História So far and So close - Prisioners

Reza para o seu Deus,abra seu coração,o que quer que você faça não tema o escuro - Night Of The Hunter,30 seconds to mars.

Justin Bieber

- Vocês precisam me deixar ir! – gritei enquanto me debatia tentando me soltar daqueles homens.

- Você desrespeitou a regra e vai ficar preso – disse o homem antes de me jogar na sala do chefão de lá.

- Senhor!Eu tenho que voltar lá, a m-minha viva tá em perigo! – o homem sem rosto apenas negou com a cabeça.

- O que eu disse sobre se apegar aos seus vivos?Deixe-a.

- Eles vão matá-la assim como fizeram comigo – me apoiei com as mãos em sua mesa o olhando aflito.

- Você não tem certeza se foram eles mesmo que te mataram – bufei alto.

- Eu não posso ficar aqui – disse entre dentes – eu tenho que salva-la.

- Ela ficara bem, você ficará duas semanas aqui.

- Como? – praticamente gritei.

- Você quase dormiu com a viva, queria o que?

Passei as mãos nos meus cabelos – você não tá entendendo?Eles a sequestraram E a culpa foi minha, eu tenho que ir atrás dela.

- Ótimo!Faça isso daqui a duas semanas – ele mexeu em alguns papeis e logo carimbou algo em um – DUAS SEMANAS – gritou e logo os dois homens apareceram ao meu lado e eu já estava a caminho da cela com outra roupa, merda!

- Ei vocês tem que me deixar sair daqui – respirei fundo encarando os homens sem rosto ao meu lado – minha viva tá em perigo, e-eu faço qualquer coisa, só me deixem ir salvá-la.

- Sinto muito branquelo, você não tem nada que nos possamos querer – disse um dos dois antes de me jogarem dentro da cela escura.

Alice Becker

Pisquei meus olhos algumas vezes e pude notar que eu estava dentro de um pequeno quarto todo empoeirado, eu estava deitada em uma cama nada confortável e, além disso, e do fedor de mofo, nada mais era visto naquele quarto.

Onde eu fui me meter?

Me levantei do pequeno colchão e segui até uma pequena porta que tinha ali,escutei um apito baixo,olhei para a minha perna onde uma tornozeleira prisional estava acesa na luz vermelha,dei um passo para trás e logo a luz ficou verde,com o que esses caras mexem?

Olhei para frente onde a porta era empurrada, logo um homem encapuzado todo de preto entrou com um sorriso sínico nos lábios.

- Vejo que a princesa acordou – dei alguns passos para trás tentando manter certa distância do homem – oh não tenha medo princesa, eu sou a ultima pessoa que você deve temer aqui.

- O que vocês querem? – sussurrei.

- Eu gosto da ideia da paz mundial – ele esfregou o queixo – já eles... Bom vamos dizer que paz não é uma palavra muito conhecida por eles – sorriu me fazendo gelar.

Puta merda!Eu vou morrer da forma mais dolorosa e lenta.

- Devia ter feito o que eles mandaram, querida – piscou para mim – eles não são ladrões de esquina, se eles mandaram você parar de pesquisar sobre a morte do Bieber, você devia ter parado.

- Mas eu parei – sussurrei.

- Ao contrário do que pensa, estamos de olho em tudo, desde momento em que Chaz Somers saiu daquela casa com o braço cortado,nós o vigiamos,esperamos ele descobrir algo e já sabíamos que vocês iam bater na casa do Jesse, além de burros previsíveis – deu de ombros.

- Eu não pedi nada a Chaz, ele fez por que quis.

- E é por isso que ele está sendo torturado no momento, era de se esperar, Sr. Somers não gosta muito de traidores, ignore os gritos.

Engoli seco e senti todo o meu corpo gelar, se o pai de Chaz tá o torturando imagine o que vai acontecer comigo?Morta com o corpo jogado no rio.

- Bom, cadê seu fantasminha? – senti todo o sangue do meu rosto ser drenado,como eles sabem do Justin? – ele voa e é transparente? – soltou um riso baixo – vamos, cadê?

- Ele não tá aqui – sussurrei.

- Como não?Ele não devia proteger a donzela em perigo? – sorriu – vamos mande-o me fazer vê-lo.

- Ele não tá aqui!

- Pois é bom ele aparecer, porque ninguém vai sair daqui até que ele apareça – disse entre dentes de saiu do quarto.

Puta merda, cadê você Justin?

A cada minuto que se passava eu sentia mais fome e mais desespero, Justin foi preso se ele passou uma semana por apenas um beijo, imagine por vários beijos e exposições a Carter?

♣

Já haviam se passado horas e eu continuava trancada naquele quarto, minha barriga reclamava da falta de comida e o medo de aquele homem abrir a porta novamente me dominava.

Eu conseguia ouvir os gritos de Chaz e isso era aterrorizante, ele implorava para que o pai parasse, mas com certeza ele não parou só alguns minutos atrás que o homem parou e eu só pude ouvi-lo gritar.

- Só está vivo porque sua mãe não me deixa matá-lo.

A porta se abriu bruscamente e um homem alto de cabelos extremamente brancos e terno linho entrou, sendo seguido por alguns atrás dele, Cavanaugh.

- Se não é a famosa Alice – sorriu ele – gostando da estadia?Esse é o melhor quarto aqui.

- Me tirem daqui, por favor.

- Não será possível até que seu amiguinho, que deveria estar morto, apareça.

- Ele não vai aparecer agora, no mínimo duas semanas.

- Oh então se sinta em casa.

- Nada do Bieber? – o pai de Chaz entrou no quarto limpando suas mãos um pouco sujas de sangue.

Chaz!

- Ela disse que ele iria aparecer só daqui a algumas semanas – Sr. Somers me olhou e riu.

- Sabe que não vai sair daqui até que ele apareça, não sabe? – assenti.

- Mas infelizmente não posso fazer nada, vocês me trancaram aqui e eu não sei o motivo.

- Me deixe a sós com ela – murmurou para os demais que logo saíram do quarto – eu acho melhor você medir suas palavras garota, não está falando com o idiota do Chaz que é só sorrir um pouco, ameaçar que ele está aos seus pés!Não estou aqui para brincadeira então é melhor seu amiguinho aparecer logo ou as coisas não ficaram nada boas para o seu lado – engoli seco – entendido? – assenti.

A porta foi aberta lentamente e um homem botou a cabeça para dentro.

- Kiddy está aqui – murmurou o homem saindo do quarto em seguida.

Nash Kiddy!Eu sabia que ele estava no meio disso!

- Não estamos aqui para brincadeira, ninguém aqui está brincando caso você não faça o que pedimos nós a matamos, ou o Bieber aparece aqui ou você irá ficar ao lado dele vagando com ai – saiu rapidamente do quarto me deixando ali paralisada.

Eu vou morrer e nenhum Justin vai poder me salvar agora, irei receber quatro tiros e vão achar meu corpo em um galpão abandonado da Sidney com a Bront.

♀

Quatro longos e sofridos dias que eu estava trancada naquele quarto, Justin nunca deu nenhum sinal e a única comida que peguei foi um copo com água e um pão seco. Eu já tentei gritar, espernear, chorar e nada adiantou, não importava o quão alto eu gritasse ninguém escutava e isso era totalmente frustrante, eu iria morrer ali e ninguém iria sentir minha falta.

Provavelmente já estava no fim da tarde e eu já me encaminhava para o meu quinto dia de prisão,quando senti algo ao meu lado,virei lentamente desejando ser Justin.

- Liam! – o olhei animada.

- O que tá fazendo aqui?

- Eles são os que mataram o Justin – murmurei.

- E cadê o Justin?

- Preso – ele me olhou agoniado e passou a mãos nos cabelos.

- Esses caras são perigosos, vocês não tem noção no que se meteram, porque não podiam ficar quietos por algumas semanas?

- E ficamos!Foi Chaz que pesquisou e me meteu nisso.

- Você precisa sair daqui o quanto antes, já falou com alguém?

- Bernard Cavanaugh e Taylor Somers.

- Taylor?O pai de Chaz?

- Ele mesmo.

- Puta merda Becker!Você precisa sair daqui agora.

- Não vão me deixar ir enquanto Justin não aparecer.

- Não podemos esperar, Justin vai ficar no mínimo duas semanas lá e até lá um deles pode cansar de esperar e vir te matar.

Por que eu fui me envolver nisso?Eu só queria seguir minha vida pacata trabalhando na Somers Entreteriment, trazer meu pai para cá e quem sabe arrumar um namorado, agora o que eu posso fazer?Dou um passo errado e já me trancam em algum lugar e me ameaçam de morte, eu não quero morrer!Não agora.

Eu queria nunca ter me envolvido nisso, não que eu não quisesse conhecer o Justin, mas tudo isso que veio no pacote não é normal!Eu não nasci para isso, não nasci para viver a vida igual uma louca investigando coisas, fugindo de bandidos e os jogando na cadeia depois.

Meu nome não é Scooby Doo!

- O que você acha que eu devo fazer? – me encarou aflito.

- Temos que enganá-los de alguma forma para que você possa fugir.

- Enganá-los? – assentiu.

- Justin não vai voltar agora, é impossível fugir da prisão dos espíritos da terra – passei as mãos nos meus cabelos tentando pensar em algo.

- Eu posso dar um jeito, mas tem que me prometer uma coisa – assenti – quando você sair daqui corra o mais rápido que já correu em toda a sua vida não olhe para trás nem um segundo sequer, vá para a estação Westminster no centro da cidade, corra para os trilhos e entre na primeira porta pequena preta, depois que entrar lá ninguém poderá te machucar, mas também ninguém irá te proteger.