— Íris? – Caitlin encarou visivelmente surpresa a silhueta a sua frente.
— Caitlin, eu posso entrar? – Ela inquiriu novamente a doutora.
— Claro, por favor. – Ela afastou o corpo da porta para que Íris pudesse entrar.
Sua cabeça dava voltas e mais voltas, sabia que Liam poderia aparecer a qualquer momento, como ela explicaria porque a ex namorada do seu amigo estava a agredindo? Pois embora Íris mantesse um sorriso calmo no rosto, a doutora podia enxergar a ira em seus olhos.
Seus dedos buscaram o celular dentro de um dos bolsos do avental, ela digitou o mais discreto possível para Cisco: "Íris, minha casa, assassinato".
— Você deve estar se perguntando o motivo de eu ter voltado depois desse tempo sem mandar notícias. – Íris começou umidecendo os lábios.
— Íris, eu confesso que estou surpresa. – No mínimo,sua mente acrescentou. — Quando você voltou?
— Hoje, na verdade faz um pouco mais de três horas.
— O Joe sabe que está aqui? – A doutora perguntou tentando soar casual.
— Não, ainda não passei em casa. Olha, eu vou ser direta. Eu sei que você beijou o Barry quando eu e ele estávamos juntos. – Íris disse se colocando de pé, Caitlin a imitou. — Eu não esperava isso de você, Caitlin. – Ela disse subindo a voz alguns oitavos.
— Eu beijei ele? – Cailtin retrucou exasperada. — O Barry é quem me beijou!
— Não me interessa, Cailtin! Você não tinha o direito. – A West rosnou dando um passo em direção a Cailtin.
— Eu fui lá para te contar aquele dia, mas o Barry estava lá. Eu não quis atrapalhar. – Caitlin disse com vergonha.
— Você tá sempre se fazendo de sonsa, né garota? Você acha que eu vou cair nessa? Você sempre ficou cercando o Barry! Acha que eu não sei, que eu não via a forma como você olhava para ele?
Não se sabe ao certo quem começou, mas a declaração de Íris causou um estopim, eram mãos aqui e lá, Cailtin que desaprovava violência, havia se cansado de ficar somente na defensiva e também revidava os tapas e xingamentos que a West lhe direcionava. Um estrondo de porta aberta se foi ouvido e um vento passou por ela atrás dele, Cisco.
— Íris? – Barry perguntou incrédulo ao separar as duas mulheres que se engalfiavan no chão.
— Me solta, Cisco! – A jornalista se debatia nos braços do engenheiro.
— O que você está fazendo aqui? E porque atacou a Caitlin? – Barry perguntou ainda incrédulo, enquanto Caitlin já recuperada do seu surto de violência, buscava um saco de gelo para pôr na mão.
— Pode me soltar Cisco. – Ela respondeu um acalmando-se. — Eu não ataquei ninguém!
— Ah, não? – Caitlin que até o momento se mantinha quieta com o saco de gelo na cabeça, retrucou.
— Íris eu vou te soltar mas se acalma, ok? – Cisco disse a soltando.
— É fácil falar, Francisco. Eu aposto até que você deveria saber disso né? – Ela disse aumentando a voz novamente. — Aposto que você sabia que a Caitlin beijou o Barry enquanto ele namorava comigo. – Ela despejou.
— O Barry o quê? – Liam estava na porta com a face totalmente vermelha. – Eu vou matar você Allen. – Disse dirigindo-se a Barry.
— Estou aqui, pode vir – Barry falou ameaçando-o.
— Parem. – Cailtin gritou.
— Você deve ser o traído. – Íris provocou.
— Pessoal, vamos nos acalmar. – Cisco tentou apelar, mas era tarde uma nova briga começou, no chão viasse uma bola com dois corpos envoltos trocando chutes e socos, palavrões. Cailtin na tentativa de apartar a briga, jogou-se no meio recebendo um soco no estômago, só assim a briga se dissipou.
— Cailtin, Cailtin. – Barry ajoelhou ao seu lado tentando a socorrer. — Respire fundo.
— Fique longe da minha garota, Allen. – Liam disse enquanto levantava-se e limpava o canto esquerdo da boca, onde escorria um filete de sangue. Barry também tinha vários hematomas pelo rosto,orelhas e com certeza, costelas.
— Vem, amor. Eu te ajudo. – Liam segurou Caitlin no colo, a mesma ainda possuía dificuldade para respirar devido ao soco. — Quando eu voltar não quero ver nenhum dos três aqui. – Disse para os três que o olhava.
— Eu já estava de saída mesmo. – Íris disse passando na frente de Liam e desaparecendo porta a fora. Barry e Cisco esperaram ele desaparecer com Caitlin e se jogaram no sofá.
— Droga. – Barry passou a mão pelo cabelo nervoso.
— Eu sei o que você está pensando. – Cisco disse se dirigindo até a porta, olhando o corredor e a fechando. — Temos que conseguir aquelas provas. Temos que falar com Felicity e Oliver.
— E se eles não acreditarem? – O cientista forense perguntou ao engenheiro.
— Eu tenho certeza que eles fariam qualquer coisa para protegê-la.
— Então, o beijo foi o motivo do término? – Cisco disse curioso.
— Eu contei para Íris, pouco depois de Caitlin admitir o namoro com esse cara. Eu estou apaixonado por ele, cara. – Barry disse ao amigo. — Eu sinto se a magoei mas, eu a amo.
— Uou, isso é uma declaração bem séria, Barry. Não pode dizer uma coisas dessas e voltar atrás. Tem certeza que é isso mesmo que sente pela Cailtin? – O velocista apenas assentiu.
— Vamos, acho melhor irmos logo, ainda temos que lidar com o problema furacão West.
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Cailtin abriu os olhos, no que julgou ser um quarto de hospital. Seu estômago doeu em protesto pela tentativa de se levantar. Estava começando a se perguntar o que estava fazendo ali, quando Liam entrou em no quarto. Haviam alguns hematomas bem feios no seu rosto mas isso não o deixava feio.
— Hey. – Ele disse passando a mão nos cabelos dela. — Como você está?
— Dolorida. – Ela tentou rir mas fez uma careta com dor.
— Liam, eu quero conversar com você. – A doutora começou urgente. — Eu quero que você saiba por mim.
—Shhhhhhh. – Ele pôs o dedo indicador sobre os lábios dela. — Uma outra hora conversamos sobre isso. – Sorriu terno.
— Dra. Snow. – O médico adentrou a sala. — Sugiro que não tente mais lutar boxe por um tempo. Fique em repouso, beba líquido e vai ficar nova em folha. Vou lhe recomendar um remédio para dormir e um para dor. Daqui a pouco alguma enfermeira deve vir ajudá-la a se vestir. Você pode vir assinar a alta, por favor? – Disse essa última frase a Liam. Eles assentiu e seguiu o médico, pouco tempo depois a enfermeira entrou no quarto ajudando Caitlin a se vestir.
— Nada de trabalho para você, Dra. Snow. Eu vou te levar para casa. – Disse o professor de música empurrando a cadeira de rodas.
— Eu não quero ir para casa. – Caitlin disse manhosa. — Me leva para sua casa, por favor. – Acrescentou olhando para Liam com os olhos suplicantes.
— Cailtin. – Ele parou a cadeira. — Eu te disse que a minha casa tá em reforma, anh? – ele beijou o topo da cabeça dela. — Prometo que assim que ficar pronta, eu mesmo a levo lá.
— Mas estar em reforma a quase seis meses. – Ela respondeu mal humorada.
— Não seja ranzinza, Sra. Mandona.
— Vamos logo. – Ela cruzou os braços emburrada.
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