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História So Numb - Nos nervos


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


AAAAAH CARAI 24 FAVORITOS VAMO SE AMA AAAA

Capítulo 2 - Nos nervos


Fanfic / Fanfiction So Numb - Nos nervos

Agora, em pleno final de ano, eu era conhecida por entre os corredores, por ter tido a coragem e bravura de enfrentar alguém com “nome” na escola. Pelas conversas dos alunos, acabava havendo meu nome no meio. Isso me deixou feliz, pois agora, eu era vista com outros olhos por todos, meu nome era conhecido. Mas, não era apenas por isso, eu estava feliz, pois agora, todos aqueles que tinham certa “inferioridade”, tinham sua confiança erguida e intacta.

 E pensar que eu fiz isso para livrar a mim mesma de um pé no saco.

Mas, por outro lado, o ódio por mim acaba de começar. Nathalie espalhou para todos que eu a ameacei com uma “arma”. E agora, além de todas as outras coisas da qual me chamavam, eu também era tachada de psicopata. Claro que, ninguém pode comprovar nada, mas comentários são comentários.

Antes eu era invisível, agora eu recebia cumprimentos e sorrisos pela manhã, eu estava mais rodeada de pessoas do que nunca. E isso me deixava nervosa, mais ainda, com os estudos eminentes.

Mordia compulsivamente o lábio inferior, estava nervosa para o sinal tocar e recolherem as provas logo. Assinalei a última questão, ajeitei meu cabelo atrás da orelha e olhei para o relógio. Só mais cinco minutos. Balançava o pé com certa velocidade, o que fazia o velho chão de porcelanato vibrar.

- Dá pra parar? – Sussurrou Isabelle me cutucando, na classe de trás.

- Desculpe. – Sussurrei de volta.

Sempre tive um maldito problema de ansiedade, não sabia que isso poderia ser tratado com remédios. Não até ano passado. Mas esses remédios só podem ser comprados com receitas, e eu não tenho uma, pois meus pais acham que isso é somente uma crise de adolescente. Quem dera se fosse.

Variava a direção de meus olhos entre o relógio, minha prova, minhas unhas ruídas disfarçadas com esmalte preto – que já estava todo descascado- e para a professora, que encontrava-se sentada em sua cadeira, ajeitando seu óculos no rosto a cada minuto, enquanto lia um fino livro de um romance clichê de algum autor estrangeiro.

Enfim, o sinal tocou.

- Tudo bem, deixem suas provas acima da mesa, caso tenham feito anotações em uma folha extra, coloquem-na sobre a prova. Vou passar para recolher. – Exclamou a professora, enquanto levantava seu corpo da cadeira com certa lentidão.

Logo, a turma toda começou a conversar, e eu estava nervosa como sempre. Não sei se seria adequado virar-me para trás para conversar com Isabelle, já que ela parecia um tanto irritada comigo. Às vezes eu não a entendo. Mas a respeito. E respeito seu espaço, se ela quer privacidade.

Virei-me um pouco, ficando sentada de lado na cadeira desconfortável. Sentava na penúltima cadeira, na fileira grudada à parede. Observei a janela, do outro lado da sala, e acabei me perdendo em pensamentos. Fazia mais um dia de chuva, acompanhado de uma temperatura amena e uma brisa que nos obrigava a colocar uma blusa a mais.

Havia um garoto sentado praticamente colado à janela, eu não estava olhando para ele, mas acho que, a impressão que ele tinha, é que eu estava o encarando. Só fui me dar conta disso, quando ele parou de conversar com as inúmeras garotas que babavam por ele, e virou-se para lateral, assim percebeu que eu estava vegetando com meus olhos em sua direção.

O garoto simplesmente ficou me encarando, mas eu permanecia olhando para a janela. Sentia que estava sendo observada, então segui seu olhar. Tratava-se de Shawn Mendes. Meu colega desde o ensino fundamental, que cresceu e levou um soco da puberdade, passando de um garoto esquisito, para, se não o cara mais popular e bonito da escola, um dos.

Particularmente, eu não entendo o que ele tem de tão extraordinário. Não tem nada como um cabelo de cor diferente, ou olhos com cores raríssimas, que o difere do resto dos garotos da escola. Na verdade, ele é bem comum a meu ver, ele segue o padrão seguido por, se não todos, grande maioria dos garotos da escola.

Talvez, o que deixe ele tão diferente do resto, e tão querido por todos, é o seu dom musical. Ele canta muito bem, realmente, além de tocar violão e provavelmente outros instrumentos. Mas fora isso, ele é só mais um garoto.

Por entre o rosto com a mandíbula bem desenhada de Shawn, estampou-se em seu rosto, um sorriso de canto, mostrando seus dentes retos, resultado de uns dois anos de aparelho. Eu permaneci séria, pois não tinha parado para pensar na hipótese de ele estar sorrindo para mim. Logo, sua expressão facial também mudou, para sério, e então semicerrou os olhos. Fiquei sem entender e desviei o olhar para a professora, que no momento, andava por entre o corredor de classes ao meu lado, passando brevemente pela minha classe e tomando minha prova em suas mãos. Ela recolheu os papéis que faltavam e caminhou de volta para sua mesa.

Avistei minha prova indo para longe de mim, e soltei um suspiro de alivio.

- Ainda bem. – Sussurrei, enquanto fechava meus olhos e sentia minha ansiedade baixar e meus batimentos se normalizarem.

- Ainda bem o que? – Indagou Isabelle, atrás de mim, curvando-se na classe para ficar mais próxima a mim e escutar-me melhor, já que a sala virou um alvoroço.

- Ainda bem que acabou... – Respondi, virando-me para podermos nos olhar enquanto conversávamos.

- A prova? -

- É, tudo. Finalmente. – Suspirei aliviada, novamente.

- Verdade, aliás, o que você colocou na questão 6?

- 7,8. Mas na verdade eu fiquei em dúvida, pois tinha que somar a medida da pessoinha e isso confundiu um pouco.

- Droga! Meu resultado deu 95. Mas que merda, me dei mal de novo! – Ela deu um leve tapa em sua testa, fechando seus olhos e fazendo uma expressão de reprovação.

- Mas e o resto, você acha que foi bem? – Perguntei, na esperança de anima-la.

- Não sei de mais nada agora. Só sei que nada sei. – Brincou. Soltei uma leve risada pelo nariz.

Eu estava realmente muito aliviada de ter terminado a prova, pelo fato de que, era a última prova que faltava no ano. Dentro de uma semana, estamos de férias, finalmente.

A razão de meu alivio extenso, é que, entre meados do ano passado e deste ano, minhas notas caíram, em função de algo que nem eu sei exatamente o que é. Só sei explicar que é um tipo de tristeza, ou falta de alegria. Isso me trouxe uma falta de autoestima extremamente forte, uma coisa leva a outra, e em função disso, eu perdi a vontade de fazer toda e qualquer coisa que me exigisse sair da cama, inclusive coisas normais do dia a dia como almoçar e lavar a louça.

Óbvio que, eu era forçada a vir para a escola, forçada a ser exposta a um monte de gente, e isso me causava repulsa e tontura. As pessoas ao meu redor insistiam em dizer que era uma frescura, que pessoas da minha idade não tinham problemas maiores do que uma unha quebrada. Ouvir essas coisas me entristece, me fazem perceber que, existem problemas bem maiores, e, falando em material, eu tenho uma vida boa...

Mas, essas coisas, por mais que pareça bobagem, destroem você, te deixam fraco e covarde, aquela proteção de metal que todos humanos tem, é revertida por uma proteção de um vidro extremamente fino e sensível, que pode quebrar com qualquer batidinha ou tombo, e acredite, tropeços são coisas tão comuns nessas situações. Fica quase impossível permanecer intacto.

A gente segue como dá.


Notas Finais


Gente, sério, valeu pelo carinho, aaaa cês são demais gente, sério.
Agora, apenas uma observação sobre a fanfic: Perdoem-me pelos primeiros capítulos serem uma droga, essa explicação sobre a vida dela, sobre tudo, é necessária para o desenvolvimento da história. Beijinhos <3


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