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História So Numb - Lábios ardentes


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


eai gurizada
to tudo perdida nas data mesmo desculpa
a semana tava osso matemática e física tão comendo meu sangue, tenha piedade prof, eu sou de humanas, aplaudo o sol, poxa!
essa semana tbm, estarei em semana de provas, aí fudeu-se tudo também não sei se vou conseguir respeitar as datas e já peço desculpas de antemão por isso, tô divida em 5: Escola/curso/vida social/fanfics/livro/estudar/estudar/estudar/matemática. Tá, talvez seja mais de 5, sou de humanas desculp

Capítulo 41 - Lábios ardentes


Aquele dia, tivemos reunião no grupo de apoio, como de costume nas segundas e sextas. E, eu não conseguia me concentrar em nada, eu só pensava naquele maldito olhar de Shawn.

Enquanto voltávamos para casa, Chandler pediu se estava tudo bem comigo, pois eu estava muito avoada. Eu menti que sim, e então tive que o aturar dizendo sobre seu primeiro dia de aula, e como sua turma estava cheia de garotas bonitas.

Meu pai e Megan avisaram que iam dar uma saída. Eu sabia aonde eles iam, meu pai queria minha guarda total, mas primeiro, quer se casar logo com Megan, para garantir que ela também tenha minha guarda. No fundo, o meu pai ainda se preocupa um pouco comigo.

Eu gostava quando ficava sozinha em casa, principalmente agora, com Chandler. Ele tinha sua própria chave do apartamento, e eu poderia fazer o que eu mais gostava de fazer aqui quando eu era criança. Explorar o depósito do prédio. Obviamente, tive que leva-lo comigo.

O depósito era dois andares no subsolo. Era frio, em função de estar abaixo do nível de terra, era escuro, pois sempre havia problemas nas lâmpadas, o teto era úmido e vivia causando problemas na parte elétrica daquele andar, as luzes piscavam e às vezes se desligavam sozinhas. Resumindo, era assustador lá. E eu adorava me sentir em um filme de terror às vezes.

Lá parecia uma biblioteca de armários, grandes armários, que armazenavam coisas dos moradores, cujo eles não queriam mais guardar lá em cima.

Abrimos o armário do meu pai, e pegamos uma escadinha que havia acoplada à porta do mesmo, para pegar as coisas mais altas. Subi e peguei uma caixa que havia uma etiqueta “fotos”.

Coloquei no chão, sentamos ao redor e começamos a revirar.

- Essa é você? – Perguntou Chandler, se referindo a uma foto de Dakota quando era pequena. – Que fofa!

- Não... É a minha irmã. – Disse, ele ficou um pouco sem jeito.

Comecei a vasculhar algumas fotos, e, de repente, olhar aquelas fotografias antigas em família passaram a me machucar muito. Eu vi sorrisos meus, do qual eu nunca mais vi. Haviam todas minhas fases naquela caixa. Pouco a pouco, pude ver meu próprio declínio estampado em papel. Até meus 10 anos, eu havia sorrisos no rosto. Dali até meus 12 anos, os sorrisos já eram com os lábios unidos. E então, as outras, eu só estava séria. Sempre.

Eu sabia que iria acabar chorando vendo aquelas fotos. Ao mesmo tempo, via Chandler tão intrigado, que ele nem sequer abria a boca para falar, eu não queria quebrar esse silêncio, pois depois do ocorrido no acampamento, não estava querendo papo com ele.

Peguei uma vitrola que estava bem embaixo no armário. Pertencia aos meus avôs que eu acho só ter visto algumas poucas vezes quando muito pequena.

Achei na prateleira acima, um disco dos Beatles. O coloquei para rodar na vitrola. “Here comes the sun” começou a tocar, ecoando no ambiente silencioso. Chandler ergueu o rosto e ficou me observando balançar a cabeça lentamente conforme a música.

- E eu digo, está tudo bem... – Murmurou ele, seguindo a letra da música.

- Não está. – Suspirei.

Chandler imediatamente soltou as fotos e veio para o meu lado, me envolvendo em seu abraço. Ele me puxou para que eu deitasse em seu ombro. Ficamos ouvindo a música por um tempo. Até que, ele começou a distribuir beijos por sobre minha cabeça, e sua mão, passou de perto do meu ombro, para minha cintura.

Levantei levemente o rosto e ele beijou minha bochecha, sem destocar sua boca do meu rosto. Impulsionei-me para vê-lo melhor, o olhei confusa, o olhei no olho. E então, ele se aproximou, e tocou seus lábios aos meus.

- O que você tá fazendo? – Exclamei, empurrando-o. Ele ficou em silêncio.

- Ué, você não gosta? – Instigou, com um sorriso malicioso.

Bufei e me levantei, recolhendo as fotos, jogando-as de qualquer jeito na caixa e a colocando de volta ao armário, guardando também os discos e a vitrola.

Passava a chave no armário quando Chandler se levantou e se colou a mim, me prensando contra o armário, seu ar tocava minha nuca.

- Por que você não se permite sentir... Não se permite se soltar. Por que você não se permite sentir prazer... – Sussurrou ele. Senti que seu corpo demonstrava excitação.

O empurrei de novo, escapando de seus braços.

- Por favor. Não faça isso de novo. – Disse alto, saindo rápido do depósito.

- E por que não? Eu sei que você se sente bem, eu sei que você gosta. – Dizia ele, me seguindo quando eu entrava no elevador.

- Eu não estou mesmo entendendo, a que ponto quer chegar comigo? – perguntei.

- Achei que fosse bem óbvio.

- Eu não quero isso, tá legal? Você imagina em mim outra pessoa, e isso é ridículo. Sem contar que isso não é confortável.

Entramos no apartamento. Caminhava em passos pesados quando Chandler me empurrou com brutalidade para cima do sofá e de repente, soltou seu corpo sobre o meu.

- Eu acho bem confortável. – Disse ele, afundando seu rosto em meu pescoço.

- Para com isso.

- Você tá gostando. Eu sei que está. – Murmurava ele, fazendo meu pescoço se arrepiar por inteiro.

- Para, Chandler. É serio! – Exclamei em súplica, tentando sair de baixo de seu corpo, que era magro, mas era totalmente mais forte que o meu.

- Elle, você tem que se permitir, tem que se libertar, se permitir sentir... – Disse ele, fincando seus dentes na pele fina do meu pescoço, soltei minha voz em um baixo “ai”.

O empurrei de vez, óbvio que ele não caíra, mas deu-me espaço para rolar para o chão ao lado. Ajeitei-me e Chandler ficou me olhando com os olhos semicerrados em cima do sofá.

- Nunca mais, me toque desse jeito de novo. – Disse em tom imperativo. – Nunca mais.

- Elle, o que sua voz diz, não condiz com o que o seu corpo demonstra. Você sabe o que quer. E sabe que tem.

- Cara, para com isso! Eu não vou servir de objeto para você, se quer transar procura alguma profissional nisso, elas sempre atendes menores de idade.

- O que?

- É. Você me disse que nunca devíamos fazer isso de novo, no acampamento, Eu cortei qualquer possibilidade, e você também deve cortar...

- Eu só disse aquilo no calor do momento.

- Que seja, você disse. E você não entende não é? Meu pai finalmente está aos poucos se apegando a mim. Megan me vê como uma filha. Eu finalmente, aos poucos, estou tendo uma coisa que pode ser chamada de família. Você não vai estragar isso.

- Ah cala a boca. Isso aqui não é família. Se toca garota. Minha mãe tem pena de você, ela não quer ser afetiva e nem te vê como filha, ela só tem pena, por que ela te vê como uma versão de mim. Teu pai não está se apegando coisa nenhuma, você não percebe? Ele é obrigado a se responsabilizar por você, mas se ele quiser, ele pode te largar por um ano em um orfanato. – Gritou ele. Cuspindo as palavras em minha face. Tendi a soltar algumas lágrimas.

Ia dar meia volta e ir até meu quarto mas ele me puxou. Fazendo-me virar para ele.

- Se toca, Elle. A gente não tem família. Se continuar fazendo as coisas que você faz com si mesma, e agindo da forma que age, eles não vão pensar duas vezes em te internar. Eu não posso dizer que te entendo, mas posso dizer que sei pelo que você passa. Aí, dentro de você. Eu sei que tem seus motivos, e eu te respeito... Mas. A gente não tem uma família Elle, a gente não é uma família.

Fiquei calada.

- E continuar aqui, você não vai se libertar nunca. Só vai se enterrar mais. Precisar se livrar das coisas que te fazem mal.

- E o que sugere? – Perguntei.

- Fugir.


Notas Finais


Acho que avisei o fim da fanfic cedo demais, ainda faltam mais de 10 capítulos. Amo vocês!!! Beijos!


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