História So far and So close - How did you get here?

Saí do elevador assim que ele chegou ao vigésimo quinto andar, já pude ver Jack vindo em minha direção.

- O que aconteceu? – perguntei assim que ele parou em minha frente.

- Chaz tá surtando.

- Com o que? – o segui em direção ao meu escritório.

- Você digitou algo errado, eu não sei bem.

- Merda!Ele vai me demitir não vai? – perguntei assim que chegamos em minha sala,o barulho do telefone soou pela sala e eu corri até ele botando no viva voz.

- No meu escritório agora, Becker – disse rude e desligou.

- Foi bom trabalhar com você, Jack – segui em direção a sala dele,bati duas vezes na porta logo escutando um murmuro.

- O que o senhor queria? – perguntei assim que fechei a porta.

- Que merda é essa? – ele apontou para o computador o virando para mim, me aproximei vendo um e-mail incompleto – por que me enviou isso, se não tinha terminado? – serio que esse escândalo todo para isso.

- Eu devo ter apertado sem perceber, eu estava almoçando.

- Termine logo isso – respirei fundo e me virei para sair da sala – e não saía daqui se não tiver terminado.

- Já tinha passado do meu horário de almoço – me virei para ele irritada,agora teria que deixar de comer para agradar o gostosão?

- Seu trabalho vem em primeiro lugar.

- Então comece a me trazer comida, porque eu vou continuar saindo daqui tendo terminado ou não, porque morrer de fome não vou – saí da sala o deixando lá incrédulo. Ele vai me demitir, depois me matar e depois dançar no meu tumulo.

- Ele te demitiu? – escutei a voz de Jack ao meu lado.

- Não, mas vai.

- O que você fez?

- Como eu vou fazer para me sustentar depois que ele me demitir? – arregalei os olhos para ele, ignorando sua pergunta.

- Se ele te demitir vai ganhar um pouco de dinheiro, trabalha aqui a dois anos.

- Ele vai me matar antes que eu receba o dinheiro – escutei o riso do Jack e o olhei incrédula.

- Não é como se ele fosse um mostro – ah é tinha esquecido,ele é irmão dele.

- Vou para minha sala, esperar ele vir com a arma e carta de demissão – ele riu e eu escorrei para dentro da minha sala fechando a porta, merda!

Joguei-me na minha cadeira respirando fundo, eu estou trabalhando na melhor empresa da cidade e arruíno tudo com meu temperamento idiota. O telefone da sala tocou me deixando paralisada, ele vai me demitir por telefone?Que corno.

- Sr. Sommers – murmurei.

- Não irei lhe demitir, se é isso que está pensando – suspirei aliviada – mas quero aquele documento na minha mesa em meia hora – desligou o telefone, me deixando sozinha com um sorriso no rosto, eu não iria morrer!Virei-me para aquele computador e comecei aquela tortura.

***

Encarei o relógio contando os segundos para que desse 18h00min, vamos lá relógio!Livre para voar!Levantei-me da cadeira puxando minha bolsa e saí do escritório rapidamente. O celular vibrou no meu bolso e eu pude ver no visor Carter.

- Já estou saindo da empresa – murmurei apertando o botão do elevador.

- Não demora, eu tô quase me matando aqui.

- Carter, não exagera – respirei fundo entrando no elevador.

- Scott já ligou duas vezes – suspirou.

- Ele é paranóico? – ela riu – espera que eu já chego.

- Você comprou o vestido? – merda!Não, Carter, eu não comprei.

- Comprei sim.

- Como ele é? – respirei fundo.

- Ele é lindo.

- Me conta como ele é.

- Vai ser surpresa – para nós duas.

- Tudo bem.

- Agora tenho que desligar, não quero que roubem meu celular, eu ainda não terminei de pagar – murmurei saindo do elevador.

- Tudo bem, dramática – riu – tchau.

- Tchau – encarei o taxi de Jorge na frente da empresa e guardei o celular na minha bolsa – Jorge, você sabe onde tem uma loja de roupas aberta?

- Stars, a única que fica aberta até as 20h00min – merda Carter!A loja mais cara de Nova York.

- Tem como me deixar lá?

- Claro – ele sorriu e deu a partida – por que não espera até amanhã?Essa loja é muita cara.

- Eu sei – bufei – prometi que compraria um vestido para Carter e esqueci de comprar,e ela precisa desse vestido hoje,se eu não levar é capaz de ela me expulsar de casa – ele riu.

- Vai gastar muito.

- Eu sei, ela vai me falir – ele riu e parou em frete a bela loja iluminada, aquilo parecia realmente uma estrela, mas para ricos – acho que vão me expulsar assim que eu entrar.

- Entre logo, já está ficando tarde – assenti e saí do carro,encarando a enorme loja com belas manequins,que pareciam mais humanas que eu.Empurrei a enorme porta de vidro vendo aquelas belas moças,que não pareciam as atendentes.

- Boa noite Srta – a mulher sorriu e saiu de perto de mim, cadê o educado “no que posso ajudar?” Me virei para as araras de roupas que tinham por ali, vestido azul escuro, Carter fica linda de azul escuro.

Passei meus olhos pelas araras e vi algo azul escuro com leves brilhos, puxei o cabide encarando aquele vestido perfeito... Para Carter. Eu não tinha um corpo bonito, não que eu não tivesse minhas curvas, mas eram mais discretas do que as de Carter.

Puxei a etiqueta do vestido e quase caí para trás, 500 dólares em um pedaço de pano?Fechei meus olhos e contei até três, eu fui a burra, a culpa é minha!Aproximei-me do balcão e botei o vestido em cima dele, abri minha bolsa tirando minha carteira de dentro, olhei para os meus meros 50 dólares e puxei o cartão.

- A Srta, não deseja um tamanho maior?  - a mulher me olhou de cima a baixo e eu respirei fundo para não dar uma resposta que me arrependeria.

- Não, obrigado – a mulher passou meu cartão logo o me entregando de volta.

- Quanto foi? – perguntou o Jorge assim que eu me joguei no banco traseiro.

- 500 dólares, acredita?500 dólares em um vestido!Que tipo de gente faz isso?

- Ricos – ele riu e deu a partida rumo a minha casa.

- Eu vou falir – suspirei me jogando contra o encosto do banco.

- Chegamos – abri meus olhos e respire fundo, tirei os meus únicos 50 dólares da minha carteira.

- Pegue – entreguei o dinheiro para Jorge que negou com a cabeça.

- Você acabou de gastar 500 dólares com um vestido, pode ficar.

- Pegue Jorge – ordenei – eu tenho dinheiro no banco, vamos peguei - ele bufou e pegou o dinheiro.

- Amanhã não ouse me dar dinheiro – ri e desci do carro.

- Até amanhã, Jorge – acenei para ele e abri a porta do duplex que eu dividia com Carter.

- Cheguei – gritei assim que fechei a porta.

- Isso é hora!Eu já tô surtando aqui – gritou a morena vindo em minha direção e puxando a sacola,tirou o vestido de dentro nem notando que a sacola era da Stars – ele é lindo – ela sorriu e eu pude escutar a voz do Will.i.am – Oi amor...eu já estou terminando...também te amo...tchau – ela guardou o celular no bolso novamente.

- Esse cara é meio paranóico – ri passando por ela, eu precisava de um banho.

- Vem me ajuda a escolher os sapatos – ela puxou minha mão subindo rapidamente as escadas.

- Carter!Eu estou cansada – bufei.

- É só um sapato, Ali – respirei fundo e me sentei na cama dela – tem esse preto aqui e esse rosa claro, qual é o melhor?

- O preto – me joguei na cama dela.

- Como você é chata.

- Eu passei o dia todo trabalhando.

- Eu também.

- Escolher sapatos não é trabalho - bufei alto.

- Eu tirei umas fotos hoje também – levantei minha cabeça e me apoiei em meus cotovelos olhando para a Carter.

- Que horas?

- De manhã, umas 08h30min.

- Que ótimo – sorri – fotos de que?

- De uma família.

- Que lindo, quero ver todas – me levantei da cama e fui em direção ao seu notebook em cima da escrevinha.

- Tudo bem, vou me trocar – assenti e continuei vendo as fotos, que família fotogênica senhor.

A campainha logo tocou assim que a Carter terminou de calçar o ultimo sapato.

- Boa sorte – disse para ela, mas ainda olhava aquelas fotos.

- Vem falar com ele – bufei e a segui até a porta.

- Car – ele a puxou pela cintura depositando um beijo extremamente impróprio comigo ali, limpei a garganta e ele a largou me olhando – Ali – ele sorriu tímido.

- Scott – balancei a cabeça.

- Vamos – Carter passou pele Scott o puxando para o carro.

- Não quero sobrinhos! – gritei fazendo Carter me encarar com um olhar matador, ri e fechei a porta, e me arrastei pelas aquelas escadas até o meu quarto, joguei aquele salto longe, juntamente com minha saia e casaco, entrei no banheiro e entrei no Box, deixando a água gelada me levar.

Joguei-me no sofá da sala, já vestida no meu pijama confortável, liguei a televisão onde passava um filme que eu ainda não identifiquei.

- Oi? – arregalei os olhos para o homem que me encarava no elevador.

- Como entrou aqui? – me levantei rapidamente do sofá o deixando entre nós.