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História So ist es immer, eu te amo. - Cartas para Eren


Escrita por: Beez-chan

Notas do Autor


Olá meus amores! Nesse capítulo cheio de surpresas veremos o lado do nosso lindo Levi em relação aos acontecimentos desde o primeiro capítulo. É um capítulo narrado por ele, eu vou escrever capítulos narrados por ambos. Quem está curioso pra saber o que se passa naquela mente? Eu corrigi alguns detalhes que havia esquecido anteriormente, para melhor compreensão de todos. E ao longo dos capítulos, eu estarei inserindo músicas para determinados trechos, a fim de deixar a leitura mais interativa e mais gostosa! Boa leitura!

Capítulo 3 - Cartas para Eren


Fanfic / Fanfiction So ist es immer, eu te amo. - Cartas para Eren

Hoje eu o beijei. Eu não fui capaz de reprimir o desejo que reside em mim. Eu o beijei e fugi, o que há de errado comigo? Esse não sou eu. Eu sempre encaro de frente todas as coisas, mas hoje não consegui encarar Eren. Tive medo de magoá-lo, não queria que ele me visse tão desconcertado. Logo eu que não sou de deixar os sentimentos me controlarem, fiquei completamente sem poderes quanto a mim mesmo e fugi.

Eu me pergunto que rumo minha vida teria tomado se eu não o tivesse conhecido. Há três anos atrás, em 2013, fui para Tóquio apenas para cursar o ensino médio. Não estava nos meus planos me apaixonar... Não, eu não queria me apaixonar. Eu iria seguir com os estudos e com o judô. Porém, numa manhã fria de uma quarta-feira, eu me apaixonei. Eu o quis no primeiro momento que meus olhos se chocaram com a imensidão verde esmeralda dos olhos dele.

Antes de tudo acontecer eu morava em Kyoto. Me inscrevi em um colégio de Tóquio e resolvi me mudar. Longas horas em um carro, olhando pela janela que estava terrivelmente suja. Após organizar toda a papelada, me inscrevi no grupo de judô que era o meu objetivo principal. As aulas aconteciam normalmente, minhas notas eram excelentes, fui promovido a assistente do professor de judô, tudo corria bem.

Naquela manhã de quarta, eu teria que lutar com alguns alunos que seriam testados e trocariam de faixa. Eu estava sentado um pouco afastado quando todos entraram. Jean-sensei anunciou a primeira luta. Meu oponente era Eren Jaeger. Me posicionei e o cumprimentei, ainda não tinha olhado diretamente pra ele e quando o fiz, meu corpo paralisou e não pude fazer nada. Senti meus olhos um pouco arregalados, ele me fitou ruborizado, boquiaberto e desviou o olhar várias vezes. Eu por outro lado, me concentrei no meu objetivo.

A luta havia começado, respirei profundamente buscando foco e então começamos. Ele não fazia o tipo esportista, logo o derrubei no chão e fiquei por cima de seu corpo. Segurei seus punhos tentando imobilizá-lo para que eu pudesse aplicar algum outro golpe. Nossos corpos roçavam um no outro e eu não podia parar de fitá-lo. Por algum motivo o coração dele estava acelerado e o meu também, sua respiração ofegante acabou me fazendo imaginar cenas que eu não deveria. Seus olhos vieram de encontro ao meu por uns cinco segundos e foi o bastante pra roubar minha paz.

Depois de todas as lutas o que eu mais queria fazer era ir pra casa e tomar uma ducha quente. Ao entrar no vestiário, Eren estava com os dedos presos na cueca preta que usava e estava prestes a tirá-la, quando me viu corou completamente. A visão dele mexeu comigo, mas logo me virei e pedi desculpas, “t-tudo bem... Levi, certo?” foi o que ele disse, “sim, Levi” foi o que eu consegui dizer. Nesse dia demorei para dormir e quando consegui, sonhei com ele. Sonhei que o beijava e que minhas mãos passeavam pelo seu corpo.

Acordei às 04 horas da manhã, meu coração batia forte e meu corpo contraía como resposta ao sonho. “Mas que merda é essa?”, resmunguei. Fui obrigado a tomar um banho, observei meu reflexo no box de vidro por alguns instantes, eu estava excitado. “O que é isso? Por que não consigo parar de pensar...?”. Interrompi minha fala antes que fosse tarde, mas eu já havia pensado e mais uma vez, o pensamento voltava para o Eren. Desde aquela quarta, ele, Mikasa e Armin passaram a frequentar as aulas de judô todos os dias e acabamos nos tornando amigos. Mesmo assim, era um sacrifício conviver com ele. Porque eu o queria, eu o desejava. Eu não sabia que seria possível amar outro homem, isso nunca aconteceu. Mas desde que o conheci, tudo mudou. E o meu único objetivo agora era torná-lo meu.

Três dias depois....

Como de costume, às 05 da manhã já estava acordado. Coloquei uma playlist qualquer tocar em volume médio e comecei minha sessão de flexões e abdominais. Após estar suado o suficiente, fui para o meu habitual banho quente. Alguns minutos embaixo daquela água foram o suficiente para embaçar todo o banheiro, não pude me dar o luxo de demorar porque queria chegar antes de todos na estação de trem. Me olhei no espelho e suspirei profundamente analisando minha imagem, poderia dizer que eu estava apresentável. Peguei minha mala e segui caminhando até a estação que não era tão distante da minha casa.

Estava uma manhã fria, o vento batia em meu rosto e eu caminhava de cabeça baixa. Um milhão de pensamentos lotava minha mente de um jeito irritante. Quando finalmente cheguei o local era habitado somente pelos funcionários. Me apoiei na parede e fiquei aguardando. Quando o vi novamente, aquela sensação familiar me tomava, ele se aproximou evitando olhar pra mim e eu o segui. Ficamos frente a frente e eu o abracei como se o mundo fosse roubá-lo de mim. Eu não consigo me controlar por mais que tente e acabo agindo por impulsividade. O restante daquele dia ficará pra sempre na minha memória.

Eu o tive. Eu toquei sua pele nua e deixei minha marca nela. Eu o fiz meu. Tudo que ele me fez sentir, os suspiros dele, os gemidos tão cheios de prazer, o modo como pronunciava meu nome... Eu pensei que meu corpo não suportaria tantas sensações ao mesmo tempo. O nosso momento em silêncio logo depois, onde entrelacei meu corpo ao dele e me permiti sentir seu cheiro. Um aroma doce que dominava meus sentidos e me fazia querer mais.

Mesmo não entendendo no começo, aceitei o amor. Sempre soube lidar muito bem comigo, sempre estive seguro em relação ao que eu queria, mas com apenas um olhar, Eren desmoronava tudo em mim. Descemos juntos do trem, ele tinha dificuldades em carregar sua mochila e a mala ao mesmo tempo. Ele sempre foi um pouco atrapalhado, mas isso era mais um de seus atrativos.

- Eu levo sua mochila, Eren. – O olhei com um sorriso de canto enquanto ele corava. Peguei a mochila de suas mãos e as acariciei de leve. Ele engoliu em seco e me olhou.

- O-obrigado... Levi...

O jeito que ele pronunciava meu nome e mordia o lábio logo em seguida, me fazia querer fodê-lo ali mesmo, mas eu precisava me controlar. Mikasa e Armin estavam logo à frente. Alugamos um carro e eu fui dirigindo enquanto Armin lia o mapa. Mikasa e Eren estavam no banco de trás. Iríamos para uma espécie de resort nas onsens. Pelo retrovisor interno, fitei os olhos de Eren. Ele me olhou de volta e sorriu enquanto apertava o banco do carro. Alguns minutos depois chegávamos no lugar. Mikasa e Armin iam na frente, Eren saía por último, o verde das árvores combinavam com os olhos dele, me aproximei e fechei a porta do carro, ficando frente a frente com ele.

- Está tudo bem, Eren? – Perguntei como provocação em um sussurro. Ele me encarou completamente corado e fez que sim com a cabeça.

Acariciei o rosto dele e peguei sua mochila novamente. Caminhamos em silêncio até entrarmos no resort. Olhei em volta analisando o local, era incrivelmente limpo, rústico e aconchegante. Eren estava admirado, como uma criança que ganha um presente inesperado. Ele era tão lindo... Fui puxado de meus pensamentos com Armin me entregando a chave do quarto.

- Então... A maioria das suítes estava lotada. Eu e Mikasa vamos ficar em quartos separados e conseguimos esse pra vocês dois. Não se importa de ficar com o Eren, né?

Olhei pra ele piscando várias vezes, “oh não... nenhum pouco” o meu animal interior falou na minha cabeça enquanto várias cenas quentes começaram a fluir na minha mente.

- Ahn.... Não! Não... Tudo bem. Quarto... 69? – Não contive uma risada baixa ao ler o número do quarto. “É uma pegadinha?”, pensei.

Eren ouvia tudo enquanto pegava sua mala novamente. Nos olhamos por alguns segundos e então ele sorriu de um jeito apaixonante. Ele realmente merecia um castigo por me deixar assim.

- Vamos, Levi? – Sua voz soou doce e despreocupada. Fiz que sim com a cabeça e seguimos para o quarto. Era no primeiro andar e bem perto das onsens.

 O quarto era rústico, móveis de madeira escura, havia uma cama de casal com lençóis brancos, um sofá pequeno de cor marrom e algumas mesas pequenas. Eren parou em frente a cama e então se virou pra mim.

- Apenas uma cama? – Ele gargalhou de um jeito que fui obrigado a acompanhá-lo.

- Se for um problema pra você, eu posso dormir no sofá. – O fitei e sem perceber estava com uma expressão de caçador que encurralou sua presa.

- Vamos ver isso depois, vou tomar um banho. – Ele pegou as coisas e seguiu para o banheiro. Me apressei e segurei em seu braço, acariciei seu rosto e lhe dei um beijo lento porém intenso. Aos poucos ele se soltou e me encarou um pouco perdido.

- Bom banho... Grite se precisar de ajuda! – Minha voz saiu de um jeito safado o qual não pude controlar. Ele corou e jogou um sabonete contra mim. O agarrei antes que me acertasse e entreguei na mão dele.

Eren seguiu para o banho enquanto eu organizava o quarto. Eu podia ouvir o barulho do chuveiro, imaginei a água escorrendo pelo corpo dele, o cabelo molhado, ele se ensaboando... Antes que pudesse perceber, o volume em minha calça era enorme. “Droga, controle-se porra!”, pensei. Tomei um banho logo depois que ele saiu do banheiro. Iríamos encontrar os outros no restaurante do resort. Nos preparamos e seguimos pra lá, sentamos em uma mesa perto da janela. Um homem com uniforme de chef, sobrancelhas grossas e cabelos claros se aproximou da mesa.

- Sejam bem-vindos! Meu nome é Erwin Smith, sou o chef do restaurante. Sintam-se em casa!

 Os olhos dele percorreram a mesa e então se encontraram com os meus, ele me olhou por alguns longos segundos e sorriu. Não retribuí, assim que ele saiu eu fui ao banheiro. Estava secando as mãos e me olhando no espelho quando ele surge atrás de mim.

- Está apreciando o serviço, senhor...? – Ele me olhava de baixo pra cima.

- Levi. – Respondi em um tom meio seco.

- Levi... É um belo nome! Se precisar de algo é só me chamar! – Ele saiu e eu voltei para a mesa.

A tarde visitamos o Lago Ashi, andamos de barco, compramos doces e bebidas. Estávamos um pouco alterados e alegres, voltamos de táxi. Eren era fraco para bebida, acabou adormecendo no carro e eu o carreguei até o quarto. O coloquei na cama com cuidado, tirei seus sapatos, o cobri e o fitei enquanto acariciava seu rosto. Dei um beijo em sua testa e então deitei no sofá, não era o mais confortável mas iria servir. Não lembro de quando adormeci, mas fui desperto por Eren.

- Levi... acorda! Deita aqui na cama, você vai ficar com dores por dormir aí. – Ele me puxou pela mão e então deitamos. Virei de lado e o fitei, minha mão correu pelo seu cabelo, ele se aproximou e me abraçou, adormecendo com a cabeça sobre meu peito.

(Música do trecho: Tell Me What To Swallow - Crystal Castles)

Acordamos um pouco tarde e minha cabeça doía, fui tomar um banho quente. Eren entrou no banheiro com um remédio e corou quando me viu nu.

- É... T-toma... Vai te fazer bem. – Ele olhava o chão e então eu o puxei para debaixo do chuveiro. Ele gargalhou e tentou sair mas eu o agarrei por trás e o abracei. A água havia o molhado inteiro, ele ria e me dava tapas.

- Eren... Só relaxe! – Sussurrei em seu ouvido e dei uma mordida na orelha dele. O corpo dele se arrepiou por completo. Tirei as roupas molhadas dele e então o ensaboei. Ele me ensaboou em seguida, minhas mãos escorregavam pelo corpo dele. O empurrei contra a parede e o beijei intensamente, mordiscando seus lábios. Passei uma perna dele pela minha cintura e a acariciei até chegar no bumbum dele onde o apertei. O encarei sorrindo e então fechei o registro do chuveiro. Peguei a toalha e o enrolei, segui para o quarto e me troquei. Ele me olhava perdido.

- Considere uma pequena demonstração do que quero fazer com você hoje!

Ele corou e se virou pra vestir roupa, seguimos para o restaurante onde tomamos café da manhã. Havia uma mensagem no meu celular, era do Armin, “não queríamos acordar vocês, então estamos indo no museu”. Durante o café da manhã, Erwin me fitou por quase todos os minutos. Sempre com um sorriso no rosto.

(Música do trecho: I’ve Got You – Ari Hest)

O dia estava ensolarado, o que era uma raridade desde quando chegamos, Eren e eu decidimos ir no teleférico. Ficamos sozinhos durante o trajeto todo, o tempo começou a fechar e ventava um pouco forte. O teleférico balançava um pouco e Eren agarrou minha mão.

- Você está com medo? – Segurei seu rosto com as duas mãos e o beijei lentamente. – Eu estou aqui com você. Vem cá... – O trouxe pra perto de mim e o abracei forte.

Passamos o restante do passeio abraçados, ele parecia encantado com a vista lá de cima. O encorajei a chegar mais perto da janela e o abracei por trás. O perfume dele me transportava para outra órbita. Como uma criança ele apontava para as montanhas e para o lago. Com alguma timidez, ele pousou as mãos dele sobre as minhas e as apertou de leve. Não dissemos mais nada e nem era preciso, pois estávamos juntos. Isso era tudo que bastava.

Voltamos para o resort às 23 horas, mas não fomos ao restaurante naquela noite. Eren havia saído com Mikasa e Armin para conhecer o quarto deles, e eu estava na nossa suíte. Ouço alguém bater na porta.

- Será que o Eren esqueceu alguma coi... – Ao abrir, vejo Erwin parado com as mãos no bolso da calça jeans. – Ah... Pois não?

Ele sem nenhuma cerimônia entrou no quarto e olhou por todo o local. Em seguida se virou pra mim e se aproximou.

- Você não foi jantar hoje. Aconteceu alguma coisa? – Ele me olhava com o sorriso de sempre.

- Creio que isso não te diz respeito. – Cruzei os braços e o encarei sério.

- Uau... Você é selvagem! Gosto desse tipo. – Ele se aproximou, o que me fez andar pra trás para manter certa distância. – Sabe, desde o dia que te vi, eu não consigo parar de pensar em você.

- Sinto muito por isso...

Ele riu enquanto se aproximou mais rapidamente e me empurrou na cama. Segurou meus braços acima da minha cabeça, deitou por cima de mim e começou a me beijar. Com força e usando uma técnica do judô, saí debaixo dele e acabei invertendo as posições. Fiquei sentado no colo dele, segurando seus braços com força enquanto o imobilizava com as pernas. Nossos rostos estavam próximos e nesse momento alguém abriu a porta do quarto. Quando olho pra trás, vejo Eren boquiaberto e com lágrimas escorrendo de seus olhos.

- Eren...


Notas Finais


Peço perdão pela demora e pelo capítulo grande hehe :3 espero que tenham gostado <3 beijos da tia Beez <3


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