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História So Numb - Você sempre volta


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


AAAH demorei uns dia a mais desculpem, tive uma party hoje (ontem) n sei to confusa

Capítulo 23 - Você sempre volta


Fanfic / Fanfiction So Numb - Você sempre volta

Quando estávamos voltando para casa, meu pai passou na casa da minha mãe, que já não era mais minha casa, agora minha casa era com o meu pai. Que estranho.

Eu fiquei dentro do carro, mas ele me anunciou que as convidou para um jantar em família no sábado. Ele queria apresentar uma pessoa. Eu fiquei um pouco entusiasmada em quem ele iria convidar.

De repente, seu carro deu solavanco e parou.

- Ah não, pneus de araque! – Exclamou ele, saindo imediatamente do carro.

Tirei meus fones e então percebi que, por um acaso ridículo da droga do destino, estávamos na frente da casa do Shawn.

- Merda, eu não trouxe meu macaco. – Disse ele novamente. – Vou ter que... – Ele não terminou a frase, apenas foi indo em direção à porta da casa mais próxima. Exatamente, a de Shawn.

Logo, o pai dele atendeu a porta, e cumprimentou meu pai, logo o chamando para entrar. Dois homens viram amigos do nada.

E foi ali, naquela varanda, que eu o vi depois de um tempo. Seu rosto era invadido por pequenos fios de uma barba por fazer, seus cabelos bagunçados caiam perfeitamente sobre sua expressão de sono, sobre aquela camiseta velha do “The Strokes”.

O vidro estava abaixado, foi inevitável que eu o visse, e que, ele me visse também. Seus olhos se abriram mais e seus lábios se moveram, junto de suas sobrancelhas, que formaram uma expressão surpresa em sua face. Eu virei para o lado e tentei fingir que o cara que me mostrou que o amor dura menos de um mês não estava há uma porta de carro e um quintal de distância.

- Elle...? – Soou o som de sua voz rouca.

Permaneci calada, olhando para baixo, para meus pés.

- Elle... – repetiu.

Era simplesmente dolorido me lembrar de que tudo desaba aos meus pés, era dolorido me lembrar de que há quase dois meses atrás eu estava mais feliz que nunca, que eu estava dando meu primeiro beijo, tocando minhas mãos, abraçando àquele corpo. E era dolorido lembrar-me de que, agora estávamos próximos de novo.

Senti uma sombra sobre mim quando virei meu rosto. Ele estava em frente à janela agora, com as mãos no bolso da bermuda azul.

- E aí? – Disse ele. Tendo meu silêncio como resposta de novo. – Elle... Você não sabe o quanto está doendo para mim, eu sinto sua falta.

- Mentira. – Afirmei.

- Não... eu...

- Não me procurou, não foi atrás, não fez nada.

- O que queria que eu fizesse? Não têm como te mandar mensagens... Eu sinto sua falta, eu gosto de você...

- Eu não acredito. Você nem demonstra. – Falei.

- O que quer que eu faça, Elle?

- Continue não fazendo nada.

Fomos interrompidos pelo som da porta se abrindo, e seu pai, e meu pai saindo com as ferramentas para trocar o pneu. Ele pediu que eu saísse do carro.

Estava agora, frente a frente com Shawn Mendes. E tudo que eu sentia, era dor.

Ficamos acho que, uns 15 minutos em silêncio, eu observava meu pai trocar o pneu, enquanto sentia o olhar de Shawn sobre mim, assim como sua respiração.

Meu pai entrou de novo na casa dele, acompanhado do pai de Shawn. Estávamos sozinhos de novo.

Subi meu olhar, de canto, para Shawn.

- Não aguento mais! – Exclamou ele, me virando rapidamente e colocando contra o carro, tocando sua boca na minha. Suas mãos seguravam minha cintura enquanto nossos lábios demonstravam um contraste de sentimentos. Ao cessar o beijo, sua boca foi até o pé do meu ouvido. – Eu te amo.

- Eu... Não sinto nada. - Menti. Eu sentia sim, eu o queria muito, eu precisava dele. No entanto, eu precisava mais dele, do que ele de mim.

O soltei ao ver meu pai vindo e entrei no carro. Meu pai deu a partida, e eu observei Shawn provando de seu próprio veneno, com lágrimas nos olhos, me vendo ir embora.

Naquela noite de sexta, eu fiz de novo. Eu fiz mais forte. Eu fiz com mais dor, com mais amor, eu fiz de novo um corte. Eu não me orgulhava daquilo, eu realmente não queria aquilo. Mas, como dizia em meu diário, e como eu pensava aos meus 14 anos... Eu sou fraca demais para ter a audácia de me matar de vez.

Cada corte daqueles, era uma nova sensação, de alívio, de libertação. Eu me sentia tão vazia ultimamente, que eu precisava me machucar para me lembrar de que eu ainda, infelizmente, estava viva.

Meu sangue escorria freneticamente sobre a pia branca do banheiro. Facas machucam bem mais que meras lâminas. Tive que fazer um curativo em meu braço, com uma atadura e vários pedaços de esparadrapo.

Ajeitei-me em minha cama e adormeci, sentindo meu pulso latejar com aqueles 4 cortes.

Acordei no meio da tarde, com meu pai me despertando.

- Preciso de ajuda para arrumar a mesa.

- São nem 17h ainda. – Murmurei, enquanto me levantava.

- Sua mãe e Dakota virão às 17h e 30h e vou servir o jantar às 19h00.

- Alto lá, na casa da mamãe, elas jantavam às 21h. Vai ter sobremesa? – Questionei.

- Vai... E por que “elas”? Não jantavam juntas?

- Não fazíamos nada juntas. – Afirmei, levantando-me. Recebendo uma expressão de pena.

- Oh... Ei, o que fez no braço? – Perguntou ele.

- Ah, eu ia te falar isso. Não posso levantar peso, ontem, quando você foi dormir eu chamei uma porção de comida chinesa e me arrebentei na escada quando estava indo pegar. – Menti, usando expressões sinceras, que sempre engavam qualquer um. – Acho que torci o pulso.

-Por que não desceu de elevador?

- Exercícios. Fazem bem à saúde. Já que eu estou trancafiada dentro de casa como uma criminosa, a escada é minha única academia.

Ele não disse nada, apenas assentiu e saiu do quarto.

- Acho melhor se arrumar. – Disse, do outro lado da porta.

Suspirei e fui até o banheiro, tomando um banho quente. Quente até demais para o calor que fazia.

Não importa quão alta esteja a temperatura... Eu odeio roupas curtas, que deixem expostas qualquer parte do meu corpo. Mas, meu pai suplicou para que eu usasse um vestido, eu poderia escolher. Ele me pediu para que estivesse arrumada, para a pessoa que ele queria apresentar.

Fiz até questão de pentear meus cabelos, que, estavam em um tom horrivelmente avermelhado, não estava mesmo bonito, parecia... Sangue de menstruação.

Vesti um vestido preto de comprimento um pouco acima do joelho. Um pouco mais rodado abaixo da cintura, e com alças rendadas em meus ombros. Eu me senti horrível ao ver minhas pernas pálidas contrastarem com o vestido escuro, então coloquei uma meia calça arrastão e meus velhos tênis, já que era meio que o meu único calçado que estava na casa do meu pai.

Ouvi o som do interfone, logo após, a voz do meu pai, dizendo: “estou descendo”. Então, a porta se fechando.

Saí do meu quarto cantarolando a música de um comercial de sabão em pó, que era a única música que eu ouvia nos últimos dias. Tinha certeza que eu estava sozinha em casa enquanto meu pai abria o portão, mas levei um susto quando Henry, um amigo do meu pai que se formou em gastronomia, estava encostado na bancada, tomando vinho.

- Puta que pariu, caralho! – Exclamei.

- Olha a boca garotinha. Meu Deeeeeeeus! Ellezinha como você cresceu! – Gritou ele, erguendo suas mãos para o alto e revelando ser um pouco... Empolgado.

- É. – Afirmei, sem saber o que dizer. – Desculpe a grosseria, mas, o que está fazendo aqui? – Questionei.

- Vim ajudar seu pai. Primeiramente, porque ele não sabe cozinhar, e outra, porque ele disse que iriam haver apenas 2 homens ao redor de quatro mulheres.

- Dois homens? – Questionei, confusa se o segundo homem, já era Henry, ou se haveria mais um. Se houvesse, quem seria?


Notas Finais


Hmmmm o próximo cap. vai tá uma porra de explosão caraioooooooo


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