Aquela havia sido a primeira vez, que fui embora sorrindo. Porque eu sabia que no dia seguinte, eu iria vê-lo, mas assim como sempre foi, Deku e eu, não sabíamos interagir um com o outro, e muito menos falar alegremente sobre como foi depois daquela ida a casa dele.
Quando eu havia chegado em casa, minha mãe que estava sentada no sofá, assistindo um de seus programas favoritos, se virou para me olhar.
- Katsuki você está bem? - Ela se levantou e veio até mim.
- Eu levei ele até em casa - Murmurei.
- Levou quem? - Me encarou preocupada.
- Deku!
Seus olhos se arregalaram, para logo depois um sorriso singelo aparecer em seus lábios - Eu torci tanto por esse dia - Disse alegre.
- Torceu atoa - Fiz cara de poucos amigos indo até a cozinha, com a mesma me seguindo - Só o levei em casa, mais nada.
- Não é mais nada! Eu vi a forma sobre o quão preocupado ficou ao saber do que aconteceu ontem com Izuku - Tagarelou citando sobre a aparição de Tomura no shopping - Seria exagero o convidar para almoçar aqui Sábado?
- Que? Claro que sim - Me engasguei - Ficou doida veia?
- Velha é sua vó! - Irritou-se - Ele é seu namorado, por que não convidá-lo?
- Da onde tirou isso? - Bufei.
- Você disse que levou ele para casa - Inflou as bochechas e cruzou os braços.
- Eu só o levei em casa! Não o pedi em casamento - Coloquei o copo de água em cima da mesa, e me sentei na cadeira - A senhora não acha estranho, querer tanto que o seu filho fique com um garoto?
- Isso é detalhes Katsuki! Tenho certeza que se você insistir, Izuku cairá de amores por você - Sorriu com confiança.
E eu encarei minhas mãos, que estavam semi-serradas e suando frio.
{...}
- Como já sabem, o acampamento de treinamento intensivo está chegando - Aizawa-Sensei falava entediado, nos deixando ainda mais com sono - E eu irei passa a lista, para que vocês confirmem sobre quem vai! Mas pelo que estou vendo, tenho certeza de que todos iram.
Revirei os olhos, e assinei a lista e a passai para Deku, que estava sentado atrás de mim.
Desde o momento em que cheguei na escola, até agora, não tínhamos trocado, nenhuma palavra.
Lida e Uraraka, assim como Kirishima e algumas pessoas da sala, o havia cercado assim que o mesmo chegou na sala, me impedindo de dizer qualquer coisa.
E para piorar eu não sabia o que dizer, e nem como agir. Eu estava quase me sufocando com meus próprios pensamentos, quando Kirishima apareceu em minha frente, com um sorriso largo nos lábios, o que me fez emburra a cara.
- O intervalo começou - Falou alegre, e puxou uma cadeira para se sentar ao meu lado.
- Vou almoçar - Murmurei um pouco irritado.
- Qual é, não está chateado pelo o que aconteceu ontem está? - Sorriu largamente, me estressando ainda mais.
- Você é um filho da Puta - Elevei a voz, assustando algumas pessoas que ainda estava na sala.
- Como foi? - Corou entusiasmo - Ah! Não me olhe assim, sabe o quão difícil foi separar Lida e Uraraka do Deku? - Perguntou entristecido.
- Vai a merda - Levantei ficando puto - Ninguém te pediu nada disso.
- Qual é Bakugo! Deku tava dando sopa, era só comer - Brincou, me fazendo corar - Esse acampamento promete, e claro se você não conseguir pelo menos um beijo, eu desisto de ser seu amigo.
- Ótimo! Isso não vai acontecer nem a pau - Arrastei ele com a cadeira e sair do meu lugar, o mesmo se levantou e caminhou ao meu lado.
- Você não quer nem tentar beija-lo? Lhe dá uma bitoquinha?
— Bitoquinha em quem? – Lida apareceu do lado do mesmo o assustando.
— Cruzes! Virou assombração Homem? – Perguntou respirando rapidamente.
— Foi mal! Mas você ainda não respondeu minha pergunta – Cruzou os braços e esperou.
— Uraraka! — Enfatizou o nome da garota chamando minha atenção — Bakugo quer dá uma bitoca na Uraraka – Zoou, me fazendo dar um explosão no mesmo, que acabou endurecendo o corpo com o ato.
— KIRISHIMA – Gritei chamando a atenção de alguns estudantes, que estavam no corredor.
— Usar seu poder, sem motivo é proibido – Lida deu um sermão.
— Não enche! Vou matar essa menstruação – Grunir de raiva, correndo atrás do mesmo que sorria de tudo aquilo.
{...}
— Aqui! – Kirishima me entregou,um caderno meio rasgado – Isso irá te ajudar, de alguma forma com Deku.
— E o que é isso? – Perguntei fazendo questão de abrir o caderno e ver o conteúdo.
— Isso é a passagem do seu ninho de amor! Aí tem tudo, desde os pontos de excitação, até a forma de penetração – Corou safado.
— P-penetração?
— Claro! Você não quer come-lo sem o preparar né? Isso exige muito, e é claro que a primeira vez tem que ser especial – Tagarelou me deixando ainda mais constrangido.
Em terra de safadeza, Kirishima era rei.
— Kacchan – A voz do Deku, soou fraca e constrangedora, e ao mesmo tempo com um certo tom de medo.
— An? – Perguntei emburrado, como de costume, o fazendo tremer.
— P-podemos conversar?
Suspirei, encarando o problema de todos os meus problemas.
— Pode falar – Me aproximei do mesmo, o fazendo corar.
E eu sorri por dentro, como nunca havia sorriso.
" A Deku, se não fosse por esse medo exagerado de te perder, eu já teria feito de você meu a muito tempo".
— É meio particular – Coçou a cabeça ainda mais constrangido.
— Não tô mais aqui – Kirishima, pegou a própria mochila e saiu — Boa sorte — Gritou.
" Né Deku, se eu dissesse o que eu sinto, você me perdoaria por tudo que eu te fiz? Me perdoaria, pela falta de coragem, por nunca dizer o que sinto? Me perdoaria por te amar? ".
— Não sei como dizer isso, mas eu fiquei feliz pela nossa conversa de ontem – Sorriu com as bochechas levemente coradas.
E em um impulso, levei minha mão até seu rosto, pousando minha mão em sua bochecha, que estava agora, mais vermelha que um tomate.
" Deku, seria egoísmo, querer o seu amor? Seria exagero dizer sobre o quão sortudo eu sempre fui por te ter em minha vida?"
— Kacchan?
Me chamou, pelo apelido, o mesmo apelido, que Izuku sempre usará desde criança, o mesmo apelido, que sempre me irritou, por eu sempre ama-lo.
— De... Desculpa – Pedi me afastando do mesmo — Fico contente que tenha pensado assim, pelo menos desta forma Tomura não pode te atacar sem que ninguém saiba – Mudei de assunto, e me afastei dele.
Aquela era a segunda vez que eu fazia isso, e aquela havia sido a segunda vez que eu queria beija-lo.
Força Bakugo, você consegue, Deku será seu a todo custo.
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