Charles POV:
Lehnsherr me pareceu um cara legal, confesso que estava meio apreensivo sobre a visita dele ao orfanato, outro dia li uma notícia sobre ele ter sido visto com três modelos em um beco, e logo depois ele resolve dá uma de papai noel? isso não parece coisa de uma pessoa bem intencionada, acho que tirei conclusões precipitadas.
Emma: Charlie você pode ir pra casa se quiser, as crianças já vão chegar da excursão, Angel e eu cuidaremos de tudo depois, você trabalhou de mais hoje
Charles: tudo bem, eu preciso mesmo de um descanso.
Emma: Obrigado por ter sido compreensível e ter atendido aquele homem no meu lugar, três minutos com ele no escritório e já fiquei enjoada com toda a pose de bom moço.
Charles: Ele não é tão ruim Emma
Emma: Desde quando defende aquele homem? Sabe que ele é o tipo de homem que eu desprezo.
Charles: Eu não estou defendendo o cara, só disse que você pode está enganada sobre ele, eu também achava que ele só estava fazendo essa doação pra limpar a cara dele na mídia mas ele me pareceu sincero e ele já morou aqui.
Emma: quem é você e o que fez com o meu amigo?
Charles: Eu vou embora, pense no que eu disse e dê um beijo na Angel e nas crianças por mim
Emma: Eu darei.
Charles: Ah e nada de se agarrarem no escritório, outro dia uma das meninas veio me perguntar porque você e a Angel estavam trancadas no escritório
Emma: não estávamos transando, antes fosse isso
Charles: De qualquer modo comportem-se.
Emma: Arrume logo uma namorada e cuide da sua vida sexual. Gritou.
Eu apenas sorri pra mim mesmo, peguei meu carro e fui embora. A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi me jogar no sofá e ligar a TV, acabei pegando no sono assistindo um episódio de Game Of Thrones. Quando acordei já era hora de ir para o trabalho. O dia foi puxado mas consegui sair cedo, dei uma passadinha em casa pra tomar banho e trocar de roupa antes de ir até a casa do senhor Lehnsherr. Emma me mataria se soubesse disso, mas talvez seja algo bom para as crianças tê-lo envolvido nos nossos projetos.
Erik POV:
Já é a terceira vez que eu troco de terno, não sei o porque estou tão ansioso.
*DIM DOM*
Erik: AZAZEL DEIXA QUE EU ABRO. Gritei enquanto descia as escadas.
Charles: Olá, Boa noite.
Erik: Oi Xavier, entre.
Charles: Me chame de Charles por favor, odeio o meu sobrenome. Sorriu
Erik: Tudo bem, você veio sozinho pensei que traria alguém.
Charles: não teria ninguém pra trazer nem se eu quisesse.
Erik: Ora, não tem namorada?
Charles: Não tenho tempo pra romance
Erik: Não sabe o que está perdendo, o maior prazer do mundo é ter uma bela mulher ao seu lado.
Charles: E onde está a sua?
Erik: Bem observado, estou solteiro mas não sozinho
Charles: imagino que não
Erik: aceita algo pra beber? Vinho? Uísque?
Charles: Uísque sem gelo, seria ótimo.
Erik: Do jeito que eu gosto, forte e quente...o...o uísque.
Charles: Eu entendi. Sorriu
Enquanto Charles se acomodada eu preparei dois copos de uísque e servi para nós.
Erik: O que o fez ser voluntário?
Charles: Eu tenho uma irmã, ela é adotada e é a única coisa que tenho na vida, ela mora comigo mas mal a vejo em casa por causa trabalho e ela faz faculdade então...
Erik: pra matar a saudades dela resolveu cuidar de crianças órfãs
Charles: parece egoísta quando você fala desse jeito
Erik: não foi minha intenção
Charles: Eu sei, o que ainda não sei é o motivo do seu convite
Erik: Ah...Er...Eu queria saber mais sobre as crianças, o...o..nome delas. Menti
Charles: São muitos, até eu me confundo as vezes. Riu
Erik: Me diga o nome dos que dão mais trabalho.
Charles: Tem a Jean e o Scott, eles estão naquela fase adolescentes apaixonados mas vivem brigando e sempre acabamos consolando ambos, tem também o Pietro, ele adora bagunça, vive quebrando as coisas correndo pela casa com o skate, ele me odeia porque eu sempre confisco o skate dele mas é um bom garoto e...
Erik: Você é bem dedicado, fico impressionado.
Charles: Não é grande coisa
Erik: É sim, não é Azazel?
Azazel: um...chamou senhor?
Erik: Azazel sempre está por perto
Charles: Ele sim é dedicado.
Erik: Sim, me dá licença Charles? Preciso falar com o Azazel por um minuto, coisas de trabalho
Charles: Claro.
Erik: fique a vontade.
Azazel e eu fomos até a cozinha, fechei a porta para me certificar que Charles não ouviria a nossa conversa e comecei a falar.
Erik: Porque estava escutando a minha conversa?
Azazel: Me desculpe, eu só queria checar se não ia fazer besteira, você passou tanto tempo se arrumando pensei que uma mulher viria aqui, achei que tinha cancelado com o senhor Xavier.
Erik: E quando viu que não porque continuou xeretando?
Azazel: Me surpreendi, faz tempo que não vejo você tão interessado em conversar com alguém
Erik: Vá procurar o que fazer e me deixe em paz, eu não sou nenhuma criança
Azazel: Então pare de agir como tal
Erik: idiota. Revirei os olhos
Azazel: Vou dormir, não me acorde se fizer algo estúpido.
Ele saiu irritado e eu voltei pra sala.
Erik: Desculpe a demora
Charles: nem reparei
Erik: Posso te fazer uma pergunta?
Charles: É claro
Erik: O que acha de mim?
Charles: como assim?
Erik: todo mundo tem uma opinião sobre mim, uns me odeiam, outros apenas não vão com a minha cara e alguns me tratam feito idiota, quero saber qual a sua.
Charles: Bem, eu não vou mentir que antes de conhecê-lo o achava um pouco...er...fútil
Erik: E agora?
Charles: Agora acho você um cara incompreendido pelas pessoas a sua volta, você não é má pessoa só é excêntrico.
Erik: Uau! Você é a primeira pessoa em anos que tem algo bom a falar de mim.
Charles: Não pode ser verdade
Erik: Acredite, é.
- Senhor o jantar está servido.
Erik: ótimo, eu já estava ficando com fome, espero que goste de frutos do mar Charles.
Charles: É claro.
Levei Charles até a sala de jantar, ele parecia admirado com toda a decoração, sentou em uma cadeira um pouco distante da que eu costumava sentar, então acabei deixando minha cadeira de lado e sentei de frente pra ele na horizontal. A mesa estava servida de várias especiarias.
Erik: Então Charles, me conte um pouco mais sobre a sua vida
Charles: Não tenho muito o que contar na verdade, meus pais morreram quando eu era pequeno, fui criado por uma tia junto com Raven.
Erik: Sorte a sua não ter ido parar em algum orfanato
Charles: Seria o mais provável se minha tia não tivesse intervindo, Raven tinha sido adotada um ano antes do acidente, eles queriam levá-la.
Erik: Sinto muito por sua perda
Charles: Obrigado, e você? O que tem pra contar sobre sua vida?
Erik: Minha vida é o que você vê nos jornais, eu sou um livro aberto.
Charles: Sério? Não acredito que sua vida se resuma a festas e trabalho
Erik: Bem, as vezes eu jogo golf, isso muda algo? Sorri.
Charles: Acho que sim. Riu
Erik: A comida está boa?
Charles: Nunca provei melhor
Erik: Fico feliz em ouvir isso.
Charles: Nossa, olha a hora eu preciso ir.
Erik: Já? Er....trabalha cedo amanhã?
Charles: não, na verdade os sábados são meu dia de folga.
Erik: Então porque a pressa?
Charles: Tenho que acordar cedo para ir buscar a Raven na faculdade, ela me mata se não estiver em casa no máximo as 10h00 principalmente amanhã que ela vai se apresentar no Teatro local.
Erik: Ela tem sorte de tê-lo como irmão
Charles: Eu que tenho sorte, sentarei na primeira fila, como o irmão orgulhoso que sou. Disse enquanto levantava.
Erik: Isso é bom, te acompanho até a porta.
Charles: Obrigado, foi uma honra estar aqui hoje.
Erik: Que isso, obrigado você por ter aceitado o meu convite.
Ele sorriu e foi até seu carro, o assisti ir embora.
Azazel: Pensei que ele não ia embora nunca
Erik: você não disse que ia dormir?
Azazel: Levantei pra beber um copo d'água.
Erik: amanhã pode me fazer um favor?
Azazel: Claro, qual?
Erik: Me reserve uma cadeira na primeira fila do Teatro local.
Azazel: Vai ter alguma apresentação interessante?
Erik: Eu acho que sim.
Azazel: Acha?
Erik: Boa noite Azazel.
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