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História Skinny Love - Ice


Escrita por: SunnyBipolar

Capítulo 33 - Ice


POV. Emilly Malik.

- Bom dia, Mark. – sorri para meu porteiro, ao atravessar o saguão do prédio onde moro.

Mark sem duvidas era o único porteiro legal, que trabalha nesse porcaria de prédio. Ele sempre fora muito educado e simpático, ao contrario dos outros três que viviam de cara fechada e de mau humor.

- Bom dia, Sra. Malik. – sorriu, mexendo na caixa de correio. – Como está?

- Estou bem, obrigada. – sorri, prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo. – E você? Como vai Heloíse? – perguntei, me referindo a sua filhinha que era um encano de bebê. Ta que eu sou meio suspeita para falar de bebês, pois me encanto por todos. Mas Heloíse realmente é uma graça.

- Estamos ótimos. Heloíse, fica a cada dia mais arteira. – riu, mexendo em seus cabelos loiros. – Está deixando minha mulher maluca.

- Deve ser um experiência incrível. – sorri, pensativa. – Chegou alguma correspondência? – perguntei, arqueando a sobrancelha.

- Sim. – falou, mexendo em uma gaveta, por trás do balcão. – Aqui está. – falou, me estendendo minha correspondência.

- Obrigada. – sorri, analisando os envelopes em minhas mãos. – Até mais tarde. – acenei, saindo do saguão e adentrando a garagem.

Trouxe minha bolsa para frente, e abri a mesma, guardando os envelopes e pegando a chave de meu carro, que estava estacionado mais ao fundo. Apertei o botãozinho, e destravei meu carro, enquanto me aproximava do mesmo.

Zayn já havia saído para o trabalho. Falou que agora que Niall havia tirado férias, seu trabalho havia duplicado. Mas ele não pareceu se importar com este fato. Ele estava é aproveitando, pois agora ele tinha mais coisas para se ocupar, e isso o ajudava a esquecer os recentes ocorridos.

Eu achei muito legal da parte de Harry, dar férias ao Niall. Pelo menos ele pode passar mais tempo com a minha melhor amiga maluca, e ficar de olho nela, para que ela não apronte ou faça algo que coloque ela e o bebê em risco.

Adentrei meu carro, e passei o cinto de segurança sobre meu corpo. Encaixei a chave na ignição, girando a mesma e ligando o motor do carro.

(...)

- Bom dia, Jared. – sorri para o moreno, assim que meus olhos o localizaram na recepção do estúdio. – Como vai? – perguntei, o abraçando de lado.

- Bom dia, Ems. – devolveu o sorriso. – Ótimo. – abriu mais o sorriso. Ai tem. E como tem. – E você? Como está? – passou um de seus braços sobre meu ombro.

- Bem. – respondi, lhe lançando um olhar desconfiado. – Onde está Flávia? – perguntei, notando a ausência da ruiva sorridente.

- Foi ao banheiro. – respondeu, tirando o celular do bolso, e desbloqueando o mesmo. – Como vai a Annie? – perguntou, sem tirar os olhos do aparelho. – Tenho que ir visitá-la.

- Ela vai adorar sua visita. – sorri, colocando minha bolsa sobre o balcão. – Ela anda reclamando por estar vomitando, fazendo xixi e ter se transformado em uma sexomaníaca. Mas está bem. – dei de ombros e ele riu.

- Sexomaníaca ela sempre foi. – falou, bloqueando o aparelho e o colocando no bolso novamente. – Isso não é nenhuma novidade. Pelo menos não pra mim. – deu de ombros.

- Isso é verdade. – ri, passando a mão sobre meus cabelos. – Então... – murmurei, me afastando dele, e indo até a orquídea artificial que havia na recepção do estúdio, e brincando com as folhas da mesma. –... Você e a Nath estão saindo? – perguntei, o encarando e pude notar sua pele tomar um tom avermelhado, na área das bochechas. Que fofo.

- Er... – começou, bagunçando os cabelos sem jeito. Não contive o sorriso.

- Não precisa responder, relaxa. – ri, o vendo soltar o ar, aliviado. – O jeito que você ficou quando lhe perguntei, já me respondeu. – lhe lancei uma piscada, pegando minha bolsa sobre o balcão e andei em direção a minha sala. – Vocês formam um lindo casal. Eu apoio. – mandei-lhe um beijo no ar e adentrei minha sala.

(...)

- Está bem. Até mais. – sorri mesmo sabendo que a pessoa do outro lado da linha não veria, e desligue o telefone o colocando no gancho novamente.

- Mais um negocio fechado? – Nathalia perguntou, me encarando brevemente e voltando o olhar para a câmera em suas mãos.

- Isso ai. – sorri, me jogando para trás na cadeira de couro. Ouvi um barulho vir do meu estomago, dando sinais de vida e fome, e corei envergonhada. – Estou morrendo de fome. – murmurei, passando a mão sobre minha barriga.

- Já está na hora do almoço. – Nath riu, se sentando no sofá ao lado da porta. – E também o fato de você não comer nada de manhã, e ser viciada em café, ajuda bastante.

- Eu amo café. – fiz um biquinho, pegando meu copo de café que estava sobre a mesa. – Não me culpe.

- Fico surpresa por você não ter abrido uma cafeteria ao invés de um estúdio de fotografia. – falou, colocando a maquina sobre a mesinha ao lado do sofá, e se levantando.

- Não seria uma má ideia. – falei pensativa e ela riu.

- Bom... – começou, passando a mão sobre seu cabelo, o alinhando. Como se algum fiozinho estivesse fora do lugar. –... Jared me convidou para almoçar. – falou, e eu voltei a encará-la rapidamente. Sabia. Eu sabia. Eu sabia que aquele safadinho tava afim dela. – Quer vir com a gente?

- O que? Não. – neguei, rapidamente.

- Mas você vai almoçar sozinha? É melhor vir com a gente. – falou com uma expressão confusa.

- Não. – neguei com a cabeça. – Eu vou... – falei pensando em uma desculpa. Eu é que não iria cortar o barato do Jared. Não nasci para castiçal de vela. –... Almoçar com o Zayn. – menti, sorrindo amarelo. – Aproveitem.

- Está bem. – riu, dando de ombros.

- EMILLY. – ouvi um grito, seguido de um baque na porta e pulei da cadeira onde estava sentada, completamente assustada. – Surpresa.

- Qual o problema de vocês? – perguntei, colocando a mão sobre meu peito, tentando me recuperar do susto, enquanto Nathalia e as meninas riam de minha cara.

- Calma. – Bea falou, andando até mim e me puxando para um abraço. – Também estava com saudades. – riu, bagunçando meu cabelo.

- Para com isso. – bati em sua mão. – O que fazem aqui? – perguntei curiosa, encarando as duas.

- Vinhemos te visitar. – respondeu Katie, sorrindo. – Você é modelo de alguma revista? – perguntou, encarando Nathalia, curiosa.

- Não. – falou a loira, rindo. Não é a primeira vez que a confundem com alguma modelo. A garota já está até acostumada. – Sou a nova fotografa do estúdio. – sorriu amarelo.

- A que está no lugar da Annie. – falou Bea, colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. – Seja bem vinda. – sorriu.

- Nath... – Jared abriu a porta, colocando apenas a cabeça para dentro. –... Olá meninas. – sorriu as cumprimentando.

- Olá, Jar. – cumprimentaram juntas.

- Então Nath, vamos? – perguntou, direcionando o olhar para a loira que estava corada.

- Claro. – sorriu, pegando sua bolsa sobre o sofá. – Até mais meninas. – acenou para nós.

- Juízo. – pisquei, e Jared me mostrou a língua, me fazendo rir.

- Tchau. – falou Katie, acenando com a mão.

- Até mais. – Bea sorriu amarelo, se sentando na beirada de minha mesa, com uma expressão estranha.

Jared e Nathalia deixaram a sala, fechando a mesma, deixando apenas eu e as malucas que eu chamo de amigas.

- Garota simpática. – falou Katie, se sentando no sofá.

- Me lembrem de deixar o Louis o mais longe possível desse estúdio. – falou Bea, e eu a encarei sem entender nada.

- Por quê? – perguntei confusa.

- Porque sua nova fotografa ta mais pra uma modelo de passarela. – me encarou incrédula. – As chances do Louis me trocar por ela são mais altas que o Everest. – falou me fazendo rir.

- Pare de besteira, Beatrice. – falei, me sentando em minha cadeira novamente.

- Besteira? – me encarou incrédula, e eu neguei com a cabeça, revirando os olhos. – Loira, alta, magra, olhos verdes. Ela poderia ser a Barbie humana. Fala serio, Emilly. Você olhou pra ela? Não tinha como contratar alguém... Sei lá... – gesticulou com as mãos. –... Nariguda, desdentada, com um olho maior que o outro?

- Que exagero, Bea. – Katie revirou os olhos. – E daí que a garota parece uma modelo? – perguntou Katie, folheando uma das revistas que estavam ao lado do sofá. – Não vejo problemas.

- E daí, que eu tenho que deixar meu homem longe da tentação. – falou, me fazendo rir alto.

- Vai ficar grudada no Louis, como um cachorro obsessivo por seu osso. – falei rindo, e ela me olhou feio.

- Tinha mesmo que me comparar com um cachorro?  Me sinto muito melhor agora. – falou, arqueando a sobrancelha e eu e Katie gargalhamos.

- Que insegurança toda é essa, Bea? – perguntou Katie, largando a revista sobre o sofá e se levantando. – Não ta se garantindo mais, é? – perguntou, se aproximando da mesa.

- Acontece que eu e o Louis estamos brigando muito atualmente. – falou, abaixando a cabeça. – Eu tenho medo que ele me troque por outra. – falou, brincando com as mãos. – Eu nunca me apaixonei por nenhum outro cara, não desse jeito. – falou, e eu assenti entendendo-a.

- O Louis te ama, Bea. Ele não te trocaria por outra. – falei, sorrindo sincera. – Você foi o relacionamento mais longo que ele já teve em toda vida dele. Tirando a mãe e as irmãs, é claro. – falei pensativa, e ela riu.

- Deixa de neura. – falou Katie, a abraçando de lado. – Vamos almoçar, porque eu já ouvi o estomago da Ems dando sinal de vida, e isso me deixou com medo. – falou me fazendo corar, e as duas riram.

- Vão se catar. – fiz uma careta, me levantando.

POV. Harry Styles.

- Será que da para você desamarrar essa cara? – perguntou Louise, irritada. – Parece que eu estou sendo acompanhada por um pitbull.

- Não. – respondi seco, abrindo a porta de meu apartamento e adentrando o mesmo.

- Qual é Harry? – passou por mim, esbarrando com certa força em meu ombro. Vamos fingir que não foi de propósito. – Eu não entendo o porquê de você ter ficado assim. – jogou a bolsa sobre o sofá, e colocou a mão na testa.

- Ah, não entende? – perguntei, rindo debochado. – Talvez o fato daquele mané estar dando em cima de você na minha frente, e você ficar toda alegrinha pro lado dele, tenha ajudado um pouco. – falei e ela arregalou os olhos.

- Eu não estava toda alegrinha pro lado dele. – semicerrou os olhos. – Pare de ser infantil.

- Imagine se estivesse. – ri sarcástico.

- Harry eu...

- Você poderia ter cortado aquele babaca na primeira cantada que ele te deu. – falei, irritado. – Mas não fez isso. Nem se quer me apresentou como seu namorado. – apontei o dedo em sua direção, a acusando. – Me diz, Louise. – falei, virando as costas pra ela e começando a desfazer o nó de minha gravata, que já estava me sufocando. – Como você se sentiria se eu encontrasse, sei lá. – dei de ombros, me virando e encarando-a novamente. – Uma ex namorada, e ela desse em cima de mim, e eu não me importasse nenhum pouco com a sua presença e desse mole pra ela?

- Você não ficaria vivo pra contar história. – me olhou irritada e eu ri.

- Era disso que eu estava falando. – sorri, apontando para ela. – Você me mataria se eu fizesse o que você fez comigo hoje, e eu sou considerado infantil por ter me incomodado? – arqueei a sobrancelha, abrindo os botões de minha camisa. Depois do almoço extremamente irritante que eu tive hoje, estou sem cabeça alguma para voltar para a empresa.

- Desculpa, ta legal? – falou, se sentando no braço do sofá, com os olhos fixos em mim. – Mas é diferente, Harry.

- Diferente? – arqueei a sobrancelha, indignado. – O que é diferente?

- Eu nunca te dei motivos para desconfiar de mim, ou ter ciúmes. – se levantou, se aproximando de mim. – Já você. – apontou para mim, negando com a cabeça. – Pelo que eu ouvi, sempre foi um galinha. Como vê, eu tenho motivos de sobra pra desconfiar de você.

- Não, não tem. – gritei irritado, a assustando. – Eu ERA. – gritei mais uma vez, me aproximando mais dela, a olhando nos olhos. – Era um galinha. Não vou negar. – neguei com a cabeça. – Mas eu deixei de ser quando te conheci. Porque eu percebi que você. – apontei pra ela, que estava com os olhos levemente marejados, mas não me importei e continuei. – Você era o tipo de mulher que valia a pena. O tipo de mulher que todo homem quer pra vida inteira, e não por uma noite apenas. – mordi o lábio inferior. – Eu mudei por você, Louise. E se sou considerado infantil por sentir ciúmes de você, eu não me importo. – dei de ombros e ela abaixou a cabeça. – Porque eu te amo, e sinto ciúmes do que é meu.

POV. Emilly Malik.

Liguei o som baixinho e peguei a revista que estava sobre o balcão, me direcionando para a sala. Me joguei no sofá, colocando os pés na mesinha de centro, e comecei a folhear a revista, vendo as fofocas sobre os artistas.

Hoje estava me sentindo bem mais animada, do que nos outros dias, sinceramente. Acho que a visita das meninas me fez super bem. Havia algum tempo que não as via, e o almoço foi super agradável, a não ser por um gay que começou a implicar com Beatrice, alegando que ela estava olhando pro namorado dele. Confesso que ri bastante com a cena.

Ouvi o barulho da porta destrancando, e sorri me levantando, jogando a revista na mesinha de centro.

- Zayn, amor... – murmurei, me virando na direção da porta e paralisando ao ver quem havia passado pela porta. E lá se vai o meu bom humor, com o meu bom dia, pois por boa coisa, essa visita não vai ser. –... Mãe?

- Olá filha desnaturada. – murmurou, analisando meu apartamento com uma cara que não me agradou nada. – Poderiam ter escolhido um lugar melhor para morar, não acham? – perguntou, passando o dedo sobre a mesinha do telefone. Fala serio.

- Ta incomodada? – perguntou Zayn, colocando sua pasta sobre o sofá e se aproximando de mim, depositando um beijo em meus lábios. – A porta da rua, é a serventia da casa. Fica a vontade. – piscou para ela, que o encarou indignada.

- Te carreguei por nove meses em meu ventre, e criei por dezoito anos, pagando as melhores escolas e lhe dando o melhor que pude. – falou, me olhando decepcionada. Me comoveria se tivesse fundamento. – E é se casando com um ogro desses, que você me agradece? – perguntou, indignada e eu revirei os olhos. – Não revire os olhos para mim, mocinha.

- Não assistiu Shrek? Os ogros estão na moda. – sorri sem mostrar os dentes.

- A convivência com isso. -  olhou Zayn, com desdenho. – Acabou com a educação de ouro que lhe dei.

- Já chega, ta legal? – perguntei, juntando meus cabelos loiros e os prendendo em um coque. – Porque você veio aqui? Porque se queria reclamar da minha ingratidão, jogar na cara por ter pago colégio particular e falar que meu marido não presta. – falei, irritada. – Poderia muito bem ter feito isso por telefone. Pelo menos eu poderia colocar ele do lado da mesinha, e ir ler um livro enquanto você falava sozinha. – falei, dando de ombros.

Não é que eu não a ame, é claro que a amo, afinal é minha mãe. Mas já estou cansada disso. Eu sei que é super normal sogras odiarem seus genros e noras, mas acho que depois de tantos anos, já é apelação. Uma hora ela tem que superar.

- Eu sou sua mãe...

- Eu sei que é. – a cortei, colocando a mão em minha cintura. – E eu te amo mamãe, amo mesmo. – assenti com a cabeça. – Mesmo você agindo dessa maneira, que me tira do serio. E eu quero seu bem. – falei me aproximando dela. – E eu sei que já falamos muitas vezes sobre isso, mas... – mordi o lábio inferior, olhando pro teto. – Acho que essa implicância com o Zayn tem que acabar. Eu o amo e sou casada com ele, e não pretendo me separar dele. – falei, sincera.

- Ele já te traiu uma vez, quem garante que não vá fazer isso novamente? Porque na minha humilde opinião ele não te ama.

- Eu sei o que eu fiz. – falou Zayn, se pronunciando. – E me arrependo até hoje. Já pedi perdão a Emilly, e ela me perdoou. Mas eu sei que apenas isso não basta, e ainda me sinto um lixo pelo que eu fiz com a pessoa incrível que sua filha é, ela não merecia ter passado por aquilo. – falou, se aproximando de mim e me abraçando de lado. – Eu a amo, e nem você ou qualquer outra pessoa que não tenha conhecimento do amor que eu sinto por ela, vai interferir nisso.

- Poupe-me. – falou, revirando os olhos.

- Eu sei que você me odeia. Que prefere mil vezes o Tayler, pois pra você ele é o cara perfeito pra sua filha. Mas eu te garanto que não é. – falou Zayn, e eu me senti desconfortável quando ele tocou no nome de Tayler. – E acredite. Mesmo se Emilly um dia se cansar de mim e me der um pé na bunda, eu sempre vou estar por perto dela mesmo que ela me rejeite, tentando a reconquistar e mantendo aquele babaca o mais longe possível da minha mulher. E eu espero sinceramente que você não interfira nisso.

- E eu posso saber por que Tayler não pode se aproximar dela? Os dois já namoraram, o garoto vem de uma boa família e não é um ladrãozinho que nem você, que roubou o próprio pai. – falou mamãe, me fazendo arregalar os olhos, assustada. Como ela ficou sabendo disso?

- Espera ai. – me desvencilhei de Zayn, me aproximando de minha mãe. – Eu não sei com quem a senhora andou se informando, mas saiba que está completamente enganada. Em tudo. – a olhei nos olhos, e ela mantia seu olhar superior. – Zayn não roubou a empresa do pai dele, e está comprovado. Então morda a língua antes de ofendê-lo, ainda mais em nossa casa, pois se ele decidir te colocar pra fora, não serei eu quem irá impedir.

- Emilly, calma. – falou Zayn, segurando meu braço.

- Não. – neguei com a cabeça. – Cansei de ouvir. Agora é a vez dela. – apontei para mamãe. – Tayler não é um príncipe e nem vem de uma boa família, pois tem um primo obsessivo que espancou a Annie e quase a fez perder o filho que ela carrega em seu ventre. – a olhei com raiva. – E o Tayler mamãe. – me aproximei mais dela. – O genro dos seus sonhos. – ri sarcástica. – Tentou me estuprar, e só não conseguiu porque o Louis apareceu na hora. É com esse cara que você queria que eu me casasse? – perguntei, a encarando e ela abriu a boca, sem emitir nenhum som. – Você deveria dar graças a Deus por Zayn ter entrado em minha vida. Porque é esse cara que você tanto odeia, que cuida de mim e me faz feliz. E você deveria ficar feliz por isso. – lhe mandei uma ultima olhada, e me direcionei para a cozinha. Precisava de um pouco de água para me acalmar.

Gostaria de me enfiar em um buraco e nunca mais sair do mesmo. Quem sabe assim eu teria um pouco de paz.

Coloquei o copo agora vazio, sobre o balcão e encarei o mesmo. Respirei fundo algumas vezes, e voltei meu olhar para a sala, onde minha mãe se encontrava, me encarando com olhos assustados. Provavelmente se perguntando o porque de eu nunca ter dito nada.

- Eu não... – falou abaixando a cabeça, e passando a mão por seu pescoço.

- Não tinha como você saber. – ri, secando uma lágrima que caia por meu rosto. – Você nunca me ouvia, então eu não vi o porque eu deveria ter te contado na época. Pensei que você iria dizer que eu estava ficando louca, procurando um motivo pra acabar com a vida de um garoto de ouro que o Tayler era. – ri amarga. – Então deixei por isso mesmo. – dei de ombros.

- Você devia ter me contado. – falou, se aproximando do balcão. – Emilly, eu só quero o seu bem. Se eu soubesse, eu teria feito alguma coisa.

- De qualquer maneira isso não importa mais. – falei, voltando a encará-la. – Até onde eu sei, não existe nenhuma maquina do tempo, que possa fazer a gente voltar para o passado e concertar os erros que cometemos. – mordi meu lábio inferior. – Mas eu queria te pedir uma única coisa. – falei, olhando em seus olhos. – Quero que pare com essa implicância com o Zayn, isso vale pra ele também. – falei, direcionando o olhar ao meu marido. – Eu amo vocês dois, mais que tudo. – falei sincera. – E me dói vê-los em pé de guerra. Eu só queria que vocês ao menos tentassem conviver bem, por mim. – Respirei fundo. – Como vai ser quando tivermos filhos? Eu não quero que eles cresçam presenciando o ódio que vocês sentem um pelo outro. – neguei com a cabeça, pensando no desastre que seria.

- Está bem. – assentiu, mordendo o lábio inferior. – Vou fazer o possível.

- Eu também. – Zayn falou, me lançando um pequeno sorriso.

- Já é alguma coisa.

(...)

- Hey. – murmurou Zayn, se sentando ao meu lado, na cama. – Está tudo bem, amor? – perguntou, colocando meu cabelo para o lado, e depositando um beijo em meu ombro.

- Sim. – sorri, marcando a página em que eu havia parado de ler, e fechando o livro. – Sei que a implicância que ela tem com você vai continuar, mas acredito que agora vai ser reduzida. – soltei uma leve risada, me referindo a minha mãe e a conversa que tivemos hoje.

- É da sua mãe que estamos falando. – falou, deitando com a cabeça em meu colo. – Ela me odeia. Nunca vai parar de implicar comigo.

- Vamos pensar positivo. – falei, passando a mão em seus cabelos macios. – Convenhamos que você também não ajuda muito.

- Eu positivamente penso que ela nunca vai parar de implicar comigo. – falou me fazendo rir. - É ela quem começa. Eu apenas retruco. – falou, se .

- Sei. – falei, passando a mão por seu rosto. – Seu pai me ligou hoje, pediu para você entrar em contato com ele. – falei prendendo meu lábio inferior com os dentes, e Zayn se mexeu desconfortável.

- Sem chances. – falou, fechando os olhos.

- Eu acho que você deveria marcar um encontro com ele. Vocês precisam conversar com mais calma. Eu sei que ta recente, e que você está magoado. Mas é seu pai, meu amor. Você não vai poder ficar sem falar com ele o resto da vida.

- Eu sei. – falou, se levantando de meu colo e passando a mão por seus fios de cabelo. – Só preciso de um tempo. – falou e eu assenti, olhando para minhas mãos. – Que tal a gente ir jantar fora? – me encarou com um sorriso, meigo nos lábios, e eu arqueei a sobrancelha.

- Mas a gente acabou de jantar. – falei, soltando uma leve risada. – Ta querendo me deixar gorda ou é impressão minha? – perguntei, arqueando a sobrancelha e ele riu.

- Não seria uma má ideia. Pelo menos eu teria menos concorrentes. – falou, depositando um beijo em minha bochecha. – Mas não. Eu não quero te deixar gorda, só quero passar um tempinho com minha esposa e esquecer os problemas. – sorriu, me dando um selinho. – Acredito que isso não é nenhum crime.

- E não é. – sorri, olhando em seus olhos. – Pra onde vamos? – perguntei, mordendo meu lábio inferior, enquanto Zayn encarava o abajur ao lado da cama, com um olhar pensativo.

- Bom... – me encarou, com os olhos semicerrados. – Já que nós já jantamos, e você está insinuando que eu estou querendo te deixar gorda. – revirou os olhos, e eu ri. – Nós poderíamos ir, sei lá, no Hyde Park Winter Wonderland patinar no gelo.  – deu de ombros. – O que acha?

- Zayn... – mordi meu lábio inferior, nervosa.

- Eu sei, eu sei. – revirou os olhos. – Você patina muito mal, mas eu te ajudo. – falou sorrindo, e eu o olhei indignada. – O que foi? – perguntou confuso. – Você patina mal mesmo, amor. Não negue. – falou, apertando minhas bochechas e eu acertei um tapa em sua mão.

- Mas não precisa jogar na cara. – falei, cruzando os braços emburrada.

- Ems para. – falou rindo, me puxando para um abraço. – Vamos lá, amor. – depositou um beijo em minha bochecha.

- Está bem. – me dei por vencida. – Mas se eu levar um tombo e você ficar rindo, se prepare para dormir no sofá. – falei, lhe dando um selinho e me desvencilhando de seus braços, me levantando da cama em seguida.

- Isso é jogo baixo. – resmungou, se jogando na cama. – Você sabe que eu não consigo segurar.

- Se vira. – falei, lhe mandando um beijo no ar e entrando no banheiro, com minha toalha em mãos.

POV Zayn Malik.

Estacionei o carro e desci do mesmo, o travando em seguida. Coloquei as chaves no bolso de meu casaco e procurei por minha esposa, com os olhos. Vendo Emilly, escorada em uma arvore, encarando as pessoas que já estavam patinando.

Andei até ela, a abraçando por trás e depositando um beijo em sua cabeça. Voltei meu olhar para a pista, que estava até cheia, o que não me surpreende muito, pois estamos no fim do ano próximos as datas festivas, e nessas datas comemorativas os parques de patinação costumam lotar.

- Vamos lá? – perguntei, segurando sua mão, firmemente.

Emilly olhou pra mim, olhou para a pista de patinação e voltou o olhar em minha direção, negando com a cabeça.

- Melhor não, Zayn. – mordeu o lábio inferior, nervosa. – Tem muita gente ai, e eu não patino nada bem. Se você quiser ir, pode ir, eu fico aqui registrando tudo com minha câmera. – sorriu, me encorajando e eu revire os olhos.

- Nada disso. – neguei com a cabeça. – Nós vamos juntos. Não precisa ficar nervosa ou com vergonha, meu amor. – falei, segurando sua cabeça entre minha mãos, e a encarando nos olhos. – É normal levar tombos quando se está patinando. Você não é nenhuma profissional, não precisa ficar com vergonha. – sorri, depositando um breve beijo em seus lábios. – Não se preocupa que se você cair, eu vou estar do lado pra te ajudar a levantar. – sorri, pegando em sua mão novamente. – Vamos lá. – falei, a puxando e Ems assentiu com a cabeça.

- Se eu cair... Você dorme no sofá. – resmungou baixo, me fazendo rir.

(...)

Após alugarmos os patins, e os colocarmos em nossos pés, fomos para a pista de patinação. Emilly como já era de se esperar, estava super nervosa, confesso que esse medo de patinar no gelo que ela aparentemente e tem, eu desconhecia.

- Fica calma. – sussurrei em seu ouvido, e ela me olhou feio.

- Fácil falar. – falou emburrada, e eu ri.

- Vem. – falei, segurando em sua mão e começando a deslizar com o patins. – Vamos com calma. – sorri, me virando de frente pra ela, sem soltar sua mão. – Mantenha sua cabeça firme, e os olhos fixos em um ponto. Isso te ajuda a ter equilíbrio.

- Ta. – falou, respirando fundo e erguendo a cabeça, me encarando nos olhos. – Não me solta. – me encarou nervosa.

- Jamais, amor. – sorri, de lado. – Olha, se você achar que vai cair, dobre os joelhos e levante os braços para o lado. – falei, e ela assentiu.

Dei a volta em seu corpo, me posicionando atrás de minha mulher, segurando em sua cintura para que ela não caísse.

- Apóie-se no pé mais fraco, e depois, com seu pé dominante, empurre para frente na direção diagonal. Faça como se estivesse empurrando a neve para trás de você. Isso vai te impulsionar para frente. Depois leve o outro pé para frente e repita o processo. – falei em seu ouvido.

- Olha Zayn, eu não sei se você percebeu. – falou, Emilly, olhando para frente. – Mas você ficar sussurrando em meu ouvido não ajuda muito, na verdade não ajuda em nada. – falou, me fazendo rir. – Não ria, peste. Estou falando serio.

- Está bem. – dei de ombros, a virando para que ela ficasse de frente pra mim. – Assim está bem melhor não acha? – perguntei, deslizando pelo gelo, com o corpo de Emilly grudado ao meu. – Pelo menos pra mim está. – sorri, lhe roubando um selinho.

 



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