uma grande vontade de beija-la, mas algo me dizia que era errado fazer aquilo na frente de Irene.

— Vocês não vão vir? — Ela perguntou.

Ao ouvir sua pergunta, olhei diretamente para Irene, observando a sua feição. Já fazia um bom tempo que ela não se divertia assim, então parecia animada, porém duvidosa.

Fiz um sinal com a cabeça em direção ao lago, convidando Irene para ir comigo até ao mesmo, pois não teria nada a temer.

A mais velha não pensou duas vezes, então fomos juntas até o lago em passos rápidos, fazendo o mesmo que Wendy e deixando nossas roupas pelo caminho, até que nos restava apenas roupas íntimas.

Aquele era só o início de um dos melhores dias que passei naquela escola, pois ficar com aquelas duas era a melhor coisa do mundo, um sonho.


Poderia não ser perfeito, mas era ótimo.





Continua...


Notas Finais


AVISO
Gente, eu sei que vocês irão perguntar, então eu vou logo responder :")

Não entrei em detalhes na parte que a Wendy decidiu mostrar o lago à Irene e nem quando elas estavam por lá, porque isso é coisa para o próximo capítulo. q

Mas enfim, espero que tenham gostado 💕


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