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História Smile :) - Chapter Twenty-Nine


Escrita por: ingrid_quadro

Notas do Autor


Aaaah, que bom que ainda existem pessoas que leiam. Estou muito feliz por saber disso.
Amo vcs ♥️♥️♥️
Boa leitura.
Espero que gostem.

Capítulo 29 - Chapter Twenty-Nine


Fanfic / Fanfiction Smile :) - Chapter Twenty-Nine

O sentimento da raiva corria por minhas veias naquele momento. A cena anterior não abandonava meus pensamentos. 

 

E cá estou eu, sentado em um banco do meu antigo restaurante favorito, refletindo sobre a tudo que havia ocorrido enquanto olhava para a comida na minha frente, decidindo se comeria ou não.

 

A alguns anos atrás, quase todos os dias eu vinha aqui apenas para comer os melhores noodles com fish ball da cidade. Só que, nesse instante não estou com tanta vontade de comer assim.

 

Creio que a raiva me faz perder o apetite. 

 

Não consigo acreditar que tudo aquilo na minha frente, não passava de uma brincadeira antiga de colegial. 

 

Anos atrás, na minha antiga vida pacata de adolescente, eu e meus amigos fazíamos o mesmo. Sempre quando algum deles estava namorando, repetíamos isso, fingindo estar beijando sua namorada ou namorado enquanto todo o resto observava a cena, incrédulos. 

 

Tudo isso apenas por diversão e para irritar a vítima da história. Nunca fizeram comigo, pois na época, eu me recusava a namorar. 

 

Porém agora eu estou namorando e ainda tenho amigos infantis. 

 

Depois de estar aliviado por tudo ser uma completa mentira, sai de lá correndo, apenas para não agredir alguém com o imenso ódio que me invadiu.

 

Estou mais calmo agora, mas ainda assim não sinto fome para comer esses apetitosos bolinhos de peixe. 

 

Meu celular vibrava em cima da mesa repetidamente, então resolvi desliga-lo. Preciso ficar sozinho nesse momento.

 

A quem eu quero enganar? Eu nem ao menos gosto de ficar sozinho. 

 

Decidi começar a comer os noodles, que por acaso, estavam deliciosos, até sentir a presença de alguém se sentando na cadeira a minha frente na mesa.

 

Ergo meu olhar lentamente, desejando não encontrar nem um dos meus amigos, muito menos meu namorado.

 

Mas me arrependi imensamente ao erguer a cabeça. 

 

Somin estava ali.

 

Ela me encarava com um sorriso descarado nos lábios, ajeitando-se no assento confortável.

 

— Nunca pensei que viria você novamente, Wang Puppy. — Sua voz continuava a mesma, irritando demais, assim como ela.

 

Preferia que fosse qualquer pessoa agora, menos Park Somin. 

 

E quando eu achava que as coisas não podiam ficar piores, essa garota aparece, a essa hora coincidentemente no mesmo lugar que estou.

 

— O que você quer? — Respondo, curto e grosso. Não via motivos para ser gentil com ela.

 

A menina a minha frente se mostrava ofendida, mas no fundo eu sabia que era tudo encenação. Isso era típico dela.

 

— Nossa, Jackson, ainda guarda rancor depois de tantos anos? — O sorriso cínico dela me causava ânsia.

 

Reviro os olhos, não sendo obrigado a ficar olhando para o rosto daquela garota, que na verdade agora é uma mulher. 

 

Levanto-me da cadeira, deixando algumas notas em cima da mesa para pagar a comida no qual eu mal havia tocado e saio dali, tentando me manter o mais distante possível dela.

 

Fui ali para relaxar e não para me estressar ainda mais. 

 

Porém senti sua mão em um dos meus ombros, me fazendo parar de andar instantaneamente. Respiro fundo para não perder a paciência, antes de me virar.

 

— Porque a pressa? Vamos conversar. Contar o que andamos fazendo depois que você foi embora para a Coréia. Eu soube até que você está namorando. — Aquele sorriso não abandonava seus lábios nenhum minuto sequer.

 

Retiro sua mão do meu ombro, antes de voltar a caminhar, contudo cesso o passo ao ouvir a última frase.

 

— Como você sabe que eu estou namorando? — A pouca paciência que me restava me permitiu perguntar.

 

— Minha prima me contou. 

 

Franzo o cenho, antes de me virar e encara-la, percebendo que havia uma garota atrás de si. Começo a reparar na mesma. Eu conhecia aquela mulher, já a vi em algum lugar, mas não me recordava.

 

— O nome dela é Park Shin Hye. — Suas palavras ecoaram como um eco em meus ouvidos.

 

Park Shin Hye. A mulher que o Mark detesta. A mesma que trabalha no hospital com a gente. Agora sim, tudo fazia sentido. De acordo com Mark, ela foi a pessoa que tentou se aproximar de mim.

 

— Hm... Eu tenho que ir. — Digo antes de me afastar totalmente, sem intenção alguma de prolongar o assunto com alguma das duas.

 

Somin estava certa, eu ainda tinha um rancor por ela. Mas ela fodeu totalmente a minha vida nessa cidade. Seu egocentrismo não a permitiu ser trocada por um homem. 

 

Dou passos leves até à praia mais próxima. Não sabia o horário e muito menos me importava, eu só queria ir embora de Hong Kong, por mais que eu ame a minha família, eu não gostava da minha cidade natal.

 

As lembranças não eram nada boas, ou talvez eu tenha me esquecido dos momentos bons.

 

Me sento na areia que estava parcialmente gelada, sentindo um arrepio percorrer por todo o meu corpo com o contato. 

 

Meus músculos estavam doendo, principalmente meu pescoço. Não seria tão ruim me deitar agora, essa areia está tão macia, mesmo que gelada.

 

Quando me dou conta, já estou todo largado ali, encarando o céu e contando quantas estrelas haviam ali.

 

(...)

 

O barulho ensurdecedor de uma buzina soou em meus ouvidos. Dei um pulo pelo susto, olhando ao redor para ver se encontrava o infeliz que me acordou. Olho envolta, percebendo o engarrafamento na estrada perto da praia em que eu estava.

 

Arregalo os olhos quando finalmente me cai a ficha. 

 

Eu passei a noite na praia. Com certeza se alguém tivesse me visto ou me visse agora, acharia que eu sou um bêbado que se perdeu no caminho de casa, mas creio que essa praia está completamente deserta, então ninguém me viu. Pelo menos eu acho e quero acreditar nisso.

 

Pego meu celular que estava em meu bolso, o ligando. Apenas checo o horário, ignorando todas as outras mensagens e ligações perdidas que recebi.

 

Já eram duas horas da tarde. Como pude dormir tanto? 

 

Me apresso a tirar toda a areia grudada em minhas roupas antes de começar a andar/correr a caminho da minha casa.

 

(...)

 

Tudo estava calmo demais quando entrei pela porta da frente. Fui até a sala de estar, encontrando todos os meninos deitados ali. Uns estavam deitados no sofá e o resto no chão, dormindo serenamente, todos agarrados. 

 

Seus celulares estavam em cima da mesa de centro. 

 

Não estava acreditando que dormiram ali apenas por estarem preocupados comigo. Bom, mas também não vou acorda-los. 

 

Devem estar cansados e merecem dormir. 

 

A quem eu quero enganar, a verdade é que eu não estou com vontade de falar com nenhum deles. Muito menos com o meu namorado, mesmo estando com saudades dele.

 

Agora vinha o desafio de subir para o segundo andar sem acordar nenhum dos rapazes.

 

Ando lentamente, na ponta dos pés, em direção a escada, até que sem querer esbarro em algum móvel, fazendo um barulho não muito alto. 

 

Ouço alguns resmungos e olho na direção dos mesmos, conferindo se tinha acordado alguém. 

 

E ali estava ele, com os olhos arregalados e pronto para gritar algo. Esqueci que seu sono era mais leve do que uma pena.

 

Nego com a cabeça rapidamente, insinuando para ele não gritar, mas já era tarde demais.

 

— Jackson! — O barulho alto me fez tapar os ouvidos.

 

Maldito, BamBam! 

 

Logo todos acordam aos pulos, tentando entender o porque da gritaria. 

 

Se eu ganhasse uma moeda toda a vez que estivesse com vontade de matar o meu querido amigo... 

 

Não demora muito para perceberem a minha presença ali e todos virem até mim, começando os questionamentos. 

 

Reviro os olhos antes de ir até o sofá e me sentar, logo todos se sentam no sofá que estava de frente para o meu.

 

— Pode nos dizer onde estava? — Mark me fuzilava com os olhos, irritado.

 

Apenas ignoro o seu olhar. O único que tem direito de ficar irritado seu eu, não que eu fosse uma pessoa rancorosa, mas não fui eu que participei de uma brincadeira idiota adolescente. 

 

— Eu estava fingindo que estava beijando algumas pessoas por aí. Algum problema? — Talvez eu tenha sido um pouco grosso demais, porque se olhar passou de irritado para magoado.

 

E aquele olhar foi o suficiente para o arrependimento vir. 

 

Todos param de falar no mesmo instante, olhando fixamente para mim.

 

— Ei Jackson, desculpe por ontem, não sabíamos que iria ficar com tanta raiva. —  Jinyoung se pronuncia após alguns segundos.

 

— Tudo bem, eu não deveria ficar com raiva por causa de algo tão bobo. Foi só uma brincadeira. E aliás, eu fui a um restaurante à noite e depois fui a uma praia e acabei pegando no sono. — Tento explicar com os mínimos detalhes.

 

Não quero que todos ali saibam que eu encontrei Somin, aliás, JB é o único que sabe de sua existência e porque carrego tanta magoa dela. E não estou com a mínima vontade de responder mais perguntas. 

 

Depois de algum tempo, todos saem da sala, indo para os seus respectivos quartos, restando apenas eu e JaeBum ali, que me encarava como se já soubesse de tudo.

 

— Eu já sabia onde você estava. — Ele diz após me encarar por algum tempo. 

 

— Ah é?! E porque não foi lá? 

 

— Você estava ou na quadra de basquete ou em alguma praia próxima, eu te conheço bem, Wang. E aliás, eu só não disse nada pra eles porque sabia que precisava de um tempo, então fingi que não sabia onde você estava e fiquei aqui aguentando todo o drama deles. — Ele se levanta. — E também adiantamos o vôo para hoje à noite, já que o aeroporto ficaria interditado por conta da neve pelo resto da semana.

 

Dito isso, ele apenas saiu pela porta que dava acesso ao jardim. 

 

Respiro fundo, olhando ao redor. Me levanto e vou até a cozinha, encontrando uma cabeleira loira de costas para mim, cozinhando algo. 

 

Vou até ele e o abraço por atras, apoiando minha cabeça em seu ombro. Mark apenas para de cortar as cebolas, antes de voltar a corta-las.

 

— Me desculpa. — Digo baixinho, observando sua habilidade ao cortar a cebola.

 

— Não ouvi o que disse, pode repetir? — Pode perceber que ele tentava segurar o riso.

 

Semicerro os olhos, antes de apertar meus braços ao redor de si.

 

— Me desculpa por ter falado daquele jeito com você, Mark Tuan. — Praticamente grito em seu ouvido.

 

Meu namorado se vira para mim antes de começar a me bater, dando socos de leve em meu peitoral. Seguro suas mãos na intenção de fazê-lo parar, o que deu certo contando com a força que eu havia usada, mas não tão forte a ponto de machuca-lo. 

 

Mark ergue seu rosto para que pudesse finalmente me encarar.

 

— Você é um idiota, sabia? — Ele estava quase gritando, nunca tinha o visto perder a paciência. — Me deixou dormir sozinho à noite inteira, no frio! — Continuou. — E nem sequer me avisou para onde iria ou onde estava. Eu fico preocupado, cacete!

 

Não sabia o que dizer a ele, sentia que deveria me desculpar mas ao mesmo tempo sentia que não. Então eu apenas o abraço fortemente, repousando minha cabeça em seu ombro, inalando seu perfume adocicado.

 

— Desculpa pela brincadeira. Não sei porque ficou tão irritado. — Ele disse e riu. — Geralmente você começaria uma guerra de bolas de neve ou bateria em alguém.

 

— Eu faria mesmo isso, mas ver aquilo me deixou com raiva. Tive o sentimento de ter sido enganado, e eu odeio isso com todas as minhas forças. — Suspiro.

 

Nos afastamos do abraço que duraram minutos.

 

— Bom, agora que está tudo bem, você precisa de um banho urgente. — Mark fazia uma careta engraçada. — Enquanto isso eu termino o almoço para a sua mãe. Seus pais foram comprar algumas coisas antes de viajarmos hoje à noite. 

 

Sorrio ao me lembrar deles e que eu realmente precisava de um banho. Estou com um cheiro horrível de maresia e de peixes mortos.

 

(...)

 

O resto da tarde foi bem calmo, nós parecíamos até uma família normal. 

 

Depois do banho, todos se reuniram na sala para recebermos os presentes da minha mãe. 

Uma vez em sua vida ela conseguiu comprar presentes normais. Eu até ganhei um tênis.

 

Almoçamos logo após isso, a comida do meu namorado estava ótima, todos comeram muito bem e minha mãe aprovava o Mark cada vez mais. E quem não aprovaria um ser tão perfeito, não é mesmo?!

 

Fiquei praticando esgrima com o meu pai pelo resto do dia, até os meninos tentaram. Yugyeom foi único que realmente conseguiu competir ser enfiar a espada em alguém.

 

Digo isso porque BamBam passou raspando com a sua espada em meu capacete. Jinyoung nem ao menos conseguia segurar a espada e isso foi o mesmo com YoungJae. JB não gostava do esporte e nem fazia questão de praticar. Mark acabou por acertar com força na minha coxa, deixando uma marca perfeitamente desenhada e avermelhada visível em minha pele.

 

Todos riram muito da minha desgraça e estava quase desistindo, porém ensinar o mais novo dali me motivou.

 

Após tudo, cá estamos nós, sentados em um dos bancos do aeroporto enquanto esperamos nosso avião. Quase dormia no colo de Mark, não dormi bem na noite passada.

 

— Eu preciso ir ao banheiro. — O ouvi dizer antes de me tirar de seu colo e ir para o banheiro mais próximo.

 

Suspiro pesadamente, tentando achar uma posição confortável naquele micro banco para dormir sem algum apoio. Estava exausto.

 

Quando estava quase dormindo, algo começou a vibrar em meu colo e sou obrigado a despertar novamente. Olho para o celular do meu namorado que estava sobre a minha coxa e eu nem sequer havia sentido.

 

O ddd era de outro país, eu conhecia, só não recordava de qual. Pelo visto era o número de um homem.

 

Resolvo atender, vai que é importante. E apenas talvez eu esteja curioso para saber do que se trata.

 

— Alô. — Digo assim que atendo a chamada.

 

— Alô! Mark?! — A voz masculina ecoou por meus ouvidos.

 

— Não. Ele foi ao banheiro. Quem deseja? — Tento ser o mais formal possível.

 

— Ér... Eu sou um amigo dele aqui dos Estados Unidos, Luke. — O tal de Luke hesitou um pouco. — Diga que ele precisa me ligar urgentemente, Mark sabe do que se trata. E diga a ele também que já reservei nossos hotéis para amanhã de madrugada assim que ele chegar aqui. Até mais. — E dito isso ele desligou.

 

Estava tentando processar tudo. Como assim Mark iria para outro país amanhã e nem ao menos me contou? 

 

Coloco seu celular sobre minha coxa novamente assim que o vejo se aproximando e se sentando ao meu lado.

 

— O banheiro estava lotado, por isso demorei. — Deitou sua cabeça sobre meu ombro e abraçou minha cintura.

 

Eu precisava tirar essa história a limpo, mas também não poderia deixar nada nítido demais. Talvez houvesse alguma razão pelo qual ele não me contou.

 

— Mark, o que acha de jantarmos naquele restaurante do centro de Seul amanhã à noite? 

 

Pude sentir seus músculos tensos e a hesitação sobre o que dizer.

 

— Bom... Vou ficar atarefado por uns dias, tenho que por minhas coisas em ordem antes das nossas férias acabar. Pode ser na noite do outro dia? — Pude sentir também seu nervosismo.

 

Mentiu para mim descaradamente! Porque não quer que eu saiba que ele vai para os EUA amanhã? E ainda por cima ficará hospedado em um hotel com outro cara que eu nunca ouvi falar. 

 

E ainda os dois hesitaram ao falar comigo. 

 

O que você está me escondendo, Mark Tuan? 

 


Notas Finais


uiui Markinhos cheio de secrets


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