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História So Numb - Gold Flake


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


Hoje, eu tô inspirada pra caralho, passei a tarde escrevendo, e já tenho salvo até o capítulo 25... HEHEEH, eu to doida demais para que vocês conheçam o Chandler, pq sei lá ain

Já que estou inspiradérrima, um capítulo para vocês bebês <3

Capítulo 14 - Gold Flake


Meu pai me acordou com um tapa, era hora de ir para casa (graças a Deus).

Ao chegarmos enfim, minha mãe estava de bom humor, até meu pai sair do carro e se obrigar a conversar com ela sobre minha verminose. Eles não sabem mais se comunicar, começam conversando sobre coisas naturais do cotidiano e de repente já estão falando que o maior erro da vida deles foi se casarem. “Graças a Deus nos separamos então” “você não presta”, centenas de palavrões e quem paga por isso que é a porta que é batida com força.

Minha mãe começou a chorar quando ele foi embora, Dakota foi até ela, eu ignorei e fui subir a escada, porém, meu corpo entrou em pane de novo e eu caí sentada no degrau em que estava, não fiz barulho, mas permaneci ali. E me obriguei a escutar a conversa delas.

Mamãe disse que sente falta do meu pai, e que não entende por que se separaram, pois ela ainda o ama, e tem certeza que ele a ama também. Ela disse que tenta não brigar, mas ela sente mal por aquele relacionamento ter acabado, e acaba descontando nele mesmo, falando coisas que deixem claro que ela não precisa dele. Mesmo que seja mentira.

Eu nunca quero ter um relacionamento assim, se é para acabar, que nem comece então.

Fiquei na escada até escutar Dakota sugerir uma ida ao spa. Mamãe aceitou na hora e fui subir as escadas. Aí, lá estava eu, tonta, pálida e sem equilíbrio esticada no terceiro degrau da escada.

- Tá fazendo o que aí garota?

- Mãe, eu estou mal. Sério. – Disse, enquanto sentia meu coração acelerar e quase sair pela boca.

Então, minha mãe teve que me levar ao hospital, e eu estraguei os planos do spa. O médico disse que eu estava usando alguma substância do qual meu corpo não era capaz de aguentar. Podia ser um remédio, uma bebida, alguma das minhas vitaminas, ou meus cigarros.

Antes que ele pudesse fazer qualquer exame e foder com meus cigarros, eu inventei que tudo isso começou desde que eu mudei a marca da vitamina de ferro que eu tomava. Então, ele disse que eu deveria voltar para a antiga marca, o que deixou minha mãe puta, pois trocamos a marca pois a outra estava cara pra cacete. Ah, foda-se, a outra era até melhor mesmo.

As duas me deixaram em casa e foram para o Spa. Tomei a droga do remédio para verminose. E então, fui fumar no meu quarto.

No domingo, fomos a casa da minha tia, como sempre fazíamos no domingo, mas dessa vez, havia mais uma pessoa lá, o que cortou nossos planos de “dia das meninas”, que nunca era dia das meninas, na verdade. Meu primo que estava em intercâmbio havia voltado, ele salvou meu domingo.

- Quanto tempo Mariazinha. – Disse Troye, dando-me um abraço apertado, relembrando os apelidos de infância.

- verdade. – Retribuí o abraço.

Estávamos na sala, quando minha mãe começou a falar sobre os “bofes” que ela viu  na academia, e como eram “gostosos”, e como ela queria dar uma “lambida no tanquinho” deles. Troye e eu estávamos sentados perto da janela, mas dava para escuta tudo. As três começaram a falar sobre sexo.

- A Elle ainda é lacrada, eu acho pelo menos. – Disse minha mãe. – Ela tem nem namorado direito.

Que audácia e calúnia eu namoro sim, só ainda não chegamos aos finalmentes porque eu não quis, caralho.

- Desculpa por isso. – Disse para Troye, achando que ele estava incomodado de ouvir três mulheres falarem sobre cabaço, tanquinho e bofe. Mas na verdade ele estava é rindo da minha cara.

- Lacradinha, é? – Riu ele.

- Nossa mano, vai cagar.

- Desculpa, eu não queria cortar o seu... lacre. – Riu de novo, achando que a piada tinha sido boa.

Eu fiquei estressada e saí da casa para o quintal de trás. Peguei meu maço de Marlboro e acendi dois cigarros de uma vez só. Ouvi um som de passo e me virei assustada, mas era só Troye. Ele viu o cigarro e arregalou os olhos.

- Quem diria, você parece tão santa. – Citou ele, sentando-se ao meu lado na grama.

- Ah, foda-se.

- Posso? – Ele meteu a mão no meu maço que custou 7 reais. Mas eu dei um cigarro. Ele acendeu com meu isqueiro e colocou entre seus lábios. Foi quando percebi que ele nunca tinha fumado.

Troye sugou o cigarro, fazendo com que a fumaça entrasse em sua cabeça e então soprou, ele não aspirou, nem deixou descer até a garganta. Sentiu nada.

- Você tá fumando errado, gênio.

- Ah, vai me ensinar a fumar agora?

- Vou. Você tem que sugar a fumaça e puxa-la para dentro, tem que senti-la descer por sua garganta e pairar em seu pulmão, só então expirar. Senão, você não vai senti nada além do gosto de fumaça. – Expliquei.

- Tá. Vou tentar. – Ele deu uma sugada tão forte que quase acabou com o cigarro, logo depois seus olhos ficaram vermelhos e ele começou a tossir. – Meu deus.

- É assim mesmo...

Ele tentou de novo, e de novo, e de novo. Aí o cigarro acabou e ele se deitou na grama, tossindo sem parar.

- Minha cabeça tá doendo pra caralho, isso era o que? Maconha?

- Tabaco... Não devia ter fumado tão rápido.

Logo ele se esticou na grama e ficou lá, vegetando enquanto olhava para o céu. Termineu meu cigarro e joguei cerca à fora. Tirei meu pequeno perfume do bolso e passei em mim, ao mesmo tempo que soltei meus cabelos.

- Isso é horrível, como é que você consegue fumar?

- A gente acostuma com as coisas ruins.

- Sua mãe nunca percebeu? – Perguntou ele, preocupado.

- Não, ela fuma também.

- O que? Sério?

- Sim, ela acha que ninguém percebe, pois ela o faz escondida, mas dá pra sentir o cheiro. A noite ela fuma com a janela fechada, e o cheiro se espalha pela casa toda, pega nas nossas roupas. Portanto, se eu e Dakota começarmos a fumar, ela nem percebe.

- Desde quando você fuma?

- Achei nas coisas dela uma caixa de Gold Flake com 14 anos. Coloquei um na boca e o vício começou. Mas sendo sincera. Não é tão difícil parar, se você quer, você consegue.

- E por que você não para?

- O cigarro faz você morrer antes.

Passamos a tarde ali falando cobre coisas banais, até minha mãe vir me chamar. Ela estava chorando.

- Céus, essa mulher não para de ficar fuxicando no passado... – Pestanejei enquanto me levantava.

- O que houve com ela? – Perguntou Troye.

- Quer meu pai de volta mas não quer também.

- Hein?

- Exatamente.

Despedi-me de Troye e de minha tia e fomos embora. Minha mãe chorou mais em casa, e pela primeira vez, acendeu um cigarro na nossa frente. Dakota encarou aquele cigarro como se fosse uma arma, não que fosse muito diferente.

- A vida é tão difícil meninas... – Disse ela, com o Gold Flake entre os dentes.

Dakota se engasgou com a fumaça e teve que sair da sala para se desintoxicar. Eu já estava acostumada, permaneci sentada no sofá.

Minha mãe começou a tomar Vodca pura, copo atrás de copo.

- Quer? – Perguntou, não hesitei em provar novamente aquele Gold Flake, que é bem mais caro que meu humilde Marlboro.

Aquele era meu primeiro plano familiar com minha mãe pela noite, beber vodca e fumar ao pé do vento que corria na janela da sala. Belo plano.


Notas Finais


ai eu queria um Troye como primo gente nossa


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