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História So Far Away - Min Yoongi - 3 - Tolo é quem não aceita ajuda


Escrita por: AmoraSel_

Notas do Autor


AAAAAAAAAAA MINHAS AMORAS ♥
Eu estou muito feliz! Quando eu vi 100 favoritos e 18 comentários no capítulo anterior eu pensei ''só pode ser miragem'' ksksks
Nunca um capítulo meu teve tantos comentários assim! Por favor, vamos manter esse ritmo e rumo aos 150 favoritos ♥
Obrigada por TODO o carinho, agradeço á TODAS! EU AMO VOCÊS!!!

Boa leitura amoras do meu kokoro ♥

Capítulo 5 - 3 - Tolo é quem não aceita ajuda


Fanfic / Fanfiction So Far Away - Min Yoongi - 3 - Tolo é quem não aceita ajuda

Afastando

Amigos, família, qualquer pessoa ao meu redor

Não podem ficar ao meu lado, apenas passam por mim

A flecha ainda desvia do alvo chamado relações humanas

Finjo não ser solitário, finjo não estar sofrendo

Finjo estar bem sem motivo, inutilmente finjo ser forte

Não escale o muro que coloquei em minha frente

Não me tire dessa ilha, nesse vasto mar

- 140503

***************


          — Você tá machucada? Deixa eu cuidar de você. — Acabo não acreditando nisso que eu havia acabado de dizer, e parecia que ela havia se surpreendido também.

— Seu nariz está sangrando... Vem cá, eu que vou cuidar de você. — Ela me puxa pra dentro e fecha a porta.

— Deve ter sangrado por conta do soco de raspão que recebi...

Observo seu apartamento. Era igual ao meu e não tinha muitos móveis porque ela havia acabado de se mudar, mas ainda assim tudo que havia ali estava muito bem decorado, limpo e organizado.

— Espera aqui, vou pegar um papel.

Ela volta com um papel macio e se aproxima de mim. Ela segura em minha nuca e começa a limpar o sangue. Fico a olhando durante o ato até ela me limpar por completo.

— Prontinho. — ela me encara e desliza sua mão da minha nuca até as minhas costas, mas logo retira a mão e a coloca por trás de seu corpo, como se estivesse envergonhada.

— Valeu. — Olho sua bochecha e a toco. — Está vermelho. O tapa foi forte, não foi? Por que deixou?

— Se eu pudesse ter me defendido eu teria o feito. — Ela encara o chão — Me separei dele por isso. Ele começou a querer me bater como se eu fosse seu saco de pancadas.

— Você não deveria deixar nenhum homem te machucar. Nenhuma mulher deveria. — Falo sério.

— Eu sei. — Ela suspira — É que… Ele é louco.

— Você não deveria se relacionar com pessoas loucas... — Uso isso como se fosse uma advertência a ela. Uma indireta, pois eu também me considero um louco.

— Sabe qual é o meu problema, Yoongi? — Ela me encara. — Meu problema é tentar ajudar as pessoas que não conseguem se ajudar sozinhas, mas eu sempre acabo só atrapalhando e piorando a situação. Então sim, eu realmente deveria parar de me relacionar com pessoas assim, mas o meu coração... Ele não aguenta.

Olho para Sook Mi e percebo que ela realmente é uma pessoa boa por querer ajudar quem só a atrapalha. Mas talvez ela não saiba que isso é algo completamente trouxa de se fazer.

— Você é uma tola. — Falo sério e ela arqueia a sobrancelha. — Ajudar quem te atrapalha é inútil, uma burrice.

— Talvez seja mesmo. Só que... Acho que a pessoa mais tola não é aquela que está tentando ajudar, mais sim a que não aceita ajuda. — Ela diz olhando em meus olhos, me deixando intimidado — Ajudar e ser ajudado é sempre bom.

Desvio o olhar e fico em silêncio. Ela está certa. E acho que esse momento que acabamos de ter, de mim "cuidando" dela e ela fazendo o mesmo comigo realmente me fez bem. Seria bom ser ajudado... Por ela.

— Enfim... Quer comer algo, sentar...? — Ela diz provavelmente incomodada com o silêncio que se formou.

— Eu não quero nada. Um tempo atrás eu estava na cafeteria com meus amigos. — respondo e ela franze o cenho.

— Eu também estava na cafeteria. — Ela parece ter pensado em algo — Yoongi, você não me seguiu, né?

— Eu? É claro que não, foi só o acaso. — disfarço e ela parece acreditar na mentira de novo.

— Então ok... Vamos apenas nos sentar. — ela se senta no sofá com as pernas cruzadas e com postura. Isso a deixou engraçada e eu ri de canto, a fazendo rir também e encostar as costas no sofá. Eu me sento ao seu lado, mas ainda assim com um pouco de distância para não mantermos contato corporal. — Ficamos alguns dias sem se ver... O que você andou fazendo? Cumpriu o que me prometeu?

— Você vai ficar com raiva se eu disser que não? — falo e ela fecha a cara.

— Eu não acredito! — ela exclama — Você nem deve ter tentado!

— Mais é claro que eu tentei! Eu tinha dito que ia tentar e nisso eu não menti! — me defendo — Só que tentar é diferente de conseguir.

— Aigoo! E o que vai fazer? Falta quatro dias! 

— Não tem muito que fazer. Meus amigos até falaram para eu morar na casa deles, mas eu não quero causar problemas. — Olho pro chão.

— Entenda: Você não vai causar problemas se você não quiser. — Ela se aproxima mais de mim, roçando seu ombro no meu.

— Eu atraio problemas mesmo quando não quero. — suspiro.

— Se você não procura problemas, não vai ter como você causa-los. Me entende? — ela olha fixamente pra mim e eu faço de tudo para não olhar para ela também.

— Sei lá... Mas eu só não quero que eles sejam obrigados a me aguentar. — mordo os lábios.

— Lembre-se do que eu te disse: Tolo é quem não aceita ajuda. — ela diz firme e dessa vez eu a olho.

— Está me xingando?

— Sim, estou. Muita burrice da sua parte negar ajuda de um amigo que só quer seu bem. Se eles te amam, vão ter que te aguentar de qualquer jeito! Amigos são para isso! — Sook Mi olha em meus olhos e eu nos dela.

Pela segunda vez apenas hoje, ela me deixou sem palavras. Quanto mais eu acho que ela é burra, mais ela me surpreende com sua inteligência.

— Talvez você tenha razão. — paro de olha-la. Eu não vou admitir que ela está certa.

— Seus amigos devem ser tão legais...

— Eles são sim. Eu sou o único insuportável.

— Qual é... — ela toca em meu ombro — Você não é insuportável. Você só é alguém que perdeu o humor, mas eu posso fazê-lo voltar. Quer brincar comigo? — ela sorri e eu a olho sem entender.

— Brincar do que?

— De jogo da memória, videogame, jogos de cartas... Tantas coisas! — Ela se empolga, mas eu ainda estou sem animação alguma. Porém, admito que eu realmente preciso me distrair.

— Ok, ok. Vamos brincar logo. — reviro os olhos e ela aplaude.

— Quem ganhar vai ter uma recompensa! — ela sorri.

— Qual é? 

— Ganhe que você saberá. — ela pisca pra mim.

》{...}《

— Aish. Não sabia que você era bom nisso. — ela reclama quando eu ganho dela pela segunda vez.

— Eu também não sabia. — Ri fraco e ela sorri, vem ao meu encontro e me abraça.

— Parabéns, essa é sua recompensa. — Ela fala próxima a minha orelha e me abraça mais forte. 
Eu ia reclamar, mas me senti tão aconchegado no abraço que acabei ficando quieto. Não retribui o abraço e nem sequer me movi, mas fechei os olhos e me inebriei com seu cheiro doce. 
Ela é a menina mais cheirosa que já conheci, e a mais docinha também.

— Obrigado... — Sussurro e posso vê-lla dar um pequeno riso. Ela me solta e eu quase a puxo para continuar abraçada comigo, mas não faço isso.

— Você gosta de abraços? — Ela me solta e volta a se sentar.

— Não sei, não tenho costume de abraçar ninguém e quase ninguém me abraça. — me senti solitário falando isso. Droga, ela percebeu.

— Sua sorte é que eu amo abraçar as pessoas. Posso te abraçar sempre que pedir. — ela pisca de novo pra mim e de algum modo, sinto meu coração palpitar. Ela é tão charmosa...

— Eu não vou pedir. —me recomponho.

— Então eu te darei quando achar necessário... — Sook fala um pouco baixo e eu até que gosto da ideia, mas não falo nada.

— Você é fofa. — dou um meio sorriso.

— Fofa? Blé, não tenho nada de fofa. Eu sou swag! — Ela faz pose.

— Não, você não tem nada de swag. É apenas fofa. — Rebato.

— Que decepcionante. Fofa é o contrário de sexy. — ela faz biquinho.

— Você quer ser sexy? — debocho — Você não tem o perfil.

— Olha lá, o quanto você sabe? O quanto você viu? — Ela fala em um tom diferente, o que era engraçado.

— Eu apenas sei. Dá para imaginar o que tem por debaixo dessas roupas. Seios pequenos, gordura abdominal, coxas não tão favoráveis, carente de bun... — Ela me interrompe.

— Seu idiota, quer morrer? Quando você me analisou tanto? — Ela começa a me estapear.

— Eeeei, estou sendo sincero! — Me defendo.

— Sincero uma ova! Só diga coisas sobre meu corpo quando o ver nú. Você está completamente errado! — Ela semi-cerra os olhos.

— Então eu irei vê-la pelada? — Sorri perversamente e ela me bate mais — Ai!

— Pare com isso, babo! Vou te quebrar ao meio! — ela cruza os braços.

— Estou com medo. — debocho e ela se move para me bater de novo — PAREI! Não me bata mais, não quero revidar.

— Tá bom. Você não teria coragem também. — ela dá de ombros e ri.

— Você duvida da minha capacidade? — faço cara de mau.

— Duvido. Você é todo "gentleman" — ela debocha.

— É, sou mesmo. — falo convencido e ela começa a rir — Preciso ir, tenho que tomar meus remédios e dormir. — me levanto.

— Mas já? — ela estende o braço pra mim e eu a puxo, a ajudando a se levantar.

— Sim. — eu comecei a ter a sensação de que estava a incomodando. É sempre assim: me divirto um pouco, mas depois esse pensamento me invade e eu começo a me arrepender de ter sido extrovertido por um momento. — Então depois a gente se vê.

— De qualquer forma obrigado por hoje. — wla sorri pra mim e eu sorrio de volta.

— De nós dois, eu sou o mais agradecido. Tchau fofinha nada sexy e swag! — pisco pra ela, dou um riso fraco e vou até a porta.

— Tchau, seu babo!

Olho pra ela e vejo que ela também ri silenciosamente. Ela acena pra mim, eu saio do apartamento dela e entro no meu.

Porém me surpreendo quando percebo que meu apartamento estava super escuro. Caminhei até onde se acendem as luzes e apertei o botão, mas nada. Tudo continuava trevoso.

Vou até a cozinha e tento achar algo para iluminar: Vela, lanterna, o meu celular... Mas nada.
Ligo a torneira pra fazer um teste e comprovo: Eu estava sem luz e sem água.

— DROGA! — Chuto a quina de algo que eu não vi e sinto dor. Comecei a ter medo do escuro.

E mais uma vez, como sempre, minha vida volta a ser sombria e eu me perco nas trevas.

Fico desesperado com a hipótese que poderia ter algo me observando em meio aquela imensidão preta e obscura, esperando para me atacar, pois não quero ver aquelas coisas novamente. Vozes começam a ecoar na minha cabeça e elas não falam coisas agradáveis. Só fazem meu medo crescer. Eu preciso me libertar.

  Saio do meu apartamento as presas e o tranco, com as mãos ainda tremendo. 
Do lado de fora, encosto minhas costas na porta e suspiro pesado. Minha respiração estava ofegante. Eu quase tive um ataque.

 Quando olho para o lado, percebo que ninguém estava me observando no escuro, mas alguém me observava no claro.


Notas Finais


Babo = idiota em coreano.

Obrigada por ler!
O que acharam do capítulo? COMENTEEEM!
Chamem as amigas para lerem, pois eu prometo que quando fizermos 150 favoritos, eu posto 2 capítulos de uma vez u-u
Ps.1: Leiam minhas outras obras sz
Ps.2: Já viram o trailer da fanfic? Se não, corre para ver! Tá legal! Bjs ♥


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