História Só mais uma noite. - Capítulo único

Todo dia era a mesma coisa, chegava na escola todos tinham seus grupos assim como ele, mas sempre tem aquele pequeno porém.

Leo tinha Calypso, Percy tinha Annabeth, Jason tinha Piper, Thalia tinha Bianca, Frank tinha Hazel e Nico, bem ele tinha a companhia desse pequeno Squad. A companhia dos seus amigo era boa não ia reclamar disso, mas todos eles eram casais, todos eles tinham suas coisas de casais, seja mecânica, biologia, músicas ou sei lá. Falando nisso.

- Lauren, they ain´t ready for this- começou Thalia.

- Normani, they ain´t ready for this-  respondeu Bianca. E elas continuaram, mas Nico praou de prestar atenção.

- Nico quando vai arrumar alguém pra você?- perguntou Piper.

- Quanto eu achar alguém, vocês serão os primeiros a saber eu juro.- respondi.

- Você anda bem sozinho, cara- falou Jason- Talvez a gente pudesse ir na Lótus hoje.

Wow, Lótus, quanto tempo eu não ia nesse lugar, na verdade não lembro a ultima vez que a gente saiu pra algum lugar, ou alguma balada, mas era um mau sinal, sempre acabava com alguém muito bêbado, geralmente o Percy.

- acho que não Jason, faz tempo que a gente não sai, eu sei, mas...

- exatamente – interrompeu Piper- a gente precisa sair-O sinal tocou interrompendo minha resposta- passamos na sua casa as oito

Linhaaleatoriaparamudarofoco

Estava em casa, jogado na cama, já “ arrumado” , tinha entrado no celular e visto que hoje o tema era Transilvânia. Bem, deixem-me explicar, Lótus era uma balada perto da nossa cidade, bem perto mesmo, a balada era lgbt+, mas um mais bem liberal mesmo, acabava que ficava lotado de gente de todo tipo, era boa pra encontrar seu tipo de gente.

Estava perdido em pensamentos quando ouvi uma buzina e meu celular apitou. “desce”. Piper, doce como um limão. Não que eu possa falar nada. Desci as escadas despedi-me de meu pai, e sai. Bianca estava na casa de Thalia e Hazel iria com Frank.

O trajeto inteiro foi sem diálogos, já que seu eu abrisse a boca eu iria reclamar e tanto Jason, quanto Piper me conheciam o suficiente pra saber que sou bastante problematizador.

Na frente da balada haviam poucas pessoas na fila, no máximo dez, ou seja uma fila que duraria no máximo dez minutos. Assim que entraram encontraram Percy já um pouco alterado no bar. O ambiente estava escuro com tochas de luz iluminando apenas pontos estratégicos nas paredes, alguns caixões de madeira nuns cantos e velas no teto.

Foi então que eu vi um anuncio que não tinha na página da Lótus, hoje haveria show, o que significava strip-tease, o que significava eu muito bêbado com alguém no final da noite, era sempre assim, por isso da ultima vez que viemos demoramos muito pra voltar. Veja bem, eu não gosto de mulheres, tipo de jeito nenhum, e strip-tease geralmente eram mulheres ficando quase nuas, por isso ficava muito bêbado, pra aguentar até o final da noite, e quando eu fico bêbado digamos que toda a minha pessoa emo-gótica cheia de vergonha dando espaço para um tipo de puta.

- Jason –chamei o loiro – vamos embora por favor, você sabe o que acontece em noite de strip-tease.

- mas ai é que tá, Nico- hoje a noite é strip masculina.

- Jason, vamos ficar por favor.

O loiro apenas riu de mim resmungando alguma coisa sobre as coisas que faz por mim, ruim pra ele, eu sou realmente uma naja. O “show” começava apenas as dez e ainda eram 8:30, ou seja inda dava tempo de todos chegarem, puxamos Percy pra nossa mesa e logo os outros foram logo chegando.

- Nico- chamou Thalia.

- oi- respondi.

- tem um amigo meu que vai se apresentar hoje, talvez eu possa te dar o telefone dele depois.

- olha, não vou dizer que ter o telefone de um stripper não deve ser bom, mas achei que você viriam aqui, para eu achar alguém, não assistir o show, não que eu esteja reclamando de nada claro.

- e esse alguém não pode ser um stripper?

- pode, só acho meio... sei lá não acho nada.

- você é muito bizarro, nico, sério- comentou Bianca, amor de irmã, fazer o que?

A conversa continuou até dar umas 9:50, Percy já estava muito bêbado, Jason e Piper sumiram, o que significava que estavam se agarrando em algum canto, Bianca e Thalia estavam reclamando, bem , assim como não gosto de meninas, elas não gostam de meninos,  a relação delas era, diferente.

Leo e Calypso se encontravam no bar, já alterado, mas ainda  bem, riam de tudo sem falar nada com nada. Hazel estava se sentindo mal e Frank foi embora com ela, juro que se ela aparecer grávida eu mato aquele pastel de flango.

Na frente do palco da boate, havia tipo banquinhos poltroninhas, sei lá o nome daquilo e não é como se  a minha mente de bêbado fosse lembrar também.  Enfim, eu sentei lá com minha irmã e sua namorada ao meu lado, eu estava bem no meio, bem na frente do palco, na muvuca que provavelmente iria se forma, era bom valer a pena.

Uma música começou a tocar, se eu não me engano, Skin da Rihanna, fumaça inundava o chão do palco, nas primeiras batidas um homem loiro e pele bronzeada entrava olhando pra baixo, rebolava calmamente no ritmo da música.

Ele usava uma blusa de botões azul clara, uma calça cáqui e botas estilo escalada, ele estava lindo vestido, não quero nem imaginar o resto.

The mood is set (huh huh)

So you already know what's next (uh huh, uh)

Tv on blast, turn it down, turn it down

Don't want it to clash when my body screamin' out now (oh)

 

O menino começou desabotoando cada botão da blusa enquanto quebrava o quadril nas batidas, perfeitamente, eu estava hipnotizado. Sem tirar a blusa apenas deixando ela aberta o garoto começa a insinuar tirar a calça

I know you hearin' me (ohh)

You got me moanin' now

 

Então ele tira a calça, junto com as botas não sei como, só estava olhando o abdome maravilhoso daquele garoto, talvez babando um pouco. Durante o resto quase o resto inteiro da música o garoto tinha a blusa aberta e apenas aquele boxer preta, e aquele perdição de corpo.

No heels, no shirt, no skirt, all I'm in is just skin

No jeans, take em' off wanna feel yo' skin

You a beast oh, you know that I like that (yo' skin)

Commere baby all I wanna see you in is just skin

Oh oh, yo' skin, oh oh, just skin

Oh oh, I'm lovin your skin, oh oh

 

No refrão final da música o garoto virou de costas, rebolando, abaixando, levantando, pra ser sincero, não tava conseguindo acompanhar muito, mas ele era perfeito. Ele foi tirando a camisa revelando uma tatuagem de asas nas costas inteiras. E então claro, para a infelicidade de muitos inclusive eu, a música acabou, o garoto então virou de frente de novo, agradeceu ao público e olhou diretamente pra mim, picou um olho e foi embora rebolando.

Não vou mentir, estava um pouco abalado, um pouco perdido.

- então Nico- Thalia chamou ele- gostou do meu amigo?

- aquele deus grego é seu amigo?

- sim, o nome dele é Will, ele tem dezoito... tá solteiro... ta procurando alguém que combine com ele...

- ai Thalia, então já foi, eu sou um esqueleto ambulante e ele, okay ainda não sei descrever aquilo.

-gostosão?

-pode ser também.

-vem, vamos nos sentar, depois ele acha a gente, já combinei com ele.

Segui a morena, com minha irmã atrás de mim, pelos corredores estreitos entre uma mesa e outra, sentamos numa mesa bem no canto, afasta de pequena multidão que se espalhava pela pista, tocava Wild do Troye Sivan. Bianca levantou dizendo que ia buscar bebida e Thalia começou a falar:

- meu amigo, o Will ele se formou ano passado lá na escola, ele faz faculdade de medicina.- Eu deveria estar uma cara bem estranha, porque Thalia explicou sem que eu nem pedisse.- ele faz strip porque gosta e porque se sustenta sozinho, esse é o trabalho meio turno dele, não vender café- eu sabia que ela se referia ao meu trabalho no Starbucks.

Antes da conversa tomar outro rumo Bianca chegou com quatro copos na mão.

- por que quatro?- perguntei.

- por que você vai precisar.- respondeu sentando ao lado de Thalia, puxando-a para um beijo.

- ah, não, mentira, vocês vão mesmo fazer isso agora? Vocês são pessoas horríveis.

Sentei-me de lado na cadeira da mesa, olhando para as pessoas que passavam por ali, passaram umas garotas olhando para o casal ao meu lado, sorrindo como se elas fossem ligar, e também um cara, que piscou pra mim, mas ele parecia um pedófilo.

Então em meio a minha grande analise, o garoto loiro aparece.

Ele estava com uma blusa vermelha xadrez de botões, calças jeans azuis e um all star azul claro. Mesmo com roupas normais, e DE ROUPAS, ele continuava lindo. Ele sorriu pra mim.

Só ai percebi. Eu estava encarando ele. Bosta, nico. Recomponha-se.

Então Will chegou finalmente na mesa, eu olhava muito interessado pras minhas mãos, antes de escutar aquela voz.

- Então, Thalia, só  não fui embora pra estudar por sua  causa, se mostrasse mais respeito seria melhor.

Bianca desgrudou de Thalia e sorriu para Will.

- oi, Will, quanto tempo, né?

- faz tempo mesmo, Bianca.

- fala aí, viado, comendo  muita gente.- perguntou Thalia.

- ainda não sei por que continuo falando com você, Thalia.

Então começou, o que poderia ser o pior dia da minha vida, ou o melhor de todos os tempos.

- então, Will- começou, Bianca- esse é meu irmão gêmeo, Nico.

Ele me estendeu a mão com um sorriso grande.

- oi, Nico, eu sou Will, prazer em te conhecer.

Apertei sua mão vacilante, elas estavam quentes, como se as tivesse tirado do bolso agora. Deu um pequeno sorriso e voltei a olhar para meu colo.

- posso falar com você rapidinho, Will?- chamou Thalia.

- claro.

Os dois se distanciaram um pouco e Bianca olhou pra mim com um sorriso enorme.

- por favor Nico, tenta conquistar ele, é um menino bom, fofo, carinhoso...

- parece que está me vendendo um cachorro, Bianca. Além disso estou bem sozinho.

Mentiroso.

- só você pensa que nos engana, Nico, a gente sabe que você espera achar alguém, assim como todos nós fizemos.

Antes que eu pudesse responder, Will e Thalia voltaram, Will se sentou do meu lado, Thalia ao lado da minha irmã.

Bianca pôs 50 reais em cima da mesa e falou:

- pro táxi.

- oi?- quase berrei.

- a não ser que você queira voltar andando claro.

- Você vai sair pra, sebe lá deus onde e me deixar aqui.

- sim.

- você é um péssima irmã.

- te amo, tchau.

As duas saíram andando, peguei o dinheiro em cima da mesa e olhei para o loiro.

- foi bom te conhecer, licença, tchau.

O loiro ficou em pé na minha frente com um sorriso maroto.

- não vai não, vamos nos conhecer, se você quiser agente pode ir pra minha casa, se você não estiver confortável.

- pra sua casa, ou pra sua cama?

- pra minha casa, mas se quiser ir pra cama a gente não nega.

Já que eles querem que eu jogue o jogo, eu jogo o jogo.

- anda, vamos embora.

- fácil assim? Gostei.

- quieto antes que eu vá embora loirinho.

-hmm grosso.

- ainda bem que você sabe- pisquei pra ele, tinha que admitir, estava amando jogar aquele jogo. Will me guiou pra uma caminhonete parada na vaga de funcionários da boate, entrei no carro e Will dirigiu pra cidade. No caminho só conseguia pensar, será que era coisa certa, aceitar assim alguém que você nem conhece, alguém que você sabe que almeja, alguém que você reza para finalmente ser o escolhido.

Estávamos num bairro residencial, mas ao mesmo tempo comercial da cidade, as ruas principais eram movimentadas e agitadas com os seres noturnos e baladeiros, as mais distantes ficavam cada vez mais calmas.

Will entrou com o carro num prédio, estacionou, saltou e abriu a porta pra mim, agradeci escondendo minhas bochechas coradas. Passamos por uma porta que levava a um corredor com elevadores, entramos e saímos o sétimo andar.

O loiro abriu o 703 entrou e fez sinal para eu entrar.

- mi casa és su casa.- comentou.

- você mora sozinho- perguntei analisando seu apartamento.

Era um típico apartamento de solteiro apesar de estar arrumadinho, tinha livros de medicina na estante da sala, as almofadas e o sofá combinavam com o tapete, a cozinha se separava da sala apenas por um balcão de mármore.

Will foi até o sofá, se sentou e me chamou com o dedo, batendo no sofá ao seu lado, indicando que me sentasse ali.

- sabe- começou- eu realmente te achei bonito e simpático, Thalia já havia me falado de você antes, por favor, não fique aqui se você só estiver procurando por uma noite em conjunto, ou porque a namorada de sua irmã pediu, se quiser ir embora eu te levo na sua casa, sem problema.

Eu estava espantado, geralmente pessoas bonitas só queriam sexo.

- foi a coisa mais fofa que alguém que eu acabei de conhecer me disse.- comentei sorrindo.

- você aceita alguma coisa, pra comer? Agua?

- água, por favor.

Will se levantou me puxando pela mão, o segui de bom grado, depois que chegamos a cozinha ele me soltou, sentei um dos bancos que tinham no balcão e fiquei observando seus movimentos.

Ele pegou a agua na geladeira e pôs na minha frene, no balcão, antes que pudesse pegar um copo um telefone tocou em algum lugar da casa.

- vou atender, pega dois copos para mim por favor na segunda porta à direita, na parte debaixo.- e saiu andando pelo corredor do apartamento

Abri a porta indicada e simplesmente não consegui achar os copos, então continuei ali, com as mãos no joelho procurando o copo dentro do armário.

O que eu não esperava era que Will fosse aparecer e  segurar minha cintura por trás colando me ao seu corpo. Com o susto fiquei de pé, mas não consegui me virar por conta da força com que o loiro segurava meus quadris.

- o –o que você ta fazendo?- perguntei provavelmente da cor de um tomate.

- me aproveitando de você.

Encarei-o um pouco assustado, será que ele iria se aproveitar de mim de um jeito ruim? Por outro lado, aquela distância tão pequena dele estava me deixando bem excitado, aquele corpo perfeito, aquele sorriso sedutor, o cabelo um pouco amassado. Acho que só por respirar aquele garoto me deixava excitado.

- vamos pro quarto Nico?

Então eu beijei ele, o beijo já começou selvagem com mãos e línguas para todos os lados, Will me prensava contra o armário e eu passava mão pela sua cintura como queria desde cedo, o loiro separou o beijo apenas para tirar minha camisa, que foi jogada no chão, comecei a empurrar ele querendo sinalizar para irmos para o quarto.

- está com pressa moreno?- perguntou no pé da minha orelha me dando arrepios.

- vamos logo com isso W-Will- o nome dele saiu como um gemido já que ele tinha começado a morder e chupar meu pescoço.

Will passou a mão pelas minhas costas, apertando minha bunda e depois puxou minha cocha impulsionando para que passasse minhas pernas por sua cintura, o que fiz com prazer.

Senti a ereção de Will me cutucar e como estímulo reboei lentamente em seu colo, fazendo com que ele apertasse mais minha cintura.

Will me pôs sentado em cima da bancada da cozinha e tirou suas calças, tirando em seguida a minha, depois voltando a me beijar.

Se o beijo antes estava afoito, agora estava pegando fogo. Passei a mão pelos cabelos de Will, depois desci por suas costas trazendo-as pra frente de novo, entrando pela barra de sua cueca, masturbando-o devagar o que fez ele gemer rouco contra minha boca, me deixando mais excitado se era possível.

Separando nos de novo, Will me puxou pela mão descendo me do balcão e indo pro quarto, então ele me puxou e me jogou na cama deitando por cima de mim, esfregando nossas ereções gerando ondas de prazer, comecei a empurrar sua cueca para que a tirasse quando se afastou tirei a minha junto, puxando-o de novo para um beijo voraz.

O beijo continuou até ele puxar minhas pernas pra cima enlaçando as em sua cintura, senti roçar seu membro em mim e gemi em ansiedade.

- você está pronto gatinho?

Rebolei em resposta apertando mais seu corpo contra mim, Will me penetrou devagar, gemi baixinho com o ato.

O loiro estocava fortemente, gemíamos juntos, um provocando o outro, até que já não me aguentava mais e gozei em cima de nós dois, e com isso contraindo meu corpo, fazendo com que Will viesse logo depois, caindo cansado ao meu lado.

- Você é muito fofo gatinho.

- shiu, vamos só dormir- falei dando-lhe mais um selinho.

Só queria saber o que seria de mim e da minha vida amanhã.

                  Seria ele só mais uma noite.