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História Snaky (HIATUS) - II - Snaky


Escrita por: SenhoritaStark

Notas do Autor


Hey, pessoas lindos do meu coração, como estão? o/o/

Antes de tudo, queria agradecer pelos favoritos e pelos comentários.
Obrigada de verdade por tirarem do seu tempo pra lerem minha fanfic.

Voltando, vim deixar mais um capítulo novinho! \o/\o/
No anterior, acompanhamos o POV do nosso Bucky.
Dessa vez, vamos acompanhar a Snaky.

Espero que gostem.
Boa leitura!

Capítulo 3 - II - Snaky


Fanfic / Fanfiction Snaky (HIATUS) - II - Snaky

APENAS uma luminária sobre a mesa clareava o lugar onde eu permanecia sentada. Todo o resto do quarto continuava na escuridão, mas eu não me importava. Havia passado o dia inteiro ali e quando a noite caiu, me adaptei rapidamente a falta de luz. As paredes brancas descascadas não podiam mais ser vistas, nem o chão encardido e poeirento.

Enquanto digitava ferozmente comandos variados em diversos idiomas, parei apenas para limpar o suor que escorreu pela minha testa. Aquela franja ridícula incomodava, mas eu sabia que logo me acostumaria com ela outra vez. Voltei ao meu trabalho e meus olhos percorreram as novas informações que surgiram em minha frente. Ao constatar que não me serviriam, passei para a próxima página.

O notebook que aquele homem da HIDRA havia cedido para a missão contava com inúmeros programas de rastreamento e identificação facial. Além disso, eu poderia investigar a vida de qualquer pessoa do mundo. Isso seria bem útil para que eu encontrasse o Soldado Invernal, afinal, ele havia sido treinado para agir como uma sombra. Apesar de eu ser boa no que fazia, ele também era, por isso quanto mais recursos tivesse, melhor.

Rastreei todas as atividades dele dos últimos doze meses e consegui informações que me levariam a sua localização mais recente. Encontrei algumas fotos com baixa resolução dele em Nova Iorque, na Cidade do México e em Londres. Mas ele havia escolhido um novo lugar para se esconder. E passei quinze das minhas noventa e seis horas tentando descobrir onde.

Quase a meia noite, finalmente, o encontrei. Puxei a lâmpada para mais perto de mim e aproximei meu rosto da tela do aparelho portátil à minha frente. Quando li as palavras escuras sobre o fundo branco, soltei uma leve gargalhada que ecoou pelo pequeno ambiente.

BUCARESTE, ROMÊNIA.

- Te achei, soldado! – murmurei com um sorriso de canto

Não havia como estar errada. Se havia uma coisa que eu sabia fazer era investigar a vida dos outros. Tudo bem que aquele homem havia sido treinado pela HIDRA e que eles não o conseguiram encontrar em quase dois anos. Mas, de certa forma, eu pensava como ele. Eu também era uma sombra. Com uma pequena diferença, é claro.

Iniciei minha busca por ele exatamente naquela cidade. Procurei por mais informações, fotos, vídeos, compras, qualquer coisa que me levasse até ele. A primeira coisa que achei foi uma imagem. Diferente da que se encontrava com a pasta de arquivos que recebi, onde ele vestia roupas completamente pretas que incluíam um colete a prova de balas customizado, além de várias armas espalhadas por todo o corpo.

Na atual, ele usava uma blusa vermelha simples e uma jaqueta escura, com calças jeans. Para passar despercebido usava um boné, além de luvas para esconder o braço de metal..

- Parece que alguém estava em outro mundo. – mordi meu lábio inferior e me debrucei na mesa para analisar melhor os detalhes

Ele caminhava por uma avenida movimentada e usava as pessoas escudo, mas uma câmera na rua conseguiu capturá-lo no momento em que olhava para ela. Revirei os olhos ao perceber aquele descuido, mas continuei minha investigação. Após mais quatro horas, finalmente descobri o lugar exato onde ele se abrigava. Fiz algumas anotações em meu arquivo e a enviei para o contato da HIDRA, como havia sido ordenada.

Em seguida, abri outra página de informações. Agora que eu já sabia onde encontrá-lo, era hora de saber mais a respeito dele. Se bem que algo me dizia que ele não era um completo estranho. Digitei Soldado Invernal e inúmeros resultados apareceram na tela. Cliquei em um deles e li.

 

“JAMES BUCHANAN BARNES, CONHECIDO COMO O SOLDADO INVERNAL, É UM INFAME AGENTE DA ORGANIZAÇÃO EXTREMISTA HIDRA.

JAMES BARNES É ACUSADO DE SER RESPONSÁVEL POR INÚMEROS ASSASSINATOS POLÍTICOS E HOJE É O TERRORISTA MAIS PROCURADO DO MUNDO.”

     

  - Então seu nome é James Barnes. – falei com curiosidade

A HIDRA não havia me fornecido nada além das características e hábitos daquele homem, mas como Soldado Invernal. Eu não havia recebido nada sobre James Buchanan Barnes. Se eles quisessem que eu o encontrasse, porém, eu deveria me aprofundar mais.

Digitei na barra de buscas “James Buchanan Barnes” apenas. Mais resultados preencheram a tela e um deles me chamou a atenção em especial. O título da notícia era “O melhor amigo do Capitão América”.

 

“JAMES BUCHANAN BARNES, TAMBÉM CHAMADO DE BUCKY BARNES, FOI UM COMPANHEIRO DE GUERRA E MELHOR AMIGO DE STEVE ROGERS, O CAPITÃO AMÉRICA, DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.

BUCKY FOI DADO COMO MORTO EM UMA DAS MISSÕES DO COMANDO SELVAGEM, GRUPO DE MISSÕES ESPECIAIS AMERICANO, LIDERADO PELO CAPITÃO AMÉRICA.”

 

- Interessante... – passei a língua entre os lábios – Bucky...

Juntei mais informações e então decidi que era o suficiente. O que eu sabia era de bom tamanho para continuar minha missão. Digitei uma senha na minha pasta de arquivos. Desliguei o notebook e suspirei fundo.

- Estou indo atrás de você... Bucky. – enfatizei seu apelido

Era hora de ir para a Romênia.

 

~o~

Mirei o relógio pela terceira vez. Meu voo tinha atrasado vinte minutos. Pelos óculos escuros olhei em volta, acompanhando o fluxo de pessoas naquele aeroporto russo. Elas não prestavam a atenção em mim, apesar de receber alguns olhares curiosos. Descruzei minhas pernas, passando de maneira impaciente as mãos em minha saia justa. Ajeitei a mala de mão no meu colo onde meu notebook estava e esperei.

- Senhores Passageiros, o voo para Bucareste sairá em dez minutos. – finalmente, uma voz feminina anunciou

Já havia feito o check-in há mais de uma hora, por isso me levantei automaticamente e segui na direção que sabia ser a certa. Entrei sem problemas no avião e segui até a minha poltrona. O voo não demorou a decolar e logo estávamos no ar. Após uns dez minutos, uma das aeromoças veio até onde eu estava.

- Com licença, senhorita Kozlov. – ela carregava uma badeja de metal nas mãos – Gostaria de algo para beber?

- Não, obrigada. – sorri gentilmente

Ela alargou seu sorriso forçado e, após um aceno de cabeça, seguiu até outro passageiro da classe executiva. Olhei pela minúscula janela com um sorriso maroto. Eu estava ali graças a uma de minhas muitas identidades falsas. Naquele momento eu era Yeva Kozlov, uma jovem de negócios.

Após quatro horas de voo, finalmente chegamos. Fui uma das primeiras a sair do avião ainda com meus óculos escuros. Mesmo que aquele não fosse o melhor disfarce, eu não estava preocupada. Ninguém se lembraria sequer que passei por eles, que dirá do meu rosto. Enquanto caminhava pelo aeroporto de Bucareste, passava pelas pessoas sem ao menos encará-las. Eu me equilibrava nos saltos altos, enquanto me deslocava para a calçada com certa pressa, mas sem deixar ninguém perceber isso.

Ao avistar um discreto restaurante entrei e segui até o banheiro. Lá, abri a maleta e tirei alguns pertences. Troquei aquela roupa refinada por uma calça jeans escura e uma blusa branca de mangas curtas. Por cima, coloquei uma moletom preto. Retirei os saltos e calcei uma tênis simples. O cabelo preso num coque, soltei, passando os dedos por sua extensão. Removi toda a maquiagem pesada, deixando minha cara limpa.

Ao me encarar no espelho tive a impressão de ser uma garota que havia acabado de alcançar a maioridade. Mas eu não me lembrava de quantos anos tinha. Continuei a me analisar, tentando me lembrar de qualquer vestígio de memória, mas não havia nada. “Apagamos todas elas para aliviar seu sofrimento”. Era o que me diziam todas as vezes. E eu não me importava. Até agradecia, pois as coisas eram mais fáceis assim.

Tirei uma mochila da maleta e a desdobrei, colocando tudo dentro dela. Em seguida, a coloquei nas costas e saí daquele cubículo. Comprei um café expresso para não levantar suspeitas e segui pelas ruas da cidade. Quando terminei minha bebida, joguei a embalagem numa lata de lixo e caminhei até um belo jardim naquela área. Tirei o notebook da mochila e o abri para que pudesse ter certeza de onde estava.

Ao confirmar que ia pelo caminho correto, abri uma aba no navegador e uma notícia em vídeo surgiu. “Vingadores lutam contra mercenários”. Curiosa, cliquei no vídeo e uma mulher loira começou a falar.

“Onze wankandanos estão entre os mortos durante o confronto entre os Vingadores e um grupo de mercenários em Lagos, Nigéria, no mês passado.” – a repórter dizia enquanto cenas de um prédio em ruínas era mostrado e pessoas eram evacuadas – “Os wakandanos, tradicionalmente reclusos, estavam em uma missão em Lagos quando houve o ataque.”

- Os Vingadores... – aquele nome me chamou a atenção

“Entre eles estavam Wanda Maximoff, Sam Wilson, Natasha Romanoff e Steve Rogers, o Capitão América.” – ela continuou falando       

Inclinei a cabeça para o lado ao ver mais uma vez aquele nome. Steve Rogers. Pelas informações que adquiri ele era o melhor amigo de James Barnes. Talvez saber sobre ele servisse de ajuda. Me concentrei tanto naquelas fatos que só depois de alguns instantes é que percebi quando uma pessoa se sentou no banco ao lado. A fitei de soslaio e quase gargalhei ao reconhecê-la.

O Soldado Invernal permanecia sentado e me analisava discretamente. Aquela era uma situação inesperada, até mesmo para mim. O havia procurado exaustivamente e, ao encontrar sua localização, não perdi tempo. E agora ele estava ali, sentando quase ao meu lado. Não poderia ter sido mais fácil. Como se não tivesse percebido sua presença, joguei meus cabelos pra trás e guardei o notebook. Depois me levantei e atravessei a rua, me misturando às pessoas.

Com um sorriso malicioso, esperei até que ele voltasse para seu esconderijo. Quando ele começou a caminhar, o segui. Mas ele estava visivelmente perturbado, a ponto de não perceber que eu estava em seu encalço. Estranhei a atitude do Soldado Invernal, porém, me aproveitei dela para finamente chegar ao seu abrigo.

Quando o vi seguir até os fundos de um prédio abandonado, me esgueirei na esquina do outro lado da rua. Ele olhou para os dois lados e entrou pela saída de emergência. Após alguns minutos, fiz o mesmo caminho e tomei os mesmo cuidados para não ser vista. Subi a escadaria até os andares superiores. Parei até que pudesse ouvir qualquer tipo de som. Ao notar um ruído de passos num dos apartamentos tive certeza de que estava ali.

Como não iria bater na porta e pedir para entrar, fui até o apartamento ao lado. Era pequeno com o cômodo principal e um banheiro. Me locomovi até a sacada, que não tinha mais uma porta, e avistei a varanda dele. Não ficava distante. Um curto pulo me levaria até ela. No entanto, eu precisava ser cautelosa.

Olhei em volta, buscando onde me apoiar para não fazer barulho e sorrateiramente, subi no parapeito. Passei um dos meus pés para o outro lado, mas quando me preparava para passar o segundo, algo pulou atrás de mim, me causando um leve susto. Em consequência, meu pé deslizou e fui obrigada a voltar para minha varanda com um pulo suave. Suspirei contrariada e fitei o chão. Me encarando, estava um gato acinzentado.

- Eu me desconcentrei. – o fuzilei com os olhos - Culpa sua, coisa feia.

Antes que pudesse escorraçá-lo, ele pulou no parapeito e foi para a varanda de James. Agradeci mentalmente por não precisar machucar aquele bicho irritante. Mas algo me fez despertar. A maçaneta da varanda do soldado estava sendo girada. Automaticamente, me abaixei. Foi o tempo para que ele a abrisse e saísse.

- Era só o que me faltava. – o ouvi murmurar

Quando ele falou, o gato soltou um miado, me fazendo revirar os olhos. Mas isso foi o de menos. Sua voz ecoou em minha mente e fez despertar algo que não compreendi o que seria. Parecia ser um tipo de... reconhecimento.

- O que você quer, amigo? Está perdido? – ele perguntou e ele miou de novo – Não pense que posso ajudá-lo, pois também estou.

Após alguns instantes, ele suspirou e voltou a falar com o animal. Outra vez meu cérebro informou que havia algo familiar naquele tom. Fitei o céu, que começava a se tornar escuro e tentei recordar algo sobre ele. Mas não havia nada.

Naqueles segundos de dispersão, ouvi a porta dele se fechar. Não havia percebido que eu estava ali. Me ajoelhei lentamente e olhei por cima do parapeito, vendo o lugar vazio. Mais curiosa do que antes, me levantei e voltei para dentro do apartamento. Precisava levar aquele homem de volta para a HIDRA. Mas antes iria descobrir uma coisa.   


Notas Finais


E então, agentes?
Ficou legal?
O que acharam? Rs
E essa paranoia da Snaky, o que será? Haha

Obs.: PARA QUEM QUISER ENTRAR, AQUI ESTÁ O LINK DO MEU GRUPO NO FACE: https://www.facebook.com/groups/1019912711456046/?fref=ts

ATÉ O PRÓXIMO!


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