1. Spirit Fanfics >
  2. Só Faltava Você! – DEGUSTAÇÃO >
  3. A Espera

História Só Faltava Você! – DEGUSTAÇÃO - A Espera


Escrita por: CRochaS

Capítulo 4 - A Espera


Fanfic / Fanfiction Só Faltava Você! – DEGUSTAÇÃO - A Espera

💋



Se tem uma coisa que eu conheço bem são as minhas amigas e por isso eu sei que quando eu não atendo o celular por diversas vezes, elas começam a deixar recado. 

A primeira mensagem de voz que eu ouvi na caixa postal era da Sarah.

Mel, você está bem? Por que não me atende? Está dormindo? Eu liguei para sua casa e você não atendeu. Me liga!

E a segunda:

Mas que raios, Mel! Por que você não atende? São duas horas da tarde! Não é possível que você ainda esteja dormindo. Dorminhoca, me liga!

Eu sempre achei a Sarah meio maluca, mas nos últimos dias ela estava se superando.

Entre as outras mensagens seguintes da Sarah, tinha uma da minha chefe me lembrando do teste de modelos que faria na manhã seguinte, e uma em particular que eu gostei muito. Rochelle ligou avisando que estava voltando para Los Angeles, definitivamente! Ela ia chegar na sexta-feira e queria encontrar todo mundo. Fora isso, a Sarah continuava deixando os seus recados.

Mel, eu estou começando a ficar preocupada. Você passou mal? Desmaiou? Está tendo uma crise? Estou indo aí.

Mesmo sabendo que ela estava mesmo preocupada, eu ri. Como ela imaginou que eu ia atender ou ouvir aquilo se eu estivesse desmaiada? 

Mel, onde você está? Estou na sua casa e você não está. Por que não atende o celular? Está chateada comigo? Me liga!

A Sarah tinha uma chave da minha casa, para emergências. Depois da crise de pânico que eu tive com ela, ela achou melhor ela ter uma chave para me socorrer em algum caso.

Sem saber onde eu estava, Sarah ligou para Ana e para Vanessa, que também me ligaram tentando contato, mas elas eram mais tranquilas do que Sarah, obviamente por não saberem o que a Sarah sabia da minha vida.

Quando as mensagens da caixa postal acabaram, eu liguei a secretária eletrônica do telefone fixo de casa. Eu tinha certeza de que Sarah havia deixado mensagem ali também. Ela detestava quando caia na secretária eletrônica e eu tinha a impressão de que ia rir da mensagem.

Alô? Alô? Que merda é essa de secretária eletrônica, Mel? Atenda esse telefone! Por favor! Eu sei que você está aí, afinal para onde iria sem a sua amiga, hein?! – Ela fez uma pausa. – Não está, né? Está bem, já entendi.

— Maluca – disse para mim mesma, rindo.

Esse era o único recado que havia na secretária eletrônica e eu fiquei assistindo televisão.

💋

Depois de ficar com o saco de gelo pelos 20 minutos que o médico recomendou, eu desliguei a TV e fui comer alguma coisa. 

Eu estava sentada em um dos banquinhos da bancada da cozinha comendo um misto-quente e liguei para a Sarah antes que ela ligasse de novo e caísse na secretária ou na caixa postal. Com certeza ela teria um surto, seria capaz de me dar como morta e ligar para hospitais à minha procura.

Melanie do céu! Você quer me matar? Mas que diabos! Onde você esteve o dia inteiro? – questionou ao atender, do jeito meigo dela.

— Oi, Sarah...

"Oi"? "Oi"? Enfia o oi no cu, Melanie! Eu estava para ter um ataque de preocupação! Eu já ia ligar para hospitais procurando por você!

— Sarah, pelo amor de Deus, para de exagero. Eu só passei o dia fora e o meu celular ficou no carro.

Onde você estava?

— Fui dar uma volta de patins pela praia. Eu cheguei há uma hora e ouvi os seus recados.

E por que não me chamou para ir junto? – falou, meio chateada. – Fiquei aqui sem ter o que fazer o dia inteiro!

— Sarah, você não tem mais os seus patins.

É, mas eu tenho bicicleta.

— Ai, nem me fala de bicicleta.

Por quê? O que houve? – perguntou com curiosidade.

— Eu fui meio que atropelada por uma hoje – contei, sem conseguir conter um sorriso ao me lembrar.

O quê? – berrou. – E você está bem?

— Estou, sim, vou sobreviver. Só não sei se sobreviverei à ansiedade.

Como assim?perguntou em um tom preocupado.

— Não a ansiedade ruim. É que... eu conheci alguém hoje.

Ai, me conta!

— Foi a pessoa que me atropelou de bicicleta. – Eu continuava sorrindo, boba. – Só que... eu fiz uma grande besteira – falei e o meu sorriso se desfez. – Do seu tipo de besteira e que eu sempre evito.

Ai, o que foi? Não, espera... não me diga que...

— É, eu dei o meu número de telefone e não pedi o dele e, para completar... ele disse que me ligaria.

Não acredito! Logo você?! Se fosse comigo, a história seria outra, mas já você que não acredita nessas coisas de "eu te ligo", mas... você ainda tem alguma esperança de que ele não seja como os outros?

— Não sei, você me conhece... Eu acho que nunca mais vou vê-lo novamente, mas queria e estou me agarrando nessa possibilidade. E aí vem a ansiedade de ter que esperar para saber. 

Talvez ele seja a sua exceção.

Pensei rapidamente sobre isso e ri por pensar que Nick Carter seria a minha exceção. 

— Não sei, eu duvido muito disso. Bom, eu te liguei só para dizer que estou viva. Agora eu preciso desligar, tenho que dormir. Depois a gente se fala e eu te conto tudo.

Está certo, se cuida e desliga essa droga de secretária – disse e ri.

— Boa noite, maluca.

Boa noite.

Encerrei a ligação e fiquei tentada a mandar uma mensagem, no grupo que eu tinha com as minhas amigas de Miami no aplicativo de mensagens WhatsApp, contando para elas que eu tinha conhecido o Nick, mas elas não acreditariam sem uma prova, já que uma certa vez eu disse que tinha ido em uma première e tinha conhecido o Chris Evans. Elas surtaram. Mas claro que era mentira. Elas me xingaram até a minha quinta geração.

Resolvi que só contaria para elas se ele me ligasse e quando eu tivesse uma foto com ele, e mesmo assim uma que não parecesse ser uma montagem. Era capaz delas acreditarem só com vídeo, ou ele em carne e osso na frente delas.

Subi para o meu quarto e fui dormir.

💋

Pela manhã, o despertador do relógio digital tocava, me despertando. Acordei sentindo a barriga doer, mas não era pior do que havia sentido ontem, estava até um pouco melhor. Eu ia passar na farmácia para comprar o aerosol receitado pelo médico e quando eu voltasse do trabalho, faria uma compressa de gelo novamente. Tomei um banho, me arrumei para ir trabalhar e saí de casa. 

Antes de chegar à agência, passei em uma farmácia e apliquei o aerosol dentro do carro mesmo. Depois passei na cafeteria da qual eu ia sempre. Ficava próximo ao prédio da agência e por passar lá todas as manhãs antes de ir para o trabalho, os atendentes já me conheciam e já sabiam qual era o meu pedido. 

Recebi o meu mocaccino e saí de lá dando bom dia para todos e que nos veríamos no dia seguinte.

Essa era a minha rotina diária.

Apesar de eu ser uma pessoa que não gosta de rotina, fazer isso todo dia mantinha a minha saúde mental no eixo. Eu sabia exatamente o que eu ia fazer no dia seguinte, o que ia acontecer e, assim não ficava com ansiedade, com medo de que algo poderia acontecer. Além do mais, manter uma rotina facilitava a minha vida, principalmente quando eu estava atrasada, o que acontecia praticamente todo dia. Saía de casa apressada, não tomava café da manhã e a cafeteria me salvava sempre. 

Quando cheguei ao meu setor na agência, fui direto para a minha mesa, que ficava de frente com a do Addy. 

Addy é de São Francisco e também tinha estudado moda. Ele chegou em L.A. para trabalhar na agência e a gente tinha estagiado juntos. O nome dele mesmo é Anderson, mas quem o chamasse assim, estaria morto e enterrado.

Liguei o computador para começar a organizar as fichas dos modelos que vinham para o teste, eram pra mais de cinquenta e, enquanto eu organizava, aproveitei para olhar os meus e-mails, mas eu não conseguia me concentrar em nada, a cada vez que me mexia e a barriga doía, lembrava-me de Nick. Eu estava sonhando em vê-lo novamente, mas por conta da minha falha em pegar o seu número também, a única solução era o ver pela internet. Digitei o nome dele no Google na busca por imagens e várias fotos apareceram. Olhei as primeiras e cliquei na terceira foto com a intenção de olhar ampliada.


Na foto, ele estava posicionado na frente do sol, o brilho da luz solar bem na lateral da sua cabeça, criando um efeito que destacava ainda mais a sua beleza. Estava usando uma roupa preta, com a gola do casaco levantada, os cabelos loiros arrepiados e desalinhados, um olhar fixo, ao mesmo tempo suave e penetrante. Eu não conseguia tirar os meus olhos daquele olhar, daquela boca rosada e perfeitamente desenhada... Deus, como ele era lindo!

"Mandou bem, Senhor!"

Soltei um suspiro involuntário me lembrando imediatamente do almoço que tivemos, de nós dois sentados na areia da praia com ele me olhando nos olhos e sorrindo. 

Eu estava tão absorta nos meus pensamentos olhando fixamente para a foto, com o cotovelo apoiado em cima da mesa e com uma mão no queixo, que nem percebi quando Addy se aproximou da minha mesa com o seu jeito espalhafatoso.

— Mel, minha musa! – exclamou e tomei um susto, dando um pulo da cadeira. – Calma, garota! Não é a bruxa que carinhosamente chamamos de chefe. – Addy deu uma gargalhada estridente. – Está com os pés no chão, minha deusa? – Ele sentou-se à sua mesa.

— Estou quase – respondi rindo.

— Ih, já sei, está de ressaca ainda, não é? – falou, gesticulando com a mão. – Sei como é, estou na mesma. O fim de semana bombou!

— É, mais ou menos, é por causa do fim de semana, sim, mas não estou de ressaca.

— Então já sei o que é! – Ele bateu a mão em cima da mesa. – Tem bofe no meio. E pela sua carinha, não é só no meio não, é do lado, atrás, na frente...

— Como você... ?!

— Como eu sei? Sério, Melanie? Basta olhar para você. Está com uma cara de quem achou o amor da sua vida. Mas me conta – se inclinou em cima da mesa –, como ele é?

— Ele é lindo, charmoso, gentil, muito bem-humorado, divertido... – respondi sorrindo e suspirei, desfazendo o sorriso.

— E por que você está com essa carinha de quem perdeu o cachorro em meio à tempestade?

— Eu fiz uma besteira, Addy – respondi, triste.

— Ai, Jesus, me segura! O que foi que você fez,  mulher? – perguntou, deslizando a cadeira, parando ao lado da minha mesa.

— Eu dei o meu telefone a ele, não peguei o dele e, ele ainda disse que vai me ligar.

— Ih, Mel... Como é que você faz isso, ma chérie? Logo você que não acredita nisso do bofe dizer que vai te ligar?! Tinha que ter pegado o telefone dele.

— Eu sei, Addy, mas na hora nem me dei conta disso. Foi uma tarde incrível, maravilhosa! E eu tinha deixado a minha bolsa dentro do carro com o celular dentro, eu não tinha onde anotar o número dele.

— Entendi e compreendo. E como ele é, fisicamente? – perguntou sorrindo, passando as mãos pelo seu corpo.

— Você quer saber, veja você mesmo – disse, apontando para a tela do computador.

— Ah, você tem a foto do bofe e não fala nada? Achou ele no Facebook?

— Eu não tenho Facebook, e você sabe muito bem disso.

— Ah é, esqueci de que você é uma alien, ou deve ser uma fugitiva – disse se levantando da cadeira. 

De certo modo eu era uma fugitiva, mas não da lei e, sim, do meu ex-namorado, mas obviamente o Addy não sabia disso. Se ele soubesse certamente entenderia.

Addy ficou do meu lado e olhou a tela do monitor.

— Ah, Melanie, você está de sacanagem comigo, né? – Ele me olhou com deboche. – Esse é o Nick Carter! Está de brincadeira comigo?

— Não, eu estou falando sério.

— Mas como você conheceu esse cara se você não tem rede social? Mas que falso mais cara-de-pau! Esse é o pior catfish* da história! Que burro, pegar logo uma foto de um cara famoso – disse, olhando para a tela do monitor com as mãos apoiadas na cintura.

— Não, Addy, esse... – tentei explicar, rindo dele.

— Será que ele não conhece os Backstreet Boys? – perguntou, confuso. – Não, impossível. I Want it That Way é um hit, até a minha avó sabe essa música!

— Addy! – interrompi mais alto do que queria, ainda rindo.

— O que foi, maravilhosa?

— Você não está entendendo, eu sei que esse é o Nick Carter, foi ele quem conheci ontem. Nós tivemos um pequeno probleminha de tráfego, eu com os meus patins, ele com a bicicleta dele. Nos chocamos ontem na ciclovia da praia. Olha só – falei, mostrando a minha mão e o cotovelo machucados. Addy ficou mudo, olhando para mim estático e com a mão no peito. – Addy? – Estalei os dedos e ele deixou-se cair na cadeira, tapando a boca com a outra mão e soltou um grito abafado.

— Você conheceu o Nick Carter? – Addy me olhou com os olhos arregalados. – E não pegou o número dele? – disse com uma mão ainda no peito e a outra na testa. – Ai meu Deus, me ajuda que eu estou virando purpurina!

Eu ri da sua reação, mas sabia que ele realmente estava surtando. Nick e os outros integrantes dos Backstreet Boys eram deuses para o Addy. Para ele, era Deus no céu e Backstreet Boys na terra.

— Melanie, se você não fosse a minha amiga eu te estrangulava agora. Como você pôde? Com o Nick Carter eu anotava o número dele no chão da ciclovia e arrancava de lá!

— Ai, Addy, não me atormenta mais...

— Ah, atormento, sim. Se fosse comigo eu nem teria vindo trabalhar hoje, eu estaria deitado na minha cama, em posição fetal, chorando!

— Era o que eu queria fazer. – Eu baixei a cabeça na mesa, apoiando em cima dos braços e lamentando isso. Sabia que tinha perdido a chance. – Ele não vai me ligar.

— Não, calma, tem que ter um jeito. Ele tem o seu telefone. Você não pode generalizar essa sua regrinha. Vamos nos apegar na ideia de que ele se interessou por você e, se ele gostou de você, ele vai te ligar. Ele tem que ligar. Pelo seu bem... e pelo meu.

— Ele também sabe onde eu trabalho – disse esperançosa, erguendo a cabeça.

— Então, ele tem tudo para te achar. – Addy ficou uns cinco segundos ali parado pensativo e do nada gritou. – Já sei! – As outras pessoas ao redor nos olharam, mas Addy nem se importou com isso. – Tive uma ideia.

— Que ideia?

— Por que você não liga para a gravadora deles?

— Sério, Addy? Isso? – Ergui o corpo, ficando ereta. – Não acho uma boa ideia, eu vou falar o quê? "Oi, gostaria de falar com o Nick Carter, por favor? É que eu o conheci ontem e esqueci de pegar o telefone dele!" Iam rir e desligar na minha cara pensando que eu era alguma fã maluca tentando falar com ele.

— Dã. E você é o quê? – perguntou, fazendo careta.

— Eu não sou uma fã maluca... – disse em dúvida. Eu já tinha sido muito fã, não me considerava mais tanto, mas ainda era, mas maluca? Nunca fui.

— Você não convence ninguém, nem mesmo você. – Ele disse e eu o olhei séria. – Pelo menos tenta.

— Não, Addy, eu não vou fazer isso e fim de papo. Vou continuar concentrada aqui no trabalho e tentar não pensar nisso, ele disse que me ligaria e se ele quiser mesmo me ligar, ele vai ligar. Se não... paciência – suspirei desanimada, fechando a janela do Google e voltando ao trabalho.

— Você quem sabe. Eu moveria o mundo para achar ele. – Addy se levantou e voltou para a sua mesa.

— Você por acaso sabe onde a Ana está?

— Onde mais? No estúdio, fotografando um modelo novo –respondeu e antes que ele me perguntasse o por quê, eu já tinha saído.

Cheguei ao estúdio fotográfico, fechei a porta e acenei para Ana. Ela me pediu que esperasse um minutinho e eu fiquei esperando sentada em uma cadeira enquanto ela fotografava o modelo.

Depois de um tempo, ela pediu pausa de quinze minutos e veio até a mim.

— Oi. Como você está? Falou com a Sarah ontem? – perguntou rindo, me dando um abraço.

— Já falei, sim, peguei os recados exagerados – respondi e rimos. – Ela te encheu muito ontem?

— E como! Sabe como ela é, né? – respondeu, mexendo na lente da câmera. – Me ligou desesperada, dizendo que você não estava em casa e que poderia ter te acontecido algo e outras coisinhas mais. A Sarah de sempre. Mas e aí, o que andou fazendo ontem?

Contei tudo a Ana, desde o patins cair sobre a minha cabeça até a minha conversa com o Addy. Ana estava perplexa, sem fala e mais branca do que já é. Ela é a mais baixinha das minhas amigas e adora usar sapatos altos. Tem os olhos verdes e o cabelo loiro até os ombros. Ela era fotógrafa da agência antes mesmo de eu começar a estagiar lá e ficamos amigas de imediato.

Ana não sabia o que dizer para mim sobre tudo o que havia lhe contado, mas ela concordava com o Addy, eu tinha que ter pegado o telefone dele, mas também me disse para eu não ficar pensando muito se ele me ligaria ou não, pois se ele se interessou, ele ligaria. 

💋

Os modelos selecionados para o teste agendado para às dez horas foram chegando e logo deu-se início aos testes em uma sala reservada da agência. Apenas a equipe de casting, o cliente e a equipe dele estavam ali. 

Os modelos entravam um por um, se apresentavam para o cliente e sua equipe e desfilavam rapidamente. 

Ninguém parava, nem mesmo quando chegou na hora do almoço. Por já saber que seria assim, eu tinha comido um sanduíche antes dos testes começarem e ao meio-dia, uma maçã. Sim, apenas isso. Era o que a intensidade da atividade me permitia.

💋

Depois de cinco horas de teste, o expediente na agência havia se encerrado e só restávamos nós, a equipe de casting.

Desde que os testes começaram, eu olhava para o relógio, vendo as horas passarem e nada de ligação, estava tentando me concentrar no trabalho, mas era impossível.

Depois de todos os homens que eu havia conhecido e que me fizeram acreditar que o eu te ligo era pura mentira, eu tinha aprendido a controlar a ansiedade da expectativa de um cara me ligar de fato depois disso. Pelo menos até aquele momento. 

💋

Já eram oito da noite, ainda estávamos fazendo os testes e eu estava cansada, mas eu ainda checava o celular para ver se havia alguma ligação perdida ou alguma mensagem, mas não havia nada. 

Addy se aproximou de mim quando eu olhava pela centésima vez o celular.

— Nada?

— Oi? – Olhei para ele sem saber do que ele falava, mas logo entendi pela sua expressão e apontando com o queixo na direção do meu celular em minha mão. – Ah, não. Nada. – respondi, guardando o celular no bolso e voltei a minha atenção para o teste ocorrendo na minha frente. – Não sei nem porque eu ainda estou verificando.

— Porque óbvio é o Nick Carter. Não é um cara qualquer que você conheceu em uma balada.

— Exatamente, Addy! A quem eu estou querendo enganar? Eu sei que ele não vai me ligar. Sendo o cara ele e ainda mais no dia seguinte. Eu não deveria estar ansiosa. Ele não vai me ligar, melhor esquecer isso, para o meu próprio bem.

— De novo, você quem sabe. Eu não desistiria assim tão fácil.

— Não há nada que eu possa fazer.

💋

Às nove horas enfim os testes terminaram e podíamos ir embora.

Eu e Addy saímos juntos da agência e fomos andando até os nossos carros que estavam estacionados no mesmo local. Chegamos primeiro ao meu, me despedi dele, entrei no meu carro e fui para casa.

Vinte e cinco minutos depois, eu entrei em casa pela porta da cozinha com acesso à garagem e nem preciso dizer que cheguei exausta, e faminta! 

Deixei a minha bolsa em cima da bancada ilha e abri o armário, pegando uma panela pequena. Queria comer algo rápido para poder tomar um banho e ir dormir, então optei por um macarrão instantâneo. Gostoso, fácil e rápido. Igual a alguns caras que já passaram na minha cama, inclusive alguns duraram o tempo que o macarrão fica pronto. Três minutos. Eu até os apelidei de Noodles.

Depois que comi, subi para o quarto, e depois de um banho rápido, vesti um pijama confortável, deitei na cama e apaguei a luz.

Não demorou cinco minutos para que eu pegasse no sono, um sono que se ocorresse um terremoto de 9,5 na escala richter, eu não acordaria.



💋💋💋


Notas Finais


*catfish: perfil falso na internet usado para enganar pessoas.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...