1. Spirit Fanfics >
  2. So Far Away - Min Yoongi >
  3. 1 - Troca de favores

História So Far Away - Min Yoongi - 1 - Troca de favores


Escrita por: AmoraSel_

Notas do Autor


Yaaa, amoras! 51 favoritos! Muito obrigadaaa ❤
Boa leitura.

Capítulo 3 - 1 - Troca de favores


Fanfic / Fanfiction So Far Away - Min Yoongi - 1 - Troca de favores

Tudo está mudando mas por que eu estou apenas aqui? 

Tudo está mudando mas por que eu sou o único aqui?

Isso mesmo, porr*, eu não posso morrer não, eu estou vivendo, eu não tenho nada que eu queira fazer

Eu estou sofrendo mais que tudo, eu estou sozinho

Ao meu redor, todos estão apenas me dizendo para me recompor

Eles extravasam a sua raiva, eu sou o meu único companheiro

Aquilo que você está extravasando

- So Far Away

*********************

Acordo com uma dor de cabeça insuportável.

Ressaca de novo.

Ontem eu bebi pra caralho, então é de se esperar que agora eu esteja pior que ontem. Coço meus olhos e olho no relógio. 10:30 da manhã.

Eu não queria levantar da cama, mas mesmo que eu tentasse voltar a dormir, eu não conseguiria por culpa da luz solar matinal em meu rosto vindo da janela, e também por causa da dor de cabeça.
Levanto e me espreguiço, sentindo um cheiro ruim vindo de mim. Eu estava fedendo a suor e a álcool.

— Porra, faz quanto tempo que não tomo um banho? — Faço careta e vou para o banheiro, ligo o chuveiro e começo meu banho.

Ontem eu havia pensado em me jogar da sacada, mas eu já estava deitado e não quis levantar pra me matar. Eu sou realmente um bosta, talvez isso seja só uma desculpa para esconder minha covardia e meu medo. Por mais que eu seja um idiota, quero continuar vivendo. Quero tentar dar a volta por cima. Mas quando minha dor aumenta, a solução que vem a minha mente é apenas essa: Morrer.

Depois de uns 20 minutos, eu termino meu banho e vou para a cozinha. Como alguns biscoitos velhos com café e checo minhas mensagens pra ver se alguém tinha lembrado de mim.

Ninguém se lembrou.

Fazia bastante tempo que não falava com minha família. Quase seis meses.
Eles devem ter esquecido da minha existência, ou simplesmente arranjaram um filho melhor. É bem provável que isso aconteça pois da última vez que conversei com minha irmã para pedir dinheiro emprestado, ela contou que minha mãe estava suspeitando que estava grávida. Eu torço para que seja verdade, pois ela realmente merece um filho melhor que eu.

Deixo o celular em cima da mesa e suspiro ao lembrar de certos acontecimentos. Estava sentindo que dessa vez eu iria chorar, mas logo escuto a campainha tocar e engulo o choro. Abro a porta e vejo o dono do prédio me encarando com aquele olhar que ele sempre me lança quando eu atraso o aluguel.

— Você já sabe porque eu estou aqui. Cadê o aluguel? — Ele me encara.

— Bom dia pra você também. — O encaro e ele arqueia a sobrancelha.

— Você está tendo um bom dia? — Ele fala em tom debochado enquanto olha minha situação. Ele realmente não prestava.

— Enfim... Não tenho dinheiro ainda.  — Encaro o chão.

— São quase quatro meses, Min Yoongi. Acha que deixarei você morar de graça aqui? Eu já estou sendo bonzinho demais com você, pois ainda estou te cobrando ao invés de expulsa-lo logo. — Ele cruza os braços.

— Estou desempregado, cacete! Quer que eu tire dinheiro da onde? Do cú? — Me irrito e passo a mão nos cabelos.

— Não quero saber, não me interesso por vagabundos como você. Escute bem o que vou falar: Você tem apenas sete dias para pagar tudo. Caso contrário, diga adeus ao seu apartamento. Irá morar na rua novamente. —Ele cola um aviso de despejo na minha porta, mas eu logo arranco e o amasso por conta da raiva que senti. Ele apenas ri debochado e balança a cabeça.

  Espero ele sair pelo elevador e quando sai, eu dou um grito de ódio e chuto a porta ao lado da minha com força, fazendo um barulhão.

Sinto meu pé doer por conta disso, mas logo olho para a porta vendo a mesma sendo aberta e uma menina sair de lá, assustada.

— Foi você que chutou minha porta? — Ela arqueia a sobrancelha.

— Eu não! — Min Yoongi covarde dando as caras novamente.

— Então quem foi? Você estava aqui né? Você viu? — Ela diz olhando para os lados. Reviro os olhos, ela era realmente burra por acreditar em mim mesmo sabendo que só tinha nós dois ali.

— Não sei de nada. — Viro o rosto e cruzo os braços. Ela fecha a porta e caminha até mim, e eu fico me forçando pra não olhar para seu rosto e fingir que nem estava percebendo a menor me encarar.

— Ei, você é o garoto de ontem né? Que me deixou falando sozinha? — Ela diz ainda me observando.

— Não sei de nada. — Repito a mesma frase e ela suspira, estava começando a se irritar.

— Ei, qual é? — Ela cruza os braços — Só queria fazer amizade com você, mas você me ignorou completamente.

— Caso não tenha notado, eu estava caindo de tão bêbado ontem. Eu mal escutava o que você dizia, e nem conseguia te enxergar direito. — Falo asperamente e olho pra cima.

— Mas agora está me escutando e tenho certeza que consegue me enxergar, então me olhe! — Ela fala e eu olho pra baixo, vendo uma menina baixinha que batia mais ou menos na altura da minha boca me olhando. Seus cabelos eram uma mistura de rosa, azul e lilás, seus olhos eram claros, ela era branquinha e tinha uma boca levemente rosada. Devo tê-la analisado bem para ter dado tantos detalhes assim.

— Pronto. Agora estou te olhando. — Digo com uma cara de tédio.

— Ótimo, agora podemos nos apresentar não é? — Ela sorri animada e eu dou de ombros. — Meu nome é Lim Sook Mi, me mudei ontem para o apartamento ao lado do seu. Isso não é legal? Somos vizinhos!

— Ah, foda-se. — Dou de ombros e ela me olha assustada. Ri da expressão dela mas percebi que ela tinha ficado desconfortável, então parei de rir. —Tá, vai. Uau, que legal, empolgante, muito louco.  — Ironizo.

— Baka. Me diga seu nome? — Ela parece achar graça.

— Não precisa, pode continuar me chamando de baka. Eu sou um mesmo. — Dou de ombros.

— Irei continuar chamando de baka se me der motivos, mas me diga seu nome! — Ela insiste.

— Min Yoongi. — Falo sentindo desgosto do meu próprio nome.

— Uau, é um nome realmente bonito. — Ela sorri e eu olho pra ela tentando ver um sinal de ironia, mas ela parecia estar sendo sincera.

— Está de brincadeira? — Arqueio uma sobrancelha.

— Não, eu achei seu nome realmente bonito. E você também não é feio. —Ela sorri mais e eu a olho estranho. O que ela estava falando agora?

— Você é super maluca, garota. — Reviro os olhos e me afasto.

— Ei, você não gosta de elogios? — Ela me segue.

— Eu não gosto de deboche. Você está debochando de mim. — Encaro o chão.

— Não é deboche! É verdade! — Ela argumenta — Mas já que você não gosta, eu nunca mais te elogiarei!

— Tanto faz, garota. — Viro pra ficar de frente dela — De todo jeito, não se apegue a mim pois não serei seu vizinho por muito tempo. Daqui a uma semana serei expulso.

— O quê? — Ela arqueia a sobrancelha — Como assim expulso?

  Eu a olho estranho de novo como se ela fosse louca por achar que eu ia contar a ela. Mas quando me dei conta, eu já estava contando.

— Eu estou devendo o aluguel por um bom tempo, e agora o dono do imóvel falou que se eu não pagar dentro de sete dias eu vou voltar a morar na rua. E tipo, eu estou desempregado. Não tenho dinheiro nenhum para pagar.

— Cara, que tenso... Por que não pega dinheiro emprestado? — Ela pergunta, pensativa.

— É muito dinheiro que estou devendo, fora as contas e tudo mais. E mesmo se eu pegar, como pagarei depois? Não sou caloteiro. — Dou de ombros.

— Ah, sei lá. Mas por que você fica bebendo ao invés de procurar emprego? — Ela me encara e eu engulo em seco, me segurando pra não responder "porque eu sou um lixo"

— Porque as bebidas me aliviam então me dão problemas.

— Então você tem dinheiro pra comprar bebida, mas não tem dinheiro para pagar o aluguel? — Ela me olha com desaprovação.

— Garota, você é muito enxerida. Cuide de você mesma! — Me irrito e abro a porta de casa, mas ela fica no batente me impedindo de fechar.

— Tudo bem, só fiquei preocupada com você. — Ela suspira — Não quer sair comigo e me ajudar a pegar o restante das coisas que falta pra a mudança? Em troca disso posso te dar algum dinheiro.

— Que? — Olho estranho pra ela.

— É, tipo troca de favores. O que acha?

》{...}《

 Em minha situação, não pude não aceitar aquilo. Qualquer dinheiro seria bem vindo já que gastei todo o meu com aquelas cinco garrafas de licor e mais algumas de uísque na semana passada.

Fui ajudando ela a tirar as coisas da sua casa antiga, que era a apenas algumas quadras do nosso apartamento, e depois a ajudei a levar de volta. Foi um trabalho simples então nem deu tempo de ficar suado, mas depois que acabamos vi que já era 12:30.

— Obrigada pela ajuda. Quer almoçar num restaurante comigo? Eu pago. — Ela sorri. Mais uma proposta que eu não podia recusar.

— Quero.

Fomos pro restaurante e pegamos uma mesa. Fizemos nossos pedidos e esperamos.

— Então, quantos anos você tem? Eu tenho 21. — Ela volta com as perguntas chatas.

— 21? Você não parece ter 21! — Olho para ela e dou risada. — Na verdade, eu te daria uns 17. Seria menor de idade!

— Ya! Só porque sou baixinha? — Ela faz bico e eu dou mais risada ainda. — Vai logo, me diz sua idade.

— Eu sou um velho preso num corpo de alguém de 24 anos. — Falo com desgosto.

— Uau, também não parece! Tipo, além dessa aparência que eu estou vendo agora, você deve ficar bem mais jovem quando se arruma. — Ela abre a boca e eu a olho estranho. Ela nunca me viu sem ser do jeito que estou agora, e ainda vem com esse papo?

— Tanto faz.

 Nossas bebidas chegam e eu bebo meu suco de limão que a mesma pediu pra mim. Ela tinha dito que não podemos beber álcool no almoço.

— Mas então você é meu oppa? — Ela sorri animadamente.

— Tecnicamente sim. Mas não vem com essa de ficar me chamando de oppa, nem minha irmã me chama disso. — Dou de ombros.

— Você é tão informal, mas quando tento algo mais próximo você dá pra trás. Você não gostou mesmo de mim? —  Eu poderia evitar essa pergunta facilmente se a mesma não estivesse olhado em meus olhos.

— Não é isso Lim Sook Mi, mas eu não sou íntimo nem de mim mesmo. — Suspiro — Você até que é legal.

—  Olha, você falou meu nome! Achei que tivesse esquecido... — Ela mexe seu suco de laranja e coloca mais açúcar.

— Açúcar demais dá diabete. — Falo.

— E coisas azedas demais dá desgosto.

— Por isso eu sou o desgosto em pessoa. — Falo baixo e ela me olha estranho, mas logo nossa a comidas chegam.

— Bom apetite! — Ela sorri e começa a comer. Eu como também.

Não falamos nada depois disso. Ela parecia estar muito entretida comendo seu bibimbap pra puxar assunto e eu também, fazia tempo que eu não comia uma boa carne.

Ela pagou a conta e me deu o dinheiro que prometeu. Sorrio com aquilo e guardo o mesmo.

— Você promete que vai tentar arranjar emprego e não vai gastar esse dinheiro com besteiras e bebidas? — Ela pega em meu braço e me olha, me fazendo olha-la também.

— Não prometo nada. — Olho pra frente e ela aperta mais um pouco meu braço — Mas eu vou tentar.

— Pelo menos é um começo. — Ela suspira e saio com ela do restaurante. Voltamos pra o prédio eu entro com ela pela portaria. Dessa vez o porteiro me olha espantado pois não esperava me ver sóbrio e com uma garota.

— Que porteiro estranho esse. — Ela ri da expressão que ele fez.

 — Ele está surpreso. Nunca tinha me visto com uma garota antes. — Falo e ela arqueia a sobrancelha.

— Nunca? Você não namora? — Ela pergunta e entra no elevador. Entro com ela e aperto o botão de nosso andar.

— O que você acha? — Reviro os olhos — Se eu estivesse namorando com alguém, provavelmente estaria transando loucamente ao invés de ficar preso em meu apartamento bebendo todas e esperando meu mundo desabar por completo.

— Nossa. — Ela arqueia a sobrancelha por conta do meu palavreado e a mesma se vira para o espelho e arruma seu cabelo. Eu não olhei pra lá, porque já sabia que ela estava bonita e eu continuava um feio deplorável.

— Você não namora? — Pergunto para ela.

— Ah, eu terminei, mas meu ex ainda fica na minha cola. Aquele pé no saco. — Ela bufa e eu ri pois era a primeira vez que escuto ela falar algo desses.

— Melhor estar solteira do que presa em um compromisso sério. — Olho pra ela — Eu nunca fui de compromisso. Por isso, todas as garotas da qual eu comi, sempre foram vadias de esquina ou putas profissionais.

— Nossa... Nunca namorou com ninguém? Mesmo? — Ela me encara.

— Até que já, mas foi na época do colegial. Namorei com três ao mesmo tempo e as burras só descobriram depois de cinco meses, quando eu já tinha quase engravidado uma. — Ri e ela me olha espantada.

— Você não é quem eu achei que fosse... — Ela engole em seco e olha pra a porta do elevador que logo abre. Ela sai de lá e eu saio com ela.

— Eu não sou nem metade do que você acha. — Encaro ela e ela me encara também — Se só por essas coisas que eu te contei você já está assim, melhor nem querer descobrir o resto. Não é a toa que meus amigos que sabem da maioria das coisas estão se afastando de mim.

— Bom, eu vou entrar... Obrigada por hoje. — Ela diz abrindo sua porta com um pouco de receio. Eu seguro a risada pra manter o clima tenso.

— Eu que agradeço. — Sorri fraco e entro em meu apartamento. Bato a porta com força e já imagino a reação da garota ao ouvir aquilo. Provavelmente ela está morrendo de medo de mim agora.

》 Continua...《


Notas Finais


Para recompensar o prólogo pequeno, ai está o primeiro capítulo bem grandinho.

Me desculpe a demora, estava esperando a menina me entregar os banners dos capítulos, mas acabei desistindo e postando mesmo assim. A garota da mídia é a Lim Sook Mi. Linda, né?

 Qualquer erro de ortografia, podem me comunciar! Espero que estejam gostando, e muito obrigada pelos comentários e favoritos, continuem assim ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...