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História Snaky (HIATUS) - V - Bucky


Escrita por: SenhoritaStark

Notas do Autor


Hey, pessoas lindas do meu coração! Haha
Como estão?

Vou ser breve, pois estou indo dormir.
Quero agradecer pelos favoritos e pelos comentários. Rs
Espero que estejam gostando de "Snaky". ;)

Boa leitura!

Capítulo 6 - V - Bucky


Fanfic / Fanfiction Snaky (HIATUS) - V - Bucky

MEUS dedos apertavam o cabo da faca com força. Eu podia sentir a pressão em minhas articulações, mas toda minha atenção estava voltada para aqueles olhos escuros. Eu segurava aquela garota pelo pescoço e poderia matá-la a qualquer instante, mas ela não parecia se importar.

A forma de me encarar transmitia certo descaso, como se não tivesse medo de mim. Sua respiração descompassada, começava a se acalmar e os músculos tensos estavam relaxando. Era como se não houvesse uma lâmina pressionada sobre o seu coração.

- Me ajude, James. – ela repetiu com ainda mais convicção do que antes e seu sotaque invadiu meus ouvidos

Havia um brilho estranho em sua íris, que eu poderia julgar como sinceridade. Poderia. No entanto, eu não confiava nela. Tive poucas lembranças sobre ela e em todas elas, aquela garota se mostrou destrutiva e traiçoeira. Ainda me lembro de seus dedos em minha testa e da dor excruciante. Semicerrei os olhos e espetei seu moletom, atravessando-o com a faca.

- Eu poderia matar você... – murmurei entredentes

- Então me mate. – ela continuou com sua expressão indecifrável – Mas vai cometer um erro.

- A HIDRA a enviou para que me encontrasse. – eu disse – Então, acho que não.

- Tenho um rastreador em meu corpo. – ela continuou impassível - Se me matar, eles saberão imediatamente e vão mandar outros agentes atrás de você. E eles não serão tão... amigáveis.

- Eu poderia tentar. – eu disse, apesar de acreditar naquela parte

- Então vá em frente. – ela sorriu de canto

Sem deixar de encará-la, ajeitei a arma entre meus dedos, me preparando para acertá-la. Eu sabia que ela dizia a verdade. Todos os agentes especiais tinham um rastreador em seu corpo. Quando fugi, removi o meu a muito custo. Ele estava atrás de minha orelha direita e era minúsculo. Como a HIDRA estava em pedaços, não tive grandes problemas.

Mas, se eu matasse Snaky, seria diferente. Eles sabiam exatamente onde ela estava e receberiam uma mensagem, reportando problemas. Não haveria como ir tão longe depois disso. Ainda assim, viva ou morta, eu não a queria no meu pé. Afastando a faca de seu peito, a trouxe para perto logo em seguida, mas esfaqueei sua barriga. Ela arregalou os olhos, surpresa, porém não me abalei. Eu sabia muito bem do que eles eram capazes. Qualquer um deles.

- Eu não vou matá-la. – retirei o metal de sua pele e ela arfou – Mas quero que suma. Ou não vai ter tanta sorte da próxima vez.

Ela me encarava sem piscar e não se moveu nem um centímetro, mesmo quando o sangue começou a sujar sua blusa. Seus lábios se entreabriram e ela murmurou algo inaudível. A neutralidade em seus olhos se esvaiu como se um sopro a tivesse levado. Em seu lugar, uma sombra deixou seus olhos ainda mais profundos. E lá estava ela. A garota de minhas memórias.             

Em um segundo, ela estava estática. No outro, todos os seus músculos se moveram como um raio. Ela segurou meu braço de metal, o retirando do seu pescoço. Com a testa, acertou meu nariz, me deixando levemente desorientado e se aproveitou disso, socando meu abdômen por três vezes seguidas. Segurei seu punho, mas ela estava transformada. Com força, se libertou e se afastou de mim.

Snaky tentou chutar meu rosto, mas bloqueei seu ataque com meu braço. Ela tentou novamente, mas dessa vez segurei sua perna e a lancei contra a parede. Como se nada tivesse acontecido, ela se levantou e me encarou com fúria. Como em minha lembrança. Fitei sua blusa e a mancha de sangue estava ainda maior por conta do esforço, mas ela não parecia se importar.

- Disse que iria me matar, não é mesmo? – sua voz saiu sombria – Vou te mostrar o que aconteceu com os que tentaram.

Me posicionei, em alerta, esperando um novo ataque seu, mas ela continuou onde estava. Semicerrando os olhos em minha direção, ela fez uma careta discreta e cerrou os punhos. Seu corpo se tencionou por completo e ela abriu os lábios, soltando o ar de uma só vez. E foi como se aquela lufada de vento trouxesse a dor até meu cérebro.

De repente, tudo ficou embaçado. Minha visão escureceu e meus sentidos se perderam em meio ao caos que minha mente se tornou. Levei minhas mãos até minhas têmporas e deixei que um grito rasgado escapasse de minha garganta. Quando caí de joelhos, foi como se uma bomba tivesse explodido sob eles. O barulho foi ensurdecedor. Gritei outra vez.

- O que... – tentei falar, mas a dor aumentou

- Está sentindo? – ouvi uma voz ao longe, mas soube que era ela – Sou eu.

- Está... Minha mente... – falei entre a respiração entrecortada – Está... mexendo com.. ela...

- Se fosse outra pessoa, já estaria se debatendo no chão ou, quem sabe, já teria morrido. – ela falou e vi que estava mais perto – Mas você é um supersoldado.

- Pare... – murmurei, sentindo a dor circular por meus neurônios

- Quando eu quiser. – sua voz saiu mais forte – E eu não quero.

Ela estava em minha frente e se abaixou, ficando à minha altura. Eu não consegui vê-la, minha visão era apenas um borrão distorcido. Sua respiração, porém, açoitou minha face. Seus dedos tocaram minha testa, dessa vez  com as duas mãos. Meu coração pulsou mais forte ao me lembrar do sonho.

- Não... - murmurei

- Está com medo? – ela desdenhou – Esperava mais de você, Soldado Invernal.

Com força, ela me empurrou para trás e eu tombei, indo de encontro ao chão sujo. Não demorei a sentir o peso de seu corpo sobre mim e perdi o ar quando seu joelho pressionou meu peito. Eu não conseguia me mover. O que ela fazia com minha mente desabilitou qualquer um de meus sentidos.

Quando Snaky agarrou minha cabeça com as mãos, a dor aumentou. A única coisa que consegui fazer foi berrar. Era uma tortura. Então ela me soltou e parte da aflição passou. No entanto, um impacto violento acertou meu maxilar. Um soco. Uma pancada firme o suficiente para me fazer reagir.

- Vou acabar com você... – ela falou ameaçadora

Ela me socou outra vez. Ainda sem enxergar direito, consegui segurar seu pulso. Com a força que ainda me restava, impulsionei meu corpo em sua direção e agarrei sua nuca, trazendo-a para perto de mim. A imobilizei da forma que consegui, mas eu sabia que não seria eficaz. Logo ela se livraria e poderia mesmo me matar. A garota gritou.

- Chega... – falei com esforço

- Não! – ela se debateu entre meus braços

Seu descontrole aumentou e me lembrei da cena na sala de treinamento da HIDRA. Snaky matou um dos agentes com as próprias mãos. Mas fui capaz de impedir que continuasse com seu surto. Agora, ela parecia diferente. Tão forte quanto eu. E havia aquele poder. o que era aquela garota?

- Vou matar você! – dessa vez ela gritou e seu sotaque se acentuou

- Pare! – falei por cima de sua voz, minha mente se tornando mais lúcida

- Argh! – ela conseguiu segurar meu pulso normal, o apertando com força

- Não! – berrei – SNAKY!      

Quando berrei seu nome, uma calmaria repentina se instalou. Tudo parou. Completamente. Antes que eu pudesse compreender o que se passava, senti um peso morto cair sobre mim. Arfei pelo impacto, tentando assimilar os últimos instantes. Então, minha mente começou a clarear. A dor passou, assim como a confusão de imagens. Foi como se não tivessem existido.

Pisquei meus olhos várias vezes seguidas e a vi. Seu pequeno corpo jazia inerte sobre o meu. Seus dedos ainda estavam em volta do meu pulso, mas não o apertavam. Seu rosto pendia sobre meu peito e seus cabelos cobriam metade dele. Ainda assim, vi seus olhos e eles estavam abertos. Vidrados, encarando o nada. Parecia que havia sido desligada.

- Snaky?! – murmurei

Mas ela continuou mirando o vazio. A segurei pelos ombros e joguei seu corpo para o lado. Ela caiu como um pedaço de carne podre e continuou estirada, com os grandes olhos abertos. Me ajoelhei e me inclinei em sua direção. Segurei seu rosto, mas ela não reagiu. Dei alguns tapas de leve, com o mesmo resultado. Aquilo era esquisito.

- Se estiver tentando me enganar... – eu ainda a fitava de perto

De repente, ela piscou os olhos. Foi tão lento, que parecia que estava em câmera lenta. O que havia acontecido? Será que havia sido o que eu disse? Mas ela se chamava Snaky. Seria impossível que isso servisse para desativá-la daquela forma.

Me afastei um pouco e pude sentir algo úmido em meu abdômen desnudo. Era o sangue dela. Passei meus dedos, sentindo-o pegajoso e quente. O cheiro já se tornava forte. Voltei e analisa-la e sua situação não era nada boa. Pensei em terminar logo com aquele sofrimento silencioso, mas havia o fato do rastreamento. Seria melhor que achassem que ela estava bem.

No entanto, ela não poderia ir embora e, pelo seu estado, era bem capaz que morresse ali mesmo.

- Droga... - soltei um longo suspiro

Passei os braços por seu corpo e me ergui junto com ela. Seus membros penderam para baixo, assim como sua cabeça. Fitei o ambiente em volta e encontrei uma mochila no canto da parede. Sem mais questionamentos internos, caminhei para fora daquele apartamento. Seria melhor não pensar muito. Caso contrário, eu desistiria do que estava prestes a fazer.

Eu não entendia o motivo de ainda caminhar com Snaky nos braços, muito menos do porque a coloquei sobre minha cama e fui até os armários de parede em busca de algo que me ajudasse a fazer um curativo. Quando voltei, vi que seus olhos estavam mais opacos. Ela começava a sentir o efeito do machucado.

Me sentei ao seu lado e ergui seu corpo, retirando seu moletom. Em seguida, rasguei sua blusa e analisei o estrago feito. Não era tão profundo, mas ela poderia morrer. O que seria ruim e bom ao mesmo tempo. Resolvi ignorar meus desejos e comecei a cuidar daquela ferida aberta.

Não demorei e logo tudo estava pronto. Precisei costurar e coloquei um pedaço de pano em volta de seu tronco. Ela continuava inerte, mas seus olhos haviam se fechado. Lavei minhas mãos cobertas do líquido avermelhado e as sequei na calça. Fitei a garota e ela continuava desacordada.

Aproveitei aquele momento e voltei ao outro apartamento. Ao entrar, fui até a mochila e a peguei. Decidi vasculha-la. Me abaixei e abri o zíper. Haviam alguns pertences pessoais, mas o que mais me chamou a atenção foi um notebook cinza entre eles. O mesmo que a vi usar na praça. Com certeza, existiam informações relevantes nele.

Peguei tudo e voltei para meu apartamento. O gato xeretava Snaky, então o espantei e ele pulou do colchão, indo para baixo dele. Joguei a mochila no chão e me sentei na poltrona, abrindo o computador. Era hora de descobrir algumas coisas.


Notas Finais


Ehhhhhhh que que foi isso, galera? Haha
Treta, treta, treta! \o/\o/
O que acham que o Bucky vai descobrir?
Hummm

Até o próximo!


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