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História Six Years - 12. to see her


Escrita por: intensive

Capítulo 13 - 12. to see her


Fanfic / Fanfiction Six Years - 12. to see her

Quando eu e Lauren nos conhecemos, ela usava óculos escuros num lugar fechado. E, para torná-la ainda mais pretensiosa, era de noite.

Revirei os olhos, pensando que aquilo era para chamar atenção. Achei que se considerasse uma artista com A maiúsculo. Estávamos numa reunião entre os participantes dos dois retiros, o de arte e o de escritores, compartilhando nossos trabalhos. Era a primeira vez que vinha, mas logo soube que esses encontros eram semanais. As pinturas estavam expostas nos fundos do celeiro e as cadeiras estavam alinhadas para as leituras.

A mulher de óculos escuros estava sentada na penúltima fila, com os braços cruzados, apoiada no ombro de um homem de barba e cabelo levemente raspado. Perguntei-me se namorariam. Leone, o chato que estava escrevendo uma carta sob o ponto de vista de Blondi – a cadela de Hitler –, foi o primeiro a apresentar. E demorou muito tempo. Comecei a ficar impaciente. A mulher de óculos escuros permanecia estática.

Quando não estava mais aguentando, mesmo que fosse grosseiro, corri para o fundo do celeiro e passei a olhar as pinturas expostas. Grande parte delas... bem, vou ser delicada: eu não “entendia”. Havia uma intitulada Café da Manhã Americano, com cereais espalhados por uma mesa de cozinha. Somente isso. Havia caixas de Corn Flakes de mel, Corn Flakes com banana (alguém chegou a cochichar "Você percebeu que não tem o Corn Flakes original? Por quê? O que o artista quer dizer com isso?"), Crispix, Count Chocula, Cookie Crips e até meu antigo preferido, Froot Loops. Observei os cereais derramados na mesa. Aquilo não me proporcionava nenhuma reflexão, só fazia meu estômago grunhir um pouco.

♦♦♦

– O que você achou? – alguém perguntou.

Quis dizer que faltava um pouco de leite.

Enquanto andava, somente a pintura de uma artista me fez parar. Mantive-me diante à arte de um pequeno chalé no topo de um morro. Possuía uma claridade suave, matutina, batendo de lado – o tom alaranjado que surge com a primeira luz do dia. Não consigo dizer o motivo, mas aquilo me tirou o fôlego. Pode ser que fossem as janelas escuras, como se aquele lugar tivesse sido acolhedor um dia, mas agora estivesse abandonado. Não sei. Fiquei parada em frente ao quadro, perdida e emocionada. Caminhei devagar de uma pintura à outra. Todas me surtiam algum efeito. Algumas me faziam ficar melancólica. Outras, nostálgica, incompleta, estranha. Nenhuma me deixou indiferente.

Vou poupá-lo da “grande revelação” de que os quadros eram de Lauren.

Uma mulher ria da minha reação:

– Gostou mesmo deles?

– Muito – respondi. – São seus?

– Oh Deus, não. Sou só a dona da padaria na cidade. Me chamo Vero – apresentou-se ela, estendendo sua mão para mim.

Cumprimentei-a.

– A artista é Lauren Jauregui. Essa ali.

Vero apontou para a mulher de óculos escuros.

– Ah – comentei.

– Ah, o quê?

Usando aqueles óculos escuros à noite, eu imaginei que ela fosse a criadora de Café da Manhã Americano. Leone acabou sua leitura e o público lhe deu um pequeno aplauso ausente, porém ele, com seu lenço de seda no pescoço, inclinou-se para a frente agradecendo, como se tivesse sido uma aclamação estrondosa.

Todos ficaram de pé, menos Lauren. O homem de barba e cabelo raspado murmurou algo em seu ouvido, mas ela não se mexeu. Permaneceu com seus braços cruzados, parecendo ainda perdida na essência do cachorro de Hitler.

Cheguei mais perto dela. Seu olhar parecia me perfurar.

– O chalé de seu quadro. Onde fica?

– Hum? – indagou ela, sobressaltada. – Em nenhum lugar. Que quadro?

Arqueei uma sobrancelha.

– Você não é Lauren Jauregui?

– Eu? – Ela pareceu confusa com a pergunta. – Sou, por quê?

– O quadro do chalé. Adorei. Ele... Bom... Me emocionou.

– Chalé? – Ela se remexeu, tirou os óculos e esfregou os olhos. – Ah sim, certo, o chalé.

Franzi a testa. Esperava uma reação mais comunicativa que aquela. Olhei para ela. Às vezes não sou uma mulher muito esperta, mas quando ela voltou a esfregar os olhos, entendi o que se passava.

– Você estava dormindo! – exclamei.

– O quê? Não.

Entretanto esfregou os olhos novamente.

– Puta merda! É por isso que estava de óculos escuros. Para que ninguém descobrisse.

– Shh.

– Você estava dormindo o tempo inteiro!

– Fale mais baixo.

Enfim ela levantou sua cabeça e olhou para mim. Recordo-me de achar que ela possuía um rosto lindo, delicado. Logo depois descobriria que Lauren tinha o que chamo de beleza lenta, daquela que não se percebe de primeira. Depois o acerta como um choque, cresce e fica mais bonita toda vez que você olha para ela. É impossível achar que ela seja qualquer coisa menos que encantadora.

– Estava tão óbvio assim? – perguntou ela, num cochicho.

– Não. Não mesmo – respondi. – Pensei que você fosse uma imbecil pretensiosa.

Ela sorriu.

– Que disfarce poderia ser melhor para se misturar com essas pessoas?

Balancei a cabeça.

– E eu que pensei que você era um gênio quando vi suas pinturas.

– É mesmo? – ela pareceu surpresa com meu elogio.

– É.

Lauren pigarreou.

– E agora que viu como posso ser dissimulada?

– Agora acho que você é um gênio diabólico.

Ela gostou.

– Você não pode brigar comigo. Esse cara, Leone, é como um Lexotan humano. Ele abre a boca e eu durmo.

– Meu nome é Camila Cabello.

– Lauren Jauregui.

– Quer uma xícara de café, Lauren Jauregui? Você parece precisar.

Ela observou meu rosto tão intensamente que eu achei que havia ficado vermelha. Lauren prendeu atrás da orelha uma mecha de cabelo castanho-escuro e se levantou. Se aproximou de mim e lembro-me de ter achado que ela era deliciosamente alta, maior do que eu havia pensado quando a vira sentada. Ela olhou para mim e aos poucos um sorriso brotou em seu rosto. Sou obrigada a dizer que foi um sorriso lindo.

– Claro. Por que não?

 A lembrança daquele sorriso permaneceu em minha mente por um segundo antes de se dissolver.

Eu estava com Dinah no Bar Biblioteca, que era justamente isto: uma empoeirada biblioteca do campus, toda forrada de madeira cerejeira, que fora adaptada para um estabelecimento retrô-chique que vendia bebidas. Os donos foram espertos para não modificar quase nada na biblioteca. Os livros ainda estavam nas pequenas estantes, por ordem alfabética ou qualquer que tivesse sido o sistema usado na época. O “bar” era o antigo balcão de empréstimos. As bases para os copos eram fichas de aluguel plastificadas; as luzes, abajures vermelhos de leitura.

As garçonetes tinham o cabelo preso em coques justos, roupas conservadoras e, claro, óculos com armação redonda. Sim, a fantasia da bibliotecária sexy. De vez em quando, um pedido de silêncio saía pelos alto-falantes. Nessa hora, elas tiravam os óculos, soltavam o cabelo e abriam a parte de cima da blusa.

De mau gosto, mas dava certo.

Dinah e eu já estávamos ficando de porre. Atravessei meu braço em volta dela e cheguei mais perto.

– Sabe o que deveríamos fazer? – perguntei.

Ela sorriu desajeitada.

– Ficar sóbrias?

– Ah, essa é boa. Não. Deveríamos fazer uma competição de roleta de camisinha. Errou uma, vai eliminado. Penso em umas 15 equipes. Como nos nossos campeonatos de basquete.

– Não estamos no Harver’s, Camila. Aqui não tem máquina de camisinha.

– Não?

– Não.

– Que droga.

– Pois é – assentiu Dinah. Depois sussurrou: – Tem duas gatas ali, a 180 graus.

Eu queria virar para a direita, depois para a esquerda. E então 180 não fazia o menor sentido para mim.

– Espere, onde é 90 graus mesmo?

– Bem em frente.

– Então 180 graus é...

– Vire para a esquerda, Camila!

Você deve ter percebido que sou ruim para bebida. Isso deixa as pessoas surpresas. Quando me veem, pensam que bebo garrafas de álcool e não fico bêbada. Não é bem assim. Toda vez que bebo, pareço uma caloura na primeira festa da faculdade.

– E?

Já sabia como elas eram antes de pôr meu olho nelas. Uma ruiva e uma morena que pareciam de bonitas a lindas à luz fraca do bar, e de normais a entediantes diante do sol da manhã. Dinah escapou até elas e passou a cantá-las. Ela podia levar até uma placa no papo. As duas olharam para o lado, na minha direção. Dinah sinalizou para que eu me aproximasse.

Por que não?

                Você fez uma promessa.

E eu fiz. Obrigada por me fazer lembrar. Então posso cumpri-la e tentar com outra mulher, certo? Fiz um ziguezague até chegar nelas.

– Senhoritas, conheçam a professora Camila Cabello.

– Uau – falou uma delas. – Então é aquela professora que todos falam sobre?

Como Dinah não podia evitar ser óbvia, sorriu e disse:

– Muito mais que isso, meu bem.

Controlei um suspiro, cumprimentei as garotas e me sentei. Dinah conversava com elas com frases especificamente selecionadas para aquele bar.

As meninas estavam adorando. Tentei ajudar, mas nunca fui boa em jogar conversa fora. O rosto de Lauren não parava de vir à minha mente. Eu tentava mandá-lo embora. Bebemos mais drinques. E mais.

Após alguns minutos, todos nos arrastamos até as almofadas aonde fora a seção infantil. Minha cabeça foi para trás e eu posso ter dormido por um instante. Quando acordei, a ruiva começou a conversar comigo.

– Me chamo Angie – apresentou-se ela.

– Angie?

– Isso. Angie. Com ie no final. – ela detalhou isso com tom de quem já estava acostumada com que confundissem seu nome várias vezes, o que devia ser verdade.

– Como a música do Rolling Stones? – perguntei.

Ela parece surpresa.

– Você conhece essa música? Ela é dos anos 70. Você não parece velha o suficiente!

But Angie, Angie, ain't it time we say good-bye – cantei. – E não sou. Minha mãe adorava essa música. Na verdade ela era fã da banda.

– Uau! O meu pai também. Por isso que me deu esse nome.

Começamos uma conversa de verdade – o que me surpreendeu. Angie trabalhava como gerente de uma loja, mas estava prestes a se formar em pediatria, que era seu sonho, na faculdade comunitária, que ficava ali perto. Ela cuidava da irmã deficiente.

– Cleo é tetraplégica – explicou-me Angie, mostrando uma foto dela na cadeira de rodas.

O rosto da menina era alegre. Observei como se aquela bondade fosse sair da fotografia e se tornar uma parte de mim. Ela notou, ergueu a cabeça e disse:

– Ela é meu motivo para viver.

Uma hora se foi. Duas, talvez. Angie e eu conversávamos. Em noites assim, sempre chega uma hora em que sabemos se vamos “sair” (ou, para continuar com a metafóra de biblioteca, se nossa ficha será carimbada). A hora havia chegado e a resposta seria sim.

As moças se levantaram para ir retocar a maquiagem. Eu estava entorpecida pela bebida. Metade de mim tentava ir até o fim com Angie, mas a outra metade não estava nem aí.

– Essas garotas já foram arquivadas – proclamou Dinah. – Entendeu? Livros, biblioteca, arquivar?

Reclamei em voz alta da piada:

– Acho que vou vomitar.

– Que divertido – falou ela. – Falando nisso, aonde você foi na noite passada?

– Não lhe disse?

– Não.

– Fui para a Flórida. – respondi. – Ao retiro onde Lauren ficou.

Ela fixou seus olhos em mim.

– Para quê?

Depois de beber muito, Dinah falava com um leve sotaque britânico. Estranho, eu sei. Devia ser pelos seus dias de escola preparatória. Quanto mais bêbada, mais acentuado ficava seu sotaque.

– Para procurar respostas – revidei.

– E encontrou alguma coisa?

– Sim.

– Então me diga.

– Primeiro – ergui um dedo –, ninguém conhece Lauren. Segundo – outro dedo –, ninguém me conhece. Terceiro – você já deve ter entendido o negócio dos dedos –, não existe nenhum documento que prova que ela se casou ali. Quarto, o pastor que realizou a cerimônia jura que ela nunca aconteceu. Quinto, a mulher que é dona da padaria aonde íamos e que me apresentou Lauren não me reconheceu e nem se recordava dela ou de mim.

Baixei minha mão.

– Ah, e o retiro de Lauren? – prossegui. – A Colônia de Renovação Criativa. Todos juram que nunca existiu e que sempre foi uma fazenda privada. Resumindo, acho que estou ficando louca.

Dinah se virou e tomou um gole de seu drink.

– O quê? – eu disse.

– Nada.

Eu a empurrei levemente.

– Ora, diga. O que foi?

Dinah manteve-se com a cabeça baixa.

– Seis anos atrás, quando você foi para aquele retiro, você estava péssima.

– Um pouco. O que tem?

– Seu pai havia falecido. Você se sentia sozinha. Não conseguia terminar a dissertação de jeito nenhum. Estava deprimida e com raiva. Era revoltante o fato de que Murphy fugiu sem punição alguma.

– O que você quer dizer com isso?

– Não, nada. Deixe pra lá.

– Não começa com isso. O que foi?

Eu estava realmente tonta agora. A dor que eu sentia era como se alguém estivesse batendo com um martelo na minha cabeça. Eu deveria ter parado de beber alguns copos antes. Me veio a lembrança de quando uma vez, nos meus primeiros dias de faculdade, havia bebido demais e voltei para o meu dormitório caminhando. Não cheguei aonde queria. Quando acordei, estava jogada em uma moita. Naquele momento, olhei para o céu e me perguntei por que o gramado parecia estar cheio de espinhos. Agora eu me sentia como se estivesse balançando num barco em mar revolto.

– Lauren – disse Dinah.

– Sim, o que tem?

Ela me encarou.

– Por que você não me apresentou ela?

O mundo parecia estar girando.

– O quê?

– Por que não conheci Lauren?

– Porque estávamos o tempo inteiro na Flórida.

– Você não veio até o campus nem uma vez?

– Uma vez. Fomos ao Julie’s.

– Por que não a trouxe para eu conhecê-la?

Dei de ombros com um prazer exagerado.

– Talvez eu não tivesse te encontrado aqui.

– Eu estava aqui aquele verão inteiro.

Silêncio. Forcei a memória. Eu teria tentado apresentar Lauren a Dinah?

– Sou sua melhor amiga, não sou?

– É.

– Se vocês casassem, eu seria a madrinha.

– É claro que sim.

– Não acha estranho que eu não tenha a conhecido? – perguntou ela.

– Hum... – arqueei as sobrancelhas. – Espere um pouco, onde você está querendo chegar?

– Em lugar nenhum – respondeu ela, tranquila – Só acho estranho.

– Como assim “estranho”?

Ela não respondeu.

– Você está insinuando que eu a inventei?

– Não estou insinuando nada. Estou apenas comentando.

– Comentando o quê?

– Aquele verão. Você precisa se prender a alguma coisa.

– E encontrei. E depois foi embora.

– Ok, chega.

Mas não, não seria tão fácil assim. Com o ódio e a bebida falando por mim.

– Aliás – recomecei –, por que nunca conheci o amor da sua vida?

– O quê? Do que você está falando?

Cara, eu estava mesmo bêbada.

– Da foto que vi na sua carteira. Por que eu não a conheci?

Foi como se tivesse lhe dado um tapa na cara.

– Esqueça isso, Camila.

– Estou apenas comentando.

– Esqueça. Isso.

As garotas voltaram. Repentinamente, o sorriso de Dinah apareceu outra vez.

– Qual você quer? – perguntou.

Observei-a.

– Sério?

– Sim.

– Angie – respondi.

– Qual das duas é Angie?

– Sério?

– Não sou muito boa com nomes – alegou Dinah.

– Angie é aquela com quem eu estava conversando.

– Resumindo, você quer a mais gostosa. Sem problema.

Angie e eu fomos para a casa dela. Fomos devagar até ir acelerando. Não foi perfeito, mas foi bom o suficiente. Eram umas quatro da manhã quando ela me encaminhou até a porta.

Como eu não sabia o que dizer, disse:

– Espero vê-la outro dia.

Nós nos beijamos. Não era nada sério, sabíamos disso, mas foi um prazer passageiro, e de vez em quando não há nada de errado com isso.

Cambaleei pelo campus. Ainda havia estudantes fora dos dormitórios. Tentei me manter na sombra, mas Tyler, o aluno que vai á minha sala todas as semanas, me viu e gritou:

– Enfiou o pé na jaca, professora?

Pega em flagrante.

Dei-lhe um aceno amigável e continuei me arrastando até meu alojamento.

Tive uma vertigem inesperada ao entrar. Parei, aguardando minhas pernas se firmarem. Quando o enjoo passou, fui á cozinha pegar um copo de água gelada. Bebi rapidamente e enchi outro. Amanheceria com uma ressaca forte no dia seguinte, não tinha dúvida.

Eu estava muito cansada. Entrei no quarto e liguei a luz. Ali, sentado na beira da cama, vi o cara com o boné de beisebol vermelho. Saltei para trás, assustada.

Ele riu.

– Ei, Camila. O que aconteceu? Olhe para você. Caiu na farra?

Durante alguns segundos, não mais que isso, estive imóvel. O cara sorria para mim como se aquele fosse o encontro mais natural do mundo.  Chegou a erguer a aba do boné, como um jogador cumprimentando a torcida.

– Porra, quem é você? – questionei.

– Isso não é importante, Camila.

– Não é importante o caralho! Quem é você?

O cara suspirou, impaciente com minha insistência em exigir sua identificação.

– Podemos dizer que sou um amigo.

– Você estava no café na Flórida.

– Confesso.

– E me seguiu até aqui com uma van.

– Confesso novamente. Camila, você cheira a bebida barata e sexo mais barato ainda. Não que haja algum problema nisso.

Eu tentava permanecer em pé.

– O que você quer?

– Passear com você.

– Para onde?

– Para onde? – ele arqueou suas sobrancelhas. – Não vamos perder tempo jogando, Camila. Você sabe aonde nós vamos.

– Não faço ideia do que você está falando. A propósito, como entrou aqui?

Perante essa pergunta, ele revirou os olhos.

– Ah, ok, Camila, agora você quer saber como consegui passar por aquela droga de tranca na sua porta dos fundos. Você deveria lacrá-la com fita adesiva.

Abri a boca, fechei e tentei novamente.

– Quem é você?

– Connor. Certo? Já que você não consegue esquecer isso, meu nome é Connor. O seu é Camila. Agora podemos ir, por favor?

O homem se levantou. Preparei-me, me mantendo pronta para qualquer coisa que acontecesse. Não tinha a menor chance de aquele cara sair dali sem uma explicação. Se eu o intimidei, ele soube disfarçar muito bem.

– Podemos ir ou você quer enrolar ainda mais? – perguntou ele.

– Ir aonde?

Connor me encarou como se eu estivesse o provocando.

– Pelo amor de Deus, Camila. Aonde mais seria? – Ele gesticulou em direção à porta atrás de mim. – Ver Lauren, é claro. É melhor nos apressarmos.


Notas Finais


https://www.wattpad.com/story/62112658-six-years

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