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História Skins - New Generation - S08E01 - Everyone


Escrita por: VOFLucas

Notas do Autor


Há uma playlist para a leitura da fic de, em média, 3 músicas por capítulo. Link nos comentários.

Capítulo 1 - S08E01 - Everyone


- Benjamin!

         Ben remexeu-se em sua cama preguiçosamente, puxando o edredom, que tinha um cheiro forte de naftalina, para a cabeça. No entanto, sua mãe continuou a gritar por seu nome, no andar de baixo.  

         - Benjamin, querido, você vai se atrasar...!

         - Benjamin Wilkinson! – bradou uma voz mais grave e severa. – Levante já da droga dessa cama e vem tomar a droga desse café, antes que eu suba aí e faço você levantar!

         - Roger...

         - Não enche, pelo amor de Deus.

         - Eu só não vejo necessidade de você tratá-lo assim o tempo todo...

         - Você tenta do seu jeito e eu tento do meu...

         - Olha só, o Charlie ficou agitado. Calma, querido, está tudo bem...

         Enquanto os pais discutiam no andar debaixo, Benjamin Wilkinson sentou-se lentamente em sua cama. Era um rapaz alto e magro, embora tivesse lá seus músculos. O cabelo ondulado e cor de cobre despontava para todos os lados, e contrastava perfeitamente com seu tom de pele rosado. Era um rapaz bonito, e sabia disso. Amava isso.  

         - Benjamin...! – gritou seu pai, mais uma vez.

         - Já tô descendo – berrou o rapaz, irritado. – Merda – resmungou, em voz baixa.

         - Viu só? Agora ele está descendo... – ouviu o pai dizer.

         Ben suspirou e levantou-se, olhando para o relógio sobre o criado mudo revirado. Nem era tão tarde assim e os pais já estavam pirando. Caminhou até a janela e abriu as cortinas, espreguiçando-se. Lá embaixo, na rua, uma garotinha estava sentada em um triciclo e parecia estar o aguardando, pela sua expressão ansiosa. Ben demorou um pouco a dar-se conta de que estava completamente nu. E, quando finalmente percebeu, cobriu a genitália com as mãos rapidamente, corando. A garotinha apenas sorriu, acenando com uma das mãos.

- Sua pirralha pervertida – murmurou ele, afastando-se da janela.

O quarto de Ben era pequeno e desorganizado. Havia roupas espalhadas pelo chão, assim como embalagens de salgadinhos e balas. Pôsteres de garotas seminuas estampavam as paredes, apesar de sua mãe ser totalmente contra àquela decoração, e ele tinha seu próprio banheiro.

Depois de colocar Asaf Avidan pra tocar em seu aparelho de som antigo, Ben tentou urinar, mas não conseguiu por causa da ereção matinal. Decidido a ser rápido, o rapaz se masturbou e chegou a um orgasmo mediano em menos de seis minutos. Então, conseguiu urinar e entrou no chuveiro, aumentando o som para abafar a discussão dos pais no andar de baixo.

Era o primeiro dia de aula como veterano. Estava mais ou menos empolgado com aquilo, porque vinha agindo como um desde que chegou ao Roundview College. Esperava que ficasse um pouco mais animado, no decorrer do dia, já que à noite teria a festa na casa de seu melhor amigo, Liam Powell. Drogas, bebidas e garotas drogadas e bêbadas. Uhuul...

Saiu do banho, e estava se vestindo quando ouviu o toque do celular. Lá embaixo, seu pai gritou mais alguma coisa, mas Ben não se importou. Atendeu ao telefone.

- Bom dia, Licey – disse ele, prendendo o telefone entre o ombro e a orelha, enquanto vestia as calças.

- Eu te liguei mais vezes... – disse a moça, num tom desconfiado.

- É? Eu tava no banho...

- Benjamin, seu lerdo maldito, desça agora mesmo!

- Eu preciso desligar e me arrumar, antes que meu pai suba aqui e me faça descer pra cozinha com um pontapé.

- Okay...

Ben desligou o telefone e apressou-se em se arrumar. Vestiu uma camiseta branca, um casaco e calçou um par de tênis brancos e desceu para a cozinha, o cabelo despenteado e úmido.

- Bom dia – saudou ele, sentando-se à mesa com o pai, que estava vermelho e carrancudo (como sempre), e o irmão mais velho, Charlie, que parecia meio agitado. Sua mãe veio até ele, colocando um prato de torradas à sua frente.

- Precisa acordar mais cedo, querido – disse ela, resvalando os dedos pelo cabelo arruivado do rapaz. – As férias acabaram.

- Desculpe – balbuciou Ben, dando uma mordida na torrada.

- Você precisa é de um emprego, pra deixar de ficar fazendo corpo mole – resmungou seu pai. – Quando eu tinha a sua idade, eu já trabalhava... Isso me fazia ter disciplina. Acordava cedo sempre. No mesmo horário. É disso que você precisa. Disciplina. Erramos muito com você em sua infância e acho que é por isso que você é assim... Mas nunca é tarde pra consertar. Talvez devesse ir pra uma escola militar. Ah, sim, eles te dariam muita disciplina. Te fariam um homem...

- Pensei que ter um pênis e um par de bolas é que te fazem ser um homem – retorquiu Ben, em tom casual, sem olhar para o pai.

- Escuta aqui, seu merdinha...

- Roger. – interveio a mulher.

-... você vai aprender a conversar com seu pai com mais respeito, ou...

- Não vem com esse papo de respeito pra cima de mim, porque você não conhece isso – interrompeu-o Ben, erguendo os olhos para o pai, sentindo as bochechas corarem. Ao seu lado, Charlie ficou ainda mais agitado, levando as mãos aos olhos e resmungando. – Já vou indo – dizendo isso, o rapaz inclinou-se para beijar a testa do irmão mais velho e deu as costas para o pai, sem ter coragem de olhar para a mãe.

- Benjamin, volte aqui! Ainda não acabamos...!

Mas Ben já estava passando pela porta da frente, deixando-a bater às suas costas.

...

- Ele parece estranho – dizia Felicia Griffiths, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Acha que ele está te traindo? – instigou Emma, soprando uma baforada de fumaça pela boca pintada de um rosa brilhante.

Felicia franziu o cenho, confusa.

- Eu não sei... Eu só... espero que não.

Emma Dreschler fitou a amiga por um momento. Era tão linda. A pele morena, os olhos castanhos vivos, os cabelos escuros e ondulados, as feições delicadas... Além disso, tinha um corpo exuberante. No entanto, era tão ingênua e antiquada. Com certeza Ben a estava traindo. Mas não diria isso em voz alta.

- Você tem transado com ele? – perguntou Emma, sacudindo o cigarro para fazer cair as cinzas.

- Hmm... Você acha que esse pode ser o problema? Sexo?

- Bem, você sabe... – Emma deu de ombros. – Os homens estão sempre no cio. Talvez ele só esteja um pouco... insatisfeito, entende? Não quero me meter, mas, Licey – ela franziu o nariz, acenando para a amiga. – Você precisa ousar mais. Deixar de ser a boa moça: bonitinha, rica e recatada. Os homens querem mais que uma bela companhia...

Felicia baixou os olhos, sentindo-se constrangida.

- Você está certa – disse, por fim.

- Eu sei – Emma tragou o cigarro novamente, fitando a amiga com algum pesar. – Ei, não disse isso pra que você tenha... inseguranças com o Ben. Eu posso parecer uma vadia insensível às vezes, mas eu te amo, ok? Você é minha melhor amiga, e eu quero apenas ajudar e te ver feliz... Então, acho que tá na hora de você levar o Ben pra cama. Tipo, hoje... na festa do Liam.

Felicia engoliu em seco, assentindo. Emma estendeu a mão pálida e afagou as da amiga, com um sorriso encorajador.

As duas garotas estavam sentadas a uma mesinha circular do Café que ficava de frente ao Roundview College. Ao contrário de Felicia Griffiths, Emma Dreschler era loura, de tez alva e com um par de grandes olhos azuis. Algumas pessoas diziam que ela era magra demais, mas ela achava aquilo o cúmulo da inveja. Aos seus olhos, quando estava diante do espelho, sua aparência era perfeita. E essa última ideia lhe agradava mais.

Emma estava prestes a dizer algo, quando seu celular vibrou sobre a mesa. O mesmo aconteceu com o celular de Felicia, que estava na mão da garota. Havia recebido um arquivo de vídeo. Abriu para ver do que se tratava e estranhou quando Chad Cooper apareceu na tela, apenas de cueca e sua inconfundível corrente de ouro no pescoço.

- Que porra é essa?! – exclamou Emma, boquiaberta.

- Não é o Chad?

- Bom dia – Gwen Cavendish esgueirou-se para um banquinho entre Emma e Felicia, mas nenhuma das duas lhe respondeu. Estavam chocadas demais com o que viam. Na verdade, agora havia muitos alunos de frente a escola com o celular nas mãos. Alguns riam escandalosamente. Algumas meninas soltavam gritinhos, reunidas em bandos. Também era possível ouvir pessoas xingando em voz alta. E com motivos...

- Ai, meu Deus – Emma deixou cair o queixo, quando Chad Cooper baixou a cueca no vídeo.

- O que foi? – Gwen olhava para as amigas evidentemente, desconcertada.

- Prefira não saber, Gwen – Felicia apressou-se em dizer, fechando o vídeo e desviando os olhos, corada. Ao que parecia, grande parte dos alunos havia recebido o mesmo vídeo, e o assistia tão estupefatos quanto ela ficara. – Bem, vai ser meio difícil, eu acho, mas tente conservar a pureza de seus olhos e ouvidos...

- Acho que estou com o namorado errado – comentou Emma, vidrada na tela do celular. – Eu tenho certeza de que estou com o namorado errado...

- Emma! – exclamou Felicia, rindo.

- O que foi, gente? – quis saber Gwen, impacientando-se.

Gwendoline Cavendish era estranha. De aparência e de todo o resto... Vestia-se como uma senhora de idade, com blusões cinzentos e saias longas. Por baixo da saia, usava meia calça preta e grossa. Seus cabelos eram um desatino. Era como se nunca tivessem visto um pente. Escuros, bastos, e sempre presos com uma fita. Apesar disso, era amiga de Felicia e Emma. Muitos não compreendiam como aquilo era possível, mas Emma achava que ter uma amiga como Gwen era bem útil e vantajoso.

- Conheça o maior pênis que você provavelmente verá em toda sua vida – disse Emma, virando o celular para a garota.

Por um breve momento, Gwen pareceu apenas espantada. Franziu a testa, e abriu um pouco a boca. No entanto, logo virou o rosto, levando a mão aos olhos, para a euforia de Emma.

- Misericórdia, misericórdia... – balbuciou Gwen, fechando os olhos com força. – Isso é... nojento, Emma.

- Não, não é – Emma sorriu, fazendo um biquinho. – Parece uma delícia.

Antes que Emma sequer terminasse de falar, alguns alunos que ainda estavam do lado de fora do colégio começaram a gritar loucamente, em meio a assovios. Felicia ergueu a cabeça e viu que Chad Cooper havia acabado de chegar, com Liam Powell, namorado de Emma. Ben não estava com eles.

...

- Isso é que eu chamo de recepção calorosa – comentou Liam, embora estivesse meio confuso. Várias garotas olhavam para eles e riam bobamente. Alguns caras faziam gestos com as mãos. Mas a maioria gritava e assoviava, como se fossem celebridades. – Pra que isso, afinal? Ficamos populares de repente, ou seu disco finalmente fez sucesso?

- Não sei, cara – riu-se Chad. – Mas tô curtindo... – então, começou a acenar pateticamente. – E aí, gatinhas! Oi, docinho de avelã, como vai? Com saudades do Chad aqui, han?

Liam abafou uma risada, meneando a cabeça. Era um rapaz alto e musculoso. Pelo menos mais musculoso que a maioria dos rapazes de dezessete anos. Isso porque era fissurado por musculação, e gostava da ideia de parecer intimidador. Tinha a pele morena e o cabelo preto, curto, enfeitado por um topete simples. Já Chad Cooper era negro e muito magro. Usava um boné roxo e laranja, um conjunto de vestes largas, e uma corrente de ouro pendurada no pescoço, com um grande C. Juntando isso ao seu gingado peculiar, Chad Cooper era uma figura.  

Felicia e Emma ainda riam, quando os dois rapazes chegaram à mesa. Liam sentou-se ao lado da namorada, que logo jogou os braços em torno de seu pescoço e deu-lhe um beijo caloroso. Liam correspondeu com a mesma intensidade, antes de dizer:

- Vocês viram aquilo? Ao que parece, seu namorado é uma celebridade agora que é um veterano, Srta. Dreschler.

Emma e Felicia se entreolharam, contendo o riso.

- Não é você, meu amor – disse Emma, tocando o nariz do namorado com a ponta do dedo. – Infelizmente.

Liam estreitou os olhos para a namorada, sem entender. Nesse momento, o som agudo e tintilado da sineta soou pela porta aberta do colégio.

- Checaram seus celulares? – indagou Emma, em tom sugestivo. – Deveriam...

- Eu deixei o meu em casa, com a Mel – suspirou Liam, enquanto Chad checava o próprio celular. – Eu molhei o dela e meu pai me fez ceder o meu, até comprarem outro...

- Maldita Rose Pussy! – exclamou Chad de repente, levantando-se da cadeira num salto. – Maldita...! Então... quer dizer que... – Chad correu os olhos arregalados pelas meninas, e depois para o resto dos alunos, que começavam a entrar relutantemente no colégio – Vocês receberam isso?

- Sim – Emma apagou o cigarro no tampo da mesa, soltando uma última baforada de fumaça pelo biquinho cor de rosa. – Todo mundo recebeu...

- Recebeu o quê? – quis saber Liam, que ainda não havia entendido o motivo de toda aquela agitação.

Emma sorriu, comprimindo os lábios sem dizer nada.

- Caralho – xingou Chad, sentando-se de novo. – O meu caralho, Liam... O meu caralho.

Liam deu uma risada desentendida.

- O quê?!

- Lembra que te contei da Rose Pussy?

- A sua namoradinha virtual?

- É, essa vadia mesmo – Chad meneou a cabeça, parecendo inconformado. – Eu vou foder com essa cadela... Não acredito que ela fez isso... Quantas pessoas acham que receberam o vídeo? Quero dizer, alguma chance de meus irmãos virem? Ou meu pai?

- Talvez – Emma sorriu, levantando-se. – Relaxa, Chad. É algo de que se orgulhar. Vamos, amor? Acho que o sinal já tocou...

Emma começou a caminhar em direção à escadaria que dava acesso à entrada do colégio, a minissaia farfalhando perigosamente sobre suas coxas. Liam, que ainda estava meio confuso com as informações fragmentadas que recebera, estava prestes a segui-la, quando Felicia o chamou.

- Você viu o Ben? – indagou ela, num tom quase casual.

- Ah – fez Liam, coçando a cabeça. – Ele, hmm... – os olhos do rapaz correram pelos alunos, enquanto pensava em uma mentira para dizer, porque sabia que ele estava comprando drogas para a festa daquela noite e que Felicia era terrivelmente avessa àquilo. No entanto, lá estava Ben Wilkinson, vindo em sua direção. – Está bem ali. – acenou com a cabeça, aliviado. E, dizendo isso, tratou de seguir a namorada, que já estava a alguns metros de distância, berrando seu nome desvairadamente.

- Eu estou aqui, Em – resmungou ele, jogando o braço musculoso no ombro da garota pesadamente. – Já te disse que você parece meio louca, quando começa a gritar desse jeito?

- Já – Emma empurrou-o de leve. – Eu não me importo. E eu já disse que não gosto que você tente me derrubar com esse seu braço de tora...

- Bem, eu também não me importo – retrucou o rapaz pesando ainda mais o braço no ombro da namorada, e em seguida, puxando-a para um beijo caloroso. Emma deslizou a mão pelas costas do rapaz, cravando as unhas em sua pele, através da camiseta regata que ele usava. Liam podia não ter um grande pacote, mas sabia deixá-la excitada.

Enquanto os dois se atracavam na porta do colégio, Ben e Felicia passaram por eles, discutindo em voz baixa. Logo atrás vinha Gwen, abraçada aos livros e de cabeça baixa, visivelmente constrangida. E, por último, Chad Cooper, que conversava com uma garota loura sobre o vídeo, querendo saber a opinião dela a qualquer custo sobre as dimensões de seu pênis.

Mas ainda havia alguns alunos do lado de fora. Entre eles estavam Dwight Stumm e a garota asiática de cabelo colorido, Yazuko Shimizu.

...

- Quanto? – perguntou Yazuko, contando as notas de dinheiro rapidamente. - É só falar. Pra sua sorte, Ben Wilkinson sempre paga à vista.

- Eu já disse que não vou aceitar seu dinheiro – retrucou Dwight, que tinha o apelido de Dual, por causa de sua bissexualidade. O rapaz desviou os olhos para Emma e Liam, que ainda se agarravam na porta do colégio. – Eu vou a essa festa, na casa do Liam, e posso ganhar alguma grana.

- Sério? – Yazuko bufou, incrédula. – Que diferença vai fazer, Dual? Seria como se eu tivesse te dando o dinheiro, por que eu também vou vender drogas lá, e todos sabem disso. E todos compram de mim. E você só venderia alguma coisa, se eu desse alguma chance. Portanto, tecnicamente, você estará pegando o meu dinheiro. Aceita logo, vai... Quanto você precisa?

- Desculpe, Yaz – Dual inclinou-se para beijar a testa da amiga. – Mas eu ainda prefiro arriscar vender minhas pílulas na festa de hoje. Caso não saiba, eu tenho alguns clientes fixos, no Tarantle que vão pra essa festa também. E... acho melhor a gente se apressar... – ele acenou com a cabeça para a mulher corpulenta, vestida num terninho azul marinho, que aparecera na porta do colégio e separava, de uma forma quase violenta, Liam e Emma.

-... ah, a festa acabou, seus pervertidos – dizia a mulher, com uma voz esganiçada, enquanto tocava o casal pra dentro do colégio. – As coisas vão mudar esse ano, ora se vão! Nada de agarração nas propriedades da escola... e nada de chegar atrasado, vocês dois. Passem já pra dentro, ou fiquem mesmo do lado de fora. Andem logo, suas lesmas... Ah, a Sra. Armstrong fará uma revolução em Roundview...

A mulher, chamada Anne Barnes, continuou tagarelando, enquanto Dual e Yazuko entravam nos corredores do colégio.

- Louca – resmungou a garota asiática.

Yazuko era baixinha e franzina, embora sua aparência não demonstrasse mais fragilidade além disso. Seu cabelo curto e repicado era de um rosa berrante, com algumas mexas azuis e violetas. Visual exótico, com certeza... mas há muito tempo deixaram de zombá-la por causa disso. Yazuko tinha fama no Roundview College. Explosiva, agressiva, armada (literalmente) e sapatão. Apenas a última parte era mentira...

Já Dwight Stumm era um rapaz muito alto e louro. Também tinha fama no Roundview College... e em toda a cidade, aliás. Mas ele não se importava mais com isso. Na verdade, até gostava da atenção das pessoas sobre si. Agora era como se fosse o sonho sexual da maioria dos alunos. Moças e rapazes.

- Quem é essa tal de Sra. Armstrong? – quis saber Dual, enquanto acendia um cigarro distraidamente.

- Eu.

Dual ergueu os olhos e deparou-se com uma mulher ruiva de uns trinta anos, ridiculamente atraente, que fez o seu nível de testosterona alavancar. Usava um macacão vermelho decotado, bem colado ao corpo voluptuoso, sapatos de salto amarelos e um batom cor de vinho nos lábios carnudos. Apesar dessa breguice toda, as curvas, as feições e a expressão da mulher deixavam-na hipnotizante.

- Eu sou a nova diretora do Roundview...

- O quê? – sussurrou Yazuko, quase inaudível.

 -... e não tolero beijos e abraços nos corredores, sexo nas salas vazias, cigarros, bebidas ou qualquer outra droga... Ops, e também não tolero atrasos. E vocês... – ela estreitou os olhos perigosamente. – se não quiserem ser punidos pela minha ira indomável, tratem de ir para o ginásio. Agora.

Dual estava boquiaberto diante da imagem e das informações que acabara de receber. No entanto, Yazuko agarrou em seu braço, exasperada, e começou a arrastá-lo pelo corredor. Quando passaram pela extravagante Sra. Armstrong, a mulher tomou o cigarro da mão do rapaz, com um sorriso cínico. E então, quando já estavam longe, levou o cigarro à boca e deu uma tragada lenta e profunda.

Anne Barnes, a rechonchuda de terninho, supervisora do colégio, aproximou-se timidamente. Pigarreou.

- Foram os últimos alunos, diretora – disse ela.

A ruiva soprou a fumaça, numa expressão de prazer, e respirou fundo.

- Maravilhoso. Venha, adorável rolhinha. Vamos apresentar a esse bando de adolescentes rebeldes e enlouquecidos quem está no poder agora – Armstrong virou-se para a supervisora, apertando os seios volumosos. – O decote está bom? Preciso abrir mais o zíper?

Anne Barnes franziu o cenho, evidentemente desconcertada.

- Hmm... A senhora está um pouco...

- Vadia? – sugeriu Armstrong, num tom indiferente.

Anne Barnes hesitou um pouco, antes de assentir.

- Okay – a ruiva abriu um pouco mais o zíper, fazendo com que os seios ficassem prestes a saltar pra fora. – Agora estou muito vadia, certo? Então... estou pronta. Vamos lá? Isso vai ser divertido! 



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