História Slinkhurt feels. - Em Território Francês.

Aeroporto de New York, 7:15 da manhã 

Estava com várias malas, havia um pequeno avião exclusivamente para a minha família, papai conseguiu um para lervarmos bastante coisa para nos mudarmos.

Andávamos por um atalho do aeroporto, entrei no avião com Glaucia, sentei-me  em uma das poltronas desenrolando o fio do fone-de-ouvido.

Puta merda! – Disse impaciente com os fones, já haviam minutos que estava desenrolando.

Menina? Olha essas palavras! – Ela disse olhando pra mim, vindo de uma risadinha, ela estava sendo irônica.

A viagem começou, aquelas turbulências me irritavam e me assustavam, mas estava ouvindo Heathens no começo da viagem.

Chegamos em Paris. Primeiro vejo no aeroporto um cartaz enorme mostrando o ponto turístico mais famoso da cidade, mas é claro, a Torre Eiffel.

Estavámos carregando a mala e entramos em um carro de um amigo de papai, era grande, bonito. Não entendo de carros então, dane-se o tipo.

Animada para sua nova vida em Paris Claudinha?  – Mamãe dizia sorrindo empolgada, acabamos de passar na rua da Torre Eiffel, e sinceramente, aquela torre era bonita pra caralho.

Não muito. Vai ser o mesmo tédio que em New York. – Dou de ombros e ela sorri pra mim, não entendo seu sorriso. – Que foi?

Acho que não vai ser o mesmo tédio que lá, vai ser divertido, novas culturas, amizades...! – Ela sorria, super alegre. Me lembrava a Clara, falando nisso ela pediu pra que falasse com ela no quando chegasse.

Papai estava quieto durante o trajeto, falando no telefone, deve ser algum empresário ou alguma coisa relacionada á empresa. Glaucia observava a cidade pela janela, ela estava admirada.

Paris, 19:10 da noite.

Estava arrumando minhas roupas no meu novo closet, era bonito até. Logo vejo o horário, estava com fome, e depois vou fazer maratona.

Tem escola amanhã, eu sei, mas isso não vai me impedir de terminar a segunda temporada de Scream ainda hoje!

Desço as escadas e vejo a Glaucia preparando uma comida, junto com Dália, nossa cozinheira. É uma senhora de idade, ela tem as melhores comidas do mundo!

Hey Dália, Glaucia. – Digo entrando na cozinha e querendo ver o que  elas estavam fazendo. – O que vamos ter hoje?

Petit Gateau – Dália diz com sua voz doce e suave, ela me faz lembrar a vovó.

Depois de alguns minutos, estava pronto e eu comi o Petit Gateau da Dália, estava super bom, como de costume. Subi as escadas e preparei meu material escolar, Glaucia devia ter arrumado, mas deixei uma coisa a menos pra ela. Tomo um longo banho, deito e durmo.

06:00 da manhã.

Acordo com o alarme novamente, com aquele barulho irritante.

Argh! Tenho que mudar o toque dessa merda.

Respiro fundo, vejo que já estava claro, levanto e começo a me arrumar. Minha escola nova pelo o que eu sei, se chama Sweet Amoris, um lado bom disso, é que não tem muitas regras com acessórios e roupas.

Termino de me arrumar, percebo que estava com o cabelo meio bagunçado, o arrumo rapidamente. Desço as escadas e vejo Glaucia, mamãe e Dália. 

Cadê o papai? – Disse colocando o meu sucrilhos no pote e começando a comer.

Bom dia também, filha. – Mamãe disse irônica, me deixando soltar uma risadinha.

Bom dia pra vocês então. – Mamãe assentiu e logo Glaucia e Dália também me desejaram bom dia.

Seu pai saiu, estava ocupado com os negócios da empresa, hoje a Glaucia vai te levar. – Mamãe disse logo ligando a televisão, passando o noticiário, mas dessa vez falava mais sobre a França, diferente de New York.

Glaucia terminou sua refeição e logo pediu pra mim pegar o material, peguei como ela pediu, e logo entro no carro. Conversamos sobre a cidade durante o trajeto, e finalmente chego em Sweet Amoris.

Aquela escola era gigante, havia vários alunos entrando e conversando, faltavam uns vinte minutos pra aula começar, desço do carro e olho ao redor. Entro na mesma meio perdida. Sabia que havia encontrar um Nathan, não sei o nome.

Chego perto de uma garota ruiva, estava acompanhada com uma garota de cabelos platinados e um garoto bem colorido por sinal.

Bom, gostaria de saber onde fica... hum... um tal de Nathan? – Olho eles, com os braços cruzados.

A garota ruiva olhou para a garota de cabelos platinados e o garoto com cabelo azul, olhou pra mim novamente e deu uma risada baixa.

Deve ser um Nathaniel não é? – Ela ainda estava sorrindo.

Deve ser. – Dei de ombro, errei o nome do garoto, parabéns Cláudia!

Ele fica no grêmio, podemos te levar lá. – A platinada disse vindo de um sorriso, logo eles se levataram.

Uhum, você deve estar mais perdida que cego em tiroteiro. – O garoto com cabelos logo disse vindo de um riso. Ri um pouco pra socializar.

Estavamos andando pelos corredores, haviam vários armários e várias pessoas, eles apontavam cada lugar, finalmente chegamos na frente do Grêmio.

Qual é seu nome morena? – A garota de cabelos platinados disse. – Sou Rosalya mas me chame de Rosa. Esse gay de cabelo azul é o Alexy, e ruivinha é a Íris.

Todos riram do "gay de cabelo azul" em sua frase

Sou Cláudia, Cláudia Slinkhurt. – Dei um sorriso fraco.

Boa sorte com o loirinho, ele é gato. – Alexy definitivamente era gay haha.

O "loirinho" deve ser o Nathaniel. Alexy, Rosa e Íris saíram andando e eu abri a porta do Grêmio, vi uma garota de cabelos longos marrons e com o loirinho, deve ser Nathaniel.

Você não quer ajuda em nada Nath? – Ela dizia com os braços cruzados

Não Melody, eu me viro. – Ele disse e logo ele me vê, vindo em minha direção. – Olá, posso ajudar?

Peguei umas papeladas da bolsa, um envelope e entrego para ele. Era a ficha de inscrição da escola.

É minha inscrição, Sou Cláudia. Cláudia Slinkhurt. – Depois que digo meu sobrenome, ele arregala os olhos e vem de um sorriso, achei isso muito repentino. 

SlinkHurt? Meu Deus. A diretora falou de você, sua empresa, família. – Assenti, vi a Melody com uma cara séria, ignoro. – Sua inscrição está quase pronta, só falta para que você leve para a diretora.

Ele logo deu um sorriso, agradeço e vou andando na escola e dou para a velha da diretora, ela era um pouco exigente demais em questão da inscrição, ela me fez procurar um clipe de papel!

Logo entro na sala, percebo que Rosa e Alexy estavam na sala, acenei para eles, e logo sentei no lugar que estava sobrando, perto deles, claro. Depois de o professor pedir para me apresentar e tal, fiquei quieta no meu local enquanto desenhava na mesa.

Que aula chata! – Pensei.

Depois de alguns minutos, Rosa e Alexy começaram a se aproximar, Alexy sussurrou.

Como foi com o loirinho? – Olho os dois e rimos com apelido ao Nathaniel.

Normal, ele parece ser nerd... e é bem loiro. – Rio, não citei o fato da morena do Grêmio ter me encarado enquanto falava com o Nathaniel.

Estava no intervalo junto com Alexy, Íris e Rosa. Fiz amizades! O lado bom é que eles não devem ter percebido que meu sobrenome é o nome da empresa do papai, não tem como eles serem interesseiros.

Gente, vou pegar  lanche no refeitório, beleza? – Disse logo me levantando, eles assentiram. Estavam falando de alguns babados sobre os famosos, o assunto era legal. Podia me sentir que se eu andasse com eles eu ia ser atualizada sempre!

Cheguei no refeitório, eu ia pagar um sanduíche mas logo chega um trupe de garotas, nunca vi elas na vida. Eram três, uma loira, uma de cabelos pretos, parecia japonesa; E uma de cabelos castanhos amarrados por um rabo de cavalo. A loira pega meu dinheiro, ela dá um sorriso de orelha a orelha.

Obrigada pelo dinheiro novata! – A garota começava a rir, e suas amiguinhas também.

Não levo desaforo pra casa, já disse que gosto de brincar com o fogo. Me aproximo da garota loira com um sorriso de canto, pego meu dinheiro de sua mão e puxo seu cabelo até sua cintura, ela começava a sentir a dor, quando vi que estava aproximando a diretora, largo a garota.

Pense antes de sair roubando, bitch. – Saí de perto e ela começa o show, a diretora foi ver o que aconteceu com ela, apenas me distanciei do refeitório e cheguei perto dos meus amigos, já posso considerar isso? Sei lá.

Por que demorou ,girl? – Alexy disse, e percebeu que estava sem lanche, apenas o dinheiro.

Tive que dar uma lição em uma menina. – Disse logo Rosa e Íris perguntaram quem era, dei detalhes delas, não sabia o nome delas.

Deve ser Ambre, Li e Charlotte. – Rosa diz, passando gloss nos seus lábios. – Espero que não se encrenque, ela é imprevisível.

Não se preocupe, ela é assim com todos. – Íris diz para mim. Rosa, Íris e Alexy eram bem legais.

O sinal tocou e retornamos para a sala.

Hora da saída, 12:20

Estava saindo da minha sala, estava querendo voltar a jogar um pouco no pc em casa, quando Nathaniel me chamou a atenção.

Cláudia, a diretora quer falar contigo. – Olho para ele meio confusa, lembro do que fiz com Ambre mais cedo. Não tinha como ela ficar calada?

Não tinha o que fazer, chego na diretoria, estava Ambre, a diretora e um cachorro deitado no chão.

Foi ela diretora! Ela puxou meu cabelo, e arranhou meu ombro! – Ela quase ia chorar de novo.

Arranhei o ombro dela?! O quê?!

Você fez isso Cláudia? – A velhota me olhava séria, tentei me defender sobre o ombro, mas sobre o fato de ter puxado o cabelo era verdade, as amigas dela viram. Não adiantou muito, ela continuou furiosa. – Olha, deve ser difícil se mudar, mas não desconte em uma garota inocente!

Garota inocente?! Really?

Eu ia dizer alguma coisa mas ela mandou eu não falar nada, e continuou a dizer.

Você vai ter detenção, hoje! Durante três horas. – Ambre deu um sorriso diabólico olhando para mim. Agora começou a minha rivalidade com aquela loira oxigenada!

Logo depois de comer um sanduíche, vou andando para a sala da detenção, que droga. Cheguei na mesma e vi Nathaniel sentado na mesa, e entrei na sala e vi no fundo do lugar, um garoto parecia ser alto, de cabelos longos vermelhos, estava ouvindo música.

Cláudia, o que você fez? – Nath diz dando um suspiro ainda me olhando

Puxei o cabelo e de acordo com a loira oxigenada arranhei ela – Nath fez não com a cabeça e revirei os olhos e sentei duas carteiras a frente do garoto de cabelos vemelhos que estava com um sorriso de canto nos lábios.