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História Só por uma noite - Capítulo 13


Escrita por: puddinshades

Capítulo 13 - Capítulo 13


~ Sakura ~

Naruto não foi me ver naquela noite, nem se quer atendeu o telefone. Eu e Ino conversamos e mesmo discordando da situação ela pareceu compreender, só exigiu que eu contasse para Karin e que não continuasse com isso por muito tempo, ela estava realmente preocupada comigo. Acordei cedo depois de um pesadelo, Ino já tinha ido trabalhar, Karin nem aparecera, e nada de Naruto. Liguei para o Sasuke e quando ele atendeu havia um barulho ensurdecedor na ligação.

— Sasuke, oi.

— Oi Sakura tudo bem?

— Hã, sim. E você? Onde você está?

— Hm. Indo para o trabalho, estou no centro. 

— Certo, Naruto está bem?

— Eu não o vejo desde o almoço de ontem Sakura, achei que ele tivesse dormido com você. — "O que houve com o Naruto?" Escutei a voz de Karin do outro lado, eles trabalhavam na mesma empresa, provavelmente estavam indo juntos. 

— Droga. Sasuke, ouça. Ele foi para uma corrida ontem, disse que não voltaria tarde e não atende minhas ligações... Ele sumiu. 

— Hm, Sakura, quando Naruto fazia isso ele geralmente estava com uma... — "Me dá esse telefone aqui!" Karin outra vez. 

— Karin? — perguntei. 

— Oi amiga. Naruto deve estar bem, deve ter ficado na casa de algum amigo, não se preocupe logo ele aparece.

— Karin, o que Sasuke iria dizer? — ela ficou em silêncio. — Karin?

— Desculpe Sakura... Nós pensamos que isso... Veja o Naruto estava mudando desde que você apareceu.— eu sabia que ela não queria me magoar, podia sentir a preocupação na voz dela.  

— Eu já entendi Karin. Está tudo bem ok? Vou desligar, até mais. — Naruto estava com outra, era única coisa que passava em minha mente, e droga, isso doia muito.

— Sakura... Fique bem. — desliguei. Larguei o celular na cama e fiquei um bom tempo olhando para a parede e tentando entender a merda que isso tudo havia virado. Peguei meu travesseiro enfiei a cabeça nele e gritei, gritei como se não houvesse amanhã. Depois, parei fiquei normal outra vez e continuei com minha rotina diária. 

Já estava quase acabando meu turno na livraria, por sorte e esforço havia terminado de limpar as prateleiras. Tentei não pensar em Naruto, mas era praticamente impossível, e ele não deu notícias o dia todo, além de meu coração estar apertado pela dor de saber que ele não era meu, eu também estava preocupada. A sineta tocou e eu imaginei que era o Gaara, quase havia esquecido dele, mas para o meu azar vejo uma loira oxigenada na minha frente.

— Boa tarde, posso ajuda-la? — perguntei tentando parecer simpática.

— Aleluia! — a garota praticamente gritou. — Você se esconde garota, mas eu te achei. Bom você pode me ajudar em algo sim, mas não é para escolher nenhum desses amontoados de páginas idiotas. — respirei fundo para não dar na cara dela.

— O que você quer Shion? — perguntei séria.

— A que bom que você já sabe meu nome, eu também sei o seu. Sakura Haruno, filha de uma prostituta demente. — fechei o punho e respirei fundo tentando manter a calma. Como essa vadia havia descoberto? — O Narutinho fala demais na hora de... Você sabe. — ela disse e gargalhou, eu senti minha garganta embolar. — Não é estranho ele não ter falado com você até agora? Você quer perguntar se eu sei de alguma coisa? — ela estava me provocando, aquela vadia cínica sabia de tudo e estava me provocando. 

— O que aconteceu Shion? — perguntei com desprezo.

— Ele cansou de você minha queridinha, você é até bonita e tals, mas olhe bem para mim. E fora que meus pais são ricos, posso ajuda-lo no que ele precisar. Já você... — ela disse me analisando de cima a baixo. — Mas isso não vem ao caso, eu vim aqui para mandá-la se afastar de Naruto, eu o quero apenas pra mim entendeu? Não chegue mais perto dele ou eu conto para toda universidade quem você é e o que você fez. — nesse momento Shion tirou um jornal da bolsa e colocou no balcão ao meu lado, era antigo e dava para ver que era uma cópia mas a manchete e as fotos eram claras. "Entiada adolescente atira em Orochimaru, o empresário famoso passa bem." E mais blá blá blá sobre como eu era um demônio e minha mãe uma prostituta aproveitadora e sem coração. Contive o choro e encarei aquela vadia, a raiva subia pelo meu corpo. — Não vai me bater queridinha? Como fazia na antiga universidade? — eu levantei o punho para acerta-la mas então ouvi a sineta outra vez. 

— Sakura? — era a voz de Gaara. Ele chegou até nós e encarou Shion surpreso. — O que você está fazendo aqui? 

— Olha só, então você também está pegando o meu ex? — Shion riu deboxada. — Patética. Tchauzinho, você está avisada. — ela disse e saiu da livraria. Gaara estava perdido, mas seus olhos encontraram os meus e ele viu que algo estava errado. 

— Venha Sakura, vamos sair daqui, você precisa de um café bem forte. — Eu nem respondi, acho que entrei em estado de choque, eu não consegui falar até chegar no carro dele. Ele me ofereceu uma garrafa de água eu tomei e então respirei fundo voltando a funcionar.

— Obrigada. — falei devolvendo a garrafinha. — Olha Gaara eu sei que combinei com você mas acho que não estou bem pra sair.

— Sakura, você precisa se distrair. É só um café eu juro, e olhe bem pra mim, você acha que eu faria mal a você? — ele perguntou me encarando sério, eu sorri de leve. Bom, se Naruto estava dormindo com outras mulheres isso significava que... Que eu não significava absolutamente nada, então porque não tomar um café com outro cara?

— Você tem razão Gaara, eu preciso muito me distrair. — ele abriu a porta do carro para mim, e depois de eu perceber que era uma BMW eu tive absoluta certeza que Gaara não tinha problemas com dinheiro. Nós ficamos em silêncio até a cafeteria, ficava no centro de Konoha, e mesmo sendo requintada era muito aconchegante. Gaara pediu dois cappuccinos e muffins de brigadeiro.

— Lembra que eu disse que você precisava experimentar? São eles que fazem os muffins do refeitório.— ele sorriu discretamente e eu sorri também.

— Que ótimo, estou curiosa para saber se é bom mesmo. — ele assentiu e ficou em silêncio me observando. — Gaara sobre o que você ouviu na livraria...

— Eu não ouvi nada Sakura, apenas vi aquela... — ele pigarreou. — Shion, lá e fiquei surpreso.

— Ela é sua ex namorada. — falei pensando em como Gaara evitava palavrões, tão diferente de... Pare agora Sakura.

— Sim, ela é. — ele respondeu com desprezo.

— Gaara, se eu lhe perguntar uma coisa você promete ser sincero? — questionei enquanto o garçom entregava nossos pedidos.

— Claro, pode perguntar.

— Você acha que Naruto ainda está ficando com ela? — Gaara fez uma careta e então tomou um gole do capuccino depois me encarou outra vez. 

— Uzumaki sempre foi assim, desses caras que não se importam com as mulheres com quem ficam. Todos diziam que a garota que recebia um oi dele não dava tchau sem antes transar com ele. — Gaara começou a brincar com a colher em sua xícara. — Shion sempre foi quieta, tímida, nós só fomos pra cama depois de um ano de namoro... Bem, ele fez isso com ela, a desvirtuou porque não precisou de mais que uma noite. Uzumaki sabe persuadir as pessoas, convence-las... Shion caiu na dele, achou que seria única, no outro dia depois de terminar comigo ela o encontrou com outra no corredor. — ele respirou fundo. — Ele já deixou claro que não há quer, duvido que estejam juntos. E ele estava sossegando ninguém falava mais nada sobre ele, diziam que a culpa era sua. 

— Gaara... — seu olhar era triste, senti pena dele.

— Eu não duvido Sakura, não duvido que Naruto esteja apaixonado por você. É impossível não se apaixonar. — senti minhas bochechas ficando vermelhas, encarei minha xícara. — Foi um azar danado sabe, eu quase ter atropelado a garota mais linda dessa faculdade e ela pertencer justo ao cara que eu mais odeio. 

— Gaara eu não pertenço a ele. — respondi o encarando, ele estava sorrindo ternamente.

— Eu gostaria de poder acreditar. Mas não tem problema. Apenas tome cuidado com ele, e de qualquer forma se precisar eu estarei aqui. — fiquei comovida com ele, mas antes que eu pudesse responder alguém falou.

— Sakura? — uma voz conhecida me chamou virei para o lado e sentado tomando um chá estava Sai. Ele me olhava curioso. — O que você está fazendo aqui? Só notei você agora, estava concentrado. — ele disse chacoalhando o celular. 

— Tomando um café com Gaara. — respondi dando de ombros. 

— Estou vendo. Olá Gaara. Foi com você que o professor Yamato falou não é? — Sai disse olhando para Gaara.

— Olá, e sim Sai.

— Por isso a trouxe aqui? — do que é que eles estavam falando? 

— Ei, eu não estou entendendo. — falei me metendo na conversa deles. 

— Bom Sakura, eu a chamei pra sair porque quero conhece-la melhor, conversar enfim, mas também pra lhe fazer uma proposta. — ele falou sorrindo de canto. 

— Agora vem a melhor parte! — Sai disse saindo de sua cadeira e sentando em uma na nossa mesa. Gaara o olhou de cara feia mas não disse nada. 

— O professor Yamato, nosso professor de desenho técnico viu algumas obras suas de outras aulas. — eu franzi o cenho intrigada. — Ele é um cara legal e tem seus contatos... O que inclui várias galerias no Japão e em Nova York. Ele precisava de um trabalho novo para indicar para uma galeria conhecida e... Pensou em você. 

— Em mim? — eu estava atônita.

— Sim, e como nos viu conversando em sua aula deduziu que fôssemos amigos e pediu para que eu lhe apresentasse a proposta. E porque meu pai também é sócio nessa galeria, eu adoraria ajudá-la se quiser é claro.

— Eu disse que era a melhor parte! — Sai falou tomando seu chá. Eu provavelmente estava boquiaberta, não sabia o que dizer. — Eu sempre fico sabendo dos babados fortes! — Sai falou se gabando, Gaara sorriu de leve e eu revirei os olhos.

— Você está me propondo um emprego em Nova York? Numa galeria de artes? — perguntei ainda não acreditando. 

— Isso mesmo, infelizmente você teria que terminar o curso lá, mas como é apenas mais um ano Yamato não vê problema em conseguir uma vaga em uma universidade para você. É uma mudança radical Sakura, mas pode ser uma chance de você alavancar sua carreira. — Gaara tinha toda razão, era uma oportunidade única considerando que eu não tinha dinheiro, fama e nem uma universidade completa ainda. Nova York. Naruto apareceu em minha mente no mesmo instante, seu sorriso idiota, seus beijos, sua cara de mau quando nos conhecemos... Mas o que eu era para ele? Se Shion estivesse falando a verdade eu não significava nada, e meus medos estariam certos, ele nunca mudaria, quem eu era para muda-lo? Também sentiria falta das minhas amigas e amigos, mas eu poderia revê-los. Eu não tenho família, além de minha madrinha que está longe também...

— Até quando posso dar uma resposta? — perguntei encarando Gaara, olhei de relance para Sai, ele ficou em silêncio seu olhar parecia perdido pela cafeteria, então pegou seu celular e eu olhei para Gaara outra vez.

— Até o fim da semana que vem no máximo, eles precisam de uma confirmação. Mas você só iniciará no ano que vem provavelmente, então terá tempo para trabalhar em novas obras. — ele respondeu. Terminei meu muffin e meu café e respirei fundo. 

— Tudo bem, eu vou pensar... Conversar com algumas pessoas importantes e então lhe dou uma resposta. 

— Ok, espero que ninguém seja egoísta o suficiente para obriga-la a ficar. 

— Obrigada pela proposta e pela preocupação Gaara, mas ninguém me obriga a nada. — ele sorriu parecendo feliz e orgulhoso. Gaara era um cara legal, talvez ele não fosse como os outros... Não Sakura, todos são assim. 

— Sakura, eu estou indo. Quer uma carona? — Sai questionou, ele havia ficado estranho, até a pouco estava mexendo no celular freneticamente e agora parecia ainda mais pálido do que já era. 

— Não Sai, tudo bem. Vou esperar Gaara terminar o café. — Sai sorriu meio trêmulo e saiu sem se despedir. — Hm, ele ficou estranho de repente. Você não acha?

— Para mim Sai sempre foi estranho. — Gaara disse dando de ombros e eu sorri. 

Nós saímos da cafeteria e a temperatura lá fora parecia ter caído uns dez graus, eu estremeci de frio esfregando os braços com as mãos, então senti o braço de Gaara passar pelos meus ombros me aproximando dele envolvendo-me em sua jaqueta. 

— Obrigada. — falei me sentindo um pouco constrangida, ele apenas sorriu e caminhamos assim até o fim da rua onde seu carro estava estacionado. Eu nunca em meus vinte anos pensei que fosse infartar, mas nesse momento eu realmente achei que teria um ataque cardíaco. Naruto estava encostado no capô do carro de Gaara, suas mãos dentro dos bolsos da jaqueta de couro preta, os cabelos estavam completamente desalinhados e seu olhar sobre nós era sanguinário. Senti a mão de Gaara apertar um pouco mais meu ombro, enquanto nos aproximavamos do carro e dele. Naruto levantou e parou no meio da calçada de frente para nós, já estava escurecendo e o lusco-fusco deixou a sua imagem ainda mais assustadora, nós paramos diante dele e um sorriso de escárnio e ódio surgiu em seu rosto. 

— Olha só que surpresa encontra-los aqui. — Naruto falou com ironia. Gaara o encarava seriamente mas não disse nada. — O que foi? Não sabe mais falar cara? Será que vou ter que abrir essa sua maldita boca a força? 

— Naruto. — eu falei tentando manter a calma e não deixar minha voz me entregar. — Pare com isso. — ele me encarou lentamente e semicerrou os olhos.

— Parar? Parar o que baby? Eu ainda nem comecei. — ele disse com aquele sorriso ainda estampado no rosto. — Eu vou ensinar esse cara a não pegar as coisas dos outros. 

— Alguém já ensinou isso a você Uzumaki? — Gaara falou. Meu Kami, eu previ Naruto voando na garganta dele, mas aquilo pareceu atingi-lo de surpresa. — O que foi? Você consegue contar com quantas garotas comprometidas já dormiu? Ou já se perdeu nos números? 

— Cale a boca seu maldito. — Naruto rosnou fechando os punhos. Eu saí do lado de Gaara e caminhei até Naruto parando a alguns centímetros dele, ele abaixou o rosto para me encarar. 

— Você está fazendo um papel ridículo. Você não tem direito de falar assim de ninguém, e muito menos tem direito de dizer que eu pertenço a você. Eu não sou uma coisa Naruto Uzumaki, e você não me tem. 

— Você disse que era minha, quando estávamos...

— Sim, como todas outras trezentas já devem ter dito quando estavam na sua cama, assim como Shion deve ter feito ontem. 

— Ei, espera aí! Que história é essa? — Naruto parecia surpreso e indignado, eu quase, quase acreditei. 

— Não queira me enganar. Eu não sou como as garotinhas tolas com quem você transa. — falei sentindo as lágrimas inundarem meus olhos. 

— Claro que não é! Você é diferente! Você é esp...

— Não! Não ouse tentar me iludir. Não ouse mentir pra mim. — falei voltando a caminhar para trás. Senti as lágrimas caindo, minha cabeça latejando, eu estava fraquejando outra vez, mas dessa vez não tive vontade de lutar, de impedir, deixei a escuridão me levar. 

Acordei com a luz forte no meu rosto. Abri os olhos lentamente, vi Naruto sentado em uma cadeira ao meu lado, e dormindo com a cabeça jogada para trás, sua mão segurava a minha com força. Mexi os dedos para desvincilhar nossas mãos e ele acordou. 

— Sakura! Como você está? — observei meu braço com um catéter ligado ao soro.

— É, acho que estou legal. — abaixei os olhos fitando os cobertores em cima do meu corpo. 

— Você apagou, do nada. Fiquei tão preocupado, o médico tirou um pouco de sangue para fazer uns exames. Sakura você sabe o que tem? É algo grave que não me contou?

— Não, minha saúde sempre foi ótima. As vezes me sinto tonta mas geralmente eu durmo e passa. — respondi ainda olhando para as cobertas.

— Sakura, olhe para mim. — eu o encarei séria. — Desculpe, eu não queria deixá-la nervosa nem assustada, eu perdi o controle. Quando me falaram que você estava com ele eu não acreditei, mas quando vi... Sakura, doeu tanto. Eu sinto muito por ter me descontrolado. 

— Eu sei que dói. Dói muito. — ele me encarou intrigado.

— O que quer dizer com isso? 

— Que temos que aceitar, você não é meu e eu não sou sua. Vamos parar com isso e viver assim.

— Você é idiota ou o quê?

— Como assim? — perguntei surpresa.

— Sakura, eu sou completamente seu. — ele disse parecendo desesperado, e então ignorando o soro, o hospital e o mundo eu o agarrei beijando-o com todo amor escondido no meu peito. 




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