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História So Numb - O Arsenal de Tortura... Fim da linha?


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


gente, eu to numa semana de provas fudida, não consegui responder os comentários do capítulo anterior, sinto muito mesmo, só vim postar o cap. quando sobrar-me mais tempo eu irei responder. Ainda assim, obrigada pelo carinho!!!

Boa leitura... Liguei uma música triste...
Recomendo:
Cancer - Twenty One Pilots
Little do you Know - Alex e Sierra
Talk me down - Troye Sivan
Between the Bars - Elliott Smith
SNUFF - SLIPKNOT < mega recomendo.

Capítulo 42 - O Arsenal de Tortura... Fim da linha?


Fanfic / Fanfiction So Numb - O Arsenal de Tortura... Fim da linha?

Já era sexta-feira, e eu estava todos os dias sentando com Shawn. Aquilo era tortura.

Ao mesmo tempo em que pensava em Shawn, pensava em Chandler, que agora, me cumprimentava por entre os corredores, e passava o intervalo comigo, mesmo eu não querendo sua companhia.

Era aula de religião, e a professora falava sobre família. Sabrina levantou a mão e começou a falar coisas, olhando-me de relance.

- Eu acho ridículo os filhos que ridicularizam e mastigam ódio pelos próprios pais, reclamando da vida que tem. São os pais dessas crias que lhes dão comida, teto e roupa lavada, e eles ainda reclamam? Ah, eu acho muita ingratidão. – Eu senti que ela estava dando uma indireta a mim, então, antes que a professora começasse a falar, levantei minha mão e tentei dar uma resposta à altura.

- Olha, ninguém escolhe ou pede para nascer. Ninguém escolhe os pais que vai ter. E, se eles decidem que vamos vir ao mundo, ou algumas vezes não decidem, acontece por acidente. O mínimo que se pode fazer pela sua própria criação, é arcar com as responsabilidades de tê-la feito. Mas. Nada muda o fato de que, às vezes, os filhos e os pais compartilham apenas genes, e não acho que seja ingratidão, quando o sentimento de ódio sentido pelo filho, é recíproco do pai. – Argumentei. Todos da sala me olhavam com atenção, alguns sentiam o impacto, sabendo que era verdade. Mas, antes que qualquer um pudesse dizer algo...

- Esse é o seu caso? – Zombou Sabrina. Fazendo com que chamasse a atenção da minha querida inimiga, Nathalie.

- Acho que é né, se fosse minha filha, eu nem amava mesmo. – Riu ela.

Estava indo para o refeitório. Eu não sentia fome, então pegava apenas um suco de caixinha que a própria cantina da escola oferecia. Estava caminhando, procurando uma mesa vaga, quando vi Isabelle vindo. Ela veio em minha direção, mas quando parei em sua frente, percebi que ela não vinha exatamente até mim. Ela ia até Sabrina, que estava na mesa alguns passos de distância de mim.

- Falando com essa fura olho Isa? – Ouvi a voz de Sabrina atrás de mim. Virei-me de costas, vendo que ela sentava com Nathalie e suas amigas.

- Fura olho? – Instiguei.

- É. Fura olho. – Disse Nathalie. – Você não aguenta ver que seu ex já se cansou de ti né? Tadinha. - Eu fervi de raiva, todo mundo sabia sobre nós. Então, resolvi entrar em seu joguinho.

- Wow, ele não parecia nada cansado de mim... – disse, sorrindo de canto. Fazendo Sabrina se levantar com raiva.

- Você, é uma putinha.

- Ué, por quê?

- Porque sabia que eu estava a fim dele, e você simplesmente deu para ele! – gritou ela.

- E daí? Você não estava com ele. Não vi anel. Não vi nada. Só o vi te dando um fora. Quer dizer... Vários. – Soltei uma risadinha, algumas pessoas se reuniam a nossa volta.

- Você é muito vadia! – Ela veio para perto e apertou a caixinha de suco que eu segurava, fazendo a mesma explodir no meu rosto. – Eu tenho pena de você. Ninguém te quer por perto, ele não te quis, ele só estava arcando com a aposta que fez com os amigos. Ele nunca sentiu nada por você, e ninguém nunca vai sentir. Você é uma coitadinha, que não aguenta nada e se corta no banheiro chorando porque ninguém te ama.

- Aposta?

- É. Ele apostou que conseguiria comer a garota mais fodida e escrota da escola.

Vi de longe Shawn chegar ao refeitório. Todos ao nosso redor estavam em silêncio.

- Nem seus pais te amam. Sua mãe repugna a filha que tem... E com razão. Uma pena que seu quase suicídio ficou apenas como uma tentativa. Pois você não faria falta nenhuma no mundo. Todo mundo nessa escola ia fazer festa em não ter mais você aqui. – Prosseguiu Nathalie.

Olhei para Isabelle, que me olhava com a cabeça baixa.

- Você me traiu. – Disse. – Me. Traiu.

Eu joguei a caixinha de suco vazia no chão e engoli em seco. Ouvindo todo mundo tirar sarro de mim. Com a minha mochila nas costas, eu saí do refeitório.

Meus ouvidos pareciam estar trancados, eu não escutava as coisas direito, escutava apenas meus próprios batimentos cardíacos. Senti Shawn clamar pelo meu nome. Mas eu não atendi. Ele puxou-me pelo braço, me impulsionei para me soltar.

Segui meu caminho, indo embora a pé da escola.

 Era longe, e minhas pernas bambeavam a cada passo pesado que eu dava no asfalto. Logo, um temporal se armava no céu, e não demorou muito até as gotas gélidas começaram a cair sobre meu rosto, deixando-me aos poucos totalmente encharcada.

Com os cabelos pingando água sobre meu rosto, misturando-se com minhas lágrimas, adentrei a casa, fui até meu quarto e me joguei na cama. Enquanto me despedaçava aos poucos na cama e sentia a coberta encharcar com meu corpo molhado, olhei para a mochila de Chandler, e vi uma caixinha diferente, com um cadeado. Andei até o mesmo, e revirei sua mochila, até achar uma chavezinha do tamanho daquele cadeado. O abri.

A caixinha me revelou um arsenal de lâminas diferentes, e alguns canivetes finos de cortes fundos. Sorri sozinha.

Tirei minhas roupas molhadas, ficando só de lingerie. Peguei aquelas incontáveis lâminas. Olhei-me no espelho e sorri para mim mesma.

- Você é tão inútil. – Fiz um corte próximo a meu peito. – Tão estranha. – Fiz outro, mais abaixo. – É magrela, parece um esqueleto. – Cortei minha coxa. – Tão feia. – a outra coxa. – Encobre essa cara feia com um cabelo vermelho. – Cortei mais abaixo. – Depressiva. – mais uma vez. – Mal amada. – Cortei meu ombro. – Odiada. – Próximo à clavícula. – Ninguém te ama. – Mais uma vez. – Idiota. É tão ridícula. Não tem amigos. Nem amor próprio tem. Também, quem vai se amar desse jeito. E essas pernas finas? Quem gosta de osso é cachorro. Puta. Ele nunca te quis. Ele nunca vai querer. Suicida. Insana. Maluca. Fodida da cabeça. Escrota. Errada. Feia. Imbecil. Inútil. Fútil. Devia ter morrido. Por que ainda insiste? Ninguém gosta de você. Todo mundo repugna você. Nojenta. Falsa. Burra. Fraca. Fraca. Fraca.

Joguei-me ao chão. Meu sangue escorria por todo o corpo. Para cada palavra, um corte. Eu tinha cortes na barriga, na cintura, quadril, pernas, braços...

Mas nem toda dor física no mundo conseguia ser mais forte que a dor interna que eu sentia por dentro.

E na verdade, nunca fora amada por ninguém, e nunca seria. Qual a necessidade de permanecer viva?

- Você podia sorrir mais. – Cortei um lado do meu rosto, um corte não fundo, apenas para deixar marca. – Podia ser mais positiva. – Agora o outro lado. – Não consigo nem aguentar, tamanha felicidade.

Larguei as lâminas e peguei o canivete. Levando-o até meu pescoço.

- Agora tudo vai ficar melhor.

 

E ali, minha súplica enfim materializava-se em sangue.


Notas Finais


e aí? o que vcs acham que tá para acontecer???
beijões e espero que compreendam o fato de eu não ter respondido os comentários :c estou realmente sem tempo


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