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ɖօʐɛ aռօs atʀás, tʀês ɖɛ ʝaռɛɨʀօ ɖɛ ɖօɨs ʍɨʟ ɛ զʊatʀօ.
(ռaʀʀaɖօ ռa tɛʀċɛɨʀa քɛssօa.)
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— Nem ao menos se atreva à levantar a voz para mim, está compreendendo? — Minho, pai de Jimin esbravejou enquanto levantava-se de um pulo de sua cadeira para se aproximar da mulher que segurava a criança de apenas nove anos em seu colo.
— Eu me atrevo sim! - a mulher colocou o pequeno Jimin sobre o sofá, o garoto observava absolutamente tudo quieto, afinal estava mais do que acostumado em ter que presenciar brigas diárias de seus pais. Ele odiava, mas tentava se controlar o maximo que podia, e não chorar. Mas certas vezes era praticamente impossível quando seu pai erguia sua mão para JiA, tentando dar-lhe um tapa. Mas a mulher, não aceitava este tipo de coisa e não abaixaria sua cabeça para homem algum, como ela mesmo proferia diversas vezes para o mais velho.
Ele, pai de Jimin, se sentia no direito de diminuir sua própria esposa por ela ser mais nova que ele, e por ter dado à luz à Jimin ainda muito nova, com dezesseis anos. Para ele, JiA era uma garota que não se dava o respeito e não planejou sua vida, e por isto teve Park Jimin. Em certos pontos, ele estava certo, já que a garota não planejou a gravidez, e ela foi um tanto quanto indesejada.
Mas mesmo assim, JiA sempre dizia que fora a melhor coisa que a aconteceu, e que Jimin era e ainda é um presente divino para ela.
— Vai para o seu quarto, moleque. - O mais velho gritou, se dirigindo à Park que tinha seus olhinhos marejados enquanto se agarrava à um boneco de pano feito especialmente para ele. — Anda! - a voz raivosa de seu pai fez-o se encolher e descer rapidamente do sofá, caminhando em passos rápidos até seu quarto, na qual ele trancou com a ajuda de um banco. Ele se sentou ali, apoiando sua cabeça na porta de madeira branca. O menino podia ouvir com clareza o que seus pais discutiam, mais prefiria fechar seus olhos e fantasiar em uma família perfeita, na qual o pobre garotinho nunca poderia ter.
— Você se sente na porra do direito de fazer isto comigo? Com seu filho? - a mulher gritou, com seus olhos marejados.
— Você sabe muito bem que ele não é meu filho... - sussurrou o homem, agarrando o braço da morena e a jogando com violência no sofá.
— Não importa! Você casou comigo, então você é pai dele sim. - a mulher se levantou no mesmo instante, se colocando à frente do homem que respirava com dificuldade. Provavelmente por culpa do álcool correndo desenfreado em suas veias. — O ponto é, você gastou todo o dinheiro do nosso aluguel com bebidas, e drogas! Você ficou louco? - a mulher elevou suas mãos até seus fios escuros de cabelo, onde ela puxou com força e desespero.
— O dinheiro é meu! Eu faço o que bem entender com ele. - disse ríspido, sorrindo de canto.
— Exatamente. Mas não sei se você entende que o nosso aluguel está TRÊS meses atrasado, e vamos ser despejados. Provavelmente não, parece que é burro! - ela cuspiu essas palavras próximo à seu marido, que levantou sua mão até o rosto da mais nova, e acertou um tapa tão forte que a mulher caiu de joelhos no chão, com sua mão direita acariciando suas bochechas agora vermelhas.
— Você pensa que é quem para se dirigir à mim desta forma? - ele a pegou pelo braço e olhou fundo nos olhos da morena que transbordavam total ódio. — Ninguém vai nos expulsar daqui. Entendeu? - apertou forte o braço da mulher, que balançou sua cabeça em concordância. Ela não poderia fazer nada, aquela era uma briga perdida. Não importaria o quanto ela "batesse boca" com seu marido. Ele sempre sairia por cima, sempre.
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tʀês ʍɛsɛs ɖɛքօɨs, ċɨռċօ ɖɛ aɮʀɨʟ ɖɛ ɖօɨs ʍɨʟ ɛ զʊatʀօ.
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— Estou ligando pra ele, dá pra manter a porra da calma? - Minho exclamou, rolando seus olhos para cima enquanto desbloqueava o ecrã de sua tela do celular. Preparando-se para fazer uma ligação.
— Isso é vergonhoso. Eu disse, falei pra você que íamos ser despejados. E olha só! - a mulher riu irônica, e o homem respirava fundo colocando seu celular contra sua orelha. E em poucos minutos, à pessoa na qual ele ligou atendeu e eles começaram sua conversa.
— Mamãe... Estamos sem casa? - o garotinho disse em um tom melancólico, enquanto olhava fixamente para os seus pertences jogados na calçada de seu antigo lar.
— Não, meu filho... É temporário, tudo bem? - a mais velha se agaixou para ficar na altura do menino e olhou fundo nos castanhos e brilhantes olhos de Park, que transmitiam medo e tristeza. Tal coisa apertava tanto o coração de JiA, mas não havia nada que ela pudesse fazer a não ser abraça-lo forte e dizer que estava tudo bem.
— Eu quero o meu quartinho, mamãe... - o mais novo lamuriou, agarrando mais a mulher que o abraçava para que pudesse chorar baixinho entre os fios escuros dos cabelos lisos de sua mãe. — Eu quero meus ursinhos... - continou o menino entre soluços, e JiA apenas abraçou-o ainda mais forte, fechando seus olhos e suspirando fundo.
— Desculpa Minnie, mas não dá pra voltar... - ela soltou o abraço, e fitou os olhos vermelhos e marejados do garoto. As lágrimas dele desciam rapidamente por suas gordinhas bochechas. — Você entende? Mamãe não tem dinheiro pra pagar o aluguel...
Park pareceu pensar, e engoliu seco limpando suas lagrimas desajeitadamente com as costas de suas mãos. Ele suspirou fundo, e logo depois formou um biquinho eu seus lábios. O menino era incrivelmente racional em sua pouca idade, ele tinha nove anos mas tinha pensamentos mais evoluídos. Talvez pela situação de sua familia, onde ele conversava muito com sua mãe e perguntava o porquê de seu pai e ela brigarem tanto.
Ele entendia, mas era doloroso para uma criança perder coisas de valor, não só para uma criança e sim para todos nós. Perder algo ou alguém que amamos é de fato doloroso, porém em alguns casos era superável. E esse era o caso de Jimin, ele podia superar sim a perda de seus bichinhos de pelúcia e de seu quarto. E ele sabia disso.
— Tudo bem, mamãe. - ele abriu um sorriso triste. — Eu posso relevar isso... A unica coisa que eu não superaria é ficar longe de você. - a mulher abriu um enorme e feliz sorriso, e isto fez o pequeno garoto sorrir de volta.
— Eu te amo, filho. - a mulher o encheu de beijos, sentindo-se realizada por Jimin entender e por dizer aquelas palavras que tinham tanto valor para a morena.
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Algumas horas depois
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— Bem-vindos! - profanou o homem de trinta anos, sorrindo amarelo para a família que entrava pela porta de sua grande casa.
— Obrigado por nos deixar ficar aqui, irmão. - agradeceu o pai de Jimin, dando um meio abraço no homem que os observava com cautela.
Por mais que eles fossem irmãos, nunca foram assim tão próximos. Mas, aquela fora a última opção de Minho, e a única que funcionou. A casa de seu irmão era respectivamente grande, com dois andares e quatro quartos sendo um deles localizado no primeiro piso. Todos os três quartos ficavam no segundo andar da casa, apenas um quarto de hospedes se encontrava no primeiro andar e ele era um tanto menor comparado aos outros, mas ainda sim tinha um ótimo espaço.
O irmão de Minho, tinha uma bela e respeitada familia. Sua esposa era a mais encantadora, e suas filhas adoráveis mesmo com pouca idade. De fato, uma família perfeita aos olhos de seus vizinhos. Seungjoo, o tio de Jimin e irmão de Minho era um homem calado, esbanjava seriedade e era respeitado por seus familiares por o mesmo ser chefe de uma empresa importante na cidade de Busan.
Mas ele tinha lá seus problemas...
— Não é nada... O que eu não faço por meu irmão mais novo? - sorriu o homem, colocando seus olhos castanhos escuros sobre JiA, que observava o homem com certa desconfiança. O sorriso do homem se desfez assim que ele desceu seu olhar para o pequeno Park, que observava sua residência com total atenção.
O menino estava completamente enfeitiçado pela casa espaçosa e pela extensa escada de cor branca que dava acesso ao segundo piso, na qual ele estava ansioso para explorar, e por isso nem ao menos percebeu o olhar fixo de seu tio em sí.
— Vocês... Tem... Um filho? - vacilou o mais velho em sua fala, recebendo o olhar puro de Jimin, que agarrou-se no braço de sua mãe.
— Oh sim! Este é Jimin. - indagou totalmente sem emoção o pai de Park.
— Oi! Quantos anos você tem? - se abaixou o homem de cabelos escuros, ficando na altura de Park, que observou os movimentos de seu tio com cautela, logo soltando um sorriso amigável.
— Tenho nove anos, tio. - assim que Park se pronunciou, o homem sorriu largo colocando suas mãos na lateral dos ombros de Jimin.
— Eu nunca tive a oportunidade de te ver. Seu pai nunca me falou sobre você... - emburrou um biquinho, e o desfez no mesmo instante.
— Não? - o menino pareceu desapontado, mas resolveu deixar isto de lado pois queria conhecer seu tio, Jimin sentia uma certa confiança em Seungjoo e não saberia de certo o porquê. Apenas gostou de seu tio.
— Mas isto não importa. - o homem sorriu amarelo, e apertou levemente o nariz do menino que o presenteou com uma deliciosa risada. — Sabe o que é, Jimin?
— O quê?
— Eu amo crianças! - sorriu largo.
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