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História Só por uma noite - Capítulo 8


Escrita por: puddinshades

Capítulo 8 - Capítulo 8


~ Sakura ~
— Naruto... Não podemos fazer isso... Você sabe somos amigos. Isso vai acabar...
— Shii. Não fale nada Sakura. Eu estou cansado de esconder isso, eu quero você. — tarde demais, ele me prensou contra a parede do quarto e tomou meus lábios num beijo desesperado, eu sentia seu gosto, seu cheiro, seu toque, e como ele me tocava... Por toda parte enlouquecidamente e eu não estava nem ai, porque eu queria que ele fizesse isso. Ele me pegou no colo e me jogou na cama, depois subiu em cima do meu corpo e prendeu meus braços acima da cabeça.
— Vou te dar a melhor noite da sua vida, B-a-b-y.
— Aaah!
— Que foi Sakura? Pesadelos? — Ino perguntou me encarando de sua cama. Eu sentei esfregando os olhos e passando as mãos nos cabelos. Um sonho, tinha sido apenas um sonho.
— Sim Ino, dos piores. — respondi me jogando de costas na cama outra vez. Peguei meu celular e olhei o relógio: duas da manhã. Ino estava assistindo uma série, eu havia voltado do Bob's tomado um banho e simplesmente apaguei na cama. Quando fui colocar o celular na cômoda outra vez ele tocou. Franzi o cenho, mas atendi. — Alô?
— Sakura?
— Naruto? O que houve? Por que está com o celular do Sasuke? — perguntei preocupada, a voz dele parecia exausta.
— Preciso de você. — ele sussurrou.
— O quê? Que droga é essa Naruto, fale logo o que houve!
— É sério, preciso mesmo de você. Sasuke esqueceu o celular, ele e Karin não estão em casa. Preciso de ajuda. — agora ele havia conseguido me preocupar.
— Naruto, o que aconteceu?
— Você tem carteira de motorista?
— Sim, mas por...
— Vou precisar que dirija. Pode vir aqui agora? — a voz dele parecia cada vez mais fraca.
— Estou indo. Não durma ok? Destranque a porta, eu já chego.
— Ok, capitã. — ele disse e desligou o telefone. Mas que merda, levantei da cama tirei a calça do pijama e vesti uma jeans, calcei minhas botas e coloquei um casaco grosso, cachecol e sai, Ino havia dormido com a cara no teclado do computador.
— Naruto? — sussurrei abrindo a porta do quarto, nada. Entrei e fechei a porta. — Naruto?!
— No banheiro, já saio! — ele falou, parecia estar se esforçando pra falar alto. Mais uns cinco minutos e ele saiu, estava horrível. A cara pálida feito palmito, suando muito, mesmo estando um frio terrível e os cabelos bagunçados.
— O que houve? Como você está? — perguntei me aproximando, ele sentou na cama e esfregou as mãos no rosto.
— Sabe os quatro milkshakes de baunilha? Então... Eles não caíram bem. — eu coloquei a mão na boca pra não rir.
— Você está vomitando e com diarréia?
— Sim, e uma dor horrível, meu estômago está fazendo números de acrobatas de circo aqui dentro. — ele disse fazendo careta. — E eu não tenho remédio nenhum, não sei o que fazer.
— É só uma intoxicação, má digestão, essas coisas. Vou na farmácia 24 horas aqui perto e pego remédio e alguns Gatorades pra você. Tente dormir um pouco. — ele assentiu, peguei as chaves do carro e estava indo em direção a porta quando ele segurou minha mão.
— Você pode ficar aqui comigo essa noite? — eu fiquei olhando para ele sem saber o que responder. — Quero dizer, o casal não vêm e eu tenho medo de acabar morrendo você sabe.
— Claro, não tem problema. Agora deite um pouco, eu já volto. — Ele sabia que não ia morrer. Eu também sabia, mas mesmo assim concordei em ficar. Peguei o carro dele no estacionamento e fui rápido até a farmácia a temperatura estava caindo muito e eu já conseguia ver os primeiros flocos de neve. Uma nevasca hoje não seria nada boa.
— O farmacêutico receitou esse aqui pra dor, e esse para o enjôo e mal estar. Esse pozinho você dissolve em um copo com água, é pra reconstituir a flora intestinal. Passei no mercado também e comprei umas garrafas de Gatorade, ingredientes para sopa e umas coisas leves pra você comer. Pelo menos três dias nessa dieta. — Naruto revirou os olhos. — Foi o farmacêutico quem mandou, e se você não concordar e não tomar os remédios, vou te levar ao hospital.
— Ta bom, ta bom, sua chata. Me dá isso aqui. — eu sorri, e ele pegou a sacola de remédios. O alojamento de Naruto e Sasuke era maior, além do quarto e do banheiro havia uma pequena cozinha, fui para lá afim de cozinhar uma sopa. Naruto me seguiu pegou uma garrafa e um copo da água e tomou os remédios. — Obrigado Sakura, você não precisava fazer isso. São três da manhã, se quiser ir eu me viro.
— Você sabe fazer sopa?
— Não.
— Então pare de me atrapalhar e vá ver TV e descansar. — falei sorrindo, ele sorriu também, mas puxou uma banqueta e sentou próximo a mim. — O que foi Naruto? — perguntei sentindo seus olhos cravados em mim.
— Nada, eu só... Estava pensando qual o seu defeito. — ele respondeu. Eu coloquei os ingredientes na panela e depois liguei o fogão então virei para ele limpando as mãos num pano de prato.
— Como assim?
— Qual é Sakura, você é linda, inteligente, joga videogames, assiste animes e sabe tudo sobre as coisas mais legais do mundo. E ainda cozinha. Qual é o seu defeito garota? — abaixei os olhos fitando meus próprios pés, fiquei constrangida por um momento e até quis agradecer mas então lembrei.
— Eu sou um defeito, Naruto. — sorri ironicamente. — Vamos assistir algo até a sopa ficar pronta.
— Que história é essa? Como você pode falar assim de si mesma? — parei na entrada da cozinha e o encarei.
— Pergunta logo. — falei. Ele me olhou confuso.
— O quê?
— Pergunta o que eu escondo. Você não falou sobre isso desde que saímos da mina, mas você ganhou. Então pergunta logo.
— Não. Eu quero saber tudo sobre você, mas também quero que você queira falar. Não vou força-la a nada, é difícil de entender? — ele questionou se aproximando.
— Por que você me trata assim? Até onde eu sei você nunca saiu com uma garota sem leva-la para cama no dia seguinte, ou no mesmo dia até. Porque está ao meu lado todo esse tempo e não fez nada? — eu não sabia porque estava gritando aquelas coisas para ele, mas eu estava.
— Você quer que eu faça Sakura? — a voz dele se elevou. — Quer que eu transe com você agora? É o que quer? — ele praticamente gritou, senti meus olhos marejarem e abaixei a cabeça para esconder as lágrimas. Ele deu um soco no balcão. Então me abraçou protetoramente. — Desculpe, eu não queria falar isso. Perdi a cabeça.
— Tudo bem, eu provoquei. Sinto muito. Você tem sido tão bom pra mim e eu sempre ferro tudo. — falei retribuindo o abraço e segurando o choro.
— Não, você não ferra nada. — ele disse. Eu podia sentir sua respiração em meu pescoço e aquilo me arrpepiou. — Está com frio? — ele perguntou baixinho.
— Não. — sussurrei meio atordoada.
— Sakura... — seus lábios estavam próximos demais de minha pele, eu podia sentir e eu sabia que não estava mais controlando meu corpo. Cravei minhas unhas em suas costas, ele gemeu e retesou o corpo. — Sakura. Não faça isso. — ele falou pausadamente.
— Por que? — Sussurrei outra vez.
— Não quero ferrar tudo. — eu respirei fundo e me afastei dele.
— Vou dar uma olhada na sopa. — falei e fui para a cozinha sem olhar para ele.
~ Naruto ~
Que ideia estúpida a minha! Deveria ter me virado sozinho, traze-la aqui... Isso não vai dar certo. Lembrei do que Sasuke havia me falado, não ultrapassar os limites. Mas isso estava cada vez mais difícil, eu não quero machuca-la, Sakura é uma garota especial, eu a quero comigo mas tenho que me conter.
— Está pronto. — ela veio da cozinha com um prato fundo cheio de sopa e duas colheres.
— O cheiro está bom. — falei tentando descontrair.
— O gosto também está, idiota. — ela falou sentando na cama, colocou o travesseiro no colo e o prato em cima, eu fiquei olhando para ela feito um idiota. — Venha logo aqui, você tem que comer. — ela disse e eu obedeci. Sentei ao seu lado e comi feito uma criança. E a sopa estava mesmo muito boa. Meu mal estar já estava melhorando e eu comecei a me sentir sonolento.
— Estava muito bom garota, obrigado por cuidar de mim.
— Tudo bem, amigos são para essas coisas. — ela sorriu. Então tirou a jaqueta grossa e as botas. — Pode me emprestar uma calça de moletom pra dormir?
— Ah sim, claro. — falei, fui até o armário e peguei uma calça cinza que já estava ficando apertada e alcancei para ela. — Vou dormir na cama de Sasuke. — ela assentiu. Então começou a abrir a calça jeans mas parou de súbito olhando para mim. Suas bochechas ficaram vermelhas, eu sorri e fui para o banheiro escovar os dentes. Quando sai, Sakura já estava em baixo das cobertas, seus olhos estavam fechados e a respiração uniforme, ela estava dormindo. Eu caminhei até ela, passei a mão em seus cabelos de leve para não acorda-la e sussurrei: Boa noite. Tirei minha calça de agasalho e também a camiseta e deitei na cama de Sasuke me cobrindo pois o frio estava de congelar. Não demorou muito e eu peguei no sono ainda sentindo as unhas de Sakura nas minhas costas.
— Ei Naruto! Acorde. — abri os olhos devagar sentido Sakura me balançar.
— Não mãe! Mais cinco minutos! — resmunguei virando para o outro lado.
— Eu não sou sua mãe! — ela falou mais alto e então se jogou em cima de mim. Seu cotovelo acertou minha costela e isso doeu.
— Você é maluca! — esbravejei virando de barriga para cima, ela estava sentada em mim por cima das cobertas e eu agradeci aos céus pelos cobertores grossos de Sasuke, afinal eu havia sonhado coisas nada puras e acordado num estado constrangedor. Ela cruzou os braços e ficou me encarando.
— Nevou muito de madrugada. Temos um problema sério. — ela saiu da cama e puxou a cortina, eu levantei vestindo minhas calças, desejando que ela não olhasse para mim, mas eu não estava com muita sorte. — Seu pervertido. — ela disse segurando uma risada, eu mostrei o dedo do meio pra ela. Então olhei pela janela e quase gritei. Uma nevasca havia caído, as ruas estavam brancas e metros de neve trancavam as portas do alojamento.
— Estamos presos? — eu perguntei para ela. Ela fez uma carranca e assentiu. — Eu vou ter que te aturar vinte e quatro horas até resolverem isso?
— Não, eu vou te jogar no corredor e aí não precisamos conviver. — ela disse com um olhar assassino.
— Ei eu só estou brincando. — falei colocando as mãos na cabeça. Ela revirou os olhos. — Pense pelo lado positivo, podemos colocar algumas séries em dia, zerar uns jogos e você vai ter tempo pra fazer aquele trabalho de mitologia. — ela pareceu considerar a ideia e então respirou fundo.
— Ok chato, vamos tomar café. — ela disse e foi em direção a cozinha. Fiquei observando-a com uma calça e blusa de moletom meus e imaginei que o problema não seria suporta-la, seria conseguir suportar a vontade imensa que eu tinha de toca-la.



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