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História So Numb - Só podia ser...


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


olha
a
explosão
quando nela desse cabunda no shawn

Capítulo 24 - Só podia ser...


Com o cenho franzido, recostei-me no braço do sofá, esperando ansiosamente a porta se abrir. As gotas do meu cabelo molhado caiam sobre minhas costas, molhando meu vestido e me causando leves arrepios.

Logo, ouvi vozes vindas do corredor. A porta então se abriu. Esperei freneticamente por quem entrava.

Que ilusão, era só minha mãe e Dakota.

Dakota cruzou a porta logo me analisando da cabeça aos pés, com sua típica expressão arrogante, passou reto por mim e foi cumprimentar Henry. Assim também fez minha mãe, quer dizer, na verdade, ela nem sequer me olhou.

Olhei para o meu pai, que suspirou com a atitude das duas.

- Hoje nós teremos comida mexicana para o jantar! Tempero, e muito sabor, ladies! – Exclamou Henry, aumentando o fogo do fogão.

- Então, quem é a visita surpresa? – Indagou minha mãe, servindo-se de vinho. E sentando-se na cadeira da mesa, longe de mim.

- Não vou estragar a surpresa. – Riu o meu pai.

Minha mãe usava um vestido tubinho, que além de demarcar seu corpo, também mostrava seu decote. Deu na cara, que ela estava tentando chamar a atenção do meu pai. Eu nunca torci tanto na minha vida, para, por aquela porta, passar uma mulher que fosse namorada do meu pai.

Em poucos minutos, estavam todos na cozinha, Dakota sentada na bancada, Henry cozinhando, meu pai cortando os temperos, e minha mãe se expondo para o meu pai.

Comecei a mexer na TV e percebi que o aparelho de TV a cabo havia mudado, agora tínhamos canais bons.

Já que ninguém prestava atenção, coloquei na MTV, que estava passando um bloco de músicas para festas.

Eram 18h e 30. O dia ainda deixava a luz do o sol transpassar as janelas, mas não com tanta claridade, por causa da chuva que se aproximava. Logo escureceria. A mesa estava arrumada para sete lugares, e eu estava fazendo minhas contas de quem sentaria aonde.

- Bom, vou servir meus aperitivos. – Disse Henry, com uma bandeja de canapés sensacionais na mão. Ele o colocou na mesa e sentamos ali. A mesa era retangular. Havia 3 cadeiras em cada um dos lados mais compridos do retângulo. E uma cadeira em cada uma das extremidades do retângulo. Meu pai sentou-se em um dos lados maiores, virou os dois lugares ao seu lado. Significando que ali sentariam as visitas. Minha mãe sentou em uma das extremidades, para ficar perto do meu pai. Dakota sentou-se em frente ao meu pai, e Henry virou seu copo no lugar ao lado do meu.

Todos estavam bebendo vinho, e eu, me contentava com a Coca- Cola.

O Relógio soou 19h, e Henry gritou que estava quase pronto.

O interfone tocou e meu pai desceu.

- Então Elle, como está sendo morar aqui? – Questionou minha mãe.

- Melhor do que morar com você. – Afirmei, cínica.

Então, a porta ia se abrir.

- Quem serão os amigos do seu pai? – Indagou minha mãe para Dakota.

A porta se abriu.

Entre risadas, meu pai entrou acompanhado de uma moça um pouco mais jovem que ele, com longos cabelos castanhos escuros e lisos, uma pele levemente bronzeada e magníficos olhos azuis. Em seu vestido prateado, que mesmo discreto, deixava aparente seu corpo bonito. Sobre saltos pretos não extravagantes, ela abraçou meu pai, o cumprimentando com um selinho.

Minha mãe fez a expressão mais deprimente que eu já vi, parecia que até sua maquiagem estava caindo junto com sua face. Eu ri tão alto com a situação que cuspi a coca que estava em minha boca no chão. Henry me olhou da cozinha e soltou um sorriso.

Eu estava me matando de rir, e ninguém entendia nada.

- Panela nova é sempre melhor, né? – Soltei a piada, e ri como se não houvesse amanhã. A moça me olhou com um leve sorriso, pois ela percebeu que eu estava gozando com a cara da minha mãe, que nem se virava.

- Que festão, senhor Fanning! – Soou uma voz conhecida, com um tom de entusiasmo. Recuperei meu fôlego e virei para a porta de novo, vendo a figura branquela que entrava pela porta.

Eu me levantei com tanta pressa da cadeira que quase derrubei a mesa.

- VOCÊ? – Falamos ao mesmo tempo.

- O que você tá fazendo na minha casa? – Indaguei.

- O que você tá fazendo na casa do namorado da minha mãe? – Perguntou ele, fazendo minha mãe quase se debruçar sobre a mesa.

- Como é que é? Eu moro aqui!

- Bom, parece que a noite vai ser longa... – Riu Chandler, me olhando, da porta.

- Então... Acho que vocês já se conhecem... Mas... Judy, Dakota, Henry, Elle, essa é minha namorada, Megan, e esse é o filho dela, Chandler. – Apresentou meu pai. – Meu bem, essas duas meninas são minhas filhas, e essa é a mãe delas. Henry é meu amigo.

- Prazer... É um prazer conhecer vocês! – Disse Megan, indo em direção à Dakota, cumprimentando-a com dois beijinhos. – Elle! Eu já te vi, mas eu queria muito te conhecer de verdade, venho ouvido muito sobre você... Não só de Robert, mas também de Chandler. – Exclamou ela, me cumprimentando, logo após de cumprimentar minha mãe. Megan me deu uma piscadinha e Chandler teve suas bochechas coradas. Mas que diabos?

Após todos os cumprimentos, e eu parar de rir e me engasgar toda vez que olhava a cara de tacho da minha mãe, nos sentamos todos à mesa e Henry serviu o jantar, sentando-se também. Chandler sentou-se em minha frente, ele não usava nenhum piercing hoje.

Todos conversavam enquanto comiam, e minha mãe não parava de questionar Megan sobre sua gravidez de Chandler, por ela “não parecer mãe”.

- Ah, a genética, meus pais são super magros... – Explicou Megan. Ela sim era uma mulher bonita, meu Deus do céu! Seus olhos eram igualmente lindos como os de Chandler.

Desviei meu olhar dela para Chandler, que me olhava sob seus côncavos dos olhos, com a cabeça levemente abaixada. Ao me olhar, ele segurou um riso que queria sair, e então desviou.

- Então, você vive com Elle, e Judy vive com Dakota? – Questionou Megan, ao meu pai.

- Sim... Elas se davam tão bem, foi ruim separá-las. – Respondeu, referindo-se a mim e Dakota. Tossi.

- Então porque não lutaram pela guarda das duas, ao invés de só uma? – Indagou ela, novamente.

- Ham... Elas não se davam tão bem. – respondeu minha mãe, confundindo todo mundo. – Quer dizer, Elle sempre preferiu o pai... Desde os tempos em que ela veio para cá.

- Eu estou aqui faz nem um mês... – Sorri, embaraçando as explicações dos dois.

- Como assim? – Indagou Megan.

- Era hora de separar elas... – Disse meu pai.

- Vocês não sabem nem mentir... O que é? Querem causar uma boa impressão dos destroços da nossa família? Vocês querem cobrir que têm uma filha problemática mesmo ela sabendo que seu filho e eu nos conhecemos do Narcóticos Anônimos? – Instiguei.

- Como é? O garoto ali é drogadinho também? – Perguntou Dakota, com sua costumeira arrogância.

- Sou. – Respondeu Chandler.

- Nem todos temos filhos perfeitos, não é? – Citou minha mãe. – Nós fomos agraciados pela nossa Dakota, ela já está na faculdade, e só nos orgulha.

- Você devia se orgulhar de Elle! – Exclamou Megan. – A sua filha é uma guerreira.

- Por que se drogava? – Questionou Dakota.

- Por que ela aguenta vocês. – Disse Chandler. – Caramba, me desculpa, mas, vocês são muito insanos. Não é de esperar que alguém surtasse aqui!

- A Elle tá surtada? – Perguntou Dakota de novo.

- O que fez no pulso, querida? – Indagou minha mãe, mudando de assunto. Quase engasguei com a falsidade no ar daquela frase.

Eu senti tanta vontade de explodir. Segurava o garfo com força enquanto todos me olhavam, esperando por uma resposta, e Chandler me observava, provavelmente esperando para ver se eu ia me expor de verdade.

- Eu peguei uma faca, e fiz comigo mesma o que vocês fazem todos os dias. Me machuquei, porque vocês realmente são insuportáveis, eu daria tudo para ter nascido em outra família, com uma de verdade, já que, não dá pra chamar vocês de família, são ridículos. Quem é que convida a ex para apresentar a atual, sabendo que fez uma boa troca? E você? – Olhei para minha mãe. – Qual é a sua? Vivia dizendo que eu era uma decepção, era uma mãe tão presente que nem percebeu que eu fumava os seus cigarros. Me expulsou de casa por eu simplesmente não ser a filha que você quer, afastou todo mundo de mim, tirou meu mundo de mim, e depois de tudo isso, depois de você nem me olhar, nem me cumprimentar, tem a audácia de fingir se importar comigo para cobrir sua total negligência sobre mim? Você é ridícula, que nojo ter nascido de você. Ainda bem, que a personalidade não é genética, se eu tivesse esse seu jeito ridículo de ser, eu faria um favor ao mundo e me matava.

Minha mãe tinha lágrimas falsas nos olhos, Megan a olhava com desprezo, assim como Dakota e meu pai olhavam para mim. Henry estava boquiaberto, e Chandler, se levantou junto comigo e aplaudiu.

- Essa sua filhinha perfeita, enfia o dedo na própria garganta para emagrecer. Há um bom tempo. – Disse. Dakota me olhou enfurecida. – E, foda-se o que vocês pensam de mim, se gostam ou não, logo não precisarão mais me aturar.  Perdi o apetite.

Saí da mesa e peguei as chaves na estante, corri pelo corredor, ouvindo meu pai gritar: “Não, espere!”.

Eu estava finitamente livre para fazer o que quisesse.


Notas Finais


Amo vocês <3


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