1. Spirit Fanfics >
  2. Só eu que sou zoado nesse mundo?! >
  3. Nem se o próprio inferno nos separasse eu desistiria de você

História Só eu que sou zoado nesse mundo?! - Nem se o próprio inferno nos separasse eu desistiria de você


Escrita por: Mafstress

Notas do Autor


Wow! Finalmente eu voltei. Parece que eu não morri! Pra uns pode ser uma alegria, pra outros nem tanto...
Mas finalmente aqui estou eu com mais um capítulo que lhes trago humildemente.
Aproveitem bastante (na medida do possível, claro)!
Beijinhos de Luz!
'3'

Capítulo 12 - Nem se o próprio inferno nos separasse eu desistiria de você


Fanfic / Fanfiction Só eu que sou zoado nesse mundo?! - Nem se o próprio inferno nos separasse eu desistiria de você

 

Hoseok

Depois do showzinho que Namjoon e Jin deram na aula de artes eu tive certeza de que aquilo ia acabar em namoro. Eles estavam em uma disputa intensa, e no fim os dois tiveram que ceder (na verdade, no fim das contas foi Namjoon que cedeu. Jin-hyung sempre consegue o que quer uma hora ou outra. Ele poderia passar dias naquela discussão e no fim iria conseguir ganhar). E tudo por um desenho. Eu analisei os desenhos e posso dizer que Jin estava sendo muito gentil, porque a “obra de arte” do Namjoon estava no mínimo grotesca. O desenho do Jin estava... Aceitável... Era com certeza mais bonito que o do Namjoon. Mas como uma pessoa que preza a sua vida eu não comentei nada com nenhum dos dois. Se eu criticasse o desenho do Namjoon o Jin me degolava, e se eu criticasse o desenho do Jin o Namjoon me quebrava só com o olhar. Ou seja, eu guardei pra mim.

Eu fiz dupla com o Tae e posso dizer que ambos os desenhos ficaram terrivelmente hilários. Pareciam caricaturas. Nós guardamos nossos desenhos para depois, provavelmente joga-los fora com calma em casa e sem ter os olhares reprovadores da professora na nossa cola.

Bom, mesmo após o ocorrido na casa do Namjoon, eu e Taehyung nos mantivemos iguais. Nada mudou entre nós e ao mesmo tempo em que eu agradecia por ele não me ignorar, sentia raiva por ele estar me ignorando. Confuso? Totalmente! Mas isso é o que eu sou 24 horas por dia 7 dias por semana.

Pensem comigo. Depois de ficar dias e dias me mantendo afastado dele e após ele me pressionar muito com aquela carinha fofa que nem a pessoa com o coração mais frio resistiria, eu confessei, não em palavras como vocês sabem, mas confessei. Eu fico feliz que ele não tenha se afastado por ter se assustado e continue falando comigo, mas... Voltamos à estaca zero. Voltamos a nossa velha e pacata amizade. Claro que o Tae continua sendo amoroso, dando abraços apertados, sorrisos simpáticos e tudo isso aí. Mas ele é assim com todos com quem ele se familiariza. Até o Jimin que é alguém que aparentemente deixa ele um pouco assustado já recebe esses abraços. Falando em Jimin, eu já o esqueci. Aquilo foi um sentimento passageiro. Nada mais, nada menos do que pura atração temporária, provavelmente fruto da pena que senti dele e aquela vontade súbita de proteger as pessoas que herdei do Jin-hyung. Eu sempre amei o Taehyung, e não é agora que isso vai mudar. Não conseguiria trocar ele por aquele baixinho por nada nesse mundo.

Mas isso importa? Na verdade não. Eu queria ter a oportunidade de contar sobre uma super treta, ou sobre uma festa onde todo mundo bebe até cair, ou até mesmo sobre uma nota máxima no meu boletim que anda em falta nesses dias, mas eu não fiz nada de diferente e nem vi nada diferente. Peraí! Lembrei! Eu ouvi a conversa de umas garotas, dizendo que tinham ficado com uns moleques em uma festa de sei lá quem. No fim as duas descobriram que ficaram com o mesmo garoto, e o pior é que as ambas tinham começado a gostar dele. Elas só não saíram no tapa porque o Jimin impediu. Ele mudou de capeta pra anjo em um estalar de dedos e interviu na treta delas, pedindo gentilmente (o pedido estava mais para ameaça, de modo “angelical”, mas tudo bem) para que elas continuassem a briga no fim das aulas, ou em algum lugar fora da sala, antes que todos tivessem problemas sendo considerados cúmplices. Elas calaram a boca (não sei se porque ele ameaçou elas, ou porque Park Jimin é Park Jimin), sentaram e ficaram com cara de bunda durante o resto do dia letivo.

Só que isso também não tem importância pra mim, muito menos pra vocês pelo que eu acredito. Como se nunca, ninguém tivesse visto uma treta entre duas meninas que foram vítimas das garras de um cafajeste, sem-vergonha e mau caráter, resumindo em uma palavra, um tremendo filho da...! Ok, eu vou me controlar.

Eu me sinto revoltado. Eu poderia muito bem ter continuado a guardar esses sentimentos pra mim se soubesse que o Taehyung não me daria bola. Eu acredito que superaria muito mais facilmente se não tivesse mostrado como me sinto. Mas aquele ser enfeitado de beleza e fofura me convenceu e agora eu me sinto trouxa em ter cedido.

***

Eu e Tae voltávamos para casa. Nós íamos passar à tarde na casa dele, e minha função era nada mais nada menos do que de ficar quieto. Se eu falasse alguma coisa provavelmente seria besteira, então a volta foi silenciosa. Eu jogava todas as pragas possíveis, todas as que eram existentes no meu vocabulário sobre Jin-hyung. Ele não podia ter escolhido dia pior para me trocar pelo Namjoon. Eles resolveram combinar uma ida à sorveteria com o Jungkook e o Jimin no intervalo e eu só fiquei sabendo tarde demais. Assim que saímos e vi que eles haviam sumido fui atrás de informações, encontrei Yoongi no ponto de ônibus (aparentemente com preguiça demais de andar até em casa) e ele disse que eles haviam combinado em um momento em que eu fui à cantina com o Tae e que nem se lembraram de nos convidar. Ele não foi por ter compromissos importantíssimos com sua cama e travesseiro, além de suas amigas chamadas séries, residentes de um lugar chamado Netflix.

Chegamos à casa de Tae e nos sentamos no sofá da sala, com os copos de suco que ele havia trazido (posso dizer que a mãe dele fez só de ver o guarda-chuvinha no copo). Eu liguei a TV em um canal de culinária, pra vocês notarem tamanho era meu sofrimento e fiquei quieto apenas degustando da minha bebida. Taehyung olhava pra mim a cada três segundos, e apesar de perceber eu tentava ignorar com todas as minhas forças. Muitas vezes ele abria a boca, provavelmente tentando dizer algo, mas não tendo coragem continuava em silêncio.

- E aquele desenho que o Namjoon fez do Jin? Estava muito grotesco, né hyung? – ele disse “rindo” e batendo na minha perna.

- Uhum. – murmurei dando mais um gole.

- O que houve Hobi? Você está tão quieto.

- Nada não.

- Não começa com isso de novo. Eu já disse que você pode me contar o que estiver acontecendo.

- Eu já “contei” pra você. E aqui estamos nós. – disse me relembrando do acontecimento na casa do Namjoon.

- O que quer dizer com isso?

- Não se faça de desentendido Kim Taehyung. Você praticamente suplicou para eu te contar o que estava acontecendo. Eu te contei, indiretamente. E olha só! Estamos aqui como se nada tivesse acontecido! Voltamos à estaca zero!

- E o que você quer que eu faça?!

- Eu não sei... Ah, espera! Talvez agir como se meus sentimentos fossem algo além de um simples acontecimento cotidiano. Seria muito bom, sabia? Eu não me rendi depois de dias de sofrimento para simplesmente ser ignorado e pisado como se fosse uma formiga irrelevante no seu caminho! Dói!

- Mas eu não fiz nada!

- Exato! Vocês não fez nada! E é esse nada que está me matando Taehyung!

- Eu...

- Olha... – suspirei apoiando o copo na mesinha de centro e massageando as têmporas. – Eu entendo que você pode até não sentir nada por mim do mesmo modo que eu sinto por você, mas fingir que nós não nos beijamos é muita mancada. Não estou pedindo para você corresponder meus sentimentos, mas eu quero colocar um ponto final nesse assunto se for necessário. Não quero sofrer por você mais do que já sofri se não houver esperança para isso. Você pode dizer o que quiser, mas não pode negar que correspondeu ao beijo e ainda repetiu tal. Se aquilo foi apenas o calor do momento me fale e acabe logo com isso. Eu não quero me sentir mais trouxa do que já sou Tae...

Vi Taehyung terminar seu suco com os olhos focados em algum ponto que não sei distinguir. Ele colocou o copo na mesa e se levantou. Nesse momento eu fechei os olhos e apoiei a cabeça no encosto do sofá, respirando fundo e me preparando por uma possível discussão em que Tae começaria dizendo ser um injustiçado e tal. Quando o ouvi respirando tão fundo quanto eu como se controlasse os nervos eu percebi que começaria a falar. Novamente, como se não fosse o bastante, eu fui trouxa de novo, e ao invés de receber reclamações recebi o peso de Taehyung sobre meu colo. Obviamente eu o encarei assustado já que essa era a última coisa que esperaria dele. Ele envolveu meu pescoço com seus braços e apoiou a cabeça no meu ombro, permitindo que eu sentisse sua respiração quente em meu pescoço.

- Não vou mais permitir que você se sinta trouxa hyung. Nem você... – senti um beijo em meu pescoço e logo nos encarávamos – E nem eu...

Meu corpo se arrepiou todo quando Taehyung se ajeitou melhor, me colando mais do que já achava possível no sofá e nos deixando ainda mais próximos, me beijando logo depois com tanta paixão que pensei que o próprio amor estava ali me agraciando. Correspondi de prontidão segurando em sua cintura, com mais medo de que ele caísse e se machucasse do que qualquer outra coisa. Eu estava tão nervoso que meu ar já acabava, mas parar era uma das últimas coisas que eu queria fazer. Eu tinha medo de que ao quebrar aquele contato voltássemos à situação anterior. Não queria perde-lo novamente.

Nós paramos o ato assim que senti Tae se remexer de modo desconfortável. Aparentemente, ele também não tinha mais ar pra continuar, por mim eu ficaria ali até morrer, só pra aproveitar o máximo possível o prazer de tê-lo comigo. Mas já que meu amor por sua vida era maior que qualquer sentimento que carrego em meu corpo eu me forcei a parar.

- Você está ofegante hyung. – comentou respirando tão pesadamente quanto eu. – E vermelho. Se precisava parar era só falar.

- Eu tenho medo de te perder Tae. Quando nos beijamos pela primeira vez você ignorou o fato e simplesmente seguiu em frente como se nada tivesse acontecido. Eu não quero que isso aconteça de novo.

- Eu não ignorei! Eu só... Pensei que você tinha feito aquilo pra aproveitar o momento, já que estávamos tão próximos. Eu não pensei que fosse sério, então tentei não criar esperanças e continuei do jeito que achava que você queria que fosse. Eu pensava que não sentia nada por você hyung. Mas quando você me beijou ficou claro que a única luz que precisava ser acesa no meu cérebro pra perceber o quanto eu te amo acendeu...

- Então eu devia ter me manifestado antes?

- Provavelmente. – ele sorriu de um modo fofo e me deu um selinho calmo e delicado. – Eu vou acabar me viciando em te beijar hyung.

- Eu não vejo problema nenhum nisso. – sorri feliz com a afirmação e recebi um beijo no nariz que me deixou com uma coceira curiosa. – Isso faz cócegas. Não faça de novo, por favor.

- O quê? Isso? – ele perguntou e beijou novamente o mesmo lugar, repetindo o ato sempre que eu mexia o nariz em uma tentativa falha de parar as cócegas. Ele fez isso tantas vezes ao ponto em que eu me desequilibrei e caí do sofá com ele deitado em cima de mim. – Você está bem?

- Não poderia estar melhor.

- Que bom. Porque daqui eu não saio. Você é confortável. – disse apoiando a cabeça em meu peito e colocando as mãos embaixo da minha cabeça como um travesseiro. Eu envolvi seu corpo com os meus braços e suspirei. – O que foi?

- Estou tentando assimilar tudo. Eu costumo sonhar com momentos como esse com bastante frequência. Nunca acreditei que ficar tão perto de você se tornaria algo real.

- Consegue se acostumar com isso?

- Se isso significar ficar perto de você, sim, eu me esforço.

Taehyung fechou os olhos e eu fiz o mesmo, deixando um rastro de carinhos em suas costas. Permiti-me colocar as mãos diretamente na pele daquele local, sentindo-o tremer pelo contado de suas costas quentes com as minhas mãos frias. Eu continuei o carinho e fui percebendo um peso crescer e ele ressonar, indicando que havia pegado no sono. A única coisa que me restava era dormir também, já que apesar de ele dormir rápido, acordar não era algo tão fácil.

***

Acordei de um sonho em que eu e Tae casávamos e vivíamos uma vida feliz juntos, com um infeliz sem nada pra fazer da vida cutucando minhas bochechas. E qual não foi minha surpresa ao abrir os olhos e me deparar com o Jin me encarando com um sorriso um tanto malicioso demais no rosto pra alguém que se deixa arrastar facilmente por outra pessoa.

- Tá olhando o que traíra?

- Traíra? Eu? Por que isso?

- Você esqueceu-se de nos convidar para ir à sorveteria.

- E parece que resultou melhor do que eu esperava. – disse olhando Tae que ainda dormia pacificamente sobre mim. – Esse aí pela posição que tá não acorda nunca mais.

- Você tentou?

- Tentei. E quando vi que não daria em nada mudei meu alvo pra você. Você acorda bem mais fácil que ele Hoseok. Acordá-lo agora é problema seu.

- Por quê?

- Não é em cima de mim que ele tá dormindo. O incômodo é seu. Não meu.

- Nossa. Valeu. Por nada. – bufei e ele riu sentando no sofá com as pernas cruzadas para não me acertar. – Como você entrou aqui?

- Estava vindo pra cá e dei de cara com a mãe do Tae. Ela estava saindo do carro pra pegar as compras. Eu me ofereci pra ajudar, tirei tudo do carro, trouxe pra dentro e ela nem entrou na verdade. Ela disse que tinha médico e...

- Ela tá bem?!

- Relaxa Hoseok. É coisa de rotina. A mãe do Taehyung é a pessoa mais saudável que eu conheço.

- Ok.

- Bom, foi isso. Ela disse que ia ao médico, eu me despedi e ela foi. Eu entrei, dei uma passeada pela casa, fui ao quarto do Tae e ajeitei umas coisas, fiz uns biscoitos e te acordei. Agora você me conta o que aconteceu e acorda ele.

- N-Não aconteceu nada.

- Gaguejou já entregou. O que houve?

- A gente discutiu um pouco porque ele não estava me dando bola depois do que aconteceu na casa do Namjoon e...

- Pera, pera, pera! O que aconteceu na casa do Namjoon?

- Ah... Bem... Eu meio que beijei o Tae e ele retribuiu...

- Você o quê?!

- Shhh... Vai acordar ele. – falei colocando o dedo na frente da boca.

- Foi mal...

- Foi isso. E nada aconteceu depois. Ele simplesmente continuou como se nada tivesse acontecido. E agora depois da discussão que eu estava falando nós nos beijamos de novo e deu no que deu.

- Vocês...

- Não! Eu parei no chão e tô assim até agora porque ele resolveu cair no sono em cima de mim.

- Entendi... Bom, você acorda ele e eu pego os biscoitos.

- Tá. – Jin pulou pelo encosto do sofá e foi pra cozinha. Eu comecei a fazer carinho no cabelo do Tae pra ver se ele acordava, mas isso só fez ele se agarrar ainda mais em mim. – Taehyung, acorda. – ele nem se mexeu e só me restou uma opção. As boas e velhas cócegas. Eu comecei a fazer as cócegas e ele se debateu em cima de mim pra se livrar daquilo me olhando meio irritado.

- O que você tá fazendo?!

- Tentando te acordar. Você dormiu em cima de mim, o Jin tá aqui e você não pode ficar o dia inteiro dormindo Tae.

- Claro que posso!

- Claro que não.

- Claro que sim!

- Claro que não! – me aproximei dele.

- Eu posso sim... – eu não deixei que completasse a frase e o empurrei no chão para então beijá-lo. – E-Eu não posso, né?

- Não. – concordei sorrindo e o beijei novamente.

- Meu Deus como vocês são melosos. Só não vomito porque tô segurando os biscoitos e deu trabalho pra fazer. – Jin falou colocando a bandeja na mesa.

- Fala o cara que gruda no Namjoon feito carrapato sempre que vê ele. – Taehyung disse já se servindo de um dos biscoitos do Jin.

- Isso não é verdade! – um bico se formou em seus lábios.

- É sim hyung. Você sabe que eu te amo muito, não tanto quanto o Tae, mas amo. Mas você nem liga mais pra gente. – disse triste.

- É nem nos chamou pra tomar sorvete! – Tae completou emburrado.

- Vocês aproveitaram bastante graças a mim! Se eu tivesse convidado vocês nada disso teria acontecido!

- Hyung, sinto dizer, mas não é você que faz a diferença no amor que sentimos um pelo outro. – Tae disse e nos beijamos, automaticamente fazendo com que Jin simulasse um vomito.

- Vocês são tão melosos que dá nojo. – ele fez careta para logo depois sorrir gentilmente. – Mas estou feliz por vocês.


Notas Finais


Aqui eu me despeço de vocês, pessoas maravilhosas que eu tanto amo, mal conheço, mas já considero pakas (não sei se tá certo, mas nem ligo porque a vida dá dessas).
Beijinhos de Luz! '3'


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...