História So far and So close - Is complicate

No final tudo acaba,tudo morre,estrelas morrem,por que nós,meros pedaços de carne,não morreremos?

- Por nada – suspirou.

- Justin, por que não me deixa te tocar? – perguntei firme.

- Eu preciso ir – se levantou rapidamente da cadeira.

- Eu preciso ir não é resposta para tudo – ele bufou se jogando no sofá de couro preto ao lado direito da minha mesa.

- É resposta para suas perguntas.

- Só quero saber o motivo de você não me deixar te tocar – disse irritada.

Ele suspirou e disse:

- É complicado.

- Me esforço a tentar entender – o encarei seria.

- Srta. Becker – me virei para a porta onde Chaz entrava pela mesma.

- Sr. Somers – virei meu olhar para o sofá ao meu lado, onde já não se localizava nenhum Justin, mas como?

- Terá que ir ao salão mais tarde.

- Como? – engasguei com a minha própria saliva – não irei ao salão.

- Deve ir,arrumar seu cabelo ou maquiagem,eu não sei bem o que fazem com mulheres em salão – bufei.

- Sei arrumar meu cabelo e fazer maquiagem, senhor – suspirei – não preciso ir ao salão, as oito estarei pronta lhe esperando em frente a meu duplex.

- Ainda acho melhor ir a um salão.

- Não irei – revirou os olhos e saiu da minha sala, cara irritante!

***

Entrei no elevador às cinco horas em ponto, Chaz havia me deixado sair mais cedo, pois segundo a ele, eu demoraria a me arrumar e ele odeia atrasos.

Eu não estava nada feliz com isso, não que eu não gosto de sair cedo, muito longe disso, mas eu tinha deixado trabalho acumulado e segunda ele me mandaria mais trabalho e nem almoçar eu teria direito.

- Alice – sorri para Jorge assim que me sentei no banco traseiro do velho taxi.

- Boa tarde, Jorge.

- Saindo cedo...

- Bom essas são as vantagens de seu acompanhante ser seu chefe – ele me encarou pelo retrovisor.

- Está namorando seu chefe? – perguntou assustado.

- Claro que não Jorge, ele estava sem acompanhante e me chamou, não pude negar – ri fraco – meu chefe não é do tipo “namorável”

- Por que não?É velho?

- Não,pelo contrario,é bem novo para tudo isso, mas ele é irritante e ranzinza – ele riu.

- Então certamente não é namorável – ri dele assim terminando nossa costumeira pouca conversa, logo paramos em frente a minha casa, entreguei cinqüenta dólares a Jorge e entrei em casa antes que ele rejeitasse.

A casa estava silenciosa e escura, apenas me dirigi até a cozinha onde um papelzinho amarelo estava colado na porta da geladeira.

Como você me obrigou a ir ao salão, só vou voltar às sete e meia, para caso seu cabelo esteja estranho e sua maquiagem seja apenas um gloss e lápis de olho.

Te amo,beijos Carter.

Amassei o papel, o jogando na lixeira ao meu lado, eu não iria passar só um gloss e um lápis de olho, acho que se fizesse isso, Chaz traria uma maquiadora particular para mim.

Abri a geladeira tirando uma embalagem de leite, tomei um grande gole dele e o botei em cima da mesa, puxei a pequena embalagem onde estavam alguns queijos pequenos e ao lado alguns pedaços de presunto.

Pão. Onde estão os pães dessa casa?

Carter, cadê os pães que eu comprei ontem a noite?

Digitei rapidamente a mensagem, logo obtendo uma resposta:

Você sabe como eu fico quando estou ansiosa, Ali.

Respondi:

Carter eram dez pães, você comeu dez pães?

Encarei o lixeiro, onde o saco dos pães estava amassado.

Desculpa, prometo comprar mais para você amanhã.

Ignorei sua mensagem, puxando cinco dólares da minha bolsa, não irei morrer de fome aqui. Subi rapidamente as escadas, me livrando daqueles saltos altos assim que cheguei ao quarto, puxei um short preto, uma blusa regata branca e um casaco cinza pequeno do guarda-roupa e me vesti rapidamente, calcei meus chinelos e desci rapidamente as escadas, me livrando do meu coque alto e deixando meu cabelo, ainda úmido, solto.

Abri a porta dando de cara com Justin, bufei e o ignorei me virando para fechar a porta atrás de mim.

- Desculpa por sumir, não queria falar com o Chaz – guardei as chaves no bolso do meu casaco e me virei para ele.

- Então achou melhor se jogar da janela?Porque essa é a única forma de sair daquela sala sem passar pela porta principal.

- E-eu entrei no banheiro da sua sala – gaguejou me fazendo bufar.

- Eu consigo saber quando alguém mente descaradamente na minha cara, Justin!

- Chaz, anda muito estranho, não gosto de falar com ele – mentiu de novo.

- Quando quiser contar a verdade, me procura – me desviei dele e segui até o pequeno mercadinho da esquina sem ao menos olhar para trás.

O carrancudo senhor Johnson, passava as paginas de uma revista de carros e nem se deu ao trabalho de olhar para mim, apenas segui até o balcão onde se encontrava.

- Será que pode por dez pães para mim? – perguntei me encostando ao balcão, ele apenas largou a revista aberta em minha frente, enfiou a mão dentro de um saco e tirou dez pães os depositando em uma sacola de papel.

- Três dólares – puxei o saco para mim e lhe entreguei meus cinco dólares, me entregou meu troco e eu saí rapidamente daquele mercadinho, odiava ter que comprar ali, mas o que podia fazer?Aquela era o único mercadinho que ficava perto da minha casa.

Em frente a minha casa, Justin já não se encontrava mais, apenas bufei e abri a porta da casa.

Terminei meu grande sanduíche com varias camadas de queijo, alface, presunto, tomate, ele ficou um pouco grande, mas eu o espremi na sanduicheira e ficou excelente.

***

As seis e dez chegou uma mensagem de Carter, me mandando me arrumar, então fui diretamente para o banheiro tomando um banho completamente demorado e depilando tudo que havia para depilar,sei lá,parece que quando eu estou com as pernas cabeludas todos sabem,mesmo que eu use calças ou vestidos longos.Mas minhas pernas não estavam cabeludas,só acho que devo ficar bem na frente de todos aqueles investidores.

Passei o creme corporal mais cheiroso que encontrei nas coisas da Carter, porque eu não uso nenhum creme. Então enfim, passei um pente em meus cabelos, os arrumando em uma trança, logo a enrolei em um coque e puxei um pouco mais de dois fios de cabelo para cada lado, me encarei no espelho e bem, estava apresentável e era o máximo que eu podia fazer sozinha.

Passei uma sombra clara, um lápis de olho um pouco mais escuro que a sombra, mas ainda claro e batom nude nos meus lábios, ótimo!

Peguei o vestido da porta do guarda-roupa e o vesti,vestidos tomara que caia,ficavam bem em mim, segundo a minha mãe, mas na verdade para minha mãe eu ficava bem em todo tipo de vestido, dizendo ela, meu corpo era perfeito, o que é uma total mentira.

- Ali – escutei um grito fino, assim que terminei de calçar meus saltos assassinos cor de pele.

- Carter, você está linda – olhei para a morena vestida em um vestido até o joelho preto com alguns brilhos espalhados por alguns lugares de sua extensão, suas alças vinham pelo lado e seguiam ate o pescoço, fazendo um x nas costas, ele era lindo.

- Olha para você! – ela sorriu – esta deslumbrante, Chaz vai querer casar com você – ri.

- Não brinque com isso.

- Você ira ser o centro das atenções – ri tímida, não gostava de ser o centro das atenções.

- Que nada.

- Vou passar um perfume e ligar para o Scott, quando o Chaz chegar me avise – assenti e ela saiu do quarto rapidamente,o amor desses dois era meio doentio.

- Você está linda – olhei rapidamente para trás, vendo Justin parado em frente ao meu guarda-roupa.

- Obrigado, mas pare de aparecer e sumir toda hora – reclamei e pude ouvir seu riso afobado – veio me dizer a verdade,Bieber?

- Ainda não.

- Então pode sumir novamente – disse irritada.

- Tem que entender meu lado, Ali – se aproximou de mim.

- Me explique que eu prometo tentar entender.

- Alice! – reclamou.

- O que?Você pode ser um tarado me perseguindo.

- Eu não sou um tarado – bufou – prometo que quando chegar dessa festa, irei te contar o que está acontecendo ok? – assenti.

Uma buzina soou pela casa e logo meu celular vibrou.

Estou na porta, Becker

- Eu tenho... – me virei já não vendo nenhum Justin ali,isso é irritante – Carter! – gritei e em segundos ela saiu do quarto com o celular na orelha.

- Também te amo, Scott – ela sorriu e eu revirei os olhos descendo as escadas, que meloso.