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História Skinny Love - Bem-vindo à liberdade, irmão!


Escrita por: Skinof

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS!!!
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Capítulo 46 - Bem-vindo à liberdade, irmão!


Fanfic / Fanfiction Skinny Love - Bem-vindo à liberdade, irmão!

Matthew’s Poin’t Of View

Se isso fosse possível, eu afirmaria que o sol está mais quente hoje. O suor escorria pelo meu rosto sem dó, o que me deixava incomodado. Vez ou outra, eu pegava um pequeno lenço que Avril me deu e passava sobre a minha pele, mas logo a sentia úmida novamente.

Olhei para o meu relógio de pulso; Duas e cinquenta e seis da tarde. Eu só precisava esperar mais quatro minutos, só mais isso. Ao meu redor, duas mulheres, uma jovem e uma já com a idade avançada, esperavam também pela abertura dos portões. Pelo o que tudo indica, não é somente o meu amigo que terá sua liberdade de volta hoje.

A mulher mais velha segurava uma sombrinha e mantinha seu olhar fixo no enorme portão negro a nossa frente. Um pouco mais afastada, abaixo de um ponto de ônibus, a moça mais nova mexia em seu celular despreocupada. Vez ou outra, ela olhava em volta e nossos olhares se cruzavam por alguns segundos, até que ela voltava a olhar para o celular novamente.

Sentei-me melhor sobre a minha moto, passei novamente o pequeno lenço pelo meu rosto e ajeitei os meus óculos escuros no meu rosto novamente naquele dia. Então, finalmente, os portões negros começaram a se abrir. As duas mulheres olharam apreensivas para o portão e eu segui o olhar delas. Antes que o portão se abrisse totalmente, três homens saíram por eles. Um correu para a mulher mais velha e a envolveu em um abraço forte, possivelmente eram mãe e filho ou algo do gênero. O outro homem foi até a outra mulher, mas foi com bem mais calma do que o primeiro. Ao chegar até a outra mulher, puxou-a para um longo beijo. O terceiro homem, o careca baixinho que eu tanto esperava, veio até mim com um meio sorriso no rosto. Levantei-me e fiquei em pé esperando ele se aproximar. Quando chegou até mim, abraçamos-nos brevemente com direito a tapinha nas costas.

– M, caralho, não acredito que veio aqui cumprir a sua promessa de vir me buscar. – disse sorrindo.

– Eu disse que viria, Corey. Você é meu amigo, eu não podia deixar de vir te ver hoje. Além disso, temos negócios a tratar.

– É, eu lembro. Você que contratou o advogado engomadinho para mim?

– Eu mesmo. Tive que vender algumas coisas minhas para conseguir o dinheiro, mas consegui.

– Estou te devendo uma, M.

– Pague se mantendo na linha.

– Garanto que irei tentar. Mas e aí? Como foi a sua recepção aqui fora?

– Contarei tudo a você, mas o que acha de irmos comer primeiro? Não aguento mais ficar em pé aqui nesse calor.

– Seria ótimo. Sinto falta de um hambúrguer de verdade.

– Então comeremos hambúrgueres.

Corey e eu fomos de moto até a lanchonete em que eu trabalhava. Hoje era o meu dia de folga, então só iria para lá a fim de comer.

Quando chegamos, fizemos nossos pedidos e eu atualizei Corey de boa parte dos acontecimentos desde a minha soltura. Ele sabia de todo o meu rolo com a Avril, acredito que ele tenha ficado feliz por mim por tê-la conquistado de volta.

– É claro que ela não resistiria ao meu amigo. Metade dos caras da cadeia queriam essa sua bundinha. – Corey comentou rindo.

– Duvido que algum deles tivesse coragem de tentar.

– Não tiveram mesmo. Até porque, você com esse seu jeito explosivo deixava qualquer um com receio. Você podia ter se ferrado ali dentro. É como eu te falei, na cadeia é outro sistema, são outras leis, é uma outra sociedade. A sua sorte é que ali não é tão ruim, não há gangues disputando o espaço lá dentro. Como são crimes menores, o pessoal é mais unido.

– É, eu sei que eu devia ter evitado algumas brigas. Eu já sou um pouco cabeça quente, mas lá dentro eu piorei drasticamente. Eu não aguentava ficar engaiolado.

– Ninguém aguenta, por isso que fode com a cabeça de muita gente aí. O Marco e o Elias saíram faz pouco tempo, teve notícias deles?

– Só do Marco. Ele já foi preso novamente, passou no noticiário. Tráfico de drogas.

– Com certeza, ele fez alguma burrice. Marco nunca foi um poço de inteligência.

– Mais alguém saiu?

– Ninguém relevante. A maioria do pessoal ainda tá lá.

Alice, uma das garçonetes, chegou até a nossa mesa com os nossos pedidos em mãos. Ela colocou a bandeja sobre a mesa e forçou um sorriso.

– Mais alguma coisa? – perguntou.

– Não, tudo certo, Alice.

– Todo patrão hoje, não é? – brincou ela e eu ri um pouco em resposta.

– Somente hoje mesmo.

Alice se retirou enquanto Corey olhava fixamente para a bunda da garota. Quando Corey voltou a me encarar, apenas meneei com a cabeça rindo para ele.

– Ela só tem 16 anos, calma aí.

– Olhar não é crime. – Corey se defendeu.

– É, tem razão. Você tem onde ficar? Você me disse que perdeu contato com a sua família há anos.

– Sim, desde que saí da minha cidade. Não, não tenho onde ficar ainda, mas só por estar aqui fora já tá ótimo.

– No apartamento da Avril tem um quarto sobrando, ela não deve se importar. Vai ser até melhor você lá comigo, pois eu fico de olho em você.

– Você não confia em mim, irmão? – perguntou Corey com a boca cheia após dar uma grande mordida em seu sanduíche.

– Confio, mas sempre bom ficar de olho.

– Tudo bem. Melhor segurar vela do que dormir na rua. Sua namorada não vai se importar?

– A Avril é muito de boa, duvido que ela se importe. Ela entenderá que é para ajudar um amigo meu.

– Então ok, eu topo.

 

Avril's Poin't Of Viewl

Desde que Matt e eu decidimos que iremos nos casar novamente, eu tenho trabalho mais a fim de conseguir o dinheiro necessário para comprarmos uma nova casa e fazermos a festa. Dessa vez, eu não poderia contar com os meus pais para nada. Aliás, nem convidá-los eu iria. Eu ainda não os tinha perdoado e acho que também eles não iriam querer ir.

Assim que entrei no meu apartamento, deparei-me com um estranho careca sentando de forma descontraída no sofá da sala com uma cerveja em mãos.

– Quem é você? O que faz no meu apartamento? – indaguei.

O homem olhou na minha direção e sorriu. Seu sorriso me causou arrepios, não sei se pelo sorriso em si ou só por toda a estranheza da situação.

– Amor, esse é o meu amigo Corey. – disse Matt enquanto surgia na sala com uma cerveja em mãos. Ele caminhou até mim, deu-me um selinho e depois foi em direção ao sofá para sentar ao lado do tal Corey. – Ele saiu hoje e não tinha onde ficar, então eu ofereci o quarto de hóspedes para ele até que ele possa se reerguer. Não há problema, certo?

– Por que você não falou comigo antes?

– Porque achei que não era preciso. Ele saiu há poucas horas, ele não tinha onde ficar. Corey me ajudou muito quando estive preso e eu não podia deixá-lo na rua.

– Sim, eu entendo, mas ainda acho que devia ter ao menos me ligado.

– É, eu devia. Me desculpa, fiquei tão animado com ele aqui que acabei esquecendo. Erro meu.

Mesmo que eu não estivesse confortável com a presença daquele homem ali, eu não começaria uma briga com o Matt ali e naquele momento. Respirei fundo e caminhei até o meu quarto para trocar de roupa. Matt veio logo em seguida.

– Tá tudo bem, Avril?

– Não acho ruim você querer ajudar o seu amigo, mas você devia ter falado comigo antes. Aliás, você confia nesse cara? Ele não tem lá um rosto muito amigável.

– Confio sim, Avril. Corey é um dos caras mais simpáticos que eu conheço, não entendi essa de rosto não muito amigável.

– Ele parece perigoso, tem algo nele que me causa receio.

– Talvez o problema não seja nem esse, talvez o problema esteja em outro lugar. Não é porque ele foi preso que ele não possa ser uma boa pessoa. Eu também já fui preso, Avril.

– Não é por isso que eu não gostei dele.

– Não? Tem certeza? Pare e pense um pouco, pois antipático o Corey não é. Eu vou voltar para a sala. Deixe-o ficar ao menos essa noite. Amanhã, eu peço que ele vá embora, talvez até para a casa dos meus pais, eles não se importariam em ajudar. Só peço que o deixe aqui por essa noite, eu já disse a ele que poderia ficar.

– Tudo bem, ele pode ficar.

– Valeu.

Matt saiu do quarto com uma expressão fechada, ele devia mesmo achar que eu não gostava do amigo dele somente por ele ser um ex-presidiário. Pode ser que tivesse um pouco de preconceito meu sim, mas não era só isso, pelo menos eu acho que não. Droga, será? Talvez eu devesse dar uma chance ao amigo do Matt, pois se ele era seu amigo, ele devia ser legal.

Troquei de roupa e depois caminhei até a sala e me juntei aos dois. Conhecer Corey melhor seria o melhor caminho para acabar de vez com essa dúvida.

 

Brendon’s Poin’t Of View

Era a primeira noite só nossa depois de toda aquela confusão que foi o final de semana passado. Sexta à noite, após o trabalho, Katy veio assistir um filme comigo e dormir por aqui. Eu a convidei porque estava com saudades da sua presença, eu não a via desde domingo.

Quando ela chegou, parecia travada. Sorrisos forçados e uma postura tensa no começo da noite. Jantamos em silêncio, Katy parecia perdida em seus pensamentos e eu a deixei por lá mesmo. No momento em que fomos ver o filme, Katy sentou perto de mim, mas eu fiquei receoso em abraçá-la, ela continuava estranha. Era óbvio que não estava tudo bem, não podíamos continuar fingindo que estava. Pausei o filme e olhei para Katy esperando que ela me olhasse de volta, o que não demorou a acontecer.

– Katy, o que está acontecendo?

– Como assim?

– Como assim? Katy, pode ir direto ao ponto, você ainda não está confortável depois de tudo o que ocorreu, não é?

– Eu achei que estava, achei mesmo. Mas hoje, vindo aqui ao seu apartamento, muitas coisas ficaram rodeando a minha mente.

– Que coisas?

– Eu queria te conhecer, Brendon. Sim, seu sei que você fica bem desconfortável quando eu começo a perguntar sobre você. Eu já notei que você se sente invadido com simples perguntas. É algo da sua personalidade, eu sei que devo entender. Contudo, faz parte da minha personalidade querer me ligar totalmente a pessoa, e isso inclui conhecer bem quem está ao meu lado. Então eu fico com esse embate na minha mente. No fundo, eu não queria apenas te conhecer, eu queria que você quisesse que eu conhecesse, queria que você se abrisse naturalmente. Uma relação é baseada no companheirismo. Eu queria ser aquela primeira pessoa que você pensa quando tem uma notícia boa ou ruim. Eu queria ser aquela primeira pessoa em que você pensa quando quer dividir alegrias ou tristezas. Mas se você não se abre comigo, é difícil pensar que você leve isso tão a sério quanto eu.

– Katy...

– Eu sei que falei que não te cobraria nada agora, eu só não consigo entender o porquê de você não poder se abrir comigo agora.

– É que é tão mais simples deixar isso no passado e enterrar. Reviver essas lembranças não é algo confortável, principalmente o desfecho de tudo. Mas, talvez esteja na hora, eu não posso realmente ficar escondendo coisas de você assim, ainda mais se você se sente tão incomodada com isso. Espere um minuto, eu já volto.

Levantei-me da mesa e Katy apenas assentiu para mim.


Notas Finais


OOI
Eu queria fazer duas observações rápidas, juro que tentarei não enrolar muito. Sei o quanto alguns podem achar chato a autora falando e falando, mas espero que gostem do que falarei kkkkkk
1- Corey, para quem não reconheceu ou não conhece, é o Corey Taylor. Ele entrou e vai continuar na fic por um bom tempo, então por isso vou atentar mais para a imagem dele, a qual tem na capa.
2- Próximo capítulo o Brendon vai contar umas coisinhas para a Katy... Todas essas cosinhas, e até muitas a mais, estão retratadas na fic Unbreakable Heart. Unbreakable Heart é uma fic minha que se passa em 2004, a qual conta o passado do Brendon dessa fic. Ela está quase no fim, então lê-la já adiantaria muita coisa do capítulo que vem. Se não quiserem ler, tudo bem, terá o resumo aqui, mas lá será com bem mais detalhes e com mais coisinhas que o Brendon não irá contar para a Katy agora. De qualquer forma, fica a critério de vocês, mas eu adoraria muito que lessem <3 Vou deixar o link aqui de qualquer forma.
https://spiritfanfics.com/historia/unbreakable-heart-5628821
Era só isso
beijos


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