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História So Numb - O Amortecedor


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


FELZ ANO NOVOOOOOOOOO <3

Capítulo 10 - O Amortecedor


Fanfic / Fanfiction So Numb - O Amortecedor

- A mãe dele me trouxe para casa, pois estava chovendo demais. – Explicava as histórias sobre ontem para Isabelle, que fazia um delineado “gatinho” nos meus olhos.

- Ele deu beijo de despedida?

- Deu!

- Tá, e vocês tão tipo, namorando? – Abri meu olho, fazendo-a quase borrar.

- Não. Sei. Estamos? – Disse, pausadamente.

- Não sei, estão?

- Será?

- Estão?

- Eu não sei como essas coisas funcionam!  - Choraminguei.

- Calma, provavelmente hoje ele tome alguma ação, e vai ser na frente de todo mundo. Imagina que top ele beijar você na frente da galera toda! Aquelas azedas que não gostam de você vão se morder de inveja! – Isabelle estava sonhando acordada com algo que ia acontecer comigo, eu valorizo essas demonstrações de amor vindas dela, me deixam realmente confortável com ela.

- Ah, eu não me importo tipo, com o que aquelas garotas vão pensar, na verdade não me importo com opiniões sobre mim, imagem e essas coisas. O lance de ser respeitada pelo ato com Nathalie foi apenas consequência, eu não fiz aquilo para merecer respeito ou qualquer coisa do gênero. Na verdade, - Suspirei. – Eu só me importo com o que ele sente em relação a mim. Nos aproximamos há apenas dois dias atrás!

- Eu achei isso legal.

- Eu também.

- Maquiagem pronta, bebê, hora de escolher sua roupa... – Disse ela, mostrando-me o espelho. Eu nunca uso maquiagem, foi um choque ver-me maquiada, não que eu não tivesse gostado, apenas era estranho. Após uns dois minutos analisando meu reflexo no espelho, achei a maquiagem muito bonita, pois não estava afetando nenhum ponto do meu rosto. Ela não havia base ou qualquer coisa desse tipo, do qual cobre a pele, também não havia pintado minhas sobrancelhas e levemente havia passado umas purpurinas em minhas pálpebras. Era uma maquiagem leve, somente com um contorno preto em volta dos meus olhos e um batom de um tom meio bordô desbotado, meio vermelho... Nossa, eu não sei que cor é essa...

- Meu Deus!

- Que foi? Ficou ruim? – Perguntou Isabelle preocupada, já com o demaquilante em sua mão.

- Não! Quer dizer, não, ai meu Deus. Eu gostei, ficou legal, apenas levei um choque por nunca ter visto a mim mesma com maquiagem. – Gargalhei. Isabelle sorriu e fomos até seu guarda-roupa escolher algo legal.

Ela vestiu um macacão jeans do qual demarcava suas curvas, eu não estava nada a fim de algo do gênero. Então, ela montou um look com a regata que eu usava, que segundo ela, era “a minha cara”.

Tratava-se de uma regata preta solta, estampada com as letras brancas formando “Linkin Park”, sua parte inferior era colocada para dentro do short preto de cintura alta pertencente à Isabelle. Uma meia calça preta transparente, com detalhes de flores em relevo cobria minhas pernas brancas. Em meus pés, meu típico Chuck Taylor preto com detalhes vermelhos.

- Ai que arraso, viada! – Exclamou Isabelle, empolgada.

- Digo o mesmo!

Após terminarmos de nos arrumar, o pai de Isabelle nos deu carona até o local onde seria a festa. Eu nem sequer sabia o nome da dona da casa, e nem da maioria das pessoas que estavam ali.

Entramos na casa, que estava lotada, tipo, muito lotada. Havia tumulto até na escada da casa, em frente às portas e entradas de cômodos. Havia gente muito além de apenas alunos do segundo ano. Isabelle estava cumprimentando todo mundo que via pela frente, eu cumprimentava por educação, pois nem sabia quem eram.

Rodeava loucamente os olhos pelo local em busca de Shawn, mas tudo que eu via era diferentes tipos de vestidos e saias “tubinhos”, tanto que até me senti um pouco única ali.

A música soava alto, e Isabelle, junto a mim, logo foi para a pista de dança.

[...]

- Ei, se alegra um pouco garota, a música está fritando! – Exclamou Isabelle, balançando seu corpo, conforme a melodia da música “Closer – The Chainsmokers”.

- Acho que ele não vem... – Suspirei, referindo-me a Shawn.

A música mudou drasticamente, e senti uma adrenalina tocar meus nervos quando escutei a batida que eu tanto conhecia típica do MGMT.

- PUTA MERDA, É A MINHA MÚSICA, CARALHO! – Eu gritei tão alto, que minha voz sobressaltou a música e todo mundo olhou para mim. Eu acabei por nem ligar, e apenas dançar.

Todos ainda olhavam para mim, como se estivesse acontecendo algo extraordinário, e eu comecei a ficar envergonhada, ao passo que minha dança acelerada foi se acalmando. Ao rodopiar, percebi que não me olhavam por causa da minha dança.

- Desculpe o atraso, Cameron demorou um século arrumando seu cabelo. – Disse ele, logo levando seu rosto ao meu e me cumprimentando com um beijo. Seus lábios tocaram os meus, que ferviam por ele. Mas, logo, senti-o se distanciando.

- Não. Ainda não. – Falei, entre um suspiro abafado, dando-o espaço para uma expressão maliciosa. Era a primeira vez que eu abria o caminho para termos um contato íntimo. De verdade, sem tanta timidez.

Ele puxou-me com tal força, pela minha cintura, que senti minha costela tocar seu tórax, e o material da estampa da minha camiseta, raspar-se com um dos botões de sua camisa xadrez. Concentrei-me tanto em sentir seus lábios, e apenas ali, que me esqueci de tomar ação com minhas mãos, que pausavam sobre seus braços, e levemente, sua manga era apalpada pelo meu punho, que o segurava firme.

Sua boca fervia contra a minha, assim como todo seu corpo, como todo o meu corpo, como todo nosso contato corporal. Cada vez que ele mexia um músculo, era como se uma corrente elétrica passasse por mim. A música, “Electric Feel – MGMT” que ainda soava alto, tornava aquele momento nostálgico, e por um momento, senti-me uma garota, em um filme de colegial. Da qual as coisas dão certo e tudo é maravilhoso.

Porém, ele me soltou e a música acabou, e aí lembrei que na verdade minha vida é uma bosta, mas tudo bem, como diz um sábio poeta, “sonhar, nunca desistir”.

Shawn pegou-me pela mão e me levou até a varanda da casa, sem falar nada. Caminhamos por entre tantas pessoas, que nos olhavam com o mesmo olhar de sempre. Percebi que ali naquela festa, havia até umas garotas da oitava série, que também tinham um eminente amor por Shawn. E quando ele passava, elas faziam questão de mostrar seus corpos mais robustos que o meu. Maldita puberdade precoce dessas garotas, eu nunca nem sequer saí da fase das barbies.

Sentamos no batente da cerca da varanda, perto de nós, alguns casais se beijando, algumas garotas tristes, e alguns caras sozinhos. Entre eles, estávamos nós, sentados lado a lado, com os rostos ruborizados, e uma eminente vergonha de estarmos tão próximos. Parecíamos duas crianças que tocaram suas mãos pela primeira vez.

Shawn colocou as mãos no bolso da calça e ficou olhando para baixo. Levei meus olhos até ele, e fiquei ali, apenas o observando.

A vida não é perfeita, e não estamos em um filme de romance com falas ensaiadas e atitudes programadas. Mas, pela primeira vez na minha vida, eu me sinto reconfortada, amortecida da queda livre ao abismo, que se resume a minha vida.

Ele percebeu que eu o observava e levemente sorria, seus lábios se abriram em um sorriso largo e tímido ao mesmo tempo, que se destacaram com suas bochechas ruborizadas. Em um movimento rápido, depositou um beijo em minha testa e rodeou seu braço a mim, aninhando-me em seu peito, que se mexia rápido, com uma respiração acelerada.

Cada toque e olhar, me deixava mais e mais entorpecida, Shawn é melhor que qualquer cigarro que eu já provei. Até os de menta.


Notas Finais


UHUUHUUHUHU <3


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