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História Skinny Love - Passado


Escrita por: Skinof

Notas do Autor


Gente, se tiver alguém aí (já que vocês não falam comigo, não se manifestam, é uma pergunta a se fazer), quero me desculpar pela demora. Estou realmente sem tempo ultimamente.
Enfim, aqui está o capítulo
Desculpem-me por qualquer erro
Espero que gostem
Beijos

Capítulo 47 - Passado


Fanfic / Fanfiction Skinny Love - Passado

Katy’s Poin’t Of View

Continuei na sala de estar enquanto Brendon sumiu da minha visão e entrou em seu quarto. Minhas mãos se mexiam quase que independentemente, atritavam uma contra a outra ou só executavam qualquer movimento repetitivo. Não muito diferente delas, os meus pés também. Uma inquietação dominava o meu corpo naquele momento, finalmente Brendon seria honesto comigo. Isso me deixava animada, mas me colocava medo. Admito que mais medo do que animação. Eu tinha medo do que ele poderia revelar. Pode parecer besteira, mas eu tinha medo sim.

Quando voltou ao cômodo, Brendon mantinha seus olhos em uma caixa que trazia consigo. Ele me olhou brevemente e caminhou até a TV. Colocou um CD no DVD e depois veio até mim ainda com a caixa em mãos. A caixa era de madeira, não muito trabalhada nos detalhes, essa parecia não ser a principal função dela. Contudo, no quesito segurança, ela era bem reforçada. Duas trancas e um cadeado estavam ali para espantar curiosos.

– Bem, eu não sei bem por qual parte começar, mas tudo o que tenho tentado esquecer está nessa caixa.

Brendon sentou no sofá e colocou a caixa entre nós. A caixa era grande, quase não coube na largura do sofá. Brendon pegou o controle da TV e retirou da Netflix, direcionando para a entrada do DVD em seguida.

Tentei dividir minha atenção entre a TV e a caixa. A caixa possuía muitos papeis e CDs. Algumas fotos também estavam por lá, fotos que pareciam ser de um Brendon jovem e não tão feliz. Além disso, apenas encontrei um pedaço de cobre estranhamente enrolado parecendo um anel. Brendon olhou bem para mim quando eu peguei o objeto, o seu olhar se entristeceu na hora. Devolvi o objeto para a caixa e depois olhei para a TV.

Um homem calvo e rechonchudo entrava em um quarto e puxava uma cadeira para perto da única cama existente no local. Na cama, um garotinho abraçava as pernas e escondia o rosto entre elas. A única coisa que se podia identificar no garoto era o seu cabelo negro. O homem rechonchudo começou a falar com o garoto, mas não dava para ouvir o que eles falavam.

– Ali sou eu. 1997, logo após a morte dos meus pais. – Brendon começou a falar. – Eu tive alguns problemas após a morte dos meus pais, problemas até compreensivos. Pesadelos eram frequentes, irritabilidade também. Eu me sentia com medo, sentia-me sufocado. Eu estava realmente perdido. Minha tia nunca foi bem uma tia para mim, ela e a minha mãe estavam brigadas há bastante tempo, mas o juiz não se importou em me ouvir em relação a isso e deu a minha guarda para a minha tia. A convivência com ela e toda a sua família foi difícil. Eles mexiam nas coisas dos meus pais, os meus primos me zoavam a todo o momento. Foi bem complicado. Eu era uma bomba prestes a explodir a qualquer momento. Por qualquer coisa, eu agia agressivamente com os outros e até comigo mesmo. Na verdade, eu era uma bomba de sentimentos, eu sentia tudo ao extremo. Era como se eu fosse pequeno demais para guardar tudo aquilo que eu sentia. A solidão, a tristeza e o medo que eu sentia eram os sentimentos que mais me perturbavam. Eu estava com transtorno de estresse pós-traumático, algo fácil de ser diagnosticado no meu caso. E eu fui até diagnosticado após enfiar uma caneta na cabeça do primo e posteriormente tentar me matar, mas eu fui diagnosticado pela pessoa errada. Sabe esse homem do vídeo? Doutor While. Formado aqui, mas com mestrado e doutorado na Europa. Um profissional aparentemente sério, mas somente aparentemente.

No vídeo, o pequeno Brendon e o homem conversavam. Brendon parecia um pouco alterado enquanto o homem se mantinha calmo. Em um dado momento, Brendon começou a chorar e a gritar.

– Doutor While se importava mais com o dinheiro que ganhava do que com os seus pacientes. Nesse momento do vídeo, ele tinha acabado de me acusar de ter culpa na morte dos meus pais. Era assim que ele trabalhava, ele mexia conosco no ponto que mais doía e nos manipulava para ter os resultados desejados. Nesse caso, ele queria que eu explodisse para que ele pudesse me prender lá dentro. Ele conseguiu. Ele me considerou um perigo para mim e para as outras pessoas, uma pessoa altamente agressiva. Ele me manteve na clínica por anos, sete para ser mais exato. Você lembra do escândalo da clínica que prendia pessoas com falsos atestados em troca de dinheiro?

Sim, eu lembrava bem. Na época, eu estava na faculdade e me questionei bastante como alguém poderia fazer esse tipo de coisa por conta de dinheiro. Foi um susto ver uma profissão que eu tanto admirava sendo usada dessa forma.

– Sim, eu lembro. Você então estava na tal clínica... – falei e Brendon apenas assentiu. – Nossa, eu sinto muito, Brendon.

– Olhando de hoje, eu não julgo tão ruim assim. Sim, eu perdi minha adolescência preso naquele lugar, sujeito a todo o tipo de torturas físicas e psíquicas, as quais desestabilizaram o meu psicológico até hoje, mas lá também me ocorreram coisas boas. Eu conheci pessoas que mantenho contato até hoje. Além disso, foi tudo aquilo que me tornou quem eu sou hoje. Sabe, eu tinha tudo para ser mais um playboy da pior espécie, mas acredito que eu não seja.

– Então você se sente bem com a experiência ruim que teve?

– Eu preciso pensar que já foi, prefiro olhar o lado positivo. Aprendi isso nos vários anos de tratamento pelo qual eu passei. O importante é que a parte ruim já passou.

– Você tem razão, passou. Mas eu lembro que vi nos noticiários que esse Doutor While fugiu, não conseguiram encontrá-lo mesmo?

Brendon coçou um pouco o queixo e depois olhou para a TV.

– A policia nunca o encontrou, ele é dado como foragido até hoje.

– E você não tem medo que ele apareça?

– Não, ele não pode fazer nada contra mim.

Na TV, passava-se uma cena do Brendon um pouco mais crescido. Ele devia ter por volta de uns quatorze ou quinze anos. O doutor rechonchudo falava com Brendon enquanto ele se mantinha parado, olhando para o nada. Ele parecia dopado.

– Quando a policia chegou à clinica, como foi? – perguntei, atraindo o olhar de Brendon novamente para mim.

– Eu não sei, eu não estava lá.

– Como não?

– Bem, aí que entra a outra parte de tudo isso. Sabe que eu falei que conheci pessoas? Duas delas foram Spencer e Zara. Spencer, eu conheci primeiro. Ele era bem comunicativo e nos demos bem, pois tinha dias que eu realmente não queria falar nada, apenas ouvir. Quase um ano depois, a Zara chegou. Eu a conheci quando ela invadiu o meu quarto enquanto tentava fugir dos enfermeiros que queriam medicá-la. Ela fez muito isso no inicio, e eu admito que eu também fiz muito. As drogas que eles nos davam nos deixavam totalmente anestesiados. Nossos corpos estavam ali, mas a nossa mente estava longe. Lembro-me que eu me incomodava bastante. Eu tinha crises existências graças a essas drogas. Qual o sentido de existir se eu não conseguia ter domínio sobre mim? Por que existir se eu não sentia absolutamente nada?

– Eles mantinham vocês direto dopados?

– Boa parte do dia sim. Mas nem sempre eles nos davam drogas realmente fortes, tinha dias que só nos davam calmantes que nos faziam dormir. Faziam isso para terem menos trabalho. Porém, se fizéssemos algo que eles não gostassem, eles colocavam drogas mais fortes para nos controlar.

– Entendo. Mas você falava dos seus amigos... O que aconteceu com eles?

– Bem, Spencer e Zara combinaram de fugir. Eu não quis tentar, eu já tinha tido muitas tentativas frustradas antes. Como eu imaginava, não deu muito certo e eles foram colocados de castigo por uns dois ou três dias. Passado esse tempo, somente a Zara voltou. Depois, ficamos sabendo que eles tinham aplicado mal o medicamento do Spencer e ele sofreu uma overdose. – Brendon contava tudo agora com um olhar perdido. – Zara e eu ficamos devastados. A Zara até se sentia culpada já que tudo tinha sido ideia dela. Além disso, Spencer tinha sido levado para outra sala depois de tentar defendê-la de um maníaco nojento que havia na clínica. Erick era um dos enfermeiros e ele tinha uma certa fascinação pela Zara. Mais de uma vez ele tentou abusar dela, e essa que o Spencer impediu foi a primeira.

– E alguma vez ele chegou a conseguir?

Brendon pareceu incomodado com o assunto.

– Ele tentou três vezes. Essa que o Spencer impediu, uma segunda que eu impedi e uma terceira que uma outra enfermeira impediu.

Brendon cerrou um pouco os punhos, mas depois olhou para o chão e soltou um longo suspiro, como se estivesse se acalmando. Esse momento me lembrou do descontrole dele quando encontrou Drake tentando abusar de mim há algum tempo atrás. Talvez a raiz de toda aquela raiva estivesse ali, na sua amiga quase violentada.

– E esse Erick está preso?

– Não. Ele sumiu com o Doutor While. Eles eram tio e sobrinho. Mas eu acabei desviando do foco. A questão é que com a morte do Spencer, percebemos que precisávamos sair dali. O lugar tanto não era seguro como também precisávamos avisar a alguém o que aconteceu com o Spencer. A morte do Spencer não podia passar em branco. Então, Zara e eu planejamos um novo plano de fuga, unindo o plano dela e um meu. Pegamos os defeitos de cada plano e tentamos solucionar. Tudo estava indo bem até que confiamos na pessoa errada. Fomos denunciados e castigados. Mesmo depois disso, não desistimos. Nós precisávamos sair dali, então eu fui no improviso. Com uma faca, eu consegui fugir de lá com a Zara. Corremos e fugirmos por dois dias, até que eu consegui chegar até o meu assistente social e contar-lhe tudo. Eu não só contei, eu provei o que eu falava com algumas cenas da clinica num CD. Foi então que tudo estourou e invadiram a clinica.

– Então você é responsável por tudo ter sido descoberto? – ele apenas assentiu. – Isso é incrível, Brendon. Você se salvou e salvou os demais.

– Sim, mas falando assim parece ser algo maior do que foi. Eu fiz aquilo por necessidade, por querer vingar a morte de Spencer, não por ser um herói ou algo do tipo.

– Mesmo assim, o que você e a sua amiga fizeram foi incrível. Alguém precisava acabar com a festa daquele idiota.

– Nisso, eu concordo.

– Agora, eu entendo porque você não queria falar sobre. Eu sinto muito ter te forçado a isso.

– Não, tudo bem. De certa forma, eu me sinto bem revelando essa outra parte de mim. Eu não pensei que me sentiria assim. Mas, ainda não acabou. Uma vez, você me perguntou sobre a clínica.

– Sim, domingo passado.

– Pois então. Como eu disse, ela não é em homenagem aos meus pais, mas sim a outra pessoa. A Zara sempre sonhou com algo como aquele. Lembro-me do dia em que saímos para comprar algo para avó de Zara, que após tudo virou minha tutora, e passamos em frente a um daqueles sopões. Era umas nove da manhã e já havia uma fila enorme para o almoço. Eram jovens, velhos, crianças, todos na fila enfrentando a pequena chuva que caía. Zara queria descer e levar todos para casa, ela queria ajudá-los. Eu também quis, mas era algo inviável, eram muitas pessoas. Foi ali que nasceu a ideia da ONG como ela é hoje. A ONG Larsson nasceu nesse dia. Antes, ela era apenas uma ideia mais abstrata, mas nesse dia planejamos realmente como ela nasceria. Contudo, Zara morreu antes que o sonho ao menos começasse a ser construído. Ela morreu naquele dia, poucas horas depois.

– Morreu? Morreu como?

– Suicídio. Quando chegamos em casa, encontramos o advogado que contratamos para processar a clinica. Ele tinha novas provas, e uma delas incluía o vídeo do Erick assediando a Zara. Ele passou as mãos por dentro da roupa dela. Acho que esse não foi o único motivo, acho que eu também tive um pouco de culpa nisso ao sair e deixá-la sozinha. Ela se matou. Eu amava muito a Zara para deixar o sonho dela morrer naquele dia. Depois que me recuperei mais, a senhora Larsson e eu discutimos sobre a criação da ONG e levamos o projeto à frente.

Ficamos pouco mais de um minuto em silêncio. Eu não sabia o que falar e o Brendon parecia um pouco perdido em suas lembranças. Seus olhos estavam tristes, mais tristes do que eu jamais tinha visto.

– Josh foi o seu primeiro amor, Katy? – Brendon me encarou ainda triste e eu apenas assenti. – Matthew foi o primeiro amor da Avril também. Sabe por que eu sempre compreendi e aceitei a Avril ainda suspirar um pouco pelo antigo amor? Porque eu a entendia. Zara foi para mim o que o Josh foi para você e o que o Matthew foi e é para a Avril. Eu tentei e tento seguir em frente todos os dias, mas Zara sempre está comigo. Eu nunca consegui deixar de lado o amor que eu sentia por ela, ele ainda está aqui a todo vapor. As lembranças das torturas nem se comparam com a tristeza que eu sinto ao lembrar que ela se foi. Nós estávamos bem, tínhamos planos. Então ela se foi sem nenhum aviso prévio. Mesmo que dessa vez eu tivesse a senhora Larsson e até o Tom comigo, a morte da Zara me atingiu no mesmo nível que a morte dos meus pais. Acho que por isso eu valorizo a ONG bem mais do que o meu consultório e até a empresa dos meus pais. A ONG é como se fosse o meu pedido de desculpas para Zara por não ter sido bom o suficiente naquele momento.

– Não diga isso, Brendon. Tenho certeza que você fez o seu melhor. Zara apenas não deve ter suportado saber que a tocaram sem ela deixar.

Brendon meneou com a cabeça e suspirou.

– Não, não é bem assim. Quando ela mais precisou, eu estava longe pensando apenas em mim. Mas, eu decidi não me culpar mais, mesmo que eu saiba da minha culpa nisso tudo.

– Você não deve se culpar.

Acariciei a bochecha de Brendon, mas ele não esbouçou nenhuma reação. Ele apenas mergulhou a mão na caixa e tirou uma foto. Nela, uma garota loira abraçava o que parecia ser o Brendon mais novo. Ele olhou por meio segundo para a foto e depois me entregou.

– Essa é a Zara.

Peguei a foto. Os dois jovens abraçados estavam muito sorridentes. Brendon estava até de olhos fechados com um sorriso sem mostrar os dentes no rosto. A Zara, diferente dele, ria abertamente. Ela ria como se tivessem acabado de contar uma piada para ela, não era aquele riso feito para foto, era um riso natural.

– Eu mantive contato com quatro pessoas que também saíram da clinica e pedi doações para a ONG. Pedi somente a essas pessoas porque eram as únicas com algum resto de sanidade mental na época. – devolvi a foto ao Brendon e ele a guardou na caixa novamente. – Depois, eu ainda consegui falar com a Agatha, ela me ajuda até hoje. Demorou um tempo para ela ter controle sobre a sua mente novamente, mas quando ela conseguiu, ela mesma me procurou e até hoje ela me ajuda na ONG. Agatha tinha um apelido engraçado na clínica, ela era chamada de Dona Besoura. Eu não sabia o porquê, mas como ninguém sabia o nome dela, o apelido pegou. Depois descobri que era porque ela gostava de mexer com os insetos no jardim da clínica. Enfim, ela que assume o cargo oficial de diretora de toda a ONG, eu pedi que ela fizesse isso por mim. Eu sou diretor, mas por baixo dos panos.

– Acho que já vi a foto dela em algum lugar da ONG. Uma senhorinha bem simpática, certo?

– Sim, ela mesma. Tem a foto dela em um dos quadros da entrada, assim como tem uma foto da Zara.

– Eu nunca parei para olhar atentamente, mas acho que estou me lembrando da foto da Zara. O Tom é tipo irmão, primo ou algo assim da Zara?

– Irmão. Ele era bem novo quando a Zara morreu, não chegou a conhecê-la tanto assim. Ele tem sim lembranças dela, mas ainda é pouco para o tanto que ele tinha a conhecer da Zara.

– Sinto muito por ele, sinto muito por você. – Brendon forçou um pequeno e breve sorriso, então eu o abracei. – Obrigada por dividir isso comigo por livre e espontânea pressão.

Brendon se moveu um pouco em meus braços e depois separou nossos corpos com um pequeno sorriso nos lábios.

– Tudo bem, você estava certa em querer saber mais sobre mim. Eu realmente não gosto de me abrir, ainda mais quando o assunto é esse, mas eu não me sinto mal em ter contato isso para você. Acho que agora você me conhece mais e isso é bom. Posso ser mais verdadeiro e posso tocar nesse assunto com você sempre que precisar. Mas, agora eu estou com dor de cabeça e peço que entenda. Podemos continuar isso outro dia?

– Ainda há coisas para falar?

– Sim, algumas. Uma delas inclui como eu tive um relacionamento com a Helen por algum tempo.

– Helen? A Helen da ONG? – perguntei e ele apenas confirmou com a cabeça. – Não acredito! Por favor, adianta logo isso. Eu não consigo imaginar vocês dois juntos.

Helen era uma das funcionárias da ONG, a mesma que tinha me entregado o vestido de princesa e me olhado de cima a baixo no meu primeiro dia na ONG. Ela atuava em todas as áreas, era bem metida em tudo. Sempre achei que ela não gostava de mim, pois ela nunca perdia a oportunidade de me alfinetar. Achei que era apenas uma implicância por eu ser novata, mas mesmo depois de meses lá, ela nunca deixou de ser antipática comigo.

 – Resumindo bem rapidamente, Helen era uma das enfermeiras da clinica e eu me envolvi com ela para conseguir o que eu queria para fugir. No final, ela me ajudou a fugir e eu prometi que a protegeria do While. Ela também ajudou bastante a polícia revelando tudo o que precisava relevar do que acontecia lá dentro. Bem, agora ela está lá na ONG. Lá, ela é útil e eu posso cumprir minha promessa de protegê-la.

– Não consigo imaginar vocês dois juntos.

– Foi somente por algum tempo enquanto eu estava na clinica. Aqui fora, nunca toquei nela.

– Pensando bem, ela sempre parece querer te impressionar e mostrar trabalho. Sempre te rondando... Claro, como eu não percebi antes? Ela ainda é afim de você.

– Já faz muito tempo, eu acho que não. Talvez seja apenas gratidão por eu tê-la ajudado.

– Não, acho que não.

– De qualquer forma, ela sabe que eu não quero nada com ela, ainda mais agora comprometido com você.

Uni os meus lábios aos de Brendon por alguns segundos em um breve selinho.

– Você tem algo para tomar para a sua dor de cabeça?

– Tenho sim, vou já lá pegar no meu armário de remédios.

– Acho que eu vou indo então, vou deixar você descansar.

Antes que eu pudesse levantar no sofá, Brendon segurou o meu braço com delicadeza.

– Não, por favor, fique. Durma aqui hoje. Prometo, é só dormir mesmo.

– Eu sei. – falei sorrindo. – Eu sei que a nossa primeira vez está demorando, mas...

– Katy, tudo bem. Eu não tenho pressa, pois eu pretendo passar muito tempo com você ainda. Para que pressa então? – dei-lhe mais um selinho em resposta e depois o encarei sorrindo. – Além disso, minha cabeça realmente dói, então se fossemos tentar algo, talvez não fosse uma experiência muito boa para ambos.

– Concordo. O que acha de irmos nos deitar logo? Você toma o seu remédio e nós apenas ficamos deitados juntos esperando o sono chegar.

– Eu acho maravilhoso.

Brendon guardou novamente todos os pertences da caixa, tomou o seu remédio e depois foi comigo para o seu quarto. Lá, trocamos de roupa – Brendon me emprestou uma camisa grande sua. –, e depois deitamos apenas apreciando a companhia um do outro. No silêncio e na pouca luz, trocávamos cariciais. Não precisávamos falar mais nada, muito já tinha sido dito hoje. 


Notas Finais


Lembrando que a fic Unbreakable Heart narra todo o passado do Brendon com bem mais detalhes. Ela foi terminada semana passada, caso queiram ler: https://spiritfanfics.com/historia/unbreakable-heart-5628821


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