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História Sleeves - Capítulo Único - Silêncio eterno e barulho ininterrupto


Escrita por: sunnynightt

Notas do Autor


OLÁ GALERINHA

eu escrevi essa one durante a aula de... Geografia? História?
ENFIM

eu acho que ela ficou até-que-boa, e resolvi postá-la.

espero que gostem <3

um agradecimento especial a totônia (eu nunca vou cansar desse apelido), q fez a capa maravilhosinha da fic szsz

Capítulo 1 - Capítulo Único - Silêncio eterno e barulho ininterrupto


A morena suspirou, vestindo o primeiro moletom que viu em seu armário. Sentiu certa ardência nos pulsos enquanto o fazia, mas permaneceu em silêncio.

De uns tempos para cá, estava constantemente em silêncio. Pelo menos em relação a como sentia-se, em relação a si mesma.

Gritou uma breve despedida para sua mãe antes de sair de casa, indo até a padaria mais próxima.

Crianças corriam de um lado para o outro, adultos apressados passavam falando em seus celulares e idosos reclamavam do céu nublado.

Tudo e todos eram cinzentos, como as nuvens.

Suspirou novamente, arrumando as mangas de seu moletom antes de entrar na padaria.

"Bom dia, Larissa!"

"Bom dia!"

"O que está fazendo com um moletom nesse calor, menina? Estão quase quarenta graus lá fora!"

"Ah, eu estou doente, sabe como é..."

Seu sorriso era minuciosamente treinado. Não parecia forçado, nem triste. Ela aprendera a fingir um sorriso perfeito, com o tempo. Sorrisos não recebiam as mesma perguntas que lágrimas.

Agradeceu rapidamente, pegando a sacola que a moça do caixa lhe estendia com suas compras. Saiu da padaria e começou a refazer o caminho para casa.

Cinza, tudo era cinza. E vermelho-sangue. O vermelho-sangue que pintava a pia de seu banheiro sempre que ela sentia-se triste. Ou seja: quase o tempo todo.

Roupas sempre com mangas compridas.

Dirigiu-se à cozinha assim que chegou, jogando a sacola em cima da mesa. Levantou suas mangas, com calor. Não era como se seus pais fossem aparecer repentinamente na cozinha, de qualquer forma. Estavam sempre ocupados demais para cumprimentarem-na quando ela chegava em casa.

O moletom era de cor cinza.

Lavava as mãos quando seu celular apitou. Distraidamente, tirou-o do bolso e quase sentiu vontade de sorrir ao ver quem lhe mandava mensagens, convidando-lhe para tomar um café.

Aquele garoto despertava sua curiosidade, não sabia dizer exatamente o porquê. Talvez fossem os olhos. Ele tinha olhos escuros, quase negros. Olhos brilhantes, contentes, animados. Ele era feliz. Ele tinha uma alma pura, bastante diferente da dela, que era corrompida, cheia de cicatrizes, feridas abertas e promessas quebradas.

Por que ele insistia em perder tempo justo com ela? Não conseguia entender.

Preparava-se para responder quando seus olhos pousaram em seus próprios pulsos, o quase sorriso que se formava em seus lábios desaparecendo imediatamente.

Ela não devia, ele era bom demais pra ela. Ela não tinha o direito de deixar-se aproximar dele. Ela acabaria por destruir o brilho de seus olhos.

Ali, encarando a mensagem em seu celular, quase pôde vê-lo do outro lado da tela, encarando seu próprio telefone fixa e ansiosamente, vendo que ela já visualizara e a esperando responder.

Ele ainda não sabia que ela não valia a pena e/ou o tempo, mas uma hora saberia.

Abaixou as mangas do moletom e bloqueou o celular, sem respondê-lo.

Era melhor assim, sem que ele soubesse o que suas mangas escondiam. Sem que ela o puxasse para dentro de seu mundo cinza.

Afinal, era melhor que ele se chateasse por ela tê-lo ignorado do que por descobrir que ela nunca conseguiria amá-lo.

Dizem que precisamos amar-nos antes de amar outrem, não é mesmo?


Notas Finais


hey <3

espero q tenham gostado :)

'kiss kiss


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