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História Só por uma noite - Capítulo 4


Escrita por: puddinshades

Capítulo 4 - Capítulo 4


~ Naruto ~
— Mas que porcaria! Por que você não morre Naruto? — Sakura questionou-me com raiva, estávamos jogando videogame em meu quarto e ela não estava nada contente com o resultado, eu já havia ganho todas as partidas no jogo de corrida de carros e agora estava detonando ela em Mortal Kombat.
— Esquece! Sou doutor nesse jogo. — falei tirando sarro dela, enquanto assistia Kung Lao aplicar um fatality em Sindel. Ela me encarou e então pareceu pensar um pouco, sua cara amarrada transformou-se num sorriso sapeca e ela deu um pigarro antes de falar.
— Então vamos jogar outro jogo. — ela disse me desafiando.
— Pode escolher, qualquer um. Vou ganhar de você de qualquer maneira. — eu não deveria ter ficado tão convencido, porque Sakura pegou a caixa de jogos e tirou Just Dance de lá, e eu nem se quer lembrava que tinha esse jogo. — Não nem vem, eu nem sabia que tinha esse jogo... Espera aí. Como você sabia?
— Hum, Karin pode ser sua prima, mas eu tenho um lugar especial no coração dela. — ela disse sorrindo maléfica.
— Aquela vaca. — Sakura caiu na gargalhada e foi trocar o jogo. Ela estava com uma calça jeans cheia de desfiados e um moletom meu, seus cabelos presos em um coque mal feito, ela parecia mais um mano que uma mulher, e eu realmente gostava dela assim. Nesse instante me dei um tapa na cara.
— Por que você está se batendo Naruto? — ela questionou sorrindo.
— Achei que tinha uma abelha aqui. — ela me encarou assustada e começou a olhar por todo quarto procurando o inseto. — Você tem medo de abelhas Sakura Haruno?
— Não seja debochado. Alergia, alergia do tipo que pode me deixar em coma por um bom tempo. — ela falou ainda olhando para todos os lados. Eu tinha que falar a verdade para ela ou parcialmente isso, e ela provavelmente levaria na brincadeira como todas as outras vezes nessa uma semana e meia que nos conhecíamos.
— É que eu estava olhando para sua bunda. — ela me encarou incrédula. — Não tem abelha nenhuma. Eu sabia que você ficaria braba se eu falasse a verdade.
— Você é um idiota, e eu nem tenho bunda grande. — ela falou olhando para seu reflexo de costas na TV.
— É tem razão. — falei dando de ombros. E ela tacou a caixa do jogo na minha cara.
Depois de perder feio, mas muito feio para ela no Just Dance, Karin, Sasuke, Ino e Shikamaru chegaram no quarto. Eu estava com Sakura em frente à minha escrivaninha, ela implorou — e depois me deu uma surra— para eu mostrar meus desenhos a ela. Ela estava tão concentrada olhando o interior e exterior de prédios e casas que nem percebeu nossos amigos chegarem.
— Hm, estamos atrapalhando? — Sasuke questionou irônico. Sakura deu um pulo na cadeira e levantou imediatamente.
— Pessoal... Claro que não Sasuke. Naruto só estava me mostrando os trabalhos dele.
— São incríveis não é? — Karin disse se aproximando. — Tia Kushina vai ficar orgulhosa! — eu olhei feio para Karin e ela abaixou os olhos, mas Sakura percebeu. Karin sabia que família era um assunto sobre o qual eu não gostava de falar, mas uma hora eu teria que contar para Sakura. Ino percebeu a situação e tratou de fingir que nada estava acontecendo.
— Sakura, venha aqui. Quero apresentar alguém. — ela saiu do meu lado e foi até Ino — Este é Shikamaru nós estamos saindo juntos. E Shikamaru está é Sakura de quem eu te falei.
— Prazer em conhece-lo. — Sakura disse estendendo a mão para o Nara. Eu já o conhecia, ele tinha me ajudado com alguns programas de computador e era um cara legal, o gênio preguiçoso como Sai o chamava. Não sabia como ele e Ino poderiam ficar juntos considerando que ela é uma Barbie escandalosa. Enfim, acho que isso tipo de coisa não se discute.
— Ei dobe, você vem ou não? — Sasuke pergontou-me.
— Claro, vamos lá. — e eu não fazia ideia de onde estávamos indo.
Depois que entramos no carro Sakura me explicou que os quatro haviam nos convidado para ir em uma hamburgueria no centro, eram quatro da tarde e as aulas só começavam as sete então tínhamos tempo. Sakura parecia incomodada, não parava quieta no banco do carro e eu sabia bem o porquê, a curiosidade dela havia sido despertada.
— Sakura, pare de afofar o banco do meu carro e pergunte logo. — ela me encarou e suas bochechas vermelharam, acredito que ela não gostava de ser curiosa, talvez sentisse intrometida, mas eu não me importava em falar para ela, desde que ela perguntasse.
— Sua família...
— Meu pai está morto, eu tinha doze anos quando aconteceu. Minha mãe mora no subúrbio. E meus tios, os pais de Karin moram no centro, visito eles junto dela as vezes.
— E sua mãe? — ela parecia preocupada.
— Vou ve-la quando posso também. — ela sorriu e assentiu e se arquietou. O resto do caminho foi percorrido em silêncio, apenas com o som da banda que saia do meu rádio.
— Karin! Me passa o ketchup guria! — Sai gritou pela segunda vez do canto da mesa, mas minha prima estava concentrada em seu celular e então Sasuke jogou o ketchup para ele, mas um pouco espirrou em sua roupa, e Sai não suportava que sujassem suas roupas. — Seu maldito! Olha só o que você fez.
— Aí seus chatos, calem a boca. — Ino disse rindo. — Nada de "piti" Sai.
— Quer meu moletom? — Sakura perguntou mastigando seu x-salada.
— Cruzes! Seria como assassinar meus deuses da moda! — ele falou gesticulando demais com a mão. Todos estavam segurando uma gargalhada.
— Com todo esse ketchup, acho que eles já foram assassinados. — Shikamaru falou dando de ombros e todos gargalharam, inclusive o próprio Sai. Sakura quase chorava de rir ao meu lado. Eu sabia que o dinheiro dela estava no fim e eu havia prometido que até o fim dessa semana arranjaria um emprego para ela, e mesmo assim ela continuava saindo com a gente. Ver todo mundo ali unido rindo, permitia-me sentir como um jovem universitário normal. Fui tirado de meus devaneios por um chute na canela. Karin que estava na minha frente gesticulou com o celular, peguei meu telefone e li a mensagem. "Estrada velha da mina. 19:00." Merda, eu tinha que ir ou não chegaria a tempo.
— Pessoal, eu tenho que ir. Compromisso de última hora com o trabalho. — falei guardando o celular no bolso e terminando minha coca.
— Mas você não trabalha só de manhã? Por que precisam de você no escritório agora? — Sakura perguntou franzindo o cenho. Eu fazia estagio num escritório de arquitetura e engenharia, mas o salário não era muita coisa então eu precisava desses "bicos".
— É urgente garota. Sinto muito. Mas Sasuke pode te dar carona até o alojamento. Não é teme? — Sasuke assentiu. Todos ali, com exceção dela, sabiam para onde eu estava indo e isso não me deixava bem, odiava não poder contar tudo a ela. — Tchau Sakura, até amanhã.
— Espere. — ela disse levantando da cadeira e me segurando ainda perto da mesa, todos me encaravam tristes ou indecisos sem saber o que dizer ou fazer. — Hoje tem desenho técnico, você não vai para sua aula favorita? — sorri irônico para ela, puxei o braço e sai da lanchonete.
Entrei no carro e procurei no porta luvas aquilo que eu sabia que um dia me mataria. Coloquei o cigarro entre os lábios e acendi, começando a dirigir para longe dali.

~ Sakura ~
A aula estava particularmente uma merda nesse dia. Eu não conseguia ouvir nada do que o professor dizia e quando deu a hora do intervalo resolvi ir para o alojamento. Todos estavam escondendo algo de mim sobre o Naruto e isso me deixava chateada. Quando voltavamos da lanchonete, Karin e Sasuke tentaram me enfiar uma história de que de vez em quando Naruto ia à noite para terminar uns projetos mas isso não me convenceu. No caminho para o alojamento encontrei Sai.
— Ei, não fica triste Sakura, Naruto só foi trabalhar.
— Por que sinto que vocês estão me escondendo algo?
— Por quê você é desconfiada e paranóica? — ele respondeu como se fosse óbvio e eu parei pra pensar que isso fazia todo sentido. — Amanhã eu e Ino vamos ao shopping, você vai com nós não é?
— Eu posso até ir, mas você sabe. Sem emprego, sem compras. — falei sorrindo de leve.
— Claro querida, mas eu te dou uma meia de presente. — ele sorriu, me abraçou e voltou em direção ao campus enquanto eu caminhava para o conforto e isolamento do meu quarto. Eu cheguei no quarto, coloquei meu pijama quentinho e depois em aninhei em baixo das cobertas, em poucos minutos eu adormeci lembrando do sorriso estranho de Naruto quando deixou a lanchonete.
— Sakura, você está bem? — Karin perguntou enquanto me chacoalhava, ela e Ino estavam me encarando preocupadas.
— Estou bem. Foi só uma dor de cabeça chata. Que horas são?
— Onze horas, chegamos agora pouco mas ficamos preocupadas porque você não acordou com a luz acesa e nem com a voz de Ino.
— Eu não falo tão alto assim Karin, sua voz é muito mais irritante. — antes que elas começassem a discutir eu interferi.
— Meninas obrigada por se preocuparem, mas estou bem. Adoro vocês duas, porém vou voltar a dormir, pretendo ir atrás de emprego amanhã. — as duas se entreolharam. — O que foi?
— Você não falou com o Naruto? — Ino perguntou.
— Não. Por que?
— Seria melhor dar uma checada no seu celular então. — Ino falou sorrindo, Karin deu duas batidinhas em minhas mãos e foi para o banheiro. Peguei o celular em cima da cômoda e vi cinco chamadas não atendidas e uma mensagem.
"Fugindo da aula garota? Isso é feio. Consegui um emprego para você. Três dias pela manhã e dois a tarde, na livraria no centro do campus. De nada.
N. Uzumaki"
Cabeça oca. Foi o que faltou depois do nome, mas eu estava feliz demais para xinga-lo então mandei uma mensagem legal agradecendo e desejando boa noite.
"Não pense besteiras, vc é importante pra mim. Durma bem."
Essa foi a mensagem mais sublinar da minha vida, mas eu sabia sobre o que ele estava falando e mesmo que eu tentasse evitar pensar, não conseguia. Minha auto defesa gritava perigo e ao mesmo tempo eu ignorava esses alertas porque seria impossível eu ter sobrevivido um dia ali sem ele.


Notas Finais


Pessoal, perdoem-me pelas palavras sem acentuação, é que meu computador pifou e tive que reescrever tudo no celular. Agora aprendi que não devo salvar em um só lugar, e bem acentuar tudo no celular dá um trabalho exaustivo e eu não queria atrasar a fic. Enfim, espero que tenham gostado. Jaa ne! ❤


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