1. Spirit Fanfics >
  2. Sky Forest - A Deeply Love >
  3. CHAPTER 30 - ARKADIA X POLIS (PART ONE)

História Sky Forest - A Deeply Love - CHAPTER 30 - ARKADIA X POLIS (PART ONE)


Escrita por: bcosta03

Notas do Autor


Hey Clexinhas,

VOLTEEEEEEEIIIII!!!

Vou deixar pra falar com vocês ao final ok?

Boa leitura :)

Capítulo 31 - CHAPTER 30 - ARKADIA X POLIS (PART ONE)


Fanfic / Fanfiction Sky Forest - A Deeply Love - CHAPTER 30 - ARKADIA X POLIS (PART ONE)

O dia em que eu precisaria enfrentar meus fantasmas havia finalmente chegado. Meus amigos estavam em frente a Polis, montados em cavalos com Indra a sua frente. Não pude avistar quem veio. Apesar do desejo de espiar pela varanda do quarto assim que amanheceu, enquanto ainda estava com Lexa, permaneci às cegas. Por dentro, havia um receio de ter que enfrentá-los. Eu tinha saudades, ao mesmo tempo em que, tinha medo dos seus julgamentos. Medo de que não mais me respeitassem como amiga. Que não confiassem mais em mim depois de ter partido. Minha jornada havia me trazido Lexa e eu conseguiria viver suficientemente feliz tendo ela ao meu lado. No entanto, minha família também me importava. E Octavia, Raven, Bellamy, Monty e Jasper também eram minha família. E eu os havia deixado sem olhar para trás. E quando retornei, fiquei em Polis, sem voltar para vê-los. De certo deveriam estar magoados comigo e sinceramente, não podia culpá-los. Esperava ao menos que me entendessem em algum momento e que pudéssemos resgatar aquela amizade. Esperava acima de tudo que aceitassem a aliança e me ajudassem a impedir uma guerra por nosso povo. Que acreditassem que podíamos viver em paz, assim como eu acreditava.

            - Temos que descer Clarke. Eles já estão próximos ao portão.

Lexa se aproximou de mim, virando-me gentilmente pelos ombros para que me colocasse de frente para ela. Por mais nervosa que eu estivesse, seu toque me acalmava, de uma maneira inexplicável. Suspirei, desfazendo o aperto de meus punhos e elevando meus olhos para encarar os verdes cristalinos que inundavam seu rosto toda manhã.

- E se eles rejeitarem a aliança? Se não confiarem em mim? Perguntei mais para mim mesma do que para Lexa. Ainda assim, ela tocou gentilmente meu queixo com o dedo indicador, elevando meu rosto com carinho.

- Se essa for a decisão deles não podemos mudá-los Clarke. Somos livres para escolher que caminho seguir, mas tenho certeza que eles escolherão o caminho em que você estiver.

- Eu parti sem olhar para trás Lexa. Eles podem fazer o mesmo.

- Podem, mas acredito que reconheçam que você fez o que achou certo para o seu povo. E agora, eles devem fazer o mesmo. As feridas entre vocês serão curadas com o tempo Clarke. Tenha fé em Trimani. Tudo está acontecendo no tempo em que tem que acontecer. E eu estarei aqui com você, até o fim.

Um sorriso de canto brotou em meus lábios ao mesmo tempo em que meu coração disparou sem controle. Meu olhar se perdeu no verde claro dos olhos dela e toda minha insegurança e receio pareciam ter se desfeito no brilho dos seus olhos.

Lexa era meu ponto de equilíbrio.

- Às vezes me esqueço que não me importo com o que virá agora, porque tenho você. Passaria tudo de novo, enfrentaria a todos inúmeras vezes se no final eu vivesse tudo que estou vivendo com você, Comandante.

- Essa é a minha Clarke. Lexa sorriu, aproximando o rosto do meu e dando um delicado selinho nos meus lábios. Fechei os olhos sentindo meu corpo flutuar apenas com seu beijo delicado. Parte de mim ainda estava fora de órbita pela intensa noite de amor que tivemos.

- Eu te amo Lexa. Disse abraçando-a pelo pescoço e sentindo seus braços apertarem-me pela cintura com força. – Obrigada por jamais desistir de mim.

- Desistir de você seria desistir de mim, minha Wanheda.

E depositando outro beijo em meus lábios, que se aprofundou carinhosamente, Lexa me acalentou e encorajou apenas com sua presença. Esqueci de tudo, até de mim mesma, enquanto estava em seus braços.

- Preciso ir Clarke. Os líderes me esperam. Nos vemos na sala do trono. Não tenha medo.

- Não terei. Vá...

Dei outro beijo em seus lábios e fiquei vendo ela partir. As trombetas de Polis soaram anunciando que haviam convidados no portão. Sem olhar pela varanda, suspirei fundo e desci para o pátio.

Havia chegado a hora. E pela primeira vez não queria mais fugir disso.

 

**

Os portões de Polis se abriram lentamente aos meus olhos. O barulho da madeira se abrindo e das patas dos cavalos do outro lado contra o solo pareciam acelerar ainda mais meu coração. Fiquei imóvel, ao lado de alguns guardas de Lexa, esperando o portão abrir.

Indra foi a primeira a entrar. Ela estava caminhando e puxando seu cavalo. A expressão cansada da longa jornada era perceptível, mas sua imponência como guerreira continuava forte. Não era à toa que Indra era a guerreira de maior confiança de Lexa. Sua pele negra reluzia no sol da manhã e os olhos pretos e um pouco dilatados me encararam de imediato. Ela assentiu e senti o respeito em seu olhar. Minha história com Indra teve muitas nuances, mas em algum ponto, naturalmente, a hostilidade entre nós parecia ter se dissipado. Talvez pelo fato de que agora eu e Lexa estivéssemos juntas, ou talvez fosse outra coisa que eu não sabia descrever. No entanto, ter o reconhecimento de Indra, ter seu respeito, me fazia sentir orgulhosa de mim mesma. Eu sabia que Indra era forte o bastante para não respeitar ninguém que fosse covarde. Foi assim que Octavia havia conquistado sua confiança e parecia que eu tinha conseguido fazer o mesmo. Seu olhar, inconscientemente, me deu ainda mais forças para encarar o portão aberto atrás dela.

Meu coração disparou assim que a primeira figura conhecida cruzou o portão de Polis. Raven. A morena estava um pouco mais magra do que eu me lembrava. A expressão um pouco mais séria. Ela mancava levemente pelo seu problema na perna, mas parecia melhor. Os cabelos negros estavam presos em um rabo de cavalo e o rosto tinha uma expressão cansada. Seus olhos analisaram tudo ao redor e dei um leve sorriso quando percebi sua admiração pela cidade. Ela girou um pouco mais o rosto até que seus olhos finalmente pararam em mim. Podia ouvir meus próprios batimentos ressonando em meus ouvidos. Suspirei pedindo a Trimani sabedoria para enfrentar o que estava por vir. Raven caminhou com a expressão impassível em minha direção. Não consegui me mover. Apenas mantive-me parada encarando-a em silêncio. A garota morena mancou novamente e sorriu. Raven sorriu e parte de mim respirou em alívio, embora meu corpo estivesse tenso. Ela parou a centímetros de mim e seus lábios abriram ainda mais. Tudo que eu fiz foi sorrir de volta e no instante seguinte Raven avançou sobre mim, abraçando-me com força. Enlacei sua magra cintura e fechei os olhos emocionada. Nossa jornada juntas fora um pouco conturbada devido a Finn, mas em alguma parte dela nós havíamos criado um laço indiscutível e respeito mútuo. Admirava Raven. Admirava sua coragem e inteligência. Deus sabe como fomos abençoados com sua chegada. O que ela fez por amor a Finn lançando-se em uma nave em meio a imensidão atmosférica era algo que nunca tinha compreendido. Até agora. Agora eu entendia ainda mais Raven e consequentemente a admirava em igual proporção. Eu me lançaria em uma nave por Lexa. Eu arriscaria minha vida se houvesse uma mínima chance de encontrá-la. E hoje, tinha consciência que Raven realmente amava Finn, assim como eu amo Lexa.

- Hey princess! Não acredito, você está viva mesmo! Achei que Abby estava nos iludindo, mas olha só para você! Ela se afastou segurando meus braços e me olhando de cima a baixo enquanto sorria – Está forte e parece feliz! É muito bom te ver de novo Clarke!

- É muito bom ver você também mecânica! Brinquei, ouvindo Raven gargalhar e me abraçar novamente.

- Quero saber tudo que aconteceu com você ouviu bem?

- Vou contar, prometo.

- Acho bom mesmo Clarke. Você nos deve depois de sumir por tanto tempo! E não ouse mais fazer isso ou juro que corto suas mãos fora e não faço nenhuma prótese mecânica depois ouviu?!

- Por favor não! As mãos não! - Disse rindo com ela. - É só se comportar princess! Respondeu me abraçando novamente.

- Clarke?

Abri meus olhos ainda abraçada a Raven e pude ver Octavia e Lincoln parados a minha frente. Raven afrouxou o abraço e se afastou para o lado, deixando de frente para meus outros amigos. Lincoln continuava o mesmo. Alto e forte. Imponente. Seu olhar tinha o mesmo brilho, a mesma bondade da qual me lembrava. Ele sorriu levemente enquanto Octavia ainda permanecia séria me encarando. Lincoln estendeu a mão para mim e apertei-a com firmeza, dando um leve sorriso para ele.

- É bom te ver bem em Polis Wanheda. Ele citou meu nome de guerra, deixando-me ciente de que já conheciam a história que me trouxe de volta para Lexa.

- É bom te ver de novo também Lincoln.

Nós desfizemos o aperto de mãos e meu olhar voltou-se para Octavia novamente. A garota estava totalmente diferente. Octavia, visivelmente e interiormente, foi a que mais mudou nestes nove meses em que estávamos na terra. Aquela garota jovem e mimada havia ficado para trás. Fazia parte de um passado recente, mas que ao mesmo tempo parecia incrivelmente distante. Octavia tinha os cabelos negros presos para trás, deixando um leve topete. Seu rabo de cavalo tinha algumas tranças misturadas aos fios grossos de seus cabelos. Seu rosto estava pintado, assim como uma guerreira grounder. Uma enorme alegria tomou meu peito em vê-la assim. Tão forte. Ao que me parecia ela continuava sendo aprendiz de Indra e mulher de Lincoln. Talvez isso me ajudasse a tê-la como aliada. Depois de Mount Weather Octavia já não era mais vista como uma menina pelo nosso povo. Ela era vista como guerreira que era. Nada mais justo e menos digno.

Aproximou-se de mim, soltando a mão de Lincoln no processo. Ficamos frente a frente. Os olhos escuros dela misturando-se ao meu verde. Octavia parecia me analisar. Sua expressão permanecia rígida como a de Indra e naquele instante me pus a procurar qualquer indício de respeito mútuo em seu olhar. Se Indra me respeitava, talvez ela ainda o fizesse.

- Ouvi as histórias da lendária Wanheda antes mesmo de saber que era você. Eu sempre soube que sobreviveria.

Disse com a voz um pouco rouca e imponente. Sua expressão ainda indecifrável para mim.

- Vocês sempre tiveram mais fé em mim do que eu mesma. A Lenda de Wanheda não reflete tudo que sou, mas vocês continuam conhecendo meu verdadeiro eu. Desculpe por ter partido Octavia, mas eu simplesmente não podia ter ficado. Não depois de tudo. Disse sincera, esperando qualquer reação que fosse da menina.

- Você fez o que tinha que fazer Clarke. Se arrepende de onde está agora? Octavia inclinou a cabeça, parecendo analisar-me ainda mais. Respirei fundo, deixando toda sinceridade que havia em mim transparecer. Não queria mentir, nem me esconder. Não mais.

- Não. Apesar de sentir falta dos meus amigos e de Arkadia eu faria tudo de novo.

- Então a força da lenda de Wanheda é mais real do que você pensa, Clarke. Octavia estendeu a mão para mim e assim que apertei sua mão com firmeza ela puxou-me para um abraço. O braço livre dela envolveu meus ombros e fiz o mesmo na base de suas costas. Enquanto a abraçava Lincoln assentiu com um breve sorriso para mim e parecia orgulhoso do que via. Raven também nos observava em silêncio.

- Não vai ser tão fácil com ele, mas você consegue. Octavia disse ao meu ouvido e afastei meu abraço com uma sobrancelha arqueada, confusa com sua frase. – Bellamy. Ele veio também. Ela completou, entendendo minha nítida confusão.

Virei para a entrada de Polis e pude ver Kane entrar em seguida e logo atrás dele Bellamy. Sua expressão estava mais séria que a dos demais. A sobrancelha fincada em tensão. Ele não tinha mudado nada, exceto por parecer mais velho. Senti um misto de ansiedade e medo olhando sua reação. Bellamy era mais explosivo e eu sabia que depois de Mount Weather ele teria resistência com Lexa. Kane se aproximou de mim, tocando meu ombro e puxando-me para um abraço gentil que retribui. Bellamy permaneceu atrás dele, em silêncio.

- Como está minha mãe?

- Abby está bem. Ela ficou em Arkadia para liderar o povo e cuidar de tudo na nossa ausência. Mandou um beijo a você.

- Obrigada Kane. Fico mais tranquila em saber que ela está bem.

- A Comandante está nos esperando?

- Sim.

- Não vamos deixa-la esperando então.

- Heda autorizou a entrada de todos vocês na sala do trono. Indra disse quebrando os cumprimentos entre Kane e eu – Sigam-me. Ela está aguardando. Indra saiu em seguida e todos a seguiram.

Bellamy passou por mim encarando-me com seriedade e uma certa mágoa no olhar. A repreensão que não vi nos olhos de Octavia e Raven, vi nos olhos dele. Não o culpava. Ele ficou em Arkadia enquanto eu parti. E quando voltei não procurei meu povo. Mas Bellamy não sabia do que eu passei. Não sabia que foi difícil e que talvez eu estivesse morta senão fosse por Lexa. Ele não sabia do quanto precisávamos dela, do quanto eu precisava dela. Segurei seu punho enquanto ele passava e ele virou o rosto para mim. O olhar mais frio que outrora.

- Bellamy...

- Não Clarke. Não vamos deixar a Comandante esperando o Décimo Terceiro Clã. Disse com certa amargura e ironia na voz.

- A Aliança foi necessária. Nós a fizemos sabendo que era a escolha certa.

- Você a fez. Não nós. Você se uniu a pessoa que nos traiu. Que nos deixou lá para morrer. Que nos fez matar todas aquelas pessoas. Não jogue em mim ou em Arkadia o peso da sua decisão!

Disse rudemente e pude sentir a raiva explícita em cada palavra que saiu de sua boca. Meu peito ardeu em raiva pela forma como ele falou, mas em seguida, quando referiu-se as mortes de Mount Weather eu entendi. Minha jornada me levou a cura ou ao menos a compreensão de que Lexa não teve culpa e que eu fiz o que devia ter sido feito. Mas Bellamy não teve esse tempo. Ele teve que lidar com a dor enquanto permanecia em Arkadia. E agora, talvez ele simplesmente não entendesse como eu havia mudado tanto. Como eu havia perdoado alguém que ele considerava responsável por tudo. Mas Lexa não era. Ela nunca foi.

- Entendo sua raiva e confusão, mas espero sinceramente que você deixe isso de lado e pense em nosso povo naquela sala. Peço que se permita entender tudo que aconteceu Bellamy. Eu confio em Lexa.

- Como pode confiar nela depois de tudo Clarke?! Como pode querer que eu confie?!

- Porque Lexa salvou minha vida e ela vem fazendo isso todos os dias. E por que junto a ela nós podemos alcançar paz, finalmente.

Bellamy arregalou os olhos por um momento, sentindo-se perplexo com minhas palavras. Claramente ele tentou entender o que minha frase realmente significava, mas sacudiu a cabeça em seguida negando qualquer pensamento.

- Não me peça para ser negligente nesta reunião. Você diz que agiu por nosso povo, então não me critique por vi aqui fazer o mesmo.

- Se quer ajudar nosso povo não decida nada por raiva. Existe uma guerra eminente Bellamy. Se levar Arkadia para o lado errado todos irão morrer! E aí é você quem terá que submeter o seu povo ao peso de sua decisão!

Ele soltou seu punho do meu braço e me encarou mais uma vez, saindo em seguida. Suspirei pesadamente sabendo que não seria fácil. Bellamy seria um desafio e sua revolta podia colocar a paz em risco. Por mais que o amasse como meu irmão não permitiria isso. Se eu tivesse que ir contra ele, iria. Levei minhas mãos a testa e massageei a têmpora tentando cessar a dor de cabeça que subitamente me atingiu.

- Clarke?! Vamos? Octavia me chamou e assenti andando até ela. – Meu irmão ainda não superou Mount Weather. Tenha paciência com ele.

- Entendo sua postura porque eu estava assim antes de vir para Polis, mas as coisas são diferentes do que nós pensávamos Octavia. Lexa é confiável e a aliança com Polis é nossa melhor saída. A guerra vai acontecer cedo ou tarde.

- Ele vai perceber isso.

- Espero que sim. Não temos tempo a perder. Se Bellamy não confiar nas decisões que nós tomamos as coisas podem ficar complicadas.

Octavia apenas me olhou e não disse mais nada. Ela deve ter ficado pensativa com minhas palavras. Bellamy era seu irmão e uma briga entre nós também abalaria minha relação com Octavia e talvez com meu povo. Eu sabia que ele era a nova referência desde minha partida.

Adentrei a torre de Polis em direção a sala do trono e no silêncio dos meus pensamentos, lembrei das palavras de Lexa.

“Tenha fé em Trimani. Tudo está acontecendo no tempo em que tem que acontecer. E eu estarei aqui com você, até o fim“

Só esperava que o fim não estivesse realmente longe e que não fosse ruim. Suspirando fundo desejei que meus ensejos de paz fossem ouvidos mais uma vez por Trimani e que ela me guiasse na reunião que estava por vir. O futuro de nosso povo e da união entre os clãs dependia disso. Não podíamos enfrentar a Nação do Gelo com rachaduras entre nós. Precisaríamos de união. Era a única saída e a única possibilidade de ter paz. Bellamy talvez fosse nosso maior empecilho e o peso da culpa assolava em mim, mesmo tendo consciência, agora, de que puxar aquela alavanca me trouxe aqui. Foi um meio para um fim e só me restava aceitar isso. Seguir em frente e me permitir ter paz ainda que todas aquelas mortes jamais saíssem verdadeiramente de mim.

E por isso me sentia culpada. Bellamy fez tudo comigo. Ele concordou e participou. E eu sabia que ele carregava o mesmo peso que eu carregava. Sabia que a culpa o queimava por dentro e por isso ele era incapaz de entender como eu estava aqui, erguida, ao lado de Lexa. Era compreensível. No lugar dele talvez também estivesse resistente. Só esperava que no final ele percebesse o que eu percebi. Que ele visse a mulher nobre que Lexa era. Que ele entendesse que ser o 13º Clã era nosso caminho de paz.

Não queria guerrear com os meus ou causar ainda mais guerras. No entanto, depois de tudo que passei não poderia mais amenizar nenhuma situação.

Assim como puxei aquela alavanca, assim como Lexa partiu em Mount Weather, assim como me distanciei do meu povo e Bellamy permaneceu, no fim, eu faria novamente o que quer que fosse preciso fazer.

O que eu não faria era abrir mão da paz ou de Lexa. Isso não mais.

Respirando fundo, assenti para os guardas na porta da sala do trono que prontamente a abriram. Entrei com o queixo erguido e meu olhar cruzou-se com o de Lexa, altiva e soberana, sentada em seu trono com Titus e Indra ao seu lado. Ela estava forte e poderosa. O olhar firme como costumava ser. Octavia, Lincoln, Bellamy, Raven e Kane pararam logo ao meu lado, a frente dela. Haviam cadeiras dispostas de cada lado para que eles se acomodassem. Titus pediu que o fizessem e todos sentaram. Bellamy ainda ficou um tempo encarando Lexa que lhe devolveu o olhar a altura. Meu coração disparou com a possibilidade de tudo acabar mal. No entanto, lembrei novamente do que Lexa me pediu e de ter fé. Kane logo pediu que Bellamy sentasse e ele atendeu, mesmo resistente.

Os olhos verdes que eu mais amava no mundo olharam para mim mais uma vez. A expressão permanecia altiva e para todos ali presentes era apenas a Heda dos treze clãs. A comandante. Porém, não para mim.

Naqueles poucos segundos em que nosso olhar se prendeu um ao outro eu reconheci a mulher que amo por detrás daquela postura imponente. Eu reconheci o brilho de adoração sobressaindo pelo verde intenso dos olhos dela. Eu senti meu coração disparando ao reconhecer a minha Lexa ali, junto comigo, sempre.

Seus olhos me diziam “Tenha fé Clarke. Tudo vai dar certo. Eu estou aqui com você”

E eu sabia que o meu respondia “Eu confio em você”

Os olhos de Lexa pareceram sorrir para mim antes dela encarar meus amigos e iniciar a reunião.

- Membros de Arkadia é com prazer que recebo os representantes do Décimo Terceiro Clã em Polis. Sejam Bem-Vindos. Wanheda, embaixadora do seu povo, deve ter explicado nossa atual situação. Estamos em guerra iminente contra a Nação do Gelo e o futuro do nosso povo depende da nossa união. Kane?

- Sim, comandante?

- Diga-me: o seu povo aceitou nossa Aliança?

E no silêncio de Kane contrastado ao olhar cortante de Bellamy, estremeci.


Notas Finais


E aí como estamos depois de algumas semanas sem SF?

Clexinhas do meu coração, quero me desculpar pelo enorme hiatus. O maior da fic até agora. Minha vida mudou completamente no sentido de trabalho. Estou trabalhando longe, acordando muito cedo e chegando tarde. Quando chego mais cedo tô tão cansada que é difícil conseguir pensar para escrever, por isso a demora. Resolvi dividir essa fase da fic em duas partes para não demorar ainda mais pra dar o update.

Me esforçarei ao máximo para ser mais rápida no próximo ok? Nunca desistam da fic porque como sempre disse nós vamos juntos até o final. Estava com saudades de vocês.

Deixem comentários sobre o capítulo pra me animar a voltar mais rápido rs

Beijos no coração! Um Feliz Natal a vocês e um excelente Ano Novo! Obrigada por tudo que fizeram pela fic até agora! Obrigada pela confiança e pelo carinho! Por acreditarem na minha história! 2017 vem com muito Sky Forest e aqui CLEXA VIVE! LEXA VIVE! E O AMOR DELAS É HONRADO!!

Com carinho,
Bru


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...