História So far and So close - Why you dont let me touch you?

 I hate fridays

Sexta-feira, por que quando eu quero, ela não chega tão rápido?

Desliguei o despertador que gritava ao meu lado e respirei fundo.

- Hoje é o dia! – escutei os gritos de Carter invadirem meus ouvidos.

- É – levantei meus braços – não estou nada feliz com isso, ontem mesmo foi segunda, o que é isso?

- Essa semana passou se arrastando, Ali – me sentei na cama e bufei.

- É claro, não é você que vai acompanhar o Chaz.

- Ele não parece ser tão chato – me levantei da cama, já caminhando em direção ao banheiro.

- Você não convive com ele, Carter – bufei.

- Mas ele é bonito – ri e me virei para ele.

- Beleza não define caráter- ela riu.

- Vai logo tomar banho, filósofa – me arrastei para dentro do banheiro.

Passei o vestido preto pelo meu corpo e me encarei no espelho,melhor que nada,arrumei meu coque alto e calcei meus saltos também pretos,outro longo dia de trabalho.

- Olha o que chegou! – olhei para porta onde Carter entrava abraçada em um vestido salmão.

- O vestido que a mamãe mandou? – me aproximei dela.

- Sim, é lindo – encarei o longo vestido da cor salmão, com algumas pedras no busto.

- Lindo – sorri para o vestido.

- Sra. Becker cada dia se superando mais – minha mãe é estilista, não é que ela seja famosa, mas tem algumas clientes que pagam bem, então você me pergunta, por que ela não trás seu pai?Bom, minha mãe odeia meu pai, não foi uma separação pacifica, eu só me lembro de gritos e depois a porta da frente batendo.

Depois disso só vi minha mãe quando eu resolvi fazer faculdade e fiquei um tempo na casa dela,quando meu pai me ligava ele tentava falar com ela,mas minha mãe sempre dava uma desculpa idiota e desligava na cara dele.

- Tenho que me lembrar de aceitar ser garota propaganda dela – peguei o vestido das mãos de Carter e o pendurei na porta do guarda-roupa.

- Vai arrumar um marido lá – ri e peguei minha bolsa.

- Até parece, tchau até mais tarde – depositei um beijo em sua bochecha.

- Chega cedo, tem que me ajudar com a maquiagem.

- Acho melhor ir a um salão, então já arruma o cabelo, não vai dar para chegar antes de seis horas.

- E como você vai se arrumar? – ela botou as mãos na cintura e me encarou.

- Só vou fazer um coque e passar um lápis de olho, não precisa de todo tempo do mundo – ela bufou.

- Vai logo, antes que eu te bata – ri e saí do quarto seguindo até a porta.

- Bom dia, Jorge – sorri entrando no taxi.

- Bom dia, Alice – ele me mandou um sorriso e deu a partida – Carter disse que iriam a um evento hoje, quer que eu as leve?

- Não precisa, o meu acompanhante vem nos buscar.

- E o de Carter?

- É um evento da empresa, Carter ira tirar fotos.

- Meus parabéns a ela.

- Ela tá muito feliz, não parou de falar isso a semana toda – ele riu – não sei como ela não lhe contou.

- Ela falou alguma coisa em tirar fotos, mas não prestei atenção, porque ela estava falando rápido de mais – ri.

- Ela faz isso quando tá ansiosa – assim se encerrou a conversa, Jorge não é muito de falar, o máximo é ‘Bom dia, Alice’, mas mesmo assim sou muito amiga dele.

- Até mais tarde, Jorge – ele acenou com a cabeça e deu a partida saindo dali.

Saí do elevador dando de cara com Chaz em minha frente.

- Bom dia, Sr. Somers – sorri.

- Bom dia, qual é cor de seu vestido?

- Salmão, por quê?

- Salmão? – ele me olhou entediado.

- Sim, algum problema com salmão, senhor? – ele bufou e foi andando em direção a sua sala, assim que se virou me vendo parada no mesmo lugar, revirou os olhos e me chamou.

- Não tenho nenhum lenço salmão – ele murmurou assim que entramos em sua sala.

- Não tem problema.

- Claro que tem, os nossos investidores estarão lá, se meu lenço não for igual ao a cor do vestido da minha acompanhante não está certo.

- Tem uma loja de ternos na esquina, vá lá e compre um de cor salmão e não haverá problema.

- Não tem naquela loja – bufou – acha que eu não fui lá?

- Por favo, você é um homem rico e o dono dessa empresa, estrale os dedos e alguém aparecera com um lenço salmão para você – bufei irritada – posso ir para minha sala agora?

- Sim – me direcionei a porta, a abrindo – ah e Srta. Becker? – me virei para ele – salmão é uma cor feia.

- Sem querer ser ignorante Sr. Somers – forcei um sorriso sínico – mas quem irá vestir o vestido, sou eu – fechei a porta seguindo até minha sala – o que você tá fazendo aqui? – perguntei para o homem sentado em minha cadeira.

- Bom dia, Ali.

- Bom dia Justin, pode, por favor, sair da minha cadeira?

- Com todo o prazer, Srta. Becker – me sentei na cadeira assim que ele levantou.

- Quem te deixou entrar aqui?

- Tenho meus contatos – deu de ombros – então o que acha de irmos para a sua casa hoje a noite e assistir uns filmes?

- Não posso, tem um evento da empresa hoje.

- Oh – ele se sentou na cadeira a minha frente.

- Até não iria, mas sou acompanhante do Chaz.

- Chaz?Ele não te odiava?

- Odeia, isso é só uma forma de tortura, porque eu ia com o Jack.

- Jack?Por quê?

- Preciso mesmo responder?Jack é legal e é um pedaço de mau caminho.

- Não fala de homem para mim, por favor – bufou me fazendo rir.

- Como é criança – ri o fazendo corar – tenho vontade de apertar suas bochechas quando cora – liguei o computador em minha frente.

- Nunca faça isso.

Virei-me para ele – por que não me deixa te tocar?