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História So Numb - Pior dia de todos


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


AIN GENTE NOSSA, O ÚLTIMO CAPÍTULO TEVE TANTOS ACESSOS E TANTOS COMENTÁRIOS E TANTO CARINHO, MANO VOCÊS SÃO DEMAIS PORRA CARALHO NOSSA MANO NOSSA <3

Capítulo 16 - Pior dia de todos


Fanfic / Fanfiction So Numb - Pior dia de todos

Eu despertei no susto. Estava no sofá de casa. As coisas estavam um pouco embaçadas, senti uma forte dor na cabeça antes de abrir completamente meus olhos e me esforçar para ouvir.

- Feliz Aniversário. Elle. – Disse uma voz feminina e totalmente irritada.

Então fiz esforços para acordar. Estavam todo mundo ali. Minha mãe, meu pai, Dakota, Evan, minha tia e Troye. Todo mundo me olhando com cara de bravo, menos Evan e Troye.

- Obrigada... – Disse irônica.

Então começou a bronca. Minha mãe começou a gritar insanamente, com suas mãos me estapeando violentamente. E deu início a frase que eu tanto conhecia:

- Onde foi que eu errei?! Você só me desaponta, quando eu acho que já é demais, você me aparece drogada, bêbada e acabada em casa... Você só nos aborrece.

- Sério isso Mary Elle? – Disse meu pai, de braços cruzados.

- O que aconteceu? – perguntei, de forma que minha mãe cessasse os tapas.

- 2h da manhã. 2h da manhã e Dakota me ligou, dizendo que você estava enlouquecendo em casa. Vim o mais rápido que pude, trouxe sua tia e Troye junto comigo... – Dizia minha mãe.

- O Evan achou você dançando com umas garotas mais velhas em uma festa para ADULTOS, o pior de tudo, você estava chorando e drogada, entupida de LSD. Ele foi até você e você saiu para longe, tropeçou e caiu. Por sorte ele te segurou. Ele me ligou e te trouxe para casa. Você estava toda errada garota. Você só faz cagada... O que te falta nessa vida para ir atrás de drogas? – Continuou Dakota.

- Ainda para piorar, inventou que ia sair com Isabelle, os pais dela não são tão imprudentes para deixar vocês irem a esses lugares de putaria. – Disse minha mãe, me dando mais um tapa no braço, enquanto eu me encolhia no sofá.

Todo mundo começou a discutir. Até jogar na minha cara meu maço de cigarros da Marlboro.

- Que porra é essa Elle? Desde quando você fuma essa merda? – Perguntou minha mãe. Eu fiquei calada. Ela insistiu. – DESDE QUANDO ELLE?

Permaneci calada, até ela avançar para cima de mim, dando agora socos em mim. Ela me deu uma porrada no olho. Aquela pancadaria estava ficando forte e eu comecei a gritar, até meu pai para-la.

- Quando foi que você começou a fumar, Elle? Não vamos te bater, só queremos te ajudar. – Disse meu pai, depois de eu já estar toda roxa.

- Catorze. – Disse.

Foi o caos, todo mundo começou a gritar, gritar comigo, eu só soube chorar. Permaneci sentada no sofá, de cabeça baixa, os ouvindo falar todas as merdas que estavam entaladas na garganta deles. Eu nunca ouvi tanta coisa ruim ao meu respeito, nem na escola, nem o bulling. Nada se comparava com as baixarias que eu ouvi dos meus próprios pais. Da minha própria família.

Minha mãe pegou meu rosto pelo queixo e me impulsionou para cima, meu pai era o único que tentava impedir. Ela segurou com força, apertando minha mandíbula.

- Você, você é um erro. – Disse ela, fitando-me com fúria, seu maxilar estava trincado e ela cuspia palavras sujas em minha face. Quando meu pai tentou tira-la de perto de mim, ela meteu um tapa realmente forte no rosto, me fazendo cair de volta ao sofá.

Meu pai a segurou pelos braços com força e a mesma começou a berrar.

Eu estava passando mal já, abri a janela atrás de mim para respirar, e a gritaria pelo jeito sobressaía a casa, mesmo com tudo fechado. Todos os vizinhos estavam na janela de suas casas, fora aqueles que estavam parados na calçada. Havia alguém em frente ao meu quintal, com um pacote em suas mãos. Era Shawn. Eu o olhei fundo, através daquela janela. Com lágrimas escorrendo pelo meu rosto vermelho. Ele me olhou de volta e fez uma expressão preocupada. Ele ouviu e viu que minha casa estava um caos, sinalizei para ele ir embora rapidamente e fechei a janela.

Minha cabeça ia explodir de tanto que eles gritavam.

- FODA-SE PORRA, FODA-SE VOCÊS, nunca ligam para droga nenhuma que eu faço, o que interfere na vida de vocês o que eu faço ou deixo de fazer?  Todo mundo nessa casa, e em todo lugar me odeia. E quer saber? Eu não ligo... Sabe mãe, achei os cigarros na sua gaveta, e quando você me ofereceu domingo a noite seu Gold Flake imundo enquanto se afogava em copos de vodca para tentar esquecer que ama um imbecil como ele. – Apontei para o meu pai. – Vocês só fazem merda e prejudicam a todos em volta, destroem tudo ao redor de vocês. Eu faço as minhas merdas, mas são minhas e só minhas.  O dia em que meus cigarros prejudicarem a vocês, carta branca para me culparem e dizerem o que quiserem. Mas no momento, eu quero que vocês todos morram e vão para o inferno.

Minha mãe enfureceu-se mais e pegou a primeira coisa que viu em sua frente, um vaso de flores, quebrou-o na mesa. Saí correndo quando vi aquele pedaço de vidro me acertar em cheio no braço, cortando-me. Abri a porta e corri o máximo que dava, meu braço estava dolorido demais.

Fui pega de supetão por Shawn, que estava com uma bicicleta. Subi na garupa da bicicleta, agarrei em sua cintura e afoguei minhas lágrimas em suas costas, molhando sua camiseta preta de algodão.

Andamos por um bom tempo, o vento batia em nós, secando instantaneamente as lágrimas que saíam de meus olhos vermelhos.

Andamos por um bom tempo, até que paramos em um parque. Saímos da bicicleta sentamos no chão. Shawn me abraçou e deitei minha cabeça em seu ombro.

Ficamos um bom tempo em silêncio.

- O que aconteceu? – Perguntou ele, mexendo em meus cabelos com sua mão que me aninhava.

- Eu odeio minha vida. Eu só queria morrer. – Disse. Pegando em meu bolso, o último cigarro.

Shawn me olhou surpreso.

- Não sabia que você...

- É, eu fumo, foda-se. É a vida. – Disse, cortando o assunto.

- Bom... Feliz aniversário. – Ele me entregou uma concha grande e bonitinha.

- Obrigada... O melhor aniversário da minha vida... – Suspirei.

- O que aconteceu? Por que seus pais estavam discutindo tanto?

- Porque, enquanto você estava me ignorando, eu estava no posto, fumando com a minha nova amiga. Ela me convidou para ir a uma festa. E eu fui. Pelo jeito não fiz falta. Já que, ao mesmo tempo em que você estava com aquela garota loira, eu estava me drogando.

- Se drogando? Elle, o que você está fazendo... Essas coisas estragam você.

- Tudo me estraga. Eu já nasci estragada. Eu sou um erro nessa merda, sempre fui um erro. – Tornei a chorar, enquanto me engasgava com um pouco da fumaça. – Mas tudo bem, eu entendo que não sou o que você precisa, ela é bem melhor mesmo.

- Ela tem namorado.

- Que?

- A garota loira. Foi só para te irritar. – Disse ele. – Me desculpa.

- Tudo bem...

- Elle... O mundo é um lugar confuso, e a vida, é uma coisa toda enrolada. Coisas ruins acontecessem com pessoas boas... São essas coisas que nos tornam forte. A dor é ruim, mas só segura a onda quem é forte. E você é. Não chore mais, quem são seus pais para dizer qualquer coisa? Eles não sabem quase nada sobre você. Olhe aqui. – Sua mão foi até meu queixo, levantando meu rosto para observa-lo. – Esqueça as coisas ruins, Elle, eu te amo. Você não tem ideia o que eu faria por você.

- O que faria?

- Te daria o mundo.

E ali ficamos. Na calçada suja, aproveitando minhas aparentes últimas horas de liberdade. Quem sabe o que vem de agora em diante? Seja o que for, sei que não é bom. Sinto que as coisas só vão piorar. E muito.

Ele prometeu um mundo, que ele não tem. Me prometeu um mundo que não pode me dar. Me prometeu o mundo... Mas eu não o moreço.


Notas Finais


1 CAP GALERA 1 CAP #VEMCHANDLER


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