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História Skinship: O vazio entre nós - CINCO ponto UM - Onde as conexões começam


Escrita por: Dami_1203

Notas do Autor


O que será que vai começar a se conectar afinal? Até eu me sinto curioso. Kkkk

Boa leitura!

Capítulo 5 - CINCO ponto UM - Onde as conexões começam


04/07/2017

Fim da tarde de Terça-feira

—Entrada da Cafeteria—

 

 

 

 

 

 

 

Eu fiquei parcialmente confuso, em parte porque acho que ela tinha vergonha do que aconteceu. Mas por outro lado, eu a ajudei, certo?

—Por que o quê?– perguntei de modo confuso.

Jemi suspirou e sua mão abandonou a porta da cafeteria. Ela continuava de cabeça baixa.

—Não se faça de idiota, Yoo Youngjae-shi. Por que foi me ajudar?– ela disse aquilo tão baixo que parecia a voz de um mosquito e eu não sabia se tinha ouvido direito.

—Então eu deveria ter te deixado ser agredida bem ali, diante dos meus olhos? Você por acaso me odeia tanto assim?– perguntei olhando pra ela com uma sobrancelha arqueada.

Jemi finalmente levantou a cabeça.

—O quê?! Não, não... Eu só... É que... Nos conhecemos ontem e de repente você já conhece meu pior lado... É vergonhoso!– ela parecia uma criança fazendo birra de um modo fofo falando daquele jeito.

Eu comecei a rir.

—O que é tão engraçado? Está rindo de mim, Yoo Youngjae-shi?– ela perguntou emburrada.

Deixo de rir por um instante com a pergunta dela.

—Por que eu não posso ser um sunbae também, como os outros? Até Jaeho-ya, você chama de sunbae e eu não. Tá me condenando ao ostracismo, por acaso, Shin Jemi-hoobaenim?– falei de modo que eu parecesse magoado e enfatizando o sufixo no nome dela.

Ela corou instantaneamente.

—É que parece que você tem a minha idade e...–a interrompo.

—Jaeho-ya tem idade mental de 10 anos e ele ainda é um sunbae na sua boca.– digo cruzando os braços e expressando descontentamento no rosto.

—Desculpe, sunbaenim.– ela diz num choramingo esfregando as mãos.

—Você é tão engraçada quanto Jaeho-ya.– digo segurando o riso. –Mas vamos entrar logo, ficar conversando as portas de uma cafeteria não faz meu estilo.

Abro a porta para ela, que agradece automaticamente.

Sentamos numa mesinha redonda no canto esquerdo da cafeteria, o único local que quase nunca tinha alguém, e meu lugar favorito ali.

—Você ainda não me respondeu o porquê, Sunbaenim.– disse Jemi de modo inquisidor, ao que eu fiz uma careta pra ela.

—Vamos fazer assim, eu vou te dar um tempo pra pensar sobre isso em silêncio.­– digo.

Nesse momento uma garçonete chega e pega nossos pedidos: Um suco de maracujá com uma fatia de bolo de chocolate meio-amargo com cobertura de glacê e cereja para Jemi, e uma caneca de chocolate quente com cobertura de chantilly e uma fatia de bolo Red Velvet pra mim.

—Por que pediu pra mim?– perguntou Jemi.

—Com você tudo é sempre por que, né?– digo de modo entediado —Só aceite, eu vi que era esse bolo que estava comendo ontem quando vim buscar meu celular, então presumi que você deve gostar dele.

—E o suco de maracujá?– ela perguntou cruzando os braços.

Eu suspiro exausto.

—Gosto de suco de maracujá, faz bem ao corpo e principalmente aos nervos, por isso escolhi suco de maracujá, você ainda parece abalada com tudo que houve hoje.

Ela baixa a cabeça, o rosto levemente corado.

—Obrigada.– diz ela baixinho coçando a mão, ela tinha um band-aid bem ali.

Me seguro para não passar a mão no topo da cabeça dela, eu não me sinto pronto pra isso, e mesmo que estivesse não seria apropriado.

—Agora pense no porquê calmamente e em silêncio. Não gosto de conversar enquanto como, fico com indigestão.– digo oferecendo um sorriso a ela por fim.

—Tudo bem.– diz ela timidamente.

 

 

Dois minutos depois nossos pedidos chegam e Jemi olha pro bolo dela como se fosse apaixonada por ele e bate palminhas de alegria. Cada vez mais ela me lembra o Jaeho, eles poderiam ser gêmeos se não fosse pela diferença de idade.

Eu coloco meus óculos e tiro meu exemplar de Paraíso Perdido da bolsa. Começo a ler silenciosamente e nem mesmo um minuto depois Jemi já me interrompe.

—O que está lendo? Parece o mesmo livro que o Bang Yongguk-sunbaenim estava lendo ontem.– perguntou ela parecendo realmente curiosa.

Levanto o livro pra que ela possa ler o título na capa. Arrumo os óculos e ponho uma pequena garfada do meu bolo na boca.

—Ah~– é tudo que ela diz, então volta a comer.

 

 

Trinta minutos depois, metade das pessoas na cafeteria tinha mudado e nós ainda estávamos sentados àquela mesa.

—E então, a que conclusão chegou?– digo quando ela coloca o último pedaço do bolo dela na boca.

—Não sei, eu estava aproveitando o bolo.– diz ela de boca cheia e sem nenhum tom de culpa na voz.

Eu quase caio da cadeira ao ouvir aquilo.

—Eu deveria ter imaginado.– digo jogando as mãos pro alto.

—Mas provavelmente é porque você tem um coração bom.– ela diz aquilo me pegando de surpresa.

Eu baixo a cabeça.

—Não sei se é isso... mas não gosto de ver as pessoas serem machucadas, esse é meu motivo.– digo num murmúrio.

—Obrigada.– diz ela de modo terno em resposta.

—Quais são seus motivos?– pergunto calmamente.

—Que motivos?– pergunta ela sem entender.

—Pra estar com um cara como aquele sendo agredida pouco antes do início da aula.– digo sem alguma emoção na voz.

—Ele era meu amigo...– diz ela tristemente e cabisbaixa.

—Você tem que aprender a escolher melhor seus amigos, que horror.– digo um tanto chocado.

—Eu sei, não é novidade.– diz ela parecendo brava, mas não comigo, parecia que era consigo mesma.

—Há quanto tempo é assim?– pergunto preocupado.

—Como assim?– pergunta ela um pouco sobressaltada.

—Você me entendeu, ou não teria tido essa reação.– digo, expondo meu lado analista comportamental.

—Isso é... Eu...– ela não consegue formular uma frase coerente.

—Você não precisa me contar se não quiser.– digo empaticamente.

Ela respira fundo e encara os próprios pés.

—Há cerca de 2 anos... Desde que minha Unnie foi assassinada.– ela diz angustiada e parecendo que vai chorar.

Eu não poderia esperar por aquilo e fico sem fala encarando o topo da cabeça dela de modo perplexo.

—Foi no dia que ela iria apresentar o namorado aos nossos pais.– ela continua, me causando um déjà vu.

—Co-co-como ela era?– pergunto gaguejando como se tivesse água engasgando minha garganta.

Ela limpa o rosto e pega o celular, o desbloqueia e então me mostra a tela inicial, uma foto dela com uma garota pálida de cabelos negros e longos, e o sorriso de um anjo.

Alguém que eu já havia visto uma dezena de vezes, alguém que eu não conseguia encarar.

—Essa é minha Unnie, Shin Yangmi.– ela diz com o sorriso de uma lembrança.

—Nuna-ya...– digo de olhos arregalados num sussurro desesperado e cheio de angústia, então dessa vez caio da cadeira realmente.

—Sunbaenim! Tudo bem?– Jemi vem ao meu socorro desesperada.

Eu permaneço no chão.

Olho nos olhos de Jemi e a verdade me acerta como um soco.

—Você não...– digo novamente num sussurro e com uma lágrima deixando meus olhos.

***


Notas Finais


Começou a complicar tudo, não?
O que será que vai acontecer?


Até o próximo capítulo~


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