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História Snaky (HIATUS) - III - Bucky


Escrita por: SenhoritaStark

Notas do Autor


Hey, agentes lindos do meu core, como estão?

Passando agora, pois só tenho tempo agora, para deixar um capítulo novo! Ehhhhhhhhh
Espero que gostem, pois eu estou mando escrever essa fic. Kkkkkk

Sem delongas, pois estou desmaiando de sono, vamos ao POV do Bucky.
Boa leitura!

Capítulo 4 - III - Bucky


Fanfic / Fanfiction Snaky (HIATUS) - III - Bucky

FECHEI a torneira quando terminei de lavar o último talher. Eu não tinha muitos, mas eram suficientes para uma única pessoa. Após secá-lo, o coloquei junto com os outros, no velho armário de parede. Após um suspiro entediado, caminhei até minha cama e tirei uma mochila preta de baixo dela.

De forma mecânica, abri o zíper maior e tirei uma toalha de lá, além de uma roupa limpa. Eram alguns dos poucos pertences que carregava comigo e sabia que não precisaria de mais por enquanto. E, se houvesse necessidade, eu conseguiria coisas novas. Fechei o zíper e abri um menor, pegando um sabonete. Em seguida, o fechei e coloquei a mochila no mesmo lugar de antes.

Caminhei pelo corredor em direção a outro apartamento, onde havia um banheiro funcionando. Ficava no fim do corredor e não demorei a passar pela porta de madeira. Apesar de haver um banheiro ali, os cômodos restantes estavam muito danificados, então decidi permanecer no outro quarto. Não havia uma porta para que eu tivesse certa privacidade, mas isso não era um inconveniente.

Sem cerimônias, retirei minhas roupas, as deixando sobre o vaso sanitário e entrei debaixo do chuveiro. A água fria caiu em minha cabeça, descendo por meu corpo, relaxando meus músculos e levando consigo um pouco de minhas preocupações. Apoiei minhas mãos na parede, aproveitando aquele curto momento. Mas eu não poderia demorar, não sabia quanto tempo duraria aquela água.

Após um banho razoável, saí e peguei a toalha, me secando com o tecido áspero. Após, vesti minhas roupas inferiores. Passei a toalha em meus cabelos e concluí que deveria cortá-los, mas poderia fazê-lo num outro momento. Peguei uma camiseta preta e a analisei, me lembrando de como a havia conseguido. Decidi não vesti-la, afinal, aquele começo de noite estava quente.

Peguei as coisas e voltei para meu apartamento. Meus passos eram lentos, porém, eu sempre estava em alerta. Eu simplesmente não conseguia baixar minha guarda. Era como se eu fosse ser atacado a qualquer momento. E nos últimos dias, essa sensação tinha aumentado.

Deixando minhas paranoias de lado, entrei e acendi o interruptor. Olhei em volta e tudo continuava do mesmo jeito. Até mesmo o gato permanecia deitado, mas agora dormia. Joguei minhas coisas sobre a cama e peguei meu caderno de anotações sobre a geladeira. O abri no lugar marcado. O lápis estava entre as folhas, impedindo que eu lesse algumas palavras por completo. O peguei e li a última frase que havia escrito: “Havia uma garota de olhos escuros em meu sonho, mas não me lembro do seu rosto, nem do seu nome.”

Quase dois anos se passaram desde que havia fugido da HIDRA e as lembranças voltaram gradativamente. E eram de todos os tipos. Do meu tempo como Soldado Invernal, de minhas missões e minhas vítimas. No entanto, eu me recordava de mais. Agora eu tinha certeza de quem eu era. Pelo menos do meu nome. James Buchanan Barnes. E as imagens daquela minha vida eram cada vez mais frequentes. Estavam em sonhos e quando eu acordava os lapsos vinham.

Bucky. Foi assim que Steve me chamou na ponte. E agora eu sabia por quê. Apenas meus amigos me chamavam assim. E ele era meu amigo. O melhor. Ou pelo menos havia sido. Dois garotos do Brooklyn, que cresceram juntos e por ironia do destino, estavam fora de seu tempo também juntos.

Passei mais uma vez meus olhos pelo que havia escrito naquele dia. Automaticamente, me lembrei da dor que senti quando a garota pressionou os dedos em minha testa. Mesmo que tivesse acontecido num sonho, meu corpo se arrepiava apenas com a lembrança. Aquela garota era misteriosa, mas não sabia se era uma vítima ou se ao menos ela era real. Seus olhos, porém, me eram familiares.

“- Eles eram azuis, lembra?”

Sua voz de menina ecoou em minha mente, se repetindo diversas vezes. Semicerrei os olhos e fitei a janela, vendo as cortinas fechadas.

Quem era aquela garota? 

À minha pergunta, minha visão embaçou e precisei me apoiar no balcão à minha frente para não cair. Eu sabia o que aquilo significava, por isso apenas fechei os olhos e deixei que minha mente se comportasse como bem entendesse. E ela pareceu entender esse recado. Figuras se formaram aos poucos, se transformando numa lembrança. E eu estava lá.

 

Flashback –On-

Eu estava numa sala isolada, onde havia treinado com algumas pessoas. Eles haviam mandado que eu esperasse ali, pois um novo recruta seria trazido para que eu o ensinasse a lutar. Além disso, me disseram apenas mais uma coisa: Não tenha piedade.

Enquanto observava várias armas penduradas numa parede, decidindo qual delas poderia usar com o novato, ouvi a porta de metal ser aberta. Me virei para ela no momento que um homem com roupas de médico adentrou a sala.  Ele segurava uma prancheta marrom nas mãos. Continuei parado, esperando, até que mais duas pessoas também entraram.

O primeiro foi um homem musculoso com a cabeça raspada e com inúmeras tatuagens pelo corpo. Ele observou o lugar com interesse. O ignorei por já o conhecê-lo e voltei minha atenção para a outra pessoa ao seu lado. Era uma garota e ela estava assustada. Abraçava o próprio corpo e fitava o chão. Franzi o cenho ao percebe que ela era o novo recruta que eu treinaria. Apenas gostaria de saber como ela sobreviveria.

- Soldado. – o médico me chamou – Esta é sua nova aprendiz. O agente Salvatore irá auxiliá-lo, pois ele esteve presente nos outros testes aos quais ela foi submetida.

- Entendido. – foi a única coisa que eu disse

- Irei observá-los para que possa registrar todos os avanços dela. – ele caminhou parando num dos cantos da sala

Enquanto ele ajeitava sua prancheta na mão esquerda, olhei outra vez para a menina. A franja cobrindo a testa e os cabelos presos num rabo de cavalo alto denunciavam que não deveria ter mais que quinze ou dezesseis. Como um teste, caminhei em sua direção. Instintivamente, ela deu dois passos para trás e ergueu o rosto. Naquele instante, pude ver seus olhos azulados e o medo refletido neles. Mas eu não tinha escolha. Havia recebido uma ordem e deveria executá-la.

Ela ainda me encarava quando lhe dei as costas, fitando o agente. Ele apenas esperava uma ordem. Olhei para o doutor.

- O que devo fazer com ela exatamente? – questionei

- Ela deve entender como as coisas funcionam, quem é o mais forte. – ele respondeu – E então deve aprender a obedecer.

- Disseram que eu não deveria ter piedade. – relembrei aquela parte – Por acaso ela já recebeu treinamento para esse tipo de combate?

- Apenas faça o seu trabalho, soldado. – ele respondeu

Puxei o ar para os pulmões discretamente. Se pudesse, teria quebrado o pescoço daquele homem naquele momento. Mas eu não podia. Sabia o que fariam comigo depois. Então apenas respondi resignado.

- Entendido. – eu disse e me virei para o agente Salvatore – Você, lute com ela.

- Eu? – ele ficou surpreso por um segundo

- Sim, quero saber quais as habilidades dela antes de começar eu mesmo. – respondi e me afastei um pouco, dando lugar para ele         

Ele veio e parou onde eu estava, no meio da sala mal iluminada e úmida. Olhei para a garota, que permanecia no mesmo lugar e havia voltado a fitar o chão. Soltei um suspiro impaciente e mandei que se aproximasse. Receosa, ela deu passos lentos para mais perto do agente. Lentamente, ela descruzou os braços, ergueu o olhar e encarou o homem à sua frente.

- Não temos o dia todo. – o médico bradou – Andem logo com isso!

Ao ouvir o aviso, Salvatore assumiu a posição de luta, flexionando um pouco os joelhos e erguendo os punhos. A menina também se ajeitou, mas parecia desajeitada demais para uma luta com um homem daquele porte. Sem aviso, ele foi para cima dela, que tentou se esquivar. Como eu havia previsto, foi impossível e o soco acertou seu rosto em cheio, a lançando no chão.

Mais uma vez, o agente avançou e ela teve tempo apenas para rolar e escapar de um chute. Quando conseguiu se levantar, porém, ele atingiu seu abdômen com o pé e ela acertou a parede logo atrás de si. Imprensando-a com o braço que apoiou abaixo de seu pescoço, ele desferiu mais golpes na mesma região. Ela apenas arfava, sem poder fazer nada. Quando achou ser suficiente, Salvatore se afastou e a garota foi ao chão, respirando com dificuldades.

- Ela não sabe lutar. – ele abriu os braços – Não revidou nenhum dos meus golpes, Sequer resistiu.

- Não a subestime. – foi tudo o que o médico disse

Franzi o cenho quando a respiração da garota começou a se tornar mais violenta, como se estivesse carregada de raiva e não de dor. Quando levantou o rosto, sangue escorria pelo seu nariz, mas o mais impressionante foi o que vi em seu olhar. Não havia mais medo nele e sim insanidade. O azul refletia uma ira que jamais havia visto. E ela era totalmente direcionada ao agente Salvatore.

Antes que qualquer um de nós fizesse algo, ela se levantou como um raio e foi na direção dele, que tentou se defender. Mas ela estava transformada. Com agilidade, bloqueou todos os golpes que ele tentou. Por fim, segurou seu braço e o torceu para trás, fazendo-o soltar um grito de dor. Mais isso não foi tudo. Com a outra mão, ela agarrou seu pescoço e o arrastou até estarem próximos a parede onde ele a havia espancado minutos atrás. Com ferocidade, ela acertou a cabeça dele várias vezes contra o concreto, enquanto urrava entredentes.

- Ela vai matá-lo. – o doutor falou com tranquilidade – Mais um.

- O quê? – o fitei

- Faz parte do treinamento dela. – ele deu de ombros

Corri meus olhos para eles no segundo que o crânio do agente se chocou pela última vez na parede. O som de ossos sendo esmagados se fez ouvir, dando a entender que aquele homem já era. E ela também compreendeu, pois o largou de uma só vez e ele foi ao chão. Um lado do rosto estava mais fundo que o outro e sangue escorria, começando a criar uma poça no piso de cimento.

Ela nos encarou com o mesmo ódio, mas agora era diferente. Não parecia ser específico, mas fazia parte de sua perda de equilíbrio. Ao olhar pra o médico ela cerrou os punhos e deu dois passos, então me coloquei entre eles. Isso não a agradou, então ela correu em minha direção. Tentou acertar-me um soco, mas me inclinei para trás. Em seguida, tentou um chute. Sem esforço segurei seu tornozelo.

Ela tentou escapar, então soltei sua perna e ergui meu braço de metal, agarrei seu pescoço fino e a empurrei até que estivesse contra a parede. Enfurecida e sem se importar com minha força superior, ela se debatia, fazendo de tudo para que eu me afastasse.

- O que eu deve fazer agora? – perguntei por cima do ombro

- Mostre quem é o mais forte. – ele respondeu

 Sem hesitar, obedeci. Apertei meus dedos em sua garganta e só então ela percebeu que estava em desvantagem. Quando o ar lhe faltou, arregalou os olhos e abriu os lábios, tentando puxar oxigênio para os pulmões. Forcei ainda mais e quando ela tentou me acertar com o pé, soquei seu rosto com a outra mão. Seu gemido penetrou em meus ouvidos, mas logo ela tentou respirar outra vez.

Não demorei a sentir seu corpo pender. Finalmente, ela havia cedido. Seus olhos se fecharam e sua cabeça só não tombou para frente por conta do meu braço. Em instantes, ela estava inconsciente. Dei um passo para trás e ela caiu num baque surdo. Enquanto a fitava, o médico parou ao meu lado.

- Muito bem, soldado. – ele disse

- Quem é ela? – perguntei apenas

- Nós a chamamos de Snaky. – ele respondeu

Flashback –Off-

Abri os olhos enquanto respirava descontroladamente. Dei dois passos para trás e tropecei no caderno que havia deixado cair quando a lembrança invadiu minha mente. Olhei para ele e me abaixei, pegando-o. Quando o virei, estava aberto na mesma folha de antes, com o lápis.

“Nós a chamamos de Snaky.”

- Snaky... – eu murmurei

Era a mesma garota do meu sonho, eu tinha certeza. Uma jovem descontrolada, insana. E eu a havia treinado. Snaky. Era assim que a chamavam. Mas esse não deveria ser seu nome. Caminhei lentamente e me joguei no colchão, fitando o tento. Meu peito desnudo subia e descia. Aquela havia sido uma memória do tempo em que estive na HIDRA. E essas eram as piores.

Tomando coragem, apertei o lápis entre os dedos e me preparei para relatar tudo aquilo, por mais estranho e doloroso que fosse. Com a respiração um pouco mais normalizada, encostei o grafite na linha em branco. No entanto, antes que começasse, escutei um barulho incomum. E sabia que não havia sido o gato, pois ele continuava na poltrona. Além disso, o ouvi no apartamento ao lado.

Fechei o caderno com o lápis e o deixei sobre a cama. Me levantei num salto e me aproximei da parede. Tentei ouvir mais alguma coisa, porém, não houve nenhum ruído por longos minutos. Mesmo assim, decidi ir até lá. Todo o cuidado era pouco e não poderia me arriscar.

Peguei uma faca escondida sobre o travesseiro – a única arma que ainda tinha – e saí pela porta sorrateiramente. A do apartamento ao lado estava fechada, como sempre, então girei a maçaneta com calma. Contei até três e de uma só vez, entrei. Quem quer que estivesse ali, não poderia ter tempo para me ver chegando com tranquilidade.

Com a faca erguida, analisei o perímetro quase sem luz à minha frente. Ao me virar para fazer o mesmo com os lados, senti algo acertar meu punho. A força do chute me fez soltar a faca que caiu e deslizou para longe. Rapidamente reagi, mas a pessoa também. Ela se jogou contra mim e caímos sobre uma mesa ao centro do cômodo.

Nossos rostos estavam próximos e a luz que entrava pelo espaço sem porta da varanda refletiu sobre o dela. E eu vi seus olhos. Eles eram profundamente escuros.     


Notas Finais


Ahhhhhhh que foi isso, minha gente?
Agora o bicho vai pegar! Haha
O que acharam do capítulo? Rs

Até o próximo!


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