P.O.V Justin Bieber
Atormentado, eu andava de um lado para o outro tentando me acostumar com a notícia que não seria pai de apenas uma criança, mas sim, DUAS! Desde o início aceitei a notícia de bom grado, mesmo sabendo que isso poderia prejudicar meu futuro, como o da Mackenzie. Arquei com minhas responsabilidades, por mais difícil que fosse. Portanto, não esperava que o bebê se multiplicasse de uma hora para a outra. Agora tudo seria em dobro, os gastos, os cuidados...
— Obviamente vocês não esperavam por uma notícia desta, mas não é uma coisa ruim. — o obstetra tentava nos convencer que essa é uma ótima notícia.
— Como pode dizer que isso é uma coisa boa se eu ficarei uma baleia? Depois terei que amamentar duas crianças, dar atenção as duas. Vou ficar maluca, não dá, eu não posso fazer isso. — Zie disse e me olhou, como se eu pudesse ajuda-la em algo neste momento.
— Não estamos preparados para isso! — afirmei ao médico que nos olhou sem saber o que fazer.
— Não sei o que dizer a vocês, mas irão ter dois lindos bebês e mesmo que seja difícil, acredito que ambos saberam lidar com esta situação. — ele disse e Kenzie derramou-se em lágrimas, assustada.
— Se acalme, nós daremos um jeito. — sussurrei pra ela, que pegou minha mão e a apertou.
— Podemos continuar vendo os bebês? — Doutor Bennett questionou.
— Sim. — respondi apreensivo.
Por alguns segundos, ele continuo a passar o transdutor em sua barriga. Podíamos ver perfeitamente movimentos sincronizados em seu útero, identifiquei os dois bebês após prestar muitas atenção e o médico dizer onde estava cada um deles. Bennett confirmou que ambos estavam bem e que isso é muito bom, já que não será necessário fazer os exames extras, apenas vir ao médico de quinze em quinze dias, pelos próximos dois meses.
— Estão preparados para saber o sexo? — o doutor sorriu e nós apenas assentimos, sem palavras para responde-lo. — Vocês já pensaram em nomes? — indagou.
— Sim. — Zie sussurrou. — Julieta ou William.
— Então afirmo a vocês que a Julieta está sendo gerada.
— Julieta. — sussurrei pra mim mesmo, tentando assimilar que teríamos uma menina.
Por mais alguns segundos ele passou o transdutor, tentando descobrir o sexo do outro bebê.
— Acho que terão que procurar mais um nome para se juntar a Julieta. — contou.
— Como? — perguntei.
— Mackenzie está esperando duas meninas. — respondeu com um sorriso de ponta à ponto.
Nós teríamos duas meninas, duas garotinhas para eu ensinar as coisas, brincar e proibir de chegar perto dos garotos. As duas mulheres que mudariam minha vida, que me tornariam oficialmente pai.
— Você está bem? — Perguntei a Kenzie que continuava em estado de choque.
— Estou, eu apenas não... — então ela voltou a chorar.
— Ei, ei... — chamei sua atenção. — Nós estamos juntos nessa, não se preocupe.
— Eu sei. — suspirou limpando as lágrima. — Nós teremos duas meninas, Justin. — pela primeira vez após a revelação, a vi sorrir e retribui.
— Parabéns Zie, você ganhou a aposta. — sussurrei em seu ouvido e deixei um beijo em sua testa.
— Também consegui ver o tipo de gêmeas que elas são.
— Univitelinas ou bivitelinas? — Zie proferiu.
— Elas irão ser gêmeas monozigóticas, também conhecido como univitelinas ou idênticas.
— O QUÊ? — indaguei. Não bastava ser gêmeas, ainda iriam ser idênticas? Eu realmente iria surtar.
— As chances de serem idênticas são de noventa porcento, já que elas estão dividindo a mesma placenta.
— Isso pode trazer algum problema para o parto? — Zie perguntou.
— Não digo que trará algum problema, mas poderá ser mais complicado por ser um parto de gêmeas.
— Bom, nos terminamos aqui por hoje, pode se limpar. — ele entregou alguns papéis para Kenzie e ela passou na barriga, tirando o gel. — Irei fazer uma nova receita para você, passarei duas novas vitaminas, já que você está gerando dois bebês.
— Ok.
•••
Após deixarmos a clínica, seguimos caminho para o apartamento de Ryan. Kenzie continuava calada, talvez tentando aceitar a sua nova condição, grávida de gêmeas.
— Você está bem com isso? — quebrei o clima de silêncio que pairava no carro.
— É confuso, mas estou tentando aceitar. Nós teremos dois bebês, é tão...
— Estranho? Eu sei. Nós íamos ter apenas um bebê até ontem, e hoje nos iremos ser pais de duas meninas. A ficha não caiu totalmente.
— Acho que não conseguirei lidar com está situação.
— Óbvio que irá. Estarei ao seu lado, lembra?
— Eu sei, mas mesmo assim. — suspirou.
— Nós vamos conseguir!
— Tudo bem. — assentiu.
— O que acha de entrarmos em um destes grupo de apoio para pais de primeira viagem? — sugeri.
— Talvez seja bom, podemos conversar melhor sobre isso.
Ao entrarmos no apartamento, encontramos Ryan deitado no sofá, com seu notebook no colo, provavelmente estava respondendo relatórios de seu trabalho.
— Oi. — Zie o cumprimentou ao entrar.
— Eai. — sentou-se rapidamente e colocou o aparelho ao seu lado. — Como foi lá? — perguntou após eu fechar a porta.
— Foi estranho. — Kenzie confessou ao sentar-se ao lado do primo.
— Por que? — me sentei na poltrona ao lado deles.
— Nós seremos pais de gêmeos. — falei pela primeira vez após entrar.
— Gêmeos? Como assim? — indagou abismado.
— Sim. São dois bebês. — ela respondeu.
— Na verdade, duas meninas. — eu disse.
— Meu Deus! Como não revelaram isso antes?
— Não sei. Nós estamos bem assustados com a situação, mas estaremos juntos nessa, não é Zie? — ela confirmou com a cabeça.
— Acho que preciso beber. — Ryan disse ao levantar e seguir até o barzinho que havia na sala, pegando um copo e colocando whisky.
— Preciso de uma dose dupla. — levantei e segui até ele, após pensar em duas crianças chorando durante a noite.
— Isso é sério? Vocês vão encher a cara? — Mackenizie perguntou.
— Porra, irão ser duas crianças! — a ficha havia caído pra mim.
— Nós iremos surtar, dude. — Ryan falou nervoso.
— Vocês deveriam me ajudar neste momento e não ficar bêbado às seis da noite. — ela falou e levantou, indo em direção à seu quarto.
— Acho melhor você ir atrás dela, provavelmente ela irá desabar se ficar sozinha agora. — meu amigo aconselhou.
— Eu vou, mas está muito difícil de lidar com ela. — desabafei e virei o copo em um único gole.
— Como assim?
— Eu acho que estou gostando da sua prima.
— O quê?
— Não estou apaixonado, mas eu tenho vontade de beija-la a todo momento, tenho vontade de abraça-la e de fode-la. — levei um tapa na cabeça depois de assumir minhas vontades.
— Não se apaixone por ela, Bieber. Minha prima já passou por duas desilusões amorosas e não merece uma terceira.
— Eu sei. Não quero magoa-la, mas não sei como me afastar e não ser um completo babaca.
— Talvez ela até sinta algo, mas não irá querer assumir, já sofreu demais. E todos sabemos que você não presta.
— Por isso eu não estou criando expectativas, porquê eu me conheço.— dei as costas e andei até o quarto da Zie, dei duas batidas e empurrei a porta, ela estava olhando algumas roupinhas de bebê. Sentei em sua frente e acariciei sua pernas.
— Prefiro Anne. — ela falou e eu franzi o cenho, não entendendo do que se tratava. Kenzie dobrou a última pecinha e guardou tudo.
— Ah, Julieta e Anne? — indaguei a olhando, quando ela sentou em sua cama novamente.
— Não, ia ser Julieta Mary-Ane, eu quero que seja Julieta Anne, com dois N. — me respondeu, como se aquilo fosse óbvio. Acenei com cabeça, antes que ela perdesse sua pouca paciência.
— Tudo bem, Julieta Anne Bieber. E nossa outra garotinha? Como vai se chamar? — perguntei, acariciando sua barriga.
— Não sei, o que acha de Alice? — sugeriu, colocando sua mão por cima da minha.
— É... Não gostei muito, sabe.— tomei cuidado com cada palavra. Zie era como um campo minado, teria que tomar cuidado onde piso.— Que tal, hmm... Gabrielle? — agora quem deu a sugestão, foi eu.
— Não, não gosto de Gabrielle. — parou por alguns segundos, como se estivesse pensando. — Gabriella, vai ser Gabriella. — ela falou, decidida. A encarei, pensando: "Qual seu problema?", mas não ousaria repetir tais palavras, ela me mataria.
— Tá bem, e um segundo nome?
Kenzie não me deu muita atenção, ela pegou uma caixa de baixo da cama, e abriu a mesma, cheia de esmaltes, ela puxou seu pé, fazendo o máximo de esforço para pintar as unhas do mesmo, mas as nossas gêmeas não estavam ajudando.
— Pinta pra mim, por favor? — ela me deu o esmalte branco, peguei o mesmo e sentei na cama, colocando seu pé em meu colo.
— É minha primeira vez, então releve. — segurei seus dedinhos pequenos e comecei a pintar a unha dela.
— Tudo bem.— ela gargalhou mexendo os dedos. — Fez cócegas. — falou de um jeito fofo, que me fez rir, limpei o borrão.
— Desculpa. Eu gosto de Grace, Gabriella Grace Bieber. — soprei os dedos dela, pois já havia acabado um pé.
— É, eu gostei. Julieta Anne Bieber e Gabriella Grace Bieber, nossa Ju e nossa Gabi. — o sorriso em seu rosto, denunciava os seus pensamentos, ela com certeza estava pensando nas nossas meninas, Ju e Gabi.
Eu sei que será difícil, gêmeas! E que será tudo dobrado, e nunca mais dormiremos direito, mas agora eu estou mais feliz, do que preocupado, contente por saber que minhas filhas estão crescendo saudáveis. Só tem uma parte que me desaponta, a aposta. Se meu William estivesse a caminho, a mãe dele seria minha, toda minha, contudo, com a confirmação das minhas princesas, vou ter que ficar na seca por um mês.
— Acabei. — fechei o esmalte e coloquei na caixa.
— Então quer dizer que alguém vai ficar sem sexo durante um mês. — ela gargalhou maldosa, me espreguicei levantando.
— O pior de ter perdido a aposto, é não ter ganhado. — sentei novamente, agora na altura da barriga dela, e fiquei olhando em seus olhos. — Porque se eu ganhasse, teria você, para mim, quantas vezes eu quisesse, todos os dias, durante um mês, e seria gostoso pra você também, mas eu perdi. — respirei antes de continuar. — O pior não é ficar sem as outras, é ficar sem você. Mas não tem problema, é só um mês. — aproximei meus lábios de sua orelha e mordi seu lóbulo. — Nesse tempo, vou ficar no meu quarto, imaginando que em uma manhã de sábado, acordarei no sofá da sala e irei vir até seu quarto, ainda estará dormindo, portanto com meus beijos, acordará. — a vi estremecer com minhas palavras. — Tirarei sua camisola pequena e quase transparente, passarei meus lábios por seus seios, chuparei seu mamilo rosinha e você gemerá, sem reação nenhuma, eu levo minha mão para dentro da sua calcinha fina e começo a deslizar meu dedo no seu clitóris, você arranha minha mão e geme puxando meus cabelos, enquanto vou imaginando isso...— deslizei minha língua em sua orelha e suspirei. — Vou roçando meu pau no colchão, até não aguentar mais, e quando eu estiver a ponto de bala, para meter em você no meu sonho, coloco minha mão para baixo do cobertor, bato uma rapidinho, gozo e vou dormir feliz. — beijei seu pescoço antes de levantar e deixa-la com a respiração irregular. — Só um mês, e iremos ter longas noites de sexo, meu amor. Nem que seja nos meus pensamentos.— limpei a garganta, deixando minha voz mais firme e não tão rouca. Beijei a barriga ela e acariciei seu rosto. — Vou indo, está tarde.
Zie está sem reação, ela nem se quer me respondeu, então dei as costas e sai do quarto, caminhei até a sala e já tinha seis latinhas de cerveja sobre a mesa.
— Vou indo nessa irmão. — fiz um toque com Ryan, que já estava visivelmente bêbado.
— Tchau... Justin! Espera...
— Hum?— olhei para ele, já com a porta aberta.
— Julieta não vai ter um Romeu, eu não vou deixar.— ele resmungou, falando tudo embolado, ri e neguei com a cabeça saindo do apartamento.
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