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História Só talvez. - Travel.


Escrita por: Hamelia

Notas do Autor


O capítulo está meio parado mas capítulos parados também fazem parte da história. Afinal eu não posso dar um ataque cardíaco em vocês a cada capítulo, certo?
Enfim, desculpem-me mesmo por isso, não é um capítulo apenas por postar, ele esta parado assim apenas porque eu não havia planejado muito para ele.

Capítulo 6 - Travel.


 

/Viagem/

◤O ato de partir de um lugar para outro, relativamente distante, e o resultado desse ato.◥

Minhas pernas estavam um pouco tremidas, meus dedos batucavam em consequência de um enorme nervosismo. Sentia vontade de me bater por estar parecendo um adolescente estúpido. 
  Milhares de formas de pedir para ela me acompanhar na feira de livros passavam em minha cabeça. Teria apenas uma chance, e por mais que eu soubesse que ela gostaria de certeza ir a esse evento, talvez minha companhia não fosse uma das melhores.

O tempo estava se esgotando, o carro estava se aproximando da sua casa. Os ingressos estavam no meu bolso, o evento seria daqui à dois dias e eu ainda não havia a convidado. Talvez ela também recusasse pelo que viria junto do evento. Teríamos que ir até Olympia, onde ficaríamos em um hotel durante os três dias do evento. Talvez seus pais não deixassem, talvez algo a impedisse de ir, talvez ela não quisesse passar três dias colada à mim ou talvez ela apenas achasse que fosse algo muito repentino de se pedir.

Olhei de relance para Aurora e por um minuto consegui manter-me tranquilo. Ela parecia calma, sua cabeça estava apoiada sobre seu braço na janela enquanto ela observava cada casa pela qual passávamos. Lembrei-me então que eu não havia visto os pontos positivos nisso tudo. Talvez ela aceitasse, talvez ela me achasse uma boa companhia, talvez ela gostasse de passar um tempo fora de casa e até talvez seus pais deixassem ela ir comigo. Só talvez.

O carro então aproximou-se de sua casa e então soltei um suspiro trêmulo. Parei o carro e me encostei no banco, passando minhas mãos sobre minhas pernas. Olhei para Aurora que vestia seu casaco e colocava sua pequena bolsa em seu ombro. Ela então olhou-me hesitante, afastando alguns pequenos fios de seu rosto, enquanto tentava dizer algo.

—Eu sinto muito por ontem a noite... — Sussurrou, enquanto brincava com seus dedos. — Eu não devia ter bebido tanto.

—Não imaginei que fosse ficar tão alterada com vinho. — Falei sorrindo levemente, tentando amenizar a situação.

—Eu sinto muito.. — Murmurou novamente, de cabeça baixa.

—Hey, não se preocupe com isso. — Respondi sorrindo enquanto colocava minha mão sobre suas costas, acariciando levemente o local. — Foi algo bom. Você pôde relaxar pelo menos por um tempo, não foi?
  Surpresa, Aurora sorriu e acenou. Vê-la assim era tão bom, sem sombra de duvidas melhor do que vê-la triste e cabisbaixa como estava ontem.

—Quer que eu lhe acompanhe? — Perguntei assim que ela já havia saído do carro. A confusão no seu rosto foi clara, então continuei. — Para conversar com seus pais sobre ontem. Sabe, talvez eles não reajam bem em saber que você passou a noite na casa de um homem...

Aurora então acenou mas logo em seguida deu um passo para trás e balançou a cabeça negativamente diversas vezes. Parecia preocupada, parecia um tanto que assustada. Sempre que eu tocava no assunto de seus pais ela agia assim, como se estivesse escondendo algo. Seus pais talvez fossem muito protetores, eu até entendia isso. Bem, talvez não já que não se preocuparam em ligar para saber onde ela estava ontem a noite.

—Não, não será preciso. Eu apenas irei explicar direito e eles irão entender, tenho certeza. — Respondeu rápido, enquanto dava passos para trás até sua casa.

—Tem certeza? — Perguntei incerto. Aurora acenou positivamente e então virou-se e caminhou até sua casa, onde antes de entrar acenou e sorriu levemente.

Encostei minha cabeça no apoiador do banco do motorista mas em algo rápido abri a porta do carro e sai. Havia me lembrado que não tinha entregado a Aurora os convites, tinha esquecido e deixado a chance passar. Não poderia deixar isso acontecer, estava muito em cima da hora, não haveria outra oportunidade.

 Caminhei hesitante até a porte de entrada, onde toquei a campainha. Estava nervoso, estava aflito e ainda por cima estava com medo de que ela recusasse meu pedido. Seria o fim do mundo para mim; por qual outro motivo ela recusaria meu pedido se não fosse porque não gostasse da minha companhia?

Escutei alguns passos e logo paralisei; e se fosse o pai dela? Estaria eu pronto para conhece-los? E o que eu iria dizer? O que sou da filha deles? Amigo apenas?

A maçaneta da porta girou e logo, para meu alivio e aflição, vi Aurora, me olhando de forma confusa. Olhei para dentro de sua casa, procurando algum sinal de seus pais por perto mas não percebi nenhum movimento. Aurora encostou seu corpo no batente da porta e então passou a mão em seu cabelo.

—Esqueceu algo? — Perguntou baixo.

—Não.. Quer dizer, sim. — Era agora ou nunca. — Eu... gostaria de saber se você quer me acompanhar na feira de livros que terá amanhã.

—Feira de livros? — Questionou indiferente.

—Sim, bem... Eu ganhei  ingressos para a feira. São passes vips, nada de mais. — Imaginei então Matthew me olhando feio, já que ele fez um enorme esforço para consegui-los. Passei a mão sobre meus cabelos, um tanto nervoso, então senti um dos ingressos serem tirados de minha mão. Olhei para Aurora, que sorria e parecia maravilhada. Seus olhar estava posto em mim, não nos ingressos, logo senti Seus braços rodearem meu pescoço enquanto seu corpo embatia contra o meu.

Seu doce cheiro agora estava mais forte, sua cabeça estava apoiada em meu ombro. Confuso e surpreso, passei meus braços ao redor do seu corpo e a apertei, discretamente inspirando o doce cheiro dos seus cabelos. 

Aurora afastou-se e eu a soltei, relutante. Seu sorriso não poderia estar maior, e só então deixei meu corpo relaxar por completo. Só de vê-la sorrindo senti como se já houvesse ganhado o dia, ainda mais sabendo que o motivo do seu sorriso era eu.

—Céus, Harry! Eu ainda não consigo acreditar. — Exclamou animada. Suas mãos seguravam fortemente o ingresso contra o peito deixando clara sua euforia em te-los.

—Não sabia se você iria aceitar ou não. — Murmurei reprimindo os lábios. — Imaginei que você já tivesse comprado um ingresso ou que não pudesse ir.

Aurora sorriu, me fazendo perceber o quão inseguro eu estava sendo. Eu nunca fui inseguro, nunca tive medo ou receio de chamar sequer garota para sair ou algo a  mais. Desde a adolescência estive cercado de garotas, ainda continuo mas passei a ignora-las após conhecer Aurora. Era como se só ela bastasse para mim, sentia que queria ser apenas eu o motivo dos seus sorrisos. Eu só precisava dela e apenas dela.

—Não precisava ter ficado tão receoso em relação a isso, Harry. — Garantiu tranquilizando-me. — Não pude comprar o ingresso para a feira. 

—Por que? — Perguntei, curioso.

—Estava meio ocupada. — Respondeu baixo, rindo sem graça.
  Acenei com a cabeça e coloquei ambas as mãos em meus bolsos, pensando no que dizer.

—Bem, o evento vai ser lá em Olympia e irá durar três dias. Nós piamos ir de carro, ficar em um hotel talvez, e você pode voltar antes se quiser. Posso falar com seus pais, mesmo que isso não ajude muito.

—N-não será preciso, Harry. — Respondeu rápido. — Meus pais iriam viajar, de qualquer forma. Não acho que iria se importar.

—Não acho que isso seja verdade, Aurora. — Falei, olhando-a. — São seus pais, acima de tudo se importam com você.
  Aurora me olhava indiferente, então logo sorriu, mas seu sorriso não chegou em seus olhos.

—Claro, eu compreendo. — Murmurou. — Amanhã será o primeiro dia do evento, certo?

—Sim. Acho que seria melhor que nós fossemos hoje para Olympia, assim poderíamos deixar tudo pronto e não termos preocupações quando começar o evento. Sei que está muito em cima da hora, caso você queira ir amanhã...

—Não, não tem nenhum problema. Podemos ir hoje. — Tranquilizou-me, levando ambas as mãos e colocando algumas mechas do seu cabelo atrás da orelha. Céus, ela é incrível.

—Certo, posso passar aqui as sete? — Perguntei inquieto.

— Estarei pronta as sete. — Garantiu sorrindo.

Aurora acenou e então eu me afastei, permitindo-a fechar a porta. Virei-me e respirei fundo, caminhando novamente até o carro. Um problema já havia ido, agora faltava outro: meu chefe.

Liguei o carro e o coloquei novamente na estrada. Ignorando as leis, teclei o número do meu chefe em meu telefone, esperando impacientemente até ele atender.

— Hey, Harold! —  Exclamou animado.

— Primeiramente, é Harry, John. —  Esclareci. 

— Certo, certo.

— Enfim, preciso que me dê três dias de folga. Tenho alguns assuntos para resolver em outra cidade.

—Pensei que você não gostasse de folgas, Harold. — Respondeu gargalhando. Céus, para que tanta animação?

—Sim, mas como já disse preciso resolver uns assuntos. Só poderei voltar na terça. — Respondi colocando o carro na garagem.

—Sem problemas, Harold. — Garantiu. — Vejo-o na terça, certo? Mandarei Grant deixar os livros que vierem empacotados na prateleira do seu escritório.

—Certo, certo. — Respondi e então desliguei o telefone. 

Hoje eu teria muitas coisas para pensar, malas para arrumar e futuras cenas entre mim e Aurora para imaginar. Teria que estar preparado para tudo, não importa o quê.

 A visão em minha frente era completamente maravilhosa. Aurora estava com um estranho chapéu de tecido felpudo com uma aba que caía de vez em quando e tapava sua visão, seu corpo estava coberto por uma curta saia marrom e uma blusa branca, com um enorme casaco cobrindo seu corpo. Olhei bem para o casaco e só então o reconheci; era meu casaco. O que eu havia dado para ela quando a conheci.

— Gostou? — Perguntou sorrindo, enquanto fazia um gesto estranho com os braços.
  Claro, eu estava a tempo demais encarando-a, mas como eu poderia evitar isso? Ela estava incrível, simplesmente incrível.

—Adorei. — Respondi involuntariamente. Aurora reprimiu os lábios e sorriu, com usa face levemente avermelhada.

—Obrigada. — Murmurou baixo. — Esta frio hoje, imaginei que você iria reclamar se me visse apenas com a blusa e a saia, então coloquei mais roupas.

Céus, ela é incrível. Senti uma enorme vontade de beija-la, e se pudesse nunca mais a soltar. Momentos simples assim me faziam tão feliz. Era estranho, aurora era a primeira mulher por quem eu havia me interessado de verdade. Não sei ainda se a quero em sentido sexual ou para algo maior que isso, ela me deixa confuso. Me atraí e me fascina ao mesmo tempo, sinto que quero descobrir mais sobre ela, ver como ela é realmente a vontade e em um momento simples como ao acordar de manhã.

Lembrei-me então de hoje mais cedo, quando acordei meia hora antes do relógio alarmar e fiquei a observando. Sempre me pareceu algo tão clichê ouvir que observou outra pessoa enquanto dorme, mas mudei meus pensamentos assim que acordei e pude vê-la dormindo.

Ainda não sabia se ela havia notado ou não, ou se havia acreditado na minha história de que havia apenas acordado cinco minutos antes que ela. Preferi apenas ignorar isso, não gostaria que ela soubesse que eu havia feito isso. Foi algo tão constrangedor e idiota.

Não respondi, apenas desviei meu olhar do seu, envergonhado com meus pensamentos, e então peguei suas duas pequenas malas e caminhei até o carro para coloca-las no porta-malas.  Vi pelo canto do olho Aurora trancar a porta de sua casa e logo em seguida caminhar até o carro, sentando no banco ao lado do meu. Fechei a mala e dei a volta no carro, entrando no carro e logo dirigindo pela estrada. Aurora sorria como uma criança animada, enquanto eu apenas sentia-me satisfeito comigo mesmo. 

Após duas horas de viajem nós já estávamos chegando à Olympia. Provavelmente eu havia calculado errado o tempo de viajem, ou apenas entrei em um caminho errado. Olhei para Aurora e a mesma parecia exausta, seu corpo estava encolhido no banco enquanto sua cabeça estava apoiada junto ao seu braço na janela. 

Assim que sai da rodovia, virei a esquina e então dirigi até o hotel. Era um pequeno hotel, escolhi-o por ser aconchegante. Não queria que Aurora pensasse que eu havia trazido-a aqui apenas para esbanjar dinheiro ou para conquista-la com ele. Eu a conheço bem, mas do que ela imagina, sei que hotéis caros não eram o tipo de hotel que ela gostaria de estar.

—Hey. — Murmurei assim que chagamos ao hotel, levando minha mão até seu rosto e retirando alguns fios de cabelos e os colocando atrás de sua orelha.

 Aurora apenas resmungava frases sem nexo, então logo desisti de a acordar. Retirei o cartão da reserva do meu bolso e caminhei até dentro do hotel, sempre olhando para trás para poder vê-la. 

—Com licença. — Falei ao gerente atrás do balcão. — Tenho uma reserva para o quarto trinta e sete.

—Certo. — Ele pegou o cartão da minha mão e inseriu o código que havia nele em seu computador. Seu olhar novamente veio até mim e ele logo sorriu, entregando-me novamente o cartão. — Tudo certo, aqui está a chave do quarto. Precisa de ajuda com as malas?

—Sim, preciso sim.

Caminhei novamente até o carro e abri a porta do bando de Aurora, cuidadosamente pegando-a e então tranquei a porta, caminhando até o quarto. Alguns funcionários vinham atrás de mim com as malas, um deles me ajudou a abrir a porta do quarto para coloca-la na cama.  ambos os dois funcionários deixaram as malas na sala e então se retiraram após eu dar-lhes gorjeta.

Me aproximei de Aurora, sorrindo ao vê-la tão calma e relaxada. Deitei-me ao seu lado, sem me importar com o que deveria fazer, apenas sentia vontade de descansar. 

Deitado de frente para ela, coloquei meu braço ao redor de sua cintura e encostei minha testa a sua. Sua respiração embatia contra meu rosto, fazendo-me sentir relaxado. Era como se todas as noites de sono atrasado estivessem voltando para que eu as completasse. 

Foi quando seu braço passou por cima do meu em sua cintura, me dando a segurança de que eu poderia apenas dormir. Dormir e deitar tudo para amanhã, esquecer de que teria uma pilha de problemas quando voltasse para casa.  Durante esses três dias de festivais seriam apenas Aurora e eu, e eu iria aproveitar o possível e o impossível.

 Levei meus lábios até sua testa e depositei ali um simples beijo, mas que para mim havia significado tudo.


Notas Finais


Eu realmente gostaria de pedir imensas desculpas a todos vocês. Sim eu sei que é chato esperar atualização, até porque além de escritora eu também sou leitora, mas eu realmente ando desmotivada para escrever. Nem mesmo com pessoas comentando e acompanhando eu tenho motivação para tal coisa.
Descobri recentemente que tenho depressão. Bem, eu já suspeitava, mas acabei tendo a confirmação. Em parte isso justifica a demora, mas por outro lado não.
Começarei a escrever o próximo capítulo hoje mesmo, para que daqui a quatro ou cinco dias ele já esteja pronto.
Ah, o capítulo esta repleto de erros, não consegui corrigir a tempo. Faço isso mais tarde ^^


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