História Smiles between cuts - The End?

— As marcas que você tem por fora,não são nada comparadas as marcas que você tem por dentro.

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​Nova York

9 de dezembro de 2015

​Ponto de vista de Dayna Wilson

Meu coração doeu ao ver aquele sorriso radiante em minha frente, pois no final eu sabia que eu não era a dona do seu sorriso eu não era a dona dos seus olhos brilhosos, eu não era sua dona, as lágrimas ousaram cair com cada palavra dita com alegria quando ele se referia a ela, mas eu as segurei, mesmo com todo custo, mesmo com a ardência em meus olhos, eu me segurei e me manti firme.

— Dayna, você está bem?. — ele perguntou parecendo preocupado 

— Você vai se casar com outro alguém, e meu coração está em pedaços porque eu te amo, mas não consigo dizer. — Um nó se formou em minha garganta por não dizer a verdade. — estou ótima, apenas cansada. — sorri sem mostrar os dentes

Ele sorriu e ficou feliz.

— Eu estou tão feliz Dayna! Ela aceitou!. — ele pulou feliz

Meu coração parou e eu senti lá no fundo meu chão cair.

— Nat...Eu estou muito feliz por você. — sorri sem mostrar os dentes e bebi o restante do café que se encontrava ali.— sério mesmo. — menti

— Tem certeza? Você parece que não gostou muito do fato de eu estar noivo. — ele me olhou com cenho preocupado

Deve ser porque eu te amo, mas você não me ama e isso acaba comigo.

— Eu preciso ir Nat...— joguei o dinheiro em cima da mesa e levantei rápido andando até a saída da cafeteria

Ele levantou rápido e eu corri quando vi um táxi.

Acenei e o táxi parou e eu entrei tão rápido mesmo escutando seus gritos.

— Praia por favor. — ele acelerou e eu fitei a janela

No final eu sabia, sabia mesmo que ele nunca poderia ficar comigo. Eu sou apenas a filha da empregada, a menina pela qual é sua amiga, e a garota pela qual ele nunca vai amar.

Lágrimas rolavam pelo meu rosto sem parar, era uma mistura de sensações, era como se a dor do coração fosse maior que qualquer dor física que eu poderia me proporcionar. Eu espero que ele não tenha percebido, porque  mesmo que ele não me ame, eu não consiguiria ficar longe dele.

O táxi parou e só aí me dei conta que eu já havia chegado na praia, tirei meu tênis e os coloquei juntos em uma mão, paguei o táxi e saí até a praia, deixando a areia entrar em meus dedos eu me permiti deitar mesmo com roupas naquele chão. 

A luz do horizonte, radiava, e o entardecer chegava, me levantei e fui até a parada de ônibus esperando o próximo chegar, cessando então o choro.

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O ônibus parou e eu fitei a tela do meu celular, várias mensagens e ligações de Nat, Mamãe e Alysha.

Suspirei frustada  e caminhei até a entrada dos Clarkson, e os grandes portões se abriram após a permissão dos seguranças, fui até a parte de trás do enorme terreno, e entrei pela porta dos fundo, no mesmo instante minha mãe parou de cortar as cebolas e me encarou.

— Dayna céus! Eu estava muito preocupada onde você estava?! Nat e Alysha estão doidos atrás de você, eu te liguei várias vezes. — ela disse alto e com tom de frustração

— Desculpe mamãe, tive que ir na casa de uma colega resolver algo da faculdade, então não tive tempo de ligar e também o ônibus estava lotado. — menti

Ela pareceu acreditar e suspirou frustada.

— Suba! E volte rápido porque hoje teremos um jantar em comemoração ao noivado do Sr.Nat. — ela disse voltando a cortar cebolas

E mais um vez meu coração partiu.

Virei meu rosto na tentativa de não mostrar meus olhos marejados e apenas assenti saindo da cozinha como um furacão e subindo rápido as escadas. 

Adentrei meu quarto e fechei a porta jogando minha bolsa em cima da cama, indo procurar aquilo que me ajudaria. Fui até a cômoda e a revirei, mas não encontrei nada. Sentei no chão frustada e suspirei pesado cansada, olhei pra baixo e vi em baixo da cama o caco de vidro. 

Engatinhei até lá e o tirei. Fiz um corte reto e rápido porém profundo em meu braço, logo depois um perto do pulso. Minha visão ficou turva, e naquele momento eu me perguntei, porquê? Porquê não me matar logo? E acabar de vez com isso? Que motivos eu tenho para viver? Mas a vida prega peças e meu celular tocou, e eu entendi que aquele não era o momento da minha morte. 

Fui até a cama engatinhando e com a visão embaçada eu podia sentir a dor física se igualar com a do meu coração, um poço de sangue se fazia ao redor de onde eu estava, peguei o celular com uma única mão e atendi com dificuldade.

— Eu sei sobre o noivado, sinto muito Dayna. — Alysha suspirou em um tom de pena

— Não sinta, já tenho pena de mais em minha vida. — suspirei fechando os olhos com força

— Estou indo aí, não faça besteira. — ela disse preocupada

​— Você sabe que a essa altura do campeonato foi a única alternativa, mas venha logo antes que tenha de planejar meu funeral amanhã.— encerrei a ligação