História Só Mais Um Delinqüente... (Imagine BTS - JungKook) - Park Jong Mi and Park Yang Mi

Não. Eu não havia contado para minha família sobre o enjôo que eu tive naquele dia, muito menos para JungKook. Eu não queria que eles pensassem que eu estava definitivamente grávida de um garoto que meu pai odeia! E não! Não estou grávida! 

Assim que chegamos em casa, a primeira coisa que fiz, foi correr até a farmácia e comprar 5 testes de gravidez. E todos deram negativo. O que pra mim, já era um tremendo alívio. 

Estava na escola, ouvindo reclamações sobre o quanto eu fico faltando ultimamente, e por mais que eu explique os motivos, o meu próprio sogro não me deixa em paz. Ele me enchia de sermões, enquanto eu apenas concordava com a cabeça, fingindo interesse.

— Pode-se retirar. – Assim que ouço sua voz dizer a frase que eu mais queria ouvir naquele momento, sorrio internamente e me levanto de sua cadeira de couro. – Espero que nunca mais se repita.

— Pode deixar. – Menti. Eu sabia que uma hora ou outra, eu iria voltar a faltar loucamente.

Saí de sua sala, saltitando por finalmente aquela conversa ter acabado. Ando em passos lentos até minha turma e entro com tudo, já que a primeira aula estava sendo vaga. Simplesmente, o professor de Geometria decidiu fazer uma viajem de urgência e nos deixou na mão. Me sentei em meu lugar e fiquei mexendo em meu celular, enquanto apenas ouvia o barulho da bagunça ao meu lado esquerdo. Mas aquilo não durou por muito tempo. A secretária de meu sogro que também era uma ótima professora, entrou na sala de aula, junto a uma menina e um menino TOTALMENTE idênticos. Eram loiros, brancos feito a neve e seus olhos claros. Ambos eram muito altos.

— Silêncio turma, por favor! – A secretária ordenou, vendo aos poucos o pessoal se calar e observar os indivíduos que atrapalharam sua conversa. – Enfim, temos novos alunos que irão se hospedar em sua sala. Por favor, se apresentem.

— Olá turma! Me chamo Park Yang Mi, tenho 18 anos! E esse é o Park Jong Mi, meu irmão gêmeo. – A garota falou, arrancando suspiros apaixonados. Ambos de todos os sexos. – Viemos da América e espero nos dar bem com vocês!

— Ótimo! Se sentem em algum lugar vago. – A garota foi pro outro lado da sala enquanto o menino veio em minha direção, se sentando em minha frente, que desde o início dessa bagunça, foi desocupado pelos idiotas que habitam esse local. As vezes, me arrependo de dividir o mesmo oxigênio que esses imbecis.

Olho para o lado e vejo Yang Mi conversar com o MEU namorado. Ela conversava com ele como se fossem amigos de longa data, e se realmente fossem, eu teria uma conversa muito séria com aquele infeliz.

— Oi! Me chamo Jong Mi, e você é a...? – Percebo que o novato começou um diálogo comigo e... Por que não?

Afinal, eu e JungKook estávamos brigados. Sim! Brigamos novamente antes de sair daquela maldita chácara! E o pior, ele ainda achava que tinha a plena razão no problema!

— Me chamo (S/n). – Dei o meu melhor sorriso, percebendo que o mesmo sorriu. E que sorriso.

— Sabe, no intervalo você poderia me mostrar o colégio. Ele é muito grande e... – Antes que ele terminasse de dizer algo, o interrompi.

— Claro! No intervalo então. – Falei, sorrindo novamente. Olho para JungKook e percebo que o mesmo está fitando Jong Mi, com um olhar satânico. Estremessi, imaginando o que se passava pela cabeça do mais velho.

— É muito gentil da sua parte. 

— Que nada, é o mínimo que posso fazer.

A secretária finalmente começou a dar o resto de aula. E juro que não entendi um "a" que ela falou. Era como se fosse outra língua! O que ela estava passando era muito complicado!

Assim que o intervalo chegou, guardei minhas coisas e peguei meu celular, junto ao fone de ouvido. Jong Mi me esperava na porta da sala de aula, com suas mãos no bolso do moletom. Me aproximo e lhe chamo, vendo que o garoto estava boiando.

— Vem, primeiro, vou te comprar um salgado, depois eu te mostro o local! – Seguro no braço do garoto de mesma idade que a minha e o puxo pelos corredores, indo até a cantina e lhe comprando qualquer coisa, tanto pra ele, quanto pra mim. – Começando que aqui, é o local da refeição. Você pode comer por aqui, ou simplesmente sair perambulando pelos arredores.

Mostrei tudo para o garoto. Secretaria, diretoria, sala dos professores, banheiros, o próprio armário, praticamente, tudo. E por último e nem por isso menos importante, o jardim, o ambiente que eu mais amava naquele lugar.

— E aqui. Onde você vai ter uma paz absurda ao se sentar no gramado verde. – Falei, colocando as mãos no bolso do moletom.

— Seu lugar preferido? – Assim que ele perguntou aquilo, o olhei de puro relance e sorri de lado.

— Como adivinhou? – Respondo com outra pergunta.

— Seus lindos olhos brilharam quando chegou aqui. – Sim, fiquei mais vermelha que o normal. Afinal, não era todos os dias que alguém falava que meus olhos eram bonitos, a não ser o JungKook!

— O-Obrigada... – Agradeci, colocando o capuz na cabeça. O sinal bateu e eu segurei no braço de Jong Mi, o conduzindo até a sala de aula.

(...)

— (S/N)! – Eu ouvia JungKook me chamar enquanto eu andava apressadamente para casa. – Vem cá! Eu posso te explicar!

— Não quero ouvir suas explicações inúteis, apenas me deixe em paz! – Gritei de volta, ignorando a existência daquele indivíduo que insistia em me seguir.

Sinto meu braço ser agarrado com força, e logo minhas costas se chocarem com a parede. JungKook havia me prensado, novamente.

— Da pra parar de birra!? – Ele perguntava, me olhando furioso. Apenas virei meu rosto e bufei. – Ta brava porque abracei a Yang Mi?

— O inútil ainda pergunta... – Falei mais pra mim do que pra ele, percebendo que o garoto segurou meu rosto e me fez o encarar. – Não tenho mais o direito de ficar brava com você?

— Está ficando brava por besteira. 

— Ficar brava com o namorado que abraçou uma estranha agora é besteira?

— Você estava com o Jong Mi e eu não falei nada! – OK. O birrento agora é ele.

— Diferente de você, eu não tive nenhum contato com outras intenções com o Jong Mi! – Falei, empurrando o garoto pra longe. – Ah, e pelo o que eu ouvi sair da sua boca naquela hora. Você tem um encontro com aquela loira aguada. Vai lá, leva ela pra cafeteria enquanto eu vou ficar na minha cama, me xingando por gostar de alguém como você.

Arrumei a bolsa em minhas costas e saí andando novamente, dessa vez, sem ser perseguida pelo garoto idiota. Entro em meu apartamento e fecho a porta com força, vendo minha mãe me olhar com desdém.

Ignoro a existência daquela mulher e subo rapidamente para meu quarto, tentando evitar explicações ou até mesmo sermões. Tranco a porta e jogo minha mochila de qualquer jeito. Eu queria quebrar tudo e ainda quebrar a cabeça de Jeon JungKook! Aquele... Imbecil!

Meu celular começa a vibrar e eu o pego, vendo que JungKook me ligava. E o que eu sempre fazia, era desligar em sua cara ou até mesmo fingir que nem estava ouvindo. O celular vibrou novamente, e acabei atendendo de uma vez.

— Eu já falei pra me deixar em paz!

— Oxe, o que eu te fiz?

— A-Ah, oi Taehyung. Desculpa, é que pensei que fosse o maldito do JungKook.

— Como eu sei que se eu perguntar você não vai me dizer, vou deixar de Lado. Mas enfim, posso lhe pedir um favor?

— Claro, o que é?

— Eu tenho muita dificuldade em Geometria, percebi isso na hora da aula da senhorita Kim. E eu queria saber se...

— Quer ajuda no exercício que ela passou, é isso?

— S-Sim...

— Tudo bem. Local?

— Tem uma sorveteria aqui perto. Tudo bem pra você?

— Claro! 17:00.

— Passo aí.

Taehyung desligou a chamada e eu tratei de arrumar os materiais. Qual foi dessa do Tae de me procurar logo a g o r a?

Separei uma roupa e a deixei em cima de minha cama, logo descendo para finalmente almoçar. Minha mãe perguntava o porque de ter chegado estressada do nada e eu apenas disse que machuquei meu pé antes de entrar pra dentro de casa. Ela fingiu entender, mas no fundo, ela sabia que algo pior havia acontecido.

Ao passar um bom tempo, tomei meu banho e me arrumei, logo ouvindo o interfone tocar. Pego minha mochila e abro a porta, dando de cara com um Taehyung bem arrumado. Me despedi de minha mãe e saí do prédio com o garoto, que fazia o seu melhor para tentar amenizar a raiva que ainda mantinha em mim.

Chegamos na sorveteria e pedimos nossos sabores favoritos. Taehyung deixou bem claro que praticamente, estava em dúvida de TUDO! Expliquei o máximo que eu sabia, e fico feliz que o Tae tenha entendido minhas horríveis explicações.

Mas o pior de tudo... Era que a cafeteria onde aqueles infelizes estavam, era em frente a sorveteria em que eu e o maior estávamos presentes.

Assim que olhei para o lado e vi JungKook fingir interesse nos assuntos de Yang Mi, ri ironicamente em meu pensamento. 

— (S/n)? – Tae me chamou, me despertando de meus imersos pensamentos.

— Oh, sim?

— Você... Ficou com raiva de mim por aquele dia? – Assim que percebi sua vermelhidão, me lembrei do inesperado beijo que ele me deu, que nem deu tempo para o garoto se desculpar. Então, por algum motivo, eu tentei o máximo possível não me sentir incomodada com o assunto.

— Não, por que eu ficaria? Afinal, estávamos jogando. – Falei, dando o meu melhor sorriso, vendo o menino sorrir quadrado.

Terminamos nossos estudos e Tae se mostrou já com bastante conhecimento sobre o assunto. O maior insistiu em me deixar em casa, e depois que terminei de recolher meus materiais e ajudar o maior com os mesmos, olhei para o lado e senti meu mundo desmoronar.

Yang Mi estava aos amassos com JungKook, e ele parecia gostar bastante.