História Só Mais Um Delinqüente... (Imagine BTS - JungKook) - I Just Want Peace

— _________!? — sua mãe correu até você, preocupada contigo.

Tudo de você doía, seus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto derramar lágrimas de dor. Olhou para a sua mão. Sangue, era o que você observava. Seu braço estava todo ralado.

— O que aconteceu com você? — sua mãe te perguntava, te observando toda.

Você não queria dizer nada. Apenas deixou seu tênis no canto da parede e subiu para seu quarto. Você mancava, e infelizmente não conseguiu subir as escadas, você ia cair, se não fosse pela sua mãe, que te segurou.

— A gente vai pra um hospital, agora... — ela falou e ligou pra emergência.

Ela falava o endereço de seu apartamento, e você parecia não estar consciente de nada que estava acontecendo. Só sentia dor, mas sua voz não saía, era como se você não estivesse alí.

Dentre 10 minutos, a ambulância havia chegado. Sua mãe te ajudou à entrar no carro e as duas foram para o hospital.

Você foi levada para um quarto. Seus cortes profundos e seu ralados foram limpados e foram cobertos por bandagens. A doutora lhe perguntava o que tinha acontecido, e você se recusava a dizer algo sobre.

O que aquelas meninas fizeram com você foi meio grave. Elas te empurraram bastante, lhe bateram, arranharam, deram socos e vários tapas em você. Por último, te humilharam e ainda jogou pedras grandes em tu. E esse foi o resultado. Você queria desabafar, mas não tinha coragem, se essas meninas ficassem sabendo que você contou pra alguém, elas lhe matariam. E não era exagero de sua parte, elas definitivamente, te matariam.

Mas você não poderia ficar calada por muito tempo e ficar sendo espancada pelos cantos. Você só precisava de ajuda, de alguém do seu lado dizendo palavras que te confortem.

Enfim, você só quer paz. Você não tem culpa se um garoto popular e bonito fica se aproximando de você. Se elas querem que vocês dois fiquem afastados, elas que falem com ele. Você não tem nada a ver.

A doutora lhe disse que se fosse bullying, era para você abordar o diretor de seu colégio. Mas mesmo assim, você não conseguia. E claro, você estava deixando a fraqueza te vencer de novo. Quando a doutora saiu de seu quarto, você chorou.

Olhou mais uma vez para seu braço roxo e com as bandagens cheias de sangue. Em teu lado havia um espelho. Encarou seu rosto.

Eu tô acabada... - Tu pensas, enquanto estuda cada machucado presente em teu rosto.

Depois de passar 7 horas no hospital, você finalmente foi liberada para ir embora. Sua mãe te levava com cuidado. Ela te perguntava o que tinha acontecido, e você só disse que foi espancada num beco perto da praça.

Vocês duas voltaram pro apartamento. E claro. Desde quando seu pai estaria alí pra cuidar de você, certo?

Subiu para seu quarto e se trancou lá dentro. Tomou um banho para tirar o cheiro insuportável de hospital. Vestiu seu pijama e se jogou na cama. Pegou teu celular e viu que tinha uma mensagem de um número desconhecido.

— Quem fez isso com você? — Você não sabia de quem era, mas decidiu não responder.

Largou o celular na sua mesinha e dormiu.

[...]

Tu acordou no horário de sempre. Banhou, escovou e vestiu seu uniforme, só que dessa vez, tu não esqueceu de seu casaco. O vestiu e colocou o capuz. Arrumou seus materiais e desceu.

— Quer que eu te leve filha...? — Sua mãe te pergunta. Ela estava muito preocupada contigo.

— Não precisa... — você respondeu na maior frieza e saiu de seu apartamento.

Demorou alguns minutos para chegar em sua escola. Entrou e foi para seu armário. Sentiu alguém pegar com força em seu braço e você gemer um pouco de dor. Olhou para trás e era JungKook. Você deu uns passos pra trás e ele ficou por entender.

— F-Fica longe... — você falou e ele deu um passo pra frente e você outro para trás. — ... P-Por f-favor...

Ele se aproximou mais uma vez de você e abriu o zíper de seu casaco, você tentou recuar, mas ele te prensou contra os armários.

Ele rapidamente tirou seu casaco, deixando todos os machucados expostos.

— Quem fez isso? — ele perguntou e você o olhou. — Me fala!

Você o empurra e anda em direção a sua sala, enquanto colacava novamente o seu casaco. Tu não queria que alguém sentisse dó de você, se é que alguém dessa escola sentia isso de você.

Se sentou toda dolorida e assistiu a aula do professor. Todos te olhavam com a expressão séria e você ignorava.

Ela contou pra todo mundo... — Você pensou, enquanto escrevia o que estava escrito no quadro. — Espero que elas deixem essa terra e vão visitar satanás.

Veio a segunda e a terceira aula. Suas mãos suavam. Você tinha que sair da sala para tomar seu remédio, mas estava com medo. Com medo que elas já estivessem te esperando lá, prontas para lhe espancar de novo.

O intervalo chegou e você seguiu o caminho para seu lugar de sempre. Sentar de baixo de uma árvore e ficar escutando suas músicas. Mas foi impedida de fazer isso quando puxaram seu braço. Claro, tinha que ser.

— Eu já estou perdendo a minha paciência com você, garota! — só estava ela alí. — Será que todo aquele estrago que fizemos com você ontem, não adiantou? E você continua se aproximando do meu menino? Acha mesmo que ele sente algo por você? Ele sente desprezo! Olha pra você! Em baixo de seus olhos estão super roxos, não dorme direito a quanto tempo? Muito, né? Por que não se mata? Ninguém ia sentir sua falta mesmo! As únicas pessoas que te amam, são a sua família, e olhe lá em! Agora, pare de se iludir achando que o Kookie vai sentir dó de tudo o que estamos fazendo com você, foi ele quem começou tudo...

Você a viu levantar a mão para você. Tu esperou pela ardência em seu rosto, sabendo que seria um tapa. Mas não o sentiu. Olhou para trás da garota e se surpreendeu.

— Não toque na minha garota...  — JungKook estava alí, segurando o braço da garota.

Você suspirou aliviada e correu. Tu correu para seu lugarzinho de sempre. Se sentou alí e chorou. Escutou uns risos. Olhou em direção das risadas. Eram os amigos do JungKook. Eles riam de você, mas os únicos que permaneciam sérios eram o Yoongi e o Namjoon. Eles apenas lhe encaravam. Tu abaixou novamente sua cabeça entre as pernas e chorou. Sentiu alguém tocar em sua cabeça, tu levanta a mesma e vê JungKook te olhando, com um olhar preocupado.

— Olha, eu sinto muito pelo o que...

— Sente muito pelo o que? Não tá vendo que a culpa toda é sua? Você quem começou tudo isso, foi você quem veio pra cima de mim e começou a dar risadas estúpidas sobre meu peso, sobre o meu corpo, sobre as minhas ações. E eu não preciso que você sinta algo de mim, eu só preciso que você largue do meu pé, pare de ficar me procurando. Eu sei me virar, se eu apanhei ou não, o que você tem a ver? Vê se você se enxerga garoto! — depois que tu disse isso, o sinal tocou.

— Valeu! Não quer a minha ajuda? Se vira sozinha aí! — ele falou.

— E desde quando eu preciso de ajuda de gente delinqüente!? — você se levantou com dificuldade e esbarrou no ombro de JungKook.

Seguiu seu caminho até a sala de aula. Você já estava cansada de tudo aquilo, e hoje você iria contar tudo pro diretor, contar tudo o que esse povo imbecil faz com você e o que já fez...