História Só o tempo diz o que desejamos - Eu vou me vingar

POV’S YOONGI

Sai de casa, com a raiva a flor da pele, Namjoon você irá ver a fúria de um ex melhor amigo. Como pode fazer isso comigo? Eu não consigo acreditar, depois de tantas ameaças, de tantas... Namjoon você irá se arrepender de todas as coisas que fizera para mim e para os meninos. Peguei meu carro e fui em direção a casa de Jimin, iria pedir ajuda para ele, já que Hoseok deveria ficar apenas com Kira, para cuidar dela e Tae, bom, Tae era um medroso, uma florzinha. Florzinha. Com este pensamento me lembrei de Maia, o que me fez sorrir. Enquanto estava escutando WINGS um dos álbuns que havíamos gravado enquanto ainda éramos uma banda, me lembrei do dia em que eu e Maia nos conhecemos. Passei a mão por meus cabelos parando em minha nuca, aquele dia estava sendo horrível para mim, eu não queria ficar sozinho em meu apartamento, e queria desabafar com alguém, resolvi ir para a casa de Junkook para conversar. Naquele dia minha mãe me ligara falando que meu avô tinha tido um AVC e não resistiu, precisava me distrair. Quando estava saindo do apartamento de Junkook para poder ir a cafeteria e acabei esbarrando com ela. Voltei a rir pelo fato de ela ter me chamado de vacilão, ela era a menina mais linda que já virá em Seul, mas ela era diferente, seus traços e linhas do corpo eram diferentes, seus olhos castanhos foram os que mais me chamaram a atenção, eram lindos. Pedi desculpas e fui para o elevador, percebi que ela ficará me encarando enquanto ele fechava as portas, quando cheguei no térreo vi o porteiro e o guarda rindo de algo, quando me toquei, vi Maia correndo e dando tchau para os dois, sorrindo, ah que sorriso maravilhoso. Lembro me de estar me apaixonando mais a cada momento por ela, mas eu não conseguia admitir isso, pois eu tinha acabado de conhecer ela. Falei com Saimon e Ramada sobre quem era aquela garota, descobri que ela era brasileira e que morava em Seul desde seus 17 anos, sozinha, os dois eram como parentes dela, eles a amavam bastante. Depois eu fui para a cafeteria e vi que ela estava lá, nesse momento meu coração havia parado, mas eu tinha que agir normalmente, abracei Kira, e depois de ter sido demitido, ela e Kira me ajudaram a dar uma alegrada, então a gente voltou para o apartamento dela, que era bem bonito, comi uma tal de feijoada, que era uma comida típica do Brasil, maravilhosa alias, e voltei para o apartamento de Junkook, porque estava muito tarde para ir para o meu, e eu estava com preguiça de dirigir. Eu e Junkook conversamos sobre o meu dia, e quando percebi estava perdidamente apaixonado por Maia e havia esquecido o ocorrido com o meu avô. No outro dia eu fui para o apartamento dela, ver como ela estava, e depois disso viramos melhores amigos, eu dormia no apartamento dela, que eram as melhores noites da minha vida, ela me contava tudo o que acontecia, bom, nem tudo, algumas coisas eu acabava descobrindo sozinho, mas eu fingia que não sabia. E agora estávamos aqui, namorando e morando juntos. Lembro quando do dia em que pedi ela em namoro, foi o melhor dia da minha vida, ela estava desabafando comigo, e eu sabia que demonstrar preocupação ou até pena, iria piorar a situação, eu havia dormido  no apartamento dela e quando acordamos, depois de um certo tempo decidi pedir ela em namoro, mas eu precisava de mais um coisa, a sua sinceridade, precisava saber sobre seu misterioso passado no Brasil, ela começou a contar, sobre tudo, ela tinha tido um pesadelo naquela noite, precisava saber o que se passava, e ela contou, tudo. Eu não sabia o que fazer, estava sem reação, então apenas deixei meu corpo fazer o que bem entendesse.

Quando me dei conta, já estava na casa do ruivo, estacionei na frente de sua grande mansão e o mesmo se encontrava na porta, ele parecia preocupado, ele estava pasmo. Corri até ele para ver o que estava acontecendo, o segurei pelos braços, ele estava branco, ele platinara o cabelo novamente, ele olhava para o horizonte, como se houvesse alguém para lá, mas não havia ninguém, o chacoalhei e ele olhou para mim bem devagar, abriu um sorrisinho de lado e segurou meu rosto. Eu estava confuso, muito confuso.

- Yoongi, o que você faz aqui? Não deveria ir atrás de Maia? – ele encostou a testa na minha – Ela precisa de você, Jin já esta a caminho de sua casa... – Jimin tinha essas coisas paranormais, mas logo voltava para o seu ser.

Dito e feito, ele caiu em meus braços, mas logo se levantou, sua cor já estava de volta em seu rosto e ele segurava a cabeça como se estivesse com dor. Ele olhou para mim, sorriu e me abraçou, como se nada tivesse acontecido. Jimin tinha esse tipo de visão e depois que acordava do “transe” ele não se lembrava de nada. Mas o que mais me preocupava agora era o que tinha acontecido com Maia, a ponto de eu ir atrás dela.

- E ai cara, o que o trás aqui? – Ele se afastou e mostrou seu melhor sorriso – vamos, entre carinha – abriu os braços e me deu passagem – Jin acabou de sair, se tivesse vindo mais rápido teria o encontrado.

- Cara eu não vim aqui pedir um humilde favor a você – devo ter sido meio grosso, pois ele parou e me olhou, sério, e assentiu para que eu continuasse a falar – você se lembra daquela promessa que fiz ao Namjoon? – ele assentira mais uma vez, mas com a testa franzida – Está na hora de executá-la meu querido amigo.

- O que quer dizer com isso? – ele estava com raiva na voz – você sabe que eu tenho tanta raiva de Namjoon quanto você, ele me humilhou e me iludiu, você sabe disso – assenti – Mas não sei se ainda estou pronto para isso Min Yoongi. O que aconteceu exatamente? É em relação ao tiro na sua perna? – ele apontou para onde havia sido atingido.

- Não tem nada haver com isso – passei a mão nos cabelos novamente, estava ficando frustrado – Ele invadiu minha casa e roubou meus pertences – Jimin ficou boquiaberto, quando eu sabia que ele ia perguntar como eu sabia que havia sido ele, logo o interrompi – Encontrei a adaga dele em baixo da cama das visitas, lembra da preciosa adaga que ele dera para seu primo favorito? Para que ele a guardasse bem? – ele assentiu olhando para o chão, pensando – Preciso de sua ajuda Jimin, você era o que mais possuía armas de fogo, e era o melhor com elas, eu era apenas no arco e flecha, você me ajuda? – ele passou as mãos pelos cabelos platinados e parando na nuca.

- Já disse que não estou preparado, mas vou ajudar você... – falou por fim, não sentia confiança em sua voz, mas eu sabia que ele iria ajudar – Acho melhor eu contar a você para onde o Jin foi... – neste momento o celular de Jimin toca, estava tocando Lie, que ele mesmo cantara no álbum que estava ouvindo no carro, sorri ao perceber que ele também sentia falta daquele tempo.

- Fala... – antes com uma expressão suave, agora com preocupação e raiva – O que!?! – ele gritara – Já estamos indo, se acalme Jin.

- O que aconteceu?? – perguntei preocupado, ele começou a correr para os fundos da casa, e eu fui atrás – Jimin!! – gritei

- Maia ligou Jin, chorando, para ele ir até lá, pois ela queria falar com ele –ela estava chorando, aquilo me partiu o coração, mas continuamos correndo – E agora ele acaba de me ligar falando que não a encontrou dentro de casa e... – paramos e ele olhou para mim com os olhos tristes – Kishan... Ele...

- O que aconteceu com Kishan Jimin!? – meu peito doeu mais ainda e senti meus olhos marejarem, era tudo culpa minha.

- Calma Yoongi, ele está dormindo, deram um sonífero para ele, Jin sentiu seus batimentos quando o encontrou, ele vai ficar bem – senti vontade de bater em Jimin por isso, pra que suspense? Baka.

Adentramos o estabelecimento ao qual continha todas as armas que Jimin colecionara ao longo dos anos, a primeira vez que a virá, tinha sido ano passado, quando  estávamos fazendo nossa ultima festa como banda, acabamos com a carreira cedo, sabemos, mas fora por motivos pessoais, como o Namjoon ter nos traído, e entre outras coisas. Sua coleção era menor pelo que me lembrava, agora estava dez vezes maior. Ele pegou algumas armas, e jogou uma metralhadora e uma 48 para mim, carregadas. Ele olhou para mim para ver se eu queria mais alguma coisa e eu assenti, olhei para os soníferos, o que fez Jimin olhá-los e voltar a olhar para mim, ele os pegou e colocou em seu bolso. Então fomos para o meu carro e corremos de volta para minha casa, isso se eu não levarei multa no caminho de volta. Quando chegamos lá, entrei correndo dentro de casa e vi que Jin estava deitado com a cabeça em cima de Kishan, que estava deitado no sofá, Jin ergueu a cabeça ao me ver e se levantou do chão. Veio em minha direção e me entregou um bilhete.

“ Ai seu frutinha, eu disse que iria te encontrar e iria roubar a coisa que você mais ama, agora ela esta aqui comigo. Você não sabe o quanto é prazeroso ouvir ela gritar por você enquanto rasgo sua pele, bem devagar. Mas não se preocupe, eu não a matarei, apenas enquanto ela conseguir agüentar. Adoro você meu querido amigo Yoongi.

                                                                                                   - Namjoon”

- Eu vou matar esse idiota, nem que seja a ultima coisa que eu faça – olhei para Jimin e para Jin, que se entreolharam – Me espere Maia, estou chegando – falei olhando para a carta e logo depois para Kishan – isso foi tudo culpa minha.

*

*

*

Fomos para o suposto estabelecimento a qual Namjoon morava antes de nos separarmos, sabíamos que ele provavelmente iria se mudar, mas fomos mesmo assim. Chegamos lá tocamos a campainha, mas uma mulher atendeu a gente, perguntamos por Namjoon, mas ela dissera que não havia ninguém com aquele nome morando ali. Fomos para o chalé dele, no outro lado da cidade e nada. Só nos restava a casa de campo, quando chegamos lá, já frustrados, entramos e não tinha ninguém, olhamos em todos os cômodos e nada. Estávamos em silencio, sentados no sofá, quando derrepende Jin quebra o silencio.

- Vocês se lembram ultima noite em que estávamos neste chalé? – eu e Jimin assentimos – foi quando eu e Jimin começamos a namorar, e fora incrível – ambos começaram a rir.

- Eu lembro perfeitamente – Jimin interveio – mas agora temos que nos concentrar em achar Maia – assentimos.

- Eu estava pensando na primeira casa, onde a mulher nos atendeu, ela parecia um pouco assustada quando perguntamos de Namjoon, além de eu sentir a presença de Maia – eles voltaram sua atenção para mim – Eu realmente senti que ela estava lá...

- Eu vi uma camisola de seda, ela era preta, quase transparente, rasgada no meio, ela estava jogada no chão – quando Jin falou isso o olhei com os olhos arregalados, era a camisola de Maia

- O que mais você viu Jin? – o peguei pela gola da camisa e o levantei, o que fez Jimin levantar também – O que mais você viu!? – gritei.

- Eu não vi mais nada, calma cara – Jimin sussurrou um solta ele, e Jin fez um gesto para que Jimin se sentasse de novo, larguei sua camisa e ele ajeitou a mesma – você acha que a mulher pode ter mentido para a gente em relação a isso?

- Eu tenho toda a certeza do mundo agora – falei indo em direção ao carro, vendo que eles não estavam vindo, parei na porta do estabelecimento, pus a mão na porta e olhei para eles com o canto dos olhos com a cabeça inclinada – Vocês não vem? – ambos se levantaram e vieram atrás de mim.

Entramos no carro e vendo que tinha o CD do nosso álbum eles colocaram para tocar e acalmar as coisas. Começamos a cantar nossos solos e os dos outros, chegamos a conclusão de que precisávamos voltar a cantar, voltar a fazer CDs, éramos tão felizes, e não precisávamos parar só por causa de Namjoon. Ainda estávamos com nossas cordas vocais em forma e ainda tínhamos algumas coreografias em mente. Depois de quase uma hora correndo de carro, chegamos na casa. Tocamos a campainha e quando a mesma moça abriu a porta, a seguramos e tampamos sua boca para que ela não gritasse, perguntamos a ela se aqui era a casa ou não de Namjoon e ela assentiu, ela estava com muito medo, mas não podíamos nos abalar, pedimos para ela nos guiar até o quarto onde Maia estava e pedimos para que ela não fizesse nenhum pio, ou se não ela veria as conseqüências. Ela nos levou até um lugar escuro e nojento, e nos deixou na frente de uma porta, ela disse que Namjoon não estava em casa e nenhum de seus capangas, mas que voltariam logo, ficamos felizes de ela ajudar a gente a resgatar Maia, e ela disse que não gostava de ouvir ela gritar, que doía seu coração. E que ela sentia muito por tudo que Namjoon tinha nos feito, assentimos, ela passou o cartão na porta para que ela abrisse, e quando abriu, vi Maia, nua, amarrada a uma cadeira, ela estava com os cabelos oleosos, estava de cabeça baixa e respirava calmamente, seu corpo estava todo maltratado, com cortes, roxos e arranhões. Não me importei de Jin e Jimin a olharem pois eles eram gays, então não sentiriam nada. Quando ela notou a nossa presença, ergueu seu rosto e sorriu fraco para nós. Meu coração estava acelerado e partido, vê-la assim doía na minha alma, e mais uma vez senti meus olhos marejarem. Corri até ela, me ajoelhei e a abracei, devagar para não machucá-la.

- Você veio... – ela falou com a voz rouca e fraca – Depois de tanto tempo, você veio, mesmo estando no mesmo dia, para mim forá uma eternidade, Yoongi me tire daqui, por favor – ela implorava em meio as lagrimas, vendo que estava com cadeados, a moça veio em nossa direção e as tirou com uma pequena chave que havia em seu bolso

- Estou aqui, estou aqui – meu coração doía cada vez mais, ela se atirou em meus braços, ela não conseguia se agüentar em pé de tão fraca –A Meu Deus Maia eu estava tão preocupado com você – eu a abracei com força, ela tentou retribuir mas não conseguiu – Eu Te Amo tanto Maia, tanto – afundei meu rosto em seu pescoço.

- Eu também te amo Yoong... – ela desmaiou, olhei para os meninos, que tiraram seus casacos e a enlearam neles, fico  feliz de eles se preocuparem com ela.

- Obrigado – falei para eles – mas agora precisamos levá-la para o hospital – demos tchau para a moça e entramos no carro, colocamos Maia deitada no carro atrás, com a cabeça em meu colo, pus a mão em sua testa e ela estava quente – Você vai ficar bem minha pequena, e eu... – pensei um pouco – Eu irei me vingar desse psicopata, nós vamos – olhei para os dois a minha a frente, Jimin nos olhava sentado de lado, ele assentiu e olhou para Jin, colocando a mão em sua coxa e a apertando, o que o fez olhar para ele e se voltar para o retrovisor e olhar bem para mim.

- Nós iremos Yoongi, nós iremos... – ele falou e voltou a se concentrar na estrada.

Nem que seja a ultima coisa que eu faça, eu vou me vingar Maia, por você. Selei sua testa, e voltei a olhar para a janela.